Gatoca

Educação, sensibilização e mobilização pelos animais

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Mostrando postagens com marcador Intrú. Mostrar todas as postagens
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27.10.25

Dois anos do gato que ninguém quis

As pessoas enxergam um frajola comum, já com 6 anos, positivo para FeLV. Mas Intrú é o doce que se revela naquele sorvete azedinho, alívio cômico para os dias cinzas, buzina antissolidão. Chegou metendo o nariz rosado onde não era chamado, fez morada obstinado, ignorou dois humanos e quatro gatos.

Quando decidiu que merecia mais do que o chalé das madrinhas (❤️), obrigou Leo a improvisar um trono no estúdio, proibido para a gangue por causa dos equipamentos de fotografia, e chegamos até a tentar uma adaptação indoor. Só que a criatura surtou presa de madrugada, jogou no chão uma caixa de som pesada e fugiu pela janela impossível do banheiro.

Toca adaptar uma terceira residência para temporais, roubando a caminha de cachorro das doações e inutilizando a máquina de lavar, porque a lavanderia tem toldo na entrada e dá para isolar o elefante preto e branco da Jujuba ― a leucemia felina impede a convivência.

Ele ainda corre os riscos da rua e, de vez em quando, visita a família bastarda. Mas queria mesmo era trocar de lado da porta. A única exclusividade possível em Gatoca, no entanto, é a desta categoria no blog.



Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!
:: Agressividade por frustração?
:: Garoto propaganda do boletim +Gatoca
:: Um bicho que quebra expectativas (e outras coisas)
:: Intrú conseguiu morar dentro de casa ― parcialmente
:: Por que gato não deve ir para a rua, nem no interior
:: Intrú destruiu o estúdio e se jogou da janela

23.10.25

Gatificação: mapa da gatice | EG #38

Aproveitando a moda dos Bobbie Goods, que tal botar as canetinhas no álcool e desenhar o mapa da gatice da sua casa? Os capítulos anteriores desta série, inspirada em O Encantador de Gatos, livro do Jackson Galaxy, dissecaram os componentes de um lar gatificado: recursos do acampamento de base, arranhadores, mundo vertical e autoestradas (sem pontos de conflito ou zonas de emboscada), relógio solar e TV felina.

A ideia, agora, é fazer a coisa toda fluir.


Edição do jogo Boa Viagem que sobreviveu a quatro décadas

Comece pela planta baixa da residência, aquela que marca a divisão dos cômodos, com as portas e janelas, sabe? Inclua, então, os principais móveis humanos. E, usando uma cor para cada bichano, destaque com estrelas os lugares mais valorizados ― onde eles dormem, brincam, arranham. Mesmo que você não aprove. rs

Olhando essas áreas socialmente relevantes, já dá para identificar os móveis mais visados (e, muitas vezes, disputados), as áreas de maior trânsito e os pontos de discórdia, certo? Você provavelmente deve ter percebido também uma sobreposição entre os cantinhos favoritos dos peludos e os espaços onde sua família costuma se reunir.


Jogo Boa Viagem em quatro minutos de Intrú


Esse compartilhamento territorial é uma das bases da gatificação ― não adianta adotar o gato e querer que ele se contente com a lavanderia. Identificar o centro do território do seu amigo (ou gangue) permite planejar como distribuir melhor essa gatificação.

Para isso, marque no mapa a posição original dos itens do acampamento de base (os marcadores de cheiro): potes de comida, bebedouros, arranhadores, caminhas, autoestrada. Ficou tudo meio junto? Trate de espalhar, considerando os hábitos de cada integrante felino, os atritos e a convivência com os humanos.


Exemplo retirado do livro do Galaxy

Vale ressaltar que o mapa da gatice é uma coisa viva, assim como as relações que ele documenta. As preferências, portanto, tendem a mudar ao longo do ano, porque o sol bate em lugares diferentes, conforme a estação, e inverno pede cobertor quentinho, por exemplo, enquanto o piso frio da cozinha se mostra imbatível no verão.

E você deve ter notado que eu não falei da caixa de areia, né? É que ela merece um capítulo exclusivo. :)


(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivoaqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 18 anos de projeto. ❤)


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: E dormem menos do que parece
CAPÍTULO 23: Qual é o arquétipo do seu bichano?
CAPÍTULO 24: Identifique os lugares de confiança dele
CAPÍTULO 25: Gato medroso: faça do esconderijo casulo!
CAPÍTULO 26: 13 curiosidades felinas
CAPÍTULO 27: Existe bichano dominante (ou alfa)?
CAPÍTULO 28: A importância dos três Rs para um gato
CAPÍTULO 29: Três Rs: o jeito infalível de brincar
CAPÍTULO 30: Três Rs: como alimentar a gatitude
CAPÍTULO 31: Três Rs: limpeza e sono felinos
CAPÍTULO 32: Gatificação: um lugar para onde voltar
CAPÍTULO 33: Gatificação: arranhar sem destruir a casa
CAPÍTULO 34: Gatificação: planejamento urbano antitreta
CAPÍTULO 35: Gatificação: mundo vertical e autoestradas
CAPÍTULO 36: Gatificação: relógio solar e TV de gato
CAPÍTULO 37: Gatificação: necessidades especiais
CAPÍTULO 39: Gatificação: caixa de areia (estreia no dia 20 de novembro de 2025)

15.10.25

Colher com balança digital para ração: prós e contras

Se vocês me pegarem em um dia normal, vou dizer que a colher medidora de ração com visor digital para informar o peso quebra bem o galho. Agora, se a pergunta cair na madrugada em que ela soltou do cabo e espalhou grãozinhos pela cozinha inteira, talvez eu gaste os primeiros minutos xingando o designer de produto.

Sim, a ideia é facilitar a limpeza, já que a parte da bateria não pode molhar. Mas não precisava ser tão frouxa. Só funciona com mãos firmes, aliás, porque o peso muda conforme a inclinação ― precisa ligar com a colher apoiada em uma superfície plana, pegar o que se quer pesar (líquido ou sólido) e segurá-la horizontalmente. No ar ― algum físico explica?

Serve para quê, então? Para evitar a fadiga de tirar a balança tradicional da gaveta, sujar um recipiente trambolhudo e ter de descontar o peso dele no cálculo final, caso esqueça de zerar a tara. Dá, ainda, para alternar entre diferentes unidades de medida: grama (g), grão (gn) e onça (oz).

No caso do Intrú, beneficiário dessa compra porque não sabe lidar com oferta abundante de comida (chegou aos 6,1 kg!), eu cubro o fundo do pote com o molho da Pet Delícia e uso a colher para polvilhar a ração seca por cima, em menor proporção ― embora ela aceite até 500 g.

Assim, não corro o risco de ceder aos apelos frajolísticos. rs


Sinto que essa colher não joga a meu favor...


9.10.25

Cluboca do Livro: um ano de literatura e gatos!

Tudo começou com resolução de usar menos as redes sociais para voltar a ler livros em papel ― Mari ainda não havia comprado o Kindle e eu não fazia ideia de que preferiria e-books nas caminhadas ou antes de dormir. Era a virada de 2018 para 2019 e Leo escolhera o incentivo perfeito de presente de aniversário: a obra completa do Sherlock Holmes, escrito por Arthur Conan Doyle.

Eis que, por uma dessas coincidências bizarras do destino, a edição especial de Halloween do Cluboca do Livro tem um conto justamente do Doyle, chamado O Gato Brasileiro.


Mas faltou falar da criação do clube, né? Eu precisava espalhar para o mundo que os livros estavam me salvando em uma fase bem difícil. Entre os alarmes de cuidados dos felinos idosos, podia investigar assassinatos com idosos humanos. Sem sair de casa, dançava balé em Paris. O coração pesado pelas perdas descansava em um quarto que se moldava a humores mais leves. Ainda recorria aos acervos gratuitos da Biblion, do Skeelo (incluso no plano de celular) e da Amazon.

Nosso diferencial, claro, seriam os gatos ― como personagens, no título da obra, ilustrando a capa ou na biografia do autor. E, ao longo dos últimos 365 dias, tive o cuidado de equilibrar escritores homens e mulheres, sem repetir os países nem os gêneros literários.

Começamos por Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida, um misto de ficção de cura e realismo mágico. Aí, encaramos O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov, uma fantasia satírica. Relaxamos, então, com Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman, o mestre da comédia dramática. E, recentemente, estouramos pipoca com Um Gato entre os Pombos, da inglesa Agatha Christie, clássico mistério de detetive.


No dia 26, discutiremos Felinos e Macabros, coletânea de contos de terror assinados pelos estadunidenses Edgar Allan Poe, H. P. Lovecraft e Norman Hinsdale Pitman, pelo escocês Doyle, pelo irlandês Bram Stoker e por James Bowker, de quem não consegui descobrir a nacionalidade. Devo improvisar uma fantasia de bruxa ou vampira, com o guarda-roupa de ex-gótica. rs

Quer viver outras histórias, cair na risada junto, se emocionar e culpar o clima seco? Basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida para acompanhar os bate-papos (vale chimarrão, suco verde, chá de cogumelo, drink com guarda-chuvinha) e providenciar os livros ― usando nossos links, uma porcentagem vem para o projeto. :)


- Felinos e Macabros em papel
- Felinos e Macabros em e-book
- Qualquer produto da Amazon, clicando aqui

2.10.25

Intrú destruiu o estúdio e se jogou da janela

Eu tinha duas opções: prender o gordinho no estúdio do Leo ou fechar a porta com ele para fora, no temporal. Escolhi o cárcere, porque a última tempestade, justamente quando o frajola chegou por aqui, arremessou nosso portão contra o depósito de jardim. E fui dormir tranquila pela primeira vez em dois anos, sabendo que ele estava em segurança.

Quando levantei de madrugada para cumprir o ritual sachezístico da Jujuba, porém, atravessei o gatil levando guloseimas para ele também e dei de cara com o contêiner vazio. Vazio de gato, pois boa parte das coisas do Leo jazia no chão, incluindo uma caixa de som pesada que fica na mesa de trabalho.

Com os olhos ainda meio colados, demorei para perceber que a criatura em desespero tinha fugido pela janela do banheiro, a uns três metros de altura, depois de vencer a barreira do box ― e pisotear as toalhas. Voltou com cara de merda, no intervalo da chuva, me obrigando a tirar do monte de doações a caminha de cachorro dos meus sogros e interditar a lavanderia ― Intrú não pode conviver com Jujuba por causa da FeLV.


Não, não adotem o gordinho agora! No Dia Mundial dos Animais (sabadão), vocês levam também a caminha da vergonha! 😂



Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!
:: Agressividade por frustração?
:: Garoto propaganda do boletim +Gatoca
:: Um bicho que quebra expectativas (e outras coisas)
:: Intrú conseguiu morar dentro de casa ― parcialmente
:: Por que gato não deve ir para a rua, nem no interior

19.9.25

Como usar a IA para cuidar melhor do seu gato

Eu gosto de ter o trabalho de duas décadas roubado para treinar o robô de um sistema econômico que está louco para se livrar de mim? Obviamente que não. Mas essa é uma batalha perdida e me resta contribuir ensinando vocês a usarem a inteligência artificial generativa para o que ela realmente se propõe ― se não pode vencê-los, junte-se a eles!

Notem que fiz questão de incluir "generativa" porque hoje em dia até geladeira vem com IA para regular a temperatura de acordo com os hábitos da família. Já as IAs generativas aprendem pela análise de um grande número de dados e, combinando esses dados, conseguem gerar novas informações ― não, elas não criam, quem cria somos nós.


Outra crença importante de se desmistificar é que esse tipo de inteligência artificial não serve como buscador, porque alucina. Se existir bastante conteúdo sobre o assunto, a chance de acerto aumenta, mas, se você quiser saber o fim de um livro chatíssimo que o Kindle empurrou de brinde, a criatura vai inventar personagens, enredo e até plot twists ― qualquer semelhança com fatos da vida real... 😂

Eu sei, o Google retorna cada vez resultados gerados por IA. Ao lado, porém, aparece um ícone de link que mostra de onde saiu a informação ― chequem tudo, sempre. E como saber se a fonte presta? Comecem observando se o site é conhecido (grandes veículos de comunicação têm essa vantagem), se o texto está assinado, se traz a data de publicação e se não contém erros. Depois, reflitam: a que interesses ele atende? Por fim, comparem com outras fontes.

Recentemente, tive duas experiências legais com chatbots. (Gemini, da Google, ChatGPT, da OpenAI, e o chinês DeepSeek), de onde tirei a ideia para este post. Primeiro, pedi para resumirem em tópicos explicativos um vídeo que já havia assistido, poupando-me do trabalho de digitar, e ficou mais organizado do que o roteiro do veterinário.

Testo em Gatoca muita coisa que aprendo com especialistas em comportamento animal de outros países e esses chatbots também funcionam bem como tradutores ― entendo inglês e espanhol, mas ainda apanho do francês (o resto deixei para a próxima encarnação).

A segunda experiência foi um oferecimento do Intrú, dono de um paladar exigente, já que pode caçar comida fresca e variada no nosso terreno. Eu queria, então, substituir a ração de palatabilidade imbatível por uma marca que divide o pacotão de 7 kg em saquinhos de 500 g, também super premium, apostando na sedução do cheirinho constante de novo ― já ostento pegada ambiental exemplar como vegana home officer.


E precisava avaliar os ingredientes: eles correspondiam às quantidades ideais de proteína (entre 25% a 33%), gordura (mínimo de 9%) e taurina (entre 0,1% e 0,13%), essa última essencial para os olhos e o coração, segundo o veterinário Carlos Gutierrez? O chatbot não só respondeu como listou o que continha gordura naturalmente e o que era fonte de gordura explícita, ou seja, adicionada diretamente.

Faltava decidir o sabor: de frango eu sabia que ele gostava, carne não rola nem no sachê e salmão nunca tentamos. Acontece que justo a de frango não fazem na versão "bichos castrados" e o gordinho já é... gordinho.

O chatbot pontuou as principais diferenças entre a ração normal e a de castrados: teor de gorduras e tipos de óleos, ajuste de minerais (para prevenir problemas urinários), teor de fibras e calorias (para o controle de peso) e aceitação dos sabores. Ainda concluiu: "se seu gato demonstra tendência à obesidade ou problemas urinários, a ração para castrados é a melhor opção, independentemente do sabor".

Como robô serve para ajudar com cálculos, sistematizações e informações bem-definidas, uma ferramenta para economizar tempo de trabalhos mais mecânicos, comprei a de frango. Do frajola entendo melhor ― ele é um bichano ativo e, junto com a alimentação seca, a gente sempre oferece a úmida, blindando os rins . A balança aprovou minha escolha. 😊

Sem contar que tem IA ganhando o Darwin Awards, prêmio que celebra a capacidade humana de delegar às máquinas nossa habilidade de tomar péssimas decisões, por catástrofes variadas.

Se vocês quiserem informações baseadas na experiência de um ser humano real, aliás, com bigodes que possuem a quantidade certa de dedos, o arquivo do blog coleciona 1.896 posts. E agora dá para buscar no celular também, por palavra-chave, data de publicação e categoria.


P.S.: As fotos do Intrú não são de IA. Eu fiz uma graça no Photoshop para disfarçar a incompetência do celular da Samsung em trabalhar com luz e foco ― além de estufar a bateria com dois anos de uso.

5.9.25

Por que gato não deve ir para a rua, nem no interior

O mito do gato de vida livre dará seu último suspiro no interiorrr, porque as pessoas insistem em idealizar paisagens bucólicas, com moradores amorosos. Mas eu já compartilhei um vídeo do Intrú quase sendo atropelado em uma rua onde passa um carro por hora. E, quando descobri sua outra família, Seila relembrou que o jardineiro voltou de foice para revidar o ataque que ela havia sofrido pré-castração.


O frajola chegou aos 4 anos praticamente sem contato com humanos, se virando como dava pelas estradinhas de terra de Araçoiaba da Serra ― até vir parar na nossa casa. E, apesar de ter amolecido bastante nos últimos dois, ainda fica solto por causa da FeLV, que não me permite juntá-lo com a Jujuba, patrimônio histórico de Gatoca.

Pois, na segunda-feira, me contaram que a tia do pedreiro que presta serviço no bairro anda furiosa porque o gordinho entra na cozinha dela pela janela e rouba a comida da mesa. Eu divulgo para adoção, vocês acham que o meliante está mais feliz aqui e a real é que, um dia, ele pode não voltar mais.

A foto que abre o post, no entanto, foi tirada no nosso quintal mesmo, um imenso privilégio ― não entendia como a criatura não aproveitava, agora os passarinhos precisarão trocar de maternidade. rs


E temos uma nova intrusa!


O original não ataca porque é feministo ― privilégio não estendido aos machos, outro risco do acesso à rua e que lhe rendeu a leucemia felina. Mas fica agustiadíssimo.


E a história se repete...


Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!
:: Agressividade por frustração?
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:: Intrú conseguiu morar dentro de casa ― parcialmente

29.8.25

Cluboca do Livro: felinos macabros de Halloween

Atualizado em 8 de outubro de 2025, porque a data do encontro mudou

Confesso que consultei o calendário duas vezes para ter certeza de que o Halloween será em dois meses, intervalo de leitura do nosso clube ― sim, ficou faltando uma obra entre Agatha Christie e este especial de Dia das Bruxas, culpa da editora Maralto, que publicou uma coletânea superlegal de escritores brasileiros sobre gatos, mas se recusa a vender (tentei pelos canais normais, a assessoria de imprensa, amigos escritores e até pela designer).

Em ritmo de ano acabando, então, discutiremos Felinos e Macabros, outra coletânea, só que de contos assinados por mestres do terror: Edgar Allan Poe com O Gato Preto, H. P. Lovecraft com Os Gatos de Ulthar, Sir Arthur Conan Doyle (o autor de Sherlock Holmes) com O Gato Brasileiro e Bram Stoker com A Índia ― além dos menos conhecidos James Bowker com O Gato Espectral e Norman Hinsdale Pitman com O Tigre que Aquiesce.


Felino macabro


Felino fofinho

Ler transforma o cérebro, segundo a ciência, porque ativa múltiplas áreas para associar letras e palavras a sons e significados variados, criando novas conexões ― quando nos deparamos com o trecho em que Anna Karenina, de Tolstoi, se joga na frente de um trem, por exemplo, a região motora do cérebro se ativa, sem que saiamos da poltrona.

Dedicar-se a textos não superficiais ajuda a entender argumentos complexos, fazer análises críticas e até a identificar notícias falsas nas redes. Ao estimular o hábito da leitura em casa, a criançada também desenvolve habilidades emocionais importantes, como a empatia, fugindo da distração e do hiperestímulo que as telas tendem a provocar. :)

Nosso encontro ocorrerá no último domingo de outubro, dia 26, das 16h às 19h, pelo WhatsApp. Para participar, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando os links abaixo, uma porcentagem vem para a gente. :)

- Felinos e Macabros em papel
- Felinos e Macabros em e-book
- Qualquer item adquirido na Amazon partindo deste link ajuda o projeto

Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov
:: Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman
:: Um Gato entre os Pombos, da inglesa Agatha Christie

13.8.25

18º aniversário do Gatoca!

Depois do dominó de mortes felinas (todos idosos), da sabotagem da Hostinger (que nos deixou fora do ar por um mês e arruinou a indexação dos posts no Google) e do aperto financeiro por causa do golpe na construção da casa, a maioridade do Gatoca me pegou encasulada ― demorei a admitir, mas vocês devem ter notado a falta de comemoração nos últimos anos.


No domingo passado, porém, além do nosso aniversário, era Dia dos Pais e acabamos encarando a estrada para levar os meninos do Leo à exposição interativa do Julio Verne no MIS. Aqui, os três projetos mais longevos da minha vida se encontram: o jornalismo, este blog e a família que me permitiu experenciar as múltiplas fases da maternidade, em fins de semana alternados.

Não foi fácil perder a batalha da abóbora, após horas de argumentação científica. E muitas vezes senti que plantava sementes em terra rachada. Mas a natureza é um bicho resiliente e encontra seu caminho ― quando a gente menos espera, lá está uma florzinha se espreguiçando.


Vocês não imaginam como eu precisava ― na foto, falta a enteada do meio, que tem deficiência e considerou que não valia trocar o porto seguro da mãe por um escritor que tomou dois tiros do próprio sobrinho. Voltei para o interiorrr com o estoque renovado de felicidades para usar nos dias nublados. E continuar facilitando desabrochares.

Jujuba, a gata que só aprendeu a ronronar aos 13 anos, não desgruda mais nem na ioga.


E Intrú, depois de dez ataques, agora dorme embrulhado como um burrito.


Nestes 18 anos, foram 1.891 textos informativos, engraçados, emocionantes, mobilizadores. Mais e-book, boletim (de cara nova!), tentativa de canal no Youtube. E surpresa em forma de jogo (Gatonó), coletânea literária (Depois da Quarentena), série (AssassiGato), Cluboca do Livro.

Uma comunidade engajada, com experiências trocadas em 13,9 mil comentários, grupo acolhedor no WhatsApp e 28 parceiros ao longo da jornada — destaque especial ao Wings For Change, à Pet Delícia e à prefeitura de Sorocaba, na gestão anterior.

Os braços offline do projeto ainda envolveram 116 gatos, oito cachorros e quatro aves, um mutirão de castração, oficina com escoteiros e bandeirantes, roda de conversa com adolescentes, curso no Sesc sobre o poder do coletivo, clube de leitura na ONU, sob a imaginação da Rosana Rios.

Tudo isso com o apoio de vocês, em forma de rifa, lojinha, financiamento coletivo, clube de assinaturas, programa de afiliados. ❤

Bora para a terceira idade? 😂


Festinhas anteriores: 2024 | 2023 | 2022 | 2021 | 2020 | 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

8.8.25

Gatoca mobile agora tem busca e fui eu que fiz!

Se vocês não leram o título do post boquiabertos é porque não conhecem a história desta jornalista de papel. Nem deste blog, que já estragou alguns Natais em família. Sim, eu aprendi a programar no colégio técnico, mas em uma linguagem usada pelos fenícios para fazer rotina de locadora de vídeo ― os fenícios deixaram de existir há 2,2 mil anos e as locadoras de vídeo, tem mais de década.


No Wordpress, provavelmente as coisas fluiriam mais fácil. Só que o Blogger, publicador do Google, dava ao Gatoca um privilégio nos resultados de busca que não queria arriscar perder ― escrevi a frase no passado porque, com as inteligências artificiais generativas, a coisa anda mais nebulosa. Vai ter texto sobre o assunto também para que, independente do atravessador, nenhum gato ou gateiro sobre sem ajuda.

Pois no mecanismo de carroça do Blogger, nada funciona de forma intuitiva, toda alteração no código dá conflito (já havia abusado do Beto) e até agora não entendi porque a busca que aparece na versão para desktop do blog não pode ser replicada no mobile. Lá fui, então, criar outra no Google Programmable Search Engine, aprender a debugar a programação do celular no computador e ver o Gemini se compadecer de todo o esforço.


Para ampliar, cliquem nas imagens

Três dias de digitação frenética e olhinhos apertados depois, me sentia a própria Mrs. Robot.


A boa notícia é que agora vocês podem digitar na lupa do smartphone qualquer palavra-chave referente à dúvida ou ao problema que estão enfrentando e a busca retornará todos os posts (e fotos) sobre o tema, mesmo que não apareça no título.

Em tempos de informações duvidosas, é um privilégio poder contar com um arquivo de 1.892 textos, baseados na experiência de quase duas décadas de um ser humano real, com gatos que possuem a quantidade certa de dedos.

Se eu fosse vocês, testaria com a palavra "zabumba" (até o dia 31). 😉

23.7.25

Mágico contra menu sanduíche e um gato chamado Pó

Eu sabia que a versão para celular do Gatoca era pobre: uma linguiça de posts, que não dava a real dimensão do projeto ― empreitada de quase duas décadas, com ações offline também. Mas, quando Leo criou o design e meu irmão programou, em 2015, isso não importava, porque os smartphones ainda tinham de comer muita bateria para substituir os acessos por computador.

O tempo passou, a gente mudou de cidade duas vezes (de São Bernardo para Sorocaba e depois, Araçoiaba), enterrou nove gatos e agora a molecada não faz a menor ideia de por que alguns de nós insistem em digitar num trambolho com pouca mobilidade ― trambolho que considero parte da minha identidade, aliás. Junto com a pouca mobilidade.

Pois há mais de ano tento inserir no mobile um menu sanduíche (ou hambúrguer), aquele dos três tracinhos empilhados, para quem prefere o blog na palma da mão poder buscar os posts por data (desde 2007!), categoria, mais lidos ou séries. Ficar por dentro das iniciativas e dos parceiros do projeto. Consultar os links de ONGs bacanas para adoção e as formas de nos apoiar ― pelo Catarse ou sem gastar um centavo.

Cheguei a pensar que precisaria de um programador em Phyton, por causa de uns arquivos perdidos no servidor. Mas o que faltava era alguém que considerasse o Gatoca importante o suficiente para virar a madrugada lutando com as limitações do Blogger. Apesar de Beto (Spinelli) programar em Phyton também. E tirar da manga outras mágicas, como o isolamento térmico da casinha do Intrú.


(A mágica da foto é do Leo)

Beto é um amor de 25 anos que só trocou de prateleira. E precisou conhecer a Sil para vir para o lado peludo da força, já que eu não gostava de gatos. Juntos, eles adotaram o Pozinho, ao final de uma escalada com esse nome em Pindamonhangaba ― e a criatura nada desgastada consegue ter irmãs ainda mais espirituosas: a Gorfi e a Milho.


O mínimo que eu podia fazer para agradecer era colocar o programador-físico-aventureiro no Gramado da Fama, né? Além de divulgar o trabalho incrível do Caramelo Biônico, em que ele mistura inteligência artificial, eletrônica e arte (apaixonem-se pelo Zoltron!).


Sigo com a batalha tecnológica para incluir o clássico campo de busca por palavra-chave. Mas só amanhã.

*

Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada na nossa campanha! ❤️

11.7.25

Um Gato entre os Pombos: encontro 'Cluboca do Livro'

Agatha Christie tem personagens planos, com enredos poucos críveis? Totalmente. Ainda assim, garante a pipoca amanteigada. Imaginem criar não apenas um, mas meia dúzia de detetives com trejeitos únicos, Hercule Poirot e Miss Jane Marple entre os mais famosos, para desvendar crimes em 80 romances e contos, sendo mulher, no século 20 (de 1920 a 1976)!

A própria vida da escritora guarda um mistério digno de livro: quando o marido, que já estava com outra mulher, pede o divórcio, seu Morris Cowley verde é encontrado no barranco de um lago no Reino Unido, com os faróis acesos, uma mala, um casaco de pele e a carteira de motorista vencida. Agatha passa, então, 11 dias desaparecida, mobilizando 15 mil voluntários, entre escoteiros, mergulhadores e pilotos de avião.


Companheira de trabalho

Até que a encontram em um hotel, a quatro horas e meia dali, com um nome falso, alegando sofrer amnésia. Há quem culpe o acidente de carro, aqueles que acreditam em vingança arquitetada contra o marido infiel e a hipótese de que tudo não passou de um golpe publicitário para aumentar as vendas de O Assassinato de Roger Ackroyd, lançado semanas antes.

A gente se encontrou no fim de junho, porém, para discutir Um Gato Entre os Pombos, com motivação revelada e mortes, no plural. A história começa na revolução de Ramat, uma cidade fictícia no Oriente Médio, e acaba em Meadowbank, escola britânica para meninas ricas, onde malfeitores dignos do Monty Python se alternam na tentativa de roubar meia dúzia de pedras preciosas.


Lembrar de tirar foto antes de ficar roxa, a gata dormir e o povo se evadir

Sim, tem orientalismo, machismo e conservadorismo, afinal se trata de um livro de 1959. Mas justamente por ser um livro de 1959 é que a gente se surpreende quando a autora contrapõe esse ranço da época pela boca de personagens mais progressistas ― acho que só o preconceito contra as francesas sobra sem defesa. rs

Nossa conversa partiu da Guerra Fria, passando pelo feminismo, capitalismo tardio como projeto, desafios da educação, direitos da criança e do adolescente, e terminou com Viviane Silva promovendo Poirot a sommelier de joelho ― eu trouxe como referência os podcasts Pra que serve a escola?, do Atila Iamarino com Diana Gonçalves Vidal, e Paulo Freire: trajetória e legado na educação brasileira, do Icles Rodriges com Joana Salém Vasconcelos.

De joelho não entendo muita coisa. Espero ter compensado com a indicação de um clássico de detetive pouco conhecido por aqui, que satiriza justamente essas fórmulas prontas dos livros de investigação: O Mistério dos Chocolates Envenenados, escrito pelo inglês Anthony Berkeley. E volto para contar quando a obra de agosto (ou outubro, rs) for decidida.


Companheiro de leitura no jardim


Para viver outras histórias, cair na risada junto, se emocionar e culpar o clima seco, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando nosso link da Amazon (para qualquer produto, aliás), uma porcentagem vem para o projeto. :)


Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov
:: Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman

4.7.25

Intrú conseguiu morar dentro de casa ― parcialmente

Ele continua tendo FeLV, Jujuba continua tendo 18 anos, mas o frajola é obstinado e mudou seu destino quando botou na cabeça que merecia mais do que o chalé comprado pelas madrinhas: as temperaturas baixando e o chantagista dormindo no chão de terra sob o nosso contêiner ― Seila deve roncar! Até que Leo liberou o estúdio para tentar uma adaptação indoor.


Os primeiros dias Intrú passou com a cara colada na porta de vidro, olhando para a gente.


Depois, acostumou a ficar sozinho, só que se recusa a usar o banheiro para o seu objetivo original ― como não está com verme nem desnutrido, culpo o estresse.


Somos obrigados, então, a deixar a porta aberta. Com vento, na chuva, batendo 5ºC à noite ― a janela que dá para fora do gatil é alta. Leo improvisou uma cobertura de lona e eu fiz esta gambiarra com gancho de vaso e sacola de supermercado para manter o vão na menor largura em que o gorducho consiga passar.


Ainda sobra o dilema da comida. Toda madrugada, quando Jujuba me acorda à espera do sachê, atravesso o gramado congelando para levar a ração úmida dele. Mas no domingo, por exemplo, passarei o dia fora. E, qualquer coisa que coloco no pote, a criatura, praticamente de volta aos 6 kg, come de uma vez.

Um gato obeso dentro de casa já pode desenvolver diabetes, problemas nas articulações, doenças cardiovasculares e alterações neurológicas. Na rua, com carros desatentos, pessoas cruéis e animais briguentos, os riscos se acumulam.

Pensei em comprar um comedouro automático, daqueles que a gente programa o horário das refeições, sabem? Mas não custa barato e fico receosa de perder a batalha da alimentação úmida ― como já lidamos com a leucemia felina, tento evitar a insuficiência renal.

O que vocês fariam no meu lugar? Certeza mesmo que ninguém quer adotar um gato cheio de personalidade, com patinhas de elefante? rs


Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!
:: Agressividade por frustração?
:: Garoto propaganda do boletim +Gatoca
:: Um gato que quebra expectativas (e outras coisas)

29.6.25

18º quase-aniversário do Gatoca e bastidores

Houve uma época em que eu passava janeiro inteiro comemorando meu aniversário ― almoço fora com o namorado, barzinho com os amigos para conversar, jogatina com a galera de espírito jovem. Gatoca mantém a tradição dos dois aniversários, porque é engraçado ter criado o blog e demorado seis semanas para juntar coragem de escrever o primeiro post, mas faz tempo que não rola uma festança.

Hoje, por exemplo, a vontade é de aproveitar o dia como a Jujuba: encolhida no sol.


Ou como o Intrú: esticado no sol.


Nossa jornada, porém, coleciona marcos importantes, que não podiam passar em branco: 1.884 posts, e-book, mutirão de castração, oficina com crianças, roda de conversa com adolescentes, canal no YouTube, websérie felina, loja colaborativa, boletim, Gatonó, edital do Condeca com a prefeitura de Sorocaba — os links estão neste post.

Espero voltar em 10 de agosto com menos blusas e mais animação. 😂

Festinhas anteriores: 2024 | 2023 | 2022 | 2021 | 2020 | 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

25.6.25

Quando a nostalgia escapa do passado

Eu não queria estudar na ETE, do mesmo jeito que não pretendia trabalhar no Banco do Brasil. Só que era nerd demais para não passar entre os primeiros colocados do vestibulinho (viva a redação!) e, anos depois, no concurso público. O curso técnico, porém, diferente do colégio de bacana para onde haviam mudado as amigas de infância, foi a maior escola de vida que tive.

Não, não consegui estágio em processamento de dados, por isso o Banco do Brasil. E também não segui carreira lá, para desgosto da família, porque aos 9 anos já havia decidido pelo jornalismo. Mas guardo com carinho na lembrança os arco-íris de canudo cruzando a praça de alimentação do Metrópole, nossas peças em teatro de verdade, Rosinha se escondendo das fotografias na cortina, as viagens de troleibus para o Masp.

E até o dia em que chamei o Peruquinha, de geografia, para tirar uma dúvida e assisti mortificada à cola cair em câmera lenta do meio das folhas da prova ― odeio geografia. Para não parecer que chamávamos todos os professores no diminutivo, tinha o Valtão, de matemática, que fazia bolinhas de catota e o Renatão, de história, que partia giz na guilhotina em miniatura para jogar na gente. Como era o nome mesmo do professor que dormia no meio da explicação?

Além de material para décadas de crônicas, a ETE me deu amigas de recarga vitalícia ― quando estou triste, abro nosso grupinho no WhatsApp. Eli já havia vindo de São José dos Campos carregando no ônibus copos delicados de presente e tomate confit para o almoço. Na Páscoa, comprou ovo vegano. Ainda me incluiu no plano familiar do Duolingo.


Porto Seguro, 1997

Tentei agradecer convidando-a para o Cluboca do Livro e recebi um e-mail do Catarse com a assinatura dela. O mínimo que podia fazer era tirar Intrú do descanso pós-descanso para acompanhá-la no Gramado da Fama. 💚



A criatura mais engraçada (embora viva querendo me repassar esse troféu) se junta aos apoiadores mais maravilhosos, que garantem a sobrevida deste projeto. 🤗

Obrigada, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande...

...Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura, Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Elisângela Dias...

...Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Erika Urakawa, Vera e Gabriela Fromme, Lucia Trindade, Aline Silva, Caroline Rocha, Sara Gonçalves, Soraia Mancilha, Celina Matsuda e Paula Martinez!

Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada na nossa campanhaaqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 18 anos de Gatoca. ❤️

18.6.25

Um gato que quebra expectativas (e outras coisas)

Às 19h do dia 30 de maio, recebo uma foto do Intrú afundado no cobertor vermelho da Seila, com o desejo de um fim de semana aconchegante. Uma hora e 15 minutos depois, ele está miando aqui na porta, onde não pode entrar, deitar na cama nem passar um fim de semana aconchegante.


Para ampliar, cliquem na imagem

Mesmo tendo duas casas, aliás, o cara de pau continua arrumando confusão na rua. Na sexta-feira retrasada, apareceu com um galo na cabeça que virou abscesso, me fazendo arriscar os dedos para limpar com Dakin.


Já cicatrizando

E, no último domingo, interrompeu nossa maratona de seriados para bater boca com um gato branco que resolveu invadir o terreno que ele invadiu primeiro. Correu atrás do coitado até quebrar na raiz um resto de árvore com os quilos extras de Pet Delícia.



Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!
:: Agressividade por frustração?
:: Garoto propaganda do boletim +Gatoca