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29.6.08

Primeiro quase-aniversário do Gatoca

Na metade do ano passado, os trabalhos misteriosamente desapareceram e eu decidi aproveitar o ócio criativo testando as funcionalidades do Blogger. Sempre escrevi sobre as situações insólitas que o Universo costuma me mandar de presente, mas só os amigos próximos acabam lendo. Até porque as crônicas alternam relatos deveras pessoais e politicamente incorretos ao grande público.

Havia, porém, a coleção de textinhos dos bigodes, nada comprometedores, que Eduardo insistia que mereciam ganhar a rede. Eu relutei até começar a brincar com o layout do Gatoca. O relógio do computador marcava exatamente "29 de junho". E só depois de 42 dias, veio a coragem de rechear o post-teste com conteúdo de verdade. É por isso que considero a data de hoje como um "quase-aniversário". Em agosto teremos festa! Aguardem!

26.6.08

Caganeira fatal

Saiu o resultado da análise do cocô-sopa do Simba: a giárdia é, na verdade, uma bactéria chamada e-coli, cuja diarréia pode levar à morte em casos extremos. E olha que nós nem gostamos de McDonald´s (tirando as batatas-fritas)! Terei de enfrentar novo calvário de enfiar-lhe os comprimidos goela abaixo, agora com o remédio certo (Zelotril de 50 mg), durante 14 dias – provável castigo por tentar economizar o dinheiro do laboratório e torturar o leãozinho à toa. Minha mãe vivia dizendo para a gente ser alguém na vida, mas eu insisti no jornalismo... :\

25.6.08

Decepção

Beatriz voltou para o abrigo de Santo André. E sem lacinho laranja enfeitando o pescoço. A tristeza parecia ainda maior do que quando sobrava sozinha nas feiras de adoção. Márcia, a adotante, culpou os repentinos ataques de irritação e disse que a cadelinha até mordeu uma prima. Esqueceu, porém, que na semana de adaptação a coitada teve de suportar banho, viagem de três horas, uma infinidade de desconhecidos barulhentos.

Acreditar que se devolveu o animal à "mãe escolhida", onde vivia mais feliz, pode tirar boa parte do peso da consciência, mas não convence. Sinto que faltou paciência para aceitar as diferenças. Um bichinho novo jamais substituirá o que partiu. E o ser humano é criatura de prazeres fáceis: desiste de trabalhos que dão trabalho, de casamentos que não lembram filmes, de amigos que questionam suas escolhas.

Enfim, preciso que vocês ajudem a divulgar minha xará de novo. E com urgência! Após três rejeições consecutivas, a pequena resolveu se mutilar. Se cada leitor do Gatoca encaminhar esse post a dez amigos, a rede alcançará o horizonte. Rosa até fez um cartaz! Para ampliar, basta clicar sobre a imagem:


Entenda o caso:
:: Fotos da Beatriz pele e osso aqui na rua de casa
:: Relato da protetora sobre a tristeza da pequena no abrigo
:: Falsa esperança de adoção

23.6.08

Post desaconselhável para pessoas com estômago sensível

Cocô mutante

No final de semana passado, dividi o cocô do Simba com a pazinha sem querer e vi que fora enganada: crocante por fora, mas ainda cremoso por dentro. Melhor levar para análise no laboratório. Segunda-feira, comprei um pote na farmácia e persegui o gordinho pela casa incansavelmente, até as bolinhas começarem a bater no fundo do plástico. Completamente normais. Dr. E. sugeriu mantê-lo em observação. Quarta-feira, ao avistar o bigode laranja perto da bacia, saí correndo com o pote na mão e quase caí no degrau da sala, para assisti-lo jogar uma patada inteira de areia em câmera lenta sobre as fezes frescas. E moles. :\

O grande dia

Ontem, após uma semana de caça ao lendário cocô do leãozinho, finalmente consegui colher outra amostra para análise. Nem dura, nem pastosa. Melhor que nada. Guardei na geladeira para não estragar. Hoje de manhã, enquanto abastecia a travessa de ração dos bigodes, ouvi uma seqüência de barulhos digna de comédia americana vindo da caixa de areia. Peguei um pedaço de papel higiênico emergencial, enfiei a mão embaixo do rabo laranja e respirei fundo ao constatar a sopa mal cheirosa prestes a transbordar. Coitada da Lia, que estava tomando café na cozinha, quando apareci segurando a bomba biológica em busca do pote de cocô velho (quem mandou querer economizar R$ 0,60?). Meia hora de malabarismos depois, preciso dizer que saí do banheiro com merda até no cabelo?

P.S.: Essa foto, infelizmente, não tive coragem de tirar. Usem a imaginação.

22.6.08

Quem bate? É o friiiiiiiiiiiiiiiiiiio!

Você sabe que chegou o inverno quando levanta para comer de madrugada e ninguém resolve te acompanhar, fazendo piquete empolgado na porta da cozinha.

19.6.08

Pane no sistema! – parte 7

Padecendo no paraíso

Diferente da maioria das famílias que compram esteiras ergométricas acreditando que terão ânimo de exercitar-se em esquema de rodízio e, duas semanas depois, fingem ignorar o espaço estratégico que a casa perdera à toa, nosso “investimento na saúde” foi muito bem aproveitado pelas Gudinhas. Com três semanas de vidas, as pestes adoravam se esconder sob as ferragens e deixar a Guda procurando, em pânico. E mesmo quando mudavam de brincadeira, a coitada continuava abaixada, pensando como as bolinhas de pêlo poderiam ter sido sugadas pelo taco.

Chuva de Gudinhas

Certa manhã, quando esquecemos a porta do quarto entreaberta, Pimenta avistou Mercvrivs na lavanderia e pôs-se a caminhar curiosa em sua direção, levando consigo um rebanho de Gudinhas ensandecidas. Perplexa, assisti as meninas despencarem degrau abaixo, uma a uma, feito fruta podre. Passado o trauma, três dias depois, verdadeiras filas de bigodinhas sedentas por novas aventuras começaram a se formar atrás da barriga gigante. E antes que a mãe conseguisse colocar a primeira pata no chão, elas já estavam do lado de fora, seguindo rotas diferentes. Demorou uma semana, aliás, para aprenderem a identificar o abismo antes de esmagar a cara no chão.

*continua*


Capítulo anterior: Pane no sistema! – parte 6

18.6.08

Excesso de amor retribuído!

Beatriz nunca mais voltará tristonha das feiras de adoção com seu lacinho laranja! Nem precisará disputar atenção junto à infinidade de animais carentes do abrigo. Acabaram os dias de ficar chorando no portão até a protetora sobrecarregada chegar da rua (e passar correndo). Ontem, ela foi adotada por uma família de coração maiúsculo e já está em regime de engorda na casinha de Santo André! Márcia contou que, às vezes, parece até desconfiada de receber tanto carinho. Depois de resistir bravamente ao primeiro banho da vida nova, a pequena esqueceu a inquietação costumeira e dormiu feito bebê. Só falta aprender a fazer xixi no jornal. Obrigada por lhe darem uma chance! E obrigada também à Rosa, pela divulgação incansável! :)

17.6.08

Pane no sistema! – parte 6

Mercvrivs de saia

Já escrevi aqui no blog sobre minha paixão pela Pimenta, a única Gudinha a ganhar nome antes do período de desmame, porque eu sabia que não doaria nem para o Johnny Depp vestido de Jack Sparrow. Mas faltou contar que ela também teve sua parcela de culpa nessa história (além de me fitar com o parzinho de jabuticabas recém-abertos). Sempre que eu aparecia no quarto, a pequena vinha fazer festa no meu colo: bambeava de um lado para o outro, cheirava a roupa, esticava a cabeça para ganhar carinho. E quando a Guda soltava o clássico miado de repreensão, era a única bolinha de pêlo que não voltava correndo submissa para a caixa de papelão. Suas expedições nas terras misteriosas para além do edredom talvez durassem menos tempo se eu a tivesse batizado de Docinho. Ou Fifi. Ou Emengarda.

*continua*

Jogo dos sete erros


Capítulo anterior: Pane no sistema! – parte 5

16.6.08

Excesso de amor

Sábado, pela quarta vez, Beatriz voltou tristonha da feira de adoção com seu lacinho laranja. No abrigo de Santo André, a cadelinha de 1 ano exige atenção exclusiva, luxo inviável em meio a 84 animais, e acaba dando mais trabalho que os bichos doentes, briguentos ou anti-sociais. A protetora contou-me que basta pegar a bolsa para que a pequena se ponha a chorar doído, recusando-se a sair do portão até que ela retorne. Fora mesmo abandonada por alguma família de coração minúsculo. E deve sentir tanta falta de casa, que não engorda nem com a alimentação especial. Os ossos da bacia continuam à mostra, como no dia em que a encontrei mancando aqui na rua. Ter seu amor retribuído é só o que ela precisa para querer viver.

P.S.: Enquanto a foto não chega, relembrem como minha xará é a coisa mais fofa do mundo. E não desistam de divulgar este apelo.

P.S. do P.S.: Depois de arrumar a maior confusão no abrigo, Costelinha (outro resgate atrapalhado, com cerca de 3 anos de idade) parece que já se acostumou com os amigos caninos e, ao contrário da Bia, não faz mais jus ao nome! :)

15.6.08

Pane no sistema! – parte 5

Nanogatas encrenqueiras...

Para se ter uma idéia do tamanho das Gudinhas naquela época, eu costumava dizer que precisávamos usar um dedo de cada vez ao acariciá-las. E na terceira semana, as pragas já estavam brigando entre si: empurravam umas às outras, distribuíam mordidas banguelas, trocavam tapas descoordenados. Os motivos variavam desde disputas banais pelo peito da mãe, até trombadas catastróficas no caminho rumo à liberdade.

...e únicas!

Quem diria que cada bolinha de pêlo desenvolveria uma personalidade completamente diferente, em tão curto espaço de tempo? Peludona, a mais tagarela, era super manhosa. Quando a gente esticava a mão, punha-se a rolar no edredom, fazendo mil gracinhas. Ovelha teimava em brincar de Steve Wonder, apalpando tudo o que via. Pimenta caminhava sempre para o lado contrário da favelinha. Vaquinha se divertia observando a bagunça das irmãs. E Queixinho passava a maior parte do dia escondida no fundo da caixa de papelão.

*continua*


Capítulo anterior: Pane no sistema! – parte 4

13.6.08

If I die tomorrow...

Se eu morrer amanhã (prometo que é a última vez que toco no assunto!), evitem doar os bigodes a desconhecidos. Família, gateiras do Hotmiau e participantes ativas do blog têm prioridade (rs). Não separem o Simba da Clara. A geniosa, aliás, salta muros quilométricos, só entreguem a lugares blindados! Deixem Guda ao menos com umas das filhotas e tentem dar as outras em pares, para minimizar a solidão. Chocolate, ao contrário dos demais, acho que ficaria feliz reinando sozinha num canto qualquer desse mundo. Quanto ao Mercv, primogênito que pula no meu colo quando sento na privada após um longo dia de trabalho, nem sei o que dizer. Boa parte dos protagonistas de Gatoca já sofreu com o abandono, não se esqueçam disso. E obrigada pelo carinho com que lêem essas linhas. :)

12.6.08

Especial: Dia dos Namorados 2008

Mercvrivs nunca perdoou Clara por trocá-lo...


...mas um coração pulsante tem vontade própria...


...e quando Simba chegou em casa, foi amor à primeira vista.


Gatoca deseja um feliz Dia dos Namorados aos solteiros que aprenderam a gostar de si mesmos, aos recém-separados que se encheram de forças para recomeçar e às almas gêmeas (humanas e animais) que anseiam por um reencontro do outro lado do arco-íris – dos casais apaixonados a mídia se encarrega de cuidar, né?!

Brother ganha sister

Susan me deu a notícia da adoção do Brother (junto com a Shanti, outra gatinha do AUG), dizendo que Denise Granja era das nossas, pois gostava mais de bichos do que de si mesma. Vejam que bonitinho o texto que ela escreveu sobre a chegada dos bigodes na Vila Madalena. Eles têm até álbum de fotos no Flickr!

Dê, como respondi nos comentários aqui do blog, os ex-queletinhos* costumam se fazer de difíceis mesmo no começo. Mas não desanima, porque a gratidão de um animal abandonado é deveras especial!


*História completa dos montinhos de ossos da dona Lourdes, constantemente atualizada.

11.6.08

Tristeza

Escrevi aqui no blog, certa vez, que queria poder obrigar Mercvrivs a jamais cruzar a ponte do arco-íris sem de mim. Pois uma gateira muito querida nas listas de discussão morreu essa madrugada e fiquei tão arrasada de pensar no destino que terão seus filhotes, que reconsiderei meu desejo. Eles são em maior número que os bigodes. E a Bru, sozinha na paixão incondicional pelos felinos como eu. Vivia rifando coisas pessoais para pagar as dívidas no veterinário (mal de jornalista falida!). Recentemente, perdera dois peludos e ainda precisaria decidir sobre a eutanásia de um terceiro – que acabou partindo quase que simultaneamente, para receber-lhe com festa do outro lado. Inúmeras vezes ao dia, sinto medo de deixar-me vencer pela exaustão, num surto de desesperança, e abandonar tantas vidas...

10.6.08

Freedom?!

Depois de dar um banho na Mariana para engolir o comprimido, sábado, e outro no Eduardo, domingo, Simba está aparentemente livre do Bactrim! O cocô alienígena sumiu das caixinhas de areia, mas podem deixar que eu continuo de olho. Encerrado o intervalo-comercial-disfarçado-de-novela mais longo da história da humanidade, voltaremos ao seriado das Gudinhas. Aguardem o próximo capítulo!


Recado às fãs do leãozinho: quando quiserem fotos dele no blog, basta pedir. Jogar uruca para o coitado ficar doente é golpe baixo. rs

9.6.08

Alice no País das Maravilhas!

Atualizado em 11.06.08

Em menos de duas semanas, graças à ajuda de vocês na divulgação, Alice foi adotada pela Hilda, junto com a namorada do Pompom! Mariana Bellegarde, uma das integrantes da comitiva cat-delivery do AUG, contou-me que logo que chegaram na casinha de Pirituba, a tricolor tratou de subir a escadaria rumo ao quarto, feliz da vida. Em nenhum minuto se escondeu, nem quando decidiu reconhecer o resto do território. Quem sofre nas ruas sabe o valor de um lar. Eu vejo pelo Simba, que apareceu aqui em Gatoca após três anos de sobrevivência heróica virando latas, e até rola no tapete para me agradar. Obrigada de coração, gente! Falta agora embarcarmos Costelinha e Beatriz para o País das Maravilhas. :)

7.6.08

A novela do Bactrim continua...

Quinta-feira, Simba finalmente mostrou ao veterinário que eu não sou uma debilóide incapaz de medicar um gatinho inofensivo por medo de quebrar as unhas. Ao contrário das outras vezes, já saiu da caixa de transporte se contorcendo, espumou litros quando colocaram o comprimido na boca e ainda fez questão de vomitar assim que o Dr. E. virou as costas, obrigando a equipe de apoio a retomar suas posições.

Ontem, com a ajuda do João (que estava milagrosamente de passagem), nem precisamos viajar à Utinga. Eu sei lambuzar a drágea na manteiga para escorregar mais fácil, sei segurar a criatura pelo cangote para imobilizar, sei evitar que o remédio entre em contato com a língua para não provocar salivação e também sei acertar o fundo da garganta para diminuir as chances de retorno. Mas vai fazer isso sozinho, com o bigode mais gordo da casa se debatendo!

Como recompensa pela tortura diária, aliás, tenho lhe dado patê da Whiskas escondido. Tomo um cuidado absurdo para não deixar o barulho da latinha vazar da cozinha, pois sustentar esse luxo vezes dez tornou-se inviável na atual maré baixa de frilas. Acontece que as pequenas aprenderam a identificar o som da língua do leãozinho passando na colher e não desistem do piquete do outro lado da porta até ganharem uma amostra grátis!

6.6.08

Ei, você! Me leva para casa?

A saga do Costelinha está no blog do AUG! Vai que as gateiras tenham amigos cachorreiros que queiram adotar os focinhos... Pelo menos a visibilidade é boa. :)

Ontem, aliás, recebi fotos novas da Beatriz no abrigo de Santo André. Sem comparação, né?

4.6.08

Retrato do abandono


Segunda-feira, quando Simba retalhou minha mão, vomitou o remédio para a giárdia e me fez sair chorando de nervoso rumo ao veterinário, eu dei de cara com um amontoado de costelas prestes a ser esmagado no asfalto. Estanquei o carro no meio da avenida, liguei o pisca-alerta e me joguei na frente da filha da puta que não parecia pretender frear.

Desesperado, o cachorrinho preto correu da minha asma a Vergueiro inteira e só parou no momento em que os ossos não agüentaram mais se mover. Mesmo morta de medo (já comentei que focinhos não são a minha praia, né?), eu me pus a acariciar sua cabeça, enquanto pedia ofegante para que alguém me ajudasse a pegá-lo.

Séculos depois, um anjo trouxe uma cordinha emprestada da barraca de cachorro-quente e, com muito esforço (além de boa dose de paciência), eu consegui obrigar o animal semi-enforcado a caminhar de volta. A exaustão, porém, era tamanha que o coitado recusou um par de salsichas ao se deparar com a altura do degrau Escort. E eu fiquei meia hora fazendo truques vãos para o corpo inerte na sarjeta, repleto de feridas e carrapatos.

Pelo rabo cortado, ele deve ter sido abandonado e não aprendeu a arrumar comida sozinho. As pernas tortas indicavam atropelamento anterior bem sucedido. Quando o CET apareceu mal humorado, eu respirei fundo, abracei a criatura rezando e alcei-a até o banco. Gato em pânico, cão moribundo e jornalista falida seguiram para Utinga, tomando um chá de cadeira de quase duas horas na clínica do Dr. E.

Para melhorar, as gaiolas estavam lotadas e a protetora que acolhera a Beatriz, também superlotada, fez questão de me lembrar que ninguém a quis nas feiras de adoção. Carente ao extremo, a cadelinha pede atenção o tempo inteiro, luxo inviável em uma população de 86 animais, e tem ficado cada dia mais triste no abrigo.

Eu paguei os remédios (R$ 30), a futura castração (R$ 55) e as vacinas (R$ 25) do Costelinha e ofereci mais R$ 100 para que a moça o medicasse durante duas semanas. Neste intervalo, preciso arrumar-lhe um lar temporário ou uma casa de verdade para a Bia. Se voltar para a rua, o negão não resistirá. Quando fui me despedir, ele ainda juntou um restinho de força, colocou as patas no meu colo e lambeu meu nariz em agradecimento. "Amar o belo é fácil. O verdadeiro amor, porém, tem o poder de transformar".

Cliquem na imagem para contar as costelas do Costelinha

3.6.08

Perseguição divina muda de alvo

Após o terror do Bactrim líquido, Simba passou o dia soltando puns nucleares de nervoso. Bastava a gente chegar perto. Voltei à farmácia e comprei a versão "comprimidos" (esforçando-me para não pensar em como havia ficado feliz de ter gasto apenas R$ 9 num remédio), mas achei melhor esperar a segunda-feira para minimizar o trauma. Ontem, sozinha com meus 46 quilos, segurei o gordinho numa das mãos e entreguei a outra para ser triturada à vontade enquanto tentava encaixar a maldita drágea no fundo da garganta. Três dedos a menos depois, a tarefa parecia finalmente cumprida, quando ele deu dois passos e vomitou, obrigando-me a ligar desesperada para o Dr. E. Claro que na clínica veterinária a criatura abominável comportou-se de forma exemplar. Resultado: hei de dirigir até Utinga religiosamente todas as manhãs, durante uma semana, torcendo para que a dose única diária da medicação faça efeito, se não quiser interná-lo.

2.6.08

Perseguição divina

Não bastasse a epopéia da infecção de ouvido, Simba agora está com giárdia. Eu até suspeitava, pois o cocô dele sempre foi mais mole, amarelo e fedido que o dos outros bigodes, mas não quis acreditar. Primeiro, porque faz quase dois anos que o gordinho apareceu no jardim aqui de casa. Depois, porque pensar em lhe dar remédio me gelava a espinha.

Sexta-feira, porém, encontrei uma gota de sangue na caixa de areia e desisti de tentar justificar a catinga ambiente de Cheetos bolinha. Seguindo o conselho do veterinário, comprei sulfa + trimetropim, coloquei 2 ml na seringa, apliquei no fundo da garganta e assisti perplexa a criatura correr babando pelo quarto por meia hora. Nem o requeijão tapeou. Mariana disse que o remédio devia ter um gosto tão ruim quanto o Bactrim da nossa infância. E não é que era ele mesmo?!


Obs.: Sei que fotos de cocôs são plasticamente condenáveis, mas achei importante publicar pelo quesito "utilidade pública". Se seu bigode faz cocô assim, pode passar na farmácia mais próxima e pedir um terço emprestado à vizinha.


Leia também:

:: Era uma vez uma giárdia...
:: Giárdia exterminada!