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28.7.23

Uma gata chamada Carência

Se me perguntassem qual das meninas sentiria mais a morte da mãe e das irmãs, eu chutaria a Jujuba por último. Ela só recorria ao grupinho quando a temperatura baixava dos 10ºC e sua sociabilidade me proporcionou a maior cicatriz destes quase 18 anos entre bichos. Acontece que, desde a mudança para o apertamento, a pequena foi desabrochado e fez questão de cuidar das três gatas no final.








Mesmo com Keka e Pimenta ainda por aqui, toda a madrugada agora ela se põe a miar, em um misto de lamento e urgência. E vem pedir carinho animada assim que levanto — sim, a ex-praticante da modalidade playcenter, que passava correndo pela mão, alternando entre medo e prazer, e voltava para o fim da fila.

Até durante as refeições Jujuba tem marcado presença — à distância exata de um cafuné, sem o risco de ser atingida por um colo. rs


Eu não poderia escolher outra modelo (e o sorriso?) para acompanhar a querida Sandra Malacrida, gateira da velha guarda experiente, no Gramado da Fama deste mês!


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Obrigada pela parceria também, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo...

...Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura...

...Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida e Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Liam Paim, Elisângela Dias, Amanda Herrera, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba e July Grafe! 🤗

21.7.23

Silêncio no silêncio

Eu moro numa rua em que praticamente não passa gente, sem vizinhos a olho nu, cujo comércio mais próximo fica a 7 minutos de carro. E descobri que a casa podia se tornar ainda mais quieta com a morte tripla da família Guda, em menos de quatro meses.

A dinâmica mudou completamente: 16 anos de miados e cores, que enchiam os almofadões e se espalhavam pelos cômodos, resumidos a três gatas PB e uma agregada — pensem que Gatoca já teve simultaneamente, além da gangue de dez, nove temporários, mais dois cachorros!

Em todo o canto falta e a cada luto se somam os anteriores.



9.7.23

Saudade (sim, mais uma)

Eu guardo uma coleção de fotos suas esmagando o Simba, a Clara, o Mercv e a Guda em espaços onde, teoricamente, caberia apenas um gato. Você só tinha tamanho, Pufosa — e patas de leoa! Suspeitava que perder a mãe, último porto seguro, seria um grande baque. Mas não te imaginava partir menos de quatro meses depois e apenas dois dias na sequência da Pipoca.


Há 16 anos, vocês também chegaram mudando tudo. E de tutora de bigodes em quantidade normal (quatro, meu número da sorte) virei protetora de dez, ainda imaginando que conseguiria doar, se não a golpista da barriga, ao menos a ninhada. Como cansei de desabafar aqui, porém, quem separa uma família que segue mamando com 2 anos? Você, inclusive, foi a mais persistente.




E, por mais que tenha me esforçado para compensar as ausências, não podia lamber sua cabeça — sou alérgica a gatos, né? Embora neste final, hei de confessar, afundei a cara no seu pelo fininho e macio (surpreendentemente cheiroso!) mais de uma vez, enquanto chorava. Por causa dele, aliás, você é Pufosa — inicialmente Bufosa, até a gente descobrir que se tratava de "arma de fogo, pistola, berrante". rs


Não que você não berrasse, mas só na hora das guloseimas. Bastava ouvir o barulho da latinha abrindo de manhã ou do sachê rasgando nos fins de semana, que aparatava na cozinha, atropelando os irmãos. E continuou vindo mesmo doente, sem conseguir comer quase nada. E, quando andar ficou mais difícil, me encarava com os farolões azuis, de qualquer lugar da casa, esperando ansiosa pelo potinho.






Só você ganhou sachê batido em todas as seringadas dos últimos dias, com sabores variando. Nem parecia a criatura de gosto duvidoso que adorava recomer vômito (o próprio e os alheios), em um processo apelidado de micro-ondas, pelo aquecimento natural — se eu soubesse que, exclusivamente na ração úmida, você não vomitaria mais, teria nos poupado todo o estresse com o megaesôfago, o chiclete de dente, a gastrite. Me desculpa?

Talvez, você também aproveitasse outras coisas do gatil, além da grama que crescia no meio da cinerária, perigosamente mais saborosa. Engraçado que só você não quis se isolar no jardim nessa fase. Preferiu, sim, ficar sem as irmãs no escritório, mas acho que era porque o colchão, herdado com o sofá (que você amou) do cantinho novo, acomodava melhor sua artrose.




Ontem, a gente leu juntas e trocou carinhos, cada uma no seu estilo. Na hora de dormir, vesti a fraldinha, porque o banheiro havia ficado longe demais, mesmo sem sair do lugar. Ainda acordei às 4h14 para um chamego extra — fraldinha seca, patê para o estômago não doer, mais carinho. Você ronronou e gastou o miado economizado há dois dias, agora sei que em despedida.


Leo te pegou mais uma vez, três horas depois, em um sono tranquilo, enroladinha. Acordada por um pesadelo com o Simba e os gritos da Keka na porta do quarto, só cheguei a tempo de te botar no colo e repetir, grogue de sono, que estava ali. Bon vivant, claro que você morreria no domingo. O primeiro em que não pediu sachê.

7.7.23

Saudade

Atualizado em 8 de julho de 2023, às 13h30

Quando você reverteu um derrame pleural sem punção, às vésperas dos 16 anos e depois de uma quase-morte por micoplasmose, outra por colite, mais 11 anos driblando a doença renal, eu achei que enterraria seus nove irmãos — biológicos e agregados. Pufosa, inclusive, é a gata dos cuidados da vez.


Mas na segunda-feira o rangido voltou no ronrom, na terça seu corpinho já balançava com o esforço da respiração, na quarta você trocou o colo pelo jardim do gatil (que amava) e ontem começou andando devagar pelo catnip e terminou prostrada nos almofadões da sala. Foi muito rápido, Pipoca!


Eu coloquei a fraldinha, para garantir, fiz um último vídeo das Gudinhas juntas e pedi que me chamasse se precisasse de qualquer coisa, porque Chicão me acordaria — no quarto estranho pela alergia a gatos, você provavelmente se angustiaria, como aconteceu com a Guda.


Despertei pela primeira vez às 3h20, como nas outras madrugadas, só que apaguei de novo de exaustão. Às 4h10, te recolhi do chão, com a fraldinha arremessada longe — briosa como os Levischi, você ainda conseguiu usar o banheiro. Esquentei o patê e dei na seringa para a Pufosinha, depois para você, interrompida por duas respirações fortes, aquelas tristes conhecidas.

Não deu tempo de nada. Nem uma gota de xixi fora nem vômito ou diarreia, mucosas coradas porque eu monitorava com mais frequência do que corretor da Bolsa de Valores. Ao mínimo tom de azul, cederia à eutanásia — o veterinário local estava avisado. Tenho asma, levei minha mãe ao hospital pela última vez justamente com os pulmões afogados e não assistiria você morrer sufocando.

Quatro dos dias mais longos de que me lembro.

Dá para acreditar que você passou cinco anos fugindo de mim? Quer dizer, bem no começo, quando ainda era nosso ursinho Pimpão (sim, eu passei essa vergonha na castração), você até gostava das pernas magrelas, equivalentes a sentar no taco. Mas a família Guda, nascida em casa, acabou se fechando para humanos e só ganhei uma segunda chance quando suas patinhas não conseguiram mais fugir.




Naquele 2012 do primeiro susto, Leo me deu de presente um Daruma e, pintando o olho esquerdo, pedi que você sobrevivesse — os tropeços da jornada, inclusive, foram compartilhados, rs. Um privilégio poder completar a pintura nesta manhã — escolhi sua cor, porque já havia preto demais.




P.S.: Volto a este post um pouco menos esgotada do que ontem, digitando no celular com uma mão enquanto faço cafuné na Pufosa com a outra, porque faltou agradecer os momentos incríveis que tivemos juntas. Como você miava pedindo carinho e saía correndinho até sentir que era seguro relaxar e curtir. Sempre me acompanhava durante o almoço, em cima ou embaixo da cadeira, do seu jeito, no seu tempo.

E orava nos potes de água, escolhendo o vaso do finado bebedouro elétrico como seu favorito. Amava libélulas, principalmente pelo barulho, e caçou até um passarinho — o que me despertou emoções conflitantes, confesso. O coração partido da sua pelagem desbotou na velhice, mas, ironicamente, nunca esteve tão vibrante.

24.5.23

Aniversariantes do mês – maio de 2023

Na segunda-feira, as Gudinhas* fizeram 16 anos — quase um centenário em gatas!

Pimenta ganhou um lagartinho de catnip para parar de caçar os de verdade, passou o sábado das comemorações de nariz tampado e não deu a menor bola para o coitado. De madrugada, ele sumiu do balcão da cozinha, onde esperava por fotos melhores, e só foi encontrado dias depois embaixo do sofá, imundo, para desaparecer de novo.


Almejando poupar justamente esse sofá, repaginado, Jujuba ganhou um arranhador, que até agora não usou. Mas, como havia se rendido à versão de papelão, o acquablock segue intacto. E Keka, aquele parente difícil de presentear, ficou com o cone de sisal para ela.


Jujuba tentou roubar, então, o sachê da Pufosa e acabou se contentando com o sol no gatil, cortesia de São Pedro.




Já Pufosa descontou o sachê subtraído no patê da Pipoca.


E a ex-magrela nem reclamou, porque ganhou mais uma vida.


Foi o primeiro aniversário sem Guda, que deve ter repassado às filhas felinas o ensinamento da minha mãe humana: irmãos cuidam uns dos outros, porque são nossos melhores amigos.


P.S.: Ainda vou escrever sobre o novo cantinho dos bigodes, nosso primeiro arranhador (com passo a passo!) e a ressurreição da Pipoca. Tenham paciência. rs


*Novelinha: conheça a história das Gudinhas

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23.3.23

Saudade

Você foi o golpe da barriga mais bem-sucedido do universo felino. Quando dona Jane, a vizinha que passou anos odiando nossa infância (e seus barulhos), tocou a campainha de casa, em maio de 2007, eu não sabia disso. Achei, na verdade, que viria reclamação. Eis que você apareceu ostentando a pança que viraria apelido e daria forma ao Gatoca — porque contar a história de quatro gatos não tem o mesmo apelo de uma dezena, né?

Preciso confessar, aliás, que pretendia doar todo mundo — quem consegue cuidar de dez bichos? Depois, só a ninhada. E aqui entra a engenhosidade do golpe: você fez as meninas mamarem até os 2 anos! Aos 6 meses, vamos combinar, a situação já era ridícula. Pimenta nem coube!


E toda noite, pontualmente às 21h, você roubava um ímã do meu mural de fotos, fazia um miado engraçado e as cinco vinham jogar hockey. Contei essa história na Folha de S.Paulo, lembra? Uma sexta-feira em que o blog superou os acessos acumulados desde a criação, seis meses antes.


Só um monstro separaria essa família — que seu coração, tão grande quanto os bigodes, compartilhou gentilmente conosco.


Como minha mãe morreu muito cedo e a gente não se toca da importância do que está vivendo enquanto se está vivendo, foi você quem se tornou meu exemplo de maternidade. Mesmo quando as Gudinhas já não queriam mais ficar tão grudinhas, você apoiou — do seu jeito, no tempo delas.

E me fazia pensar quem zelaria por ti no final — Simba teve Clara, Clara teve Mercv, Mercv teve você. A resposta refletia no espelho. Mas ainda não estou pronta para terminar esta despedida.

Quero falar antes de como você recebia todas as visitas com esfregadas, personalidade oposta à das filhotas ariscas, e tentou sem sucesso ser amiga da Chocolate — que inventou o conceito de arqui-inimigo platônico. Da sua obsessão por pão francês. Dos carinhos de pé que amava ganhar feito pano de chão — só que impecavelmente branco, macio e cheiroso (até o fim, exceto pelo bafo, sorry).

Das bolinhas petelecadas, quando ninguém mais topava brincar junto (1 e 2) — sempre me chama a atenção constatar o lado não-mãe das mães. E da generosidade de deixar o luto de maio do ano passado exclusivo para o Mercv.

Nesses dez meses, a doença renal avançou, a cistite rendeu dois episódios, o nariz nunca mais desencatarrou. E ao quadro delicado ainda se juntaram sintomas neurológicos — tipo fingir coma enquanto dorme. Fica difícil identificar o que te fez parar de comer de vez.

Mas cada rodada de patê na seringa era compensada, para nós duas, com passeios úmidos pelo jardim, roladinhas sem pressa no gramado, cafuné com ronrom. Até comecei a ler O Homem Que Morreu Duas Vezes, mas você se enfiava na lama embaixo do contêiner e só deu para embalar mesmo quando terminamos na cama.


Não era para ser assim. No meu roteiro, a gente teria espreguiçadeiras. E você, baiana de tudo, seguiria apagando como uma velinha — já contava com essa possibilidade desde janeiro. Quem sabe morreria sonhando, por que não? Na última semana, porém, rolou um plot twist e os três últimos dias dispensam bilheteria.

Simba partiu quando não conseguiu mais chegar ao banheiro para fazer xixi, Clara quando não conseguiu mais comer o patê de colher, Mercv quando não conseguiu mais curtir o meu colo. Você já tinha perdido tudo, parecia que entregaria os pontos e, do nada, tirava forças para mais um miado, uma caminhada bamba, um solzinho no gatil.


Senti que não queria ir. Era por causa das meninas, Guda? Na primeira noite em que te levei prostrada para o quarto (sim, diferente dos outros gatos, você dormiu mais de uma noite no quarto, fato inédito por causa da alergia... a gatos), você se materializou em frente à porta, deixando claro que não ficaria.

Na terça-feira, seu balde de faxina favorito para beber água velha amanheceu quebrado e ninguém sabe dizer como. Depois, a assadeira refratária de vidro explodiu no forno com o nosso almoço — Nadir Figueiredo destacando em vinho a tecnologia contrária ao feito. E eu completei quatro quilos perdidos — nada, em comparação aos seus 1,65 kg finais.

Ontem, perguntei para o Leo se a Clara ainda estava nos almofadões. Provavelmente exausta pelas madrugadas em claro, mas quero acreditar que era ela te acompanhando na partida. E você foi. Às 4h55 de hoje, depois de cair (será?) da escultura moderna de travesseirinhos com que tentei melhorar sua respiração, de rosto colado ao meu.

A lembrança mais agridoce que se pode ter de um despertar.

Fica tranquila que cuidarei das tranqueiras — aprendi com a melhor. Em dois meses, elas farão 16 anos! E você fará uma falta danada.



8.6.22

Um post diferente de aniversário

Eu sempre fotografo os bigodes no dia dos festejos de adoção (ou, mais clássico, de nascimento), conto para vocês o que a gente fez de bom e às vezes desengaveto um causo empoeirado. Neste 2022, porém, as Gudinhas* completaram 15 anos na sequência da morte do Mercv — assim como Simba morreu em cima do aniversário dele (para que servem os 365 dias?).

E a data acabou passando em preto.

Em vez de improvisar uma comemoração retroativa, como já aconteceu outras vezes, resolvi, então, pesquisar no arquivo fotos das meninas tiradas nesse período e sorri duas constatações: 1) Nunca usei tanto a câmera do celular — como se pudesse congelar os afetos que me escapam pelos dedos. 2) Sem qualquer programação, os gatos desta casa já têm vidas memoráveis. ❤️


Pufosa e o sono em família


Pipoca e o colo aleatório no meio da tarde


Jujuba e as ervas recreativas


Keka e a almofadinha para aumentar o conforto da almofadona


Pimenta e os 90 m2 de gatil na natureza, com florzinha pendurada no nariz


*Novelinha: conheça a história das Gudinhas

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19.1.22

O que eu faria diferente com os gatos #2

Quem já leu três posts do Gatoca provavelmente pegou uma referência à arisquice das Gudinhas, nascidas aqui em casa — quer dizer, lá em São Bernardo. Em algum momento da infância, que não sei precisar bem quando, as pequenas foram se afastando da gente até se fechar de vez na família felina.

Isso significa que Pipoca se deixou tocar apenas aos 5 anos, porque estava morrendo. E Jujuba soltou o primeiro ronrom com 13! Se pudesse voltar no tempo, então, eu não descuidaria da socialização das meninas. Os tratamentos veterinários teriam sido mais fáceis, a mudança para o apertamento não me renderia uma escarificação no braço e a gente teria aproveitado mais.

O desafio, neste finzinho de vida delas, é multiplicar colos e carinhos. rs


Máquina do tempo: #1

28.5.21

Aniversários felinos não comemorados

Nos últimos dois meses, os únicos "aniversários" lembrados por aqui foram os das caixas da mudança, que insistiam em atravancar o caminho e fazer desaparecer coisas importantes. Isso significa que os 15 anos de adoção da Clara, no dia 10 de abril, passaram batido, assim como os 14 da Guda, em 7 de maio, e de todas as Gudinhas, duas semanas depois.

Sete bigodes de nove, um recorde de negligência! Mas temos bons motivos: recomeçar mais perto da natureza, em uma casa melhor ventilada e iluminada, na torcida por menos crises de alergia/asma, sem a insegurança do aluguel, que nos desabrigou em plena pandemia. E não faltará festerê!

Leitores de exatas notarão um gato frajola não-aniversariante sobrando nas fotos. É Mercv, nosso penetra favorito. rs





*Novelinhas: conheça as histórias da Clara, da Guda e das Gudinhas

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22.5.20

Primeiro ronrom, 13 anos depois!

Este já seria um post comemorativo: hoje as Gudinhas* completam 13 anos! Mas, quando estava fotografando Jujuba ganhando carinho parada, coisa impensada em sua primeira década de vida, aconteceu o milagre mais milagroso de Gatoca: ela começou a ronronar! Quatro mil, setecentos e quarenta e nove dias depois de ter saído da barriga da Guda, na nossa antiga casa. ❤


Fui correndo buscar o celular, fiz um ASMR para vocês ouvirem antes de dormir e aproveitei para testar o Spreaker, a ferramenta do momento para criar e distribuir podcasts — não prometo nada! O registro em vídeo vai entrar na superproducinha de maio, que os apoiadores do Catarse receberão até o fim do mês — isso eu prometo. rs

Mas, voltando ao aniversário das meninas, Pipoca também me emocionou deitada no montinho com os irmãos. Se você está chegando agora, não sabe que a pequena quase morreu em dezembro, quando passou a preferir o isolamento. Boa parte dos leitores provavelmente ignora, aliás, que ela e Clara, em quem ela que está encostada, viveram anos separadas até Mercv abrir a porta do armistício e a gente pegar as duas na mesma cama, inteiras.


Já Keka fez a alegria do Leo ao parar de tentar fugir dele, que vivia tentando não tropeçar nela, enquanto ambos seguiam desastradamente a mesma rota pelo quintal — e o nível de dificuldade do percurso aumentava de acordo com a quantidade e o peso das sacolas envolvidas.


Pufosa saiu cabisbaixa por causa da doença renal e nem tem se animado a comer o vômito quentinho dos outros gatos, em um serviço que a gente chama de micro-ondas felino — dr. Eduardo Carneiro já está cuidando dela. Mas meu colo ganhou outra perna formigando no café da manhã. :)


E Pimenta finalmente deu uma melhorada da alergia, por isso vocês não veem catarro pendurado nos bigodes — eternizei nosso amor em quatro etapas, nos destaques do Instagram (cliquem na bolinha "quarentena" e vão passando os stories até chegar na papagaia de pirata).




A vida é mesmo incompreensível: quanto menos tempo nos resta juntas, mais apertáveis as cinco arisquinhas ficam.

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