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Mostrando postagens com marcador Gatoca. Mostrar todas as postagens
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11.10.24

Saruoca: o dia em que Intrú desmantelou um Airbnb

Quando Intrú encasqueta com um bichinho, não tem ração, carinho ou brinquedinho que tire o foco. E foi assim que ele se plantou ao lado do buraco que conecta a fiação elétrica da nossa casa ao poste de luz, esquecido aberto pelo Leo no último domingo.

Na escuridão do interior, enxerguei um ratinho lá no fundo, fiz uma barricada para protegê-lo durante a madrugada e Leo jogou uma banana antes de ir para São Paulo, na manhã seguinte, que desapareceu quase instantaneamente.


Sozinha com o gato e o rato, que na verdade era um saruê, apelei à Defesa Civil (199). Das 10h24 às 11h11, o agente Barros pescou folhas, fios, um filhote, o pai, a mãe e outro filhote acoplado na bolsinha!






Eu participei com interjeições, água e amoras. A família sortuda rumou para o centro de reabilitação de Araçoiaba da Serra, onde passará por exames para mapear o total de bebês, paridos ou não.



O gorducho nem se importou com a movimentação. Mas, à noite, lamentou a partida do jantar.

9.10.24

Gatoca lança um clube do livro diferente!

Com os cuidados que os bigodes idosos andam demandando e o dinheiro tão apertado quanto o coração, não viajo há mais de cinco anos ― nem bate e volta para a praia. E o que tem salvado meus dias são os livros. Sem sair de casa, posso investigar assassinatos com outros velhinhos, dançar balé em Paris, ser roteirista de programa de TV, dormir num quarto que se molda ao meu humor ― essa talvez não fosse uma boa ideia agora. rs

Na maioria das vezes, nem gasto nada porque aproveito o acervo da Biblion, do Skeelo (que vem no plano de celular) e as promoções agressivas de e-book da Amazon (precisa garimpar). Achei, então, que seria legal compartilhar esse passatempo com quem também gosta de gato.


O Cluboca do Livro nasceu no nosso grupo de apoiadores, como um espaço para viver outras histórias, cair na risada junto, se emocionar e culpar o clima seco. Mas ganhará um puxadinho exclusivo, dentro da comunidade do Gatoca. E vocês podem participar só dele, assinando a recompensa de R$ 15 no Catarse. A única exigência, além de providenciar o livro, é escolher uma bebida para acompanhar o bate papo ― vale chimarrão, suco verde, chá de cogumelo, drink com guarda-chuvinha. :)


Começaremos por Vou te receitar um gato, best-seller japonês de Syou Ishida, que não está na foto porque ainda não comprei. Foi uma indicação da Cora Rónai, em sua coluna n'O Globo sobre healing literature, a "literatura de cura" surgida com a pandemia para quem não aguentava mais o clima de fim de mundo, cheia de livrarias, bibliotecas, cafés, lojinhas de conveniência e felinos.

E fiz questão de estabelecer um tempo de leitura é generoso (dois meses), porque todo mundo já se massacra para cumprir outros cronogramas. No começo de dezembro, então, a gente se encontra por videoconferência ― fiquem de olho no e-mail automático que o Catarse envia com o link para entrar no grupo!

13.9.24

Oficina de escrita 'hot' para gateiras!

Tudo começou com a sugestão, no nosso grupo de apoiadores, de transformar o conteúdo do Gatoca em livro ― formato que já experimentei em 2016, com o Manual do Gateiro de Segunda Viagem, antes de e-book ser modinha. E terminou com a Lorena Fonseca elucubrando se os bichanos já acompanhavam humanos ao banheiro no Antigo Egito.

Entre as duas coisas (e o desafio dos boletos), comentei que escreveria um romance hot, abrindo os bytes para a conversa mais surreal do Cluboca. Bárbara lamentou não levar o dom, porque "tem gente ganhando seis dígitos com esse tipo de literatura". E Aline Fagundes prontamente apresentou a solução: "Pensa que os personagens são gatos! Passaram-se horas de gritos, unhadas vorazes e mordidas calientes sob o luar. A língua indo e vindo, alcançando lugares inimagináveis".


Regina Haagen pontuou, então, que essa aspereza poderia acrescentar uma pegada BDSM (bondage, dominação, sadismo e masoquismo) e já anunciou o protagonista: "Vejo grandes possibilidades no rabão do Pingu" ― o pequeno da Vanessa Araújo tem realmente um rabo avantajado. E Liliane Molina tratou de monetizar a ideia, criando a oficina que dá título ao post ― "primeira e única do gênero".


Tudo brincadeira, claro, mas rendeu risadas molhadas, no sentido inocente da expressão, num momento em que eu estava precisando muito. Essa comunidade, não canso de repetir, é a maior riqueza do projeto. Se você quiser não escrever romances hot com a gente ou estiver precisando trocar o aspirador de pó, basta clicar aqui.

Vale dizer que, em um grupo com duas dezenas de participantes mais ativos, 10% levaram bigodes ao motel. Roxana, nome fictício para preservar a identidade da leitora, viajou de carro do Rio de Janeiro até Brasília e acabou parando para dormir com os peludos na cama redonda. Já Paulina resgatou o felino no próprio motel, deixando na portaria para pegar na saída. E quem não se identifica com Nicolette, que tinha seu desempenho julgado por Mia?

O cabaré está on, sim, Simone!

30.8.24

Porque é tão difícil saber quando parar de tentar

Para comemorar oito dias sem vômitos, Keka inaugurou as diarreias explosivas ― aquelas que conseguem sujar duas paredes do banheiro ao mesmo tempo. Na segunda-feira! Isso quer dizer que o organismo está absorvendo menos nutrientes, de uma dieta já sem troco pelo avanço da doença renal. E, ontem de manhã, parecia que não havia sobrado nada para a magrela aproveitar no fim dos 17 anos.


Desafiando as leis da física, da biologia e da química, porém, o vídeo abaixo é sequência da foto anterior. Sim, a frajola desistiu de morrer para caçar um lagartinho ― coisa que não fazia nem quando tinha a saúde perfeita. Ou melhor, arriscou pela primeira e única vez no ano passado, com um grilo persistente.


Como brincou Mariana, a curiosidade ressuscitou o gato?

23.8.24

O Gatoca segundo Ana Roxo (e Tati Fadel)

Quando eu era pequena, bem pequena, desisti do balé clássico porque a professora disse que demoraria para subir na ponta, já que meus ossos ainda estavam em formação. Maiorzinha, abandonei a ginástica olímpica quando um braço ficou para fora do tatame durante o rodante-flic e acabei estatelando a cabeça no chão. Também larguei a fanfarra, o piano e o flamenco, além do curso de alemão e do teatro, porque só sei fazer bem mesmo uma coisa: escrever.

E foi com ronroneos que ouvi Ana Roxo, dramaturga, e Tati Fadel, professora de redação (amante de ornitorrincos e escrita cuneiforme), elogiarem os textos do Gatoca em um canal de 65 mil seguidores ― na foto, as duas pronunciam Mercvrivs ("mercúrius"), o frajola simplão de nome pomposo (culpa do Eduardo) que mudou minha vida. Keka quis muito modelar, aliás, mesmo combalida, o que demandou tempo extra na tentativa de salvar os cliques com iluminação ruim (também não sou boa nisso).


Vocês podem assistir à live completa aqui, mas cortei o trecho que mostraria à minha mãe, se ela ainda estivesse por estas bandas ― já me chamaram de Lebiste, Lewinsky, mas Ceviche foi a primeira vez (tem vegano?). Ana e Tati anunciam nossa parceria de arte, gatos e lubrificação ocular, enquanto jogam conversa fora, porque nem todas as relações precisam ser produtivas e é nos afetos positivos que mora a revolução.


Que tal um desenho de desaniversário? Tem desconto até o dia 31!

21.8.24

Gato velho pode tudo!

Atrapalhar o trabalho.


A insustentável leveza do ser

Fazer arte com a comida.


Ração sobre chão

Vomitar na capa do colchão que você acabou de lavar.


O importante é ter saú...

16.8.24

Novidade que junta gatos, arte e lubrificação ocular!

Eu achava que andar de roupa furada e comprar duas escovinhas importadas justamente para os meliantes que furaram as roupas me colocava no topo do ranking da abnegação. Conversando no Cluboca, porém, nosso grupo maravilhoso de apoiadores, vi que tem gente que chega a gastar 80% do salário com gatos que resolveram envelhecer ao mesmo tempo.

E você, qual foi a última vez que escolheu algo para você? Quantos brinquedinhos passaram na frente, sumariamente trocados pela embalagem? Talvez um granulado higiênico que deixe o apertamento com menos cheiro de banheiro? Certamente uma comida mais balanceada do que a que seu corpo cansado dá conta de cozinhar depois de uma jornada estendida de trabalho.

Neste fim de ciclo da gangue, tenho pensado muito sobre a vida que me trouxe até aqui e para onde gostaria de levá-la nos próximos anos ― nem tanto um destino, mais uma sensação, sabe? Dias sem sobressaltos, tempo para abraços presenciais, ludicidade. Na impossibilidade de um piquenique em Versalhes, comecei pelos livros: uma sequência de comédias românticas que beira a diabetes.

Pendurei a tapeçaria do Peru que ganhei da Amanda. Distribuí vidros com flores secas pela estante (alma gótica). Fotografo o nascer do sol sempre que as meninas me acordam vomitando. E escrevi para a Ana Roxo decidida a ter um original que ilustrasse a jornada do Gatoca.


Ela aceitou a parceria e sem saber desenhou a tatuagem que, duas décadas atrás, idealizei como lembrete de que nem tudo se resumia à razão ― com um coração do lugar do gato, porque ainda achava que não gostava de gato. Aí Mercv chegou arrancando emoções na unha (essa história vocês conhecem) e dispensou demais registros sobre a pele.

Acompanhando a aquarela, veio esta cartinha:

Fiquei muitos e muitos dias trabalhando em cima de tudo que eu sabia e de fotos do Mercvrivs, e a imagem da janela se abrindo pro sol entrar não saía da minha cabeça. Trabalhei no desenho digital, bastante tempo, achando tudo muito ruim, e sentindo que precisava caprichar, pelo Mercv (veja a intimidade) ter feito tudo o que ele fez, mesmo sem fazer muito nada, como os gatos fazem.

Depois de um tempo frustrada e não acessando o que eu realmente queria com aquilo, voltei pro analógico e peguei meu caderno de desenhos (em português chamam de
sketchbook), que é onde tenho os desenhos mais pessoais mesmo, coisas como estudos ou estados (de alma), e desisti de encontrar beleza pra ver se eu achava sentido em tudo que eu estava sentindo.


Quando meu cachorro Samuca morreu, estava no México. Desenhei o Samuca com asas muito coloridas, pra lidar com a dor, asas de alebrije (procure saber). E foi a partir do desenho do Samuca que voltei a desenhar, comecei a estudar, saí de uma (ainda que leve) depressão por não estar no Brasil e não estar fazendo teatro (minha arte materna, tipo que nem língua materna). Samuca fez isso por mim e entendi que o Mercvrivs tinha que ter asas. Aí o resto foi.

Não sei se está à altura dele e do que ele fez, mas foi feito com muito amor e em meio a lágrimas e patinhas dos meus gatos (impressionante como eles gostam de tomar água de aquarela).

Obrigada por me deixar desenhar o Mercv. Obrigada Mercv pelo Gatoca (que é culpa sua). Obrigada, Beatriz, por não deixar aquele e mail ir pro Céu dos E-mails.



Também chorei. A vida é bela e doída e maluca e intensa, mas, acima de tudo, um sopro. Se você estiver precisando recomeçar, quiser eternizar um amor que partiu, presentear um gateiro querido ou só achar que uma parede branca sempre pode ficar mais colorida, manda um "oi" para Ana: anaroxxo@gmail.com ― ela tem um livro infantil lindo, lindo em financiamento coletivo e um canal, junto com a Tati Fadel, cheio de vídeos essenciais, como a série sobre a culpa.

Ah! Os valores dependem do tamanho e da complexidade do desenho, 20% vem para o projeto poder explorar horizontes outros e leitores do Gatoca ganham 10% de desconto até o fim de agosto, para comemorar nossos 17 anos de resistência.

Como prefiro dar dinheiro a quem empodera e ajuda a sonhar outros mundos, em vez de deixar bilionário mais rico, os algoritmos das redes sociais provavelmente reduzirão o alcance da nossa parceria. Empresta seus dedos para subverter o sistema? Qualquer comentário, curtida, compartilhamento já faz valer o empenho da Jujuba na sessão de fotos. 😂

10.8.24

17º aniversário do Gatoca!

Escrevo este post sob as cobertas porque chove lá fora — e aqui dentro não parece muito mais seco. Em dez minutos, o alarme tocaria para a sexta rodada de comida na seringa, mas Keka se antecipou e até lambeu sozinha na xicrinha. Quando penso que a batalha está perdida, ela tira forças do alçapão renal para mais um passeio no gatil, dois beliscos de sachê, três minutos de colo com cafuné.

O dedão da mão esquerda ainda lateja pela queimadura de segundo grau com cera quente. E essa nem foi a maior estupidez do fim de semana passado. Eu, que nunca fumei, sequer bebi de passar vergonha, tive a pior viagem da existência porque comprei um bombom de cogumelo mágico no trailer da feirinha de artesanato que anunciava feijoada vegana, hambúrguer e batata-frita.

Aí, em vez de paisagem bucólica, com música good vibes e pessoas de branco buscando o autoconhecimento, fui assistir a Criminal Minds, frustrada com o gosto insosso do chocolatinho. O alarme das seringadas tocou (ele toca o dia inteiro) e minhas pernas derretiam, enquanto o queixo da Keka inchava e a torneira da cozinha entortava.

Comecei rindo feito o cachorro da vizinha quando tenta latir com a bolinha de borracha presa na boca (fifo-fifo-fifo-fifo) e terminei aos prantos "porque a vida era muito solitária". Se você pretende perder completamente o controle do corpo, recomendo investir na endoscopia — com dois sedativos conto histórias ótimas, Mariana pode provar.

Mas por que esse relato aleatório em um blog de gatos? Porque não está sobrando gato — nem Intrú deu as caras hoje. E talvez o Gatoca já tenha cumprido sua função. Nestes 17 anos, foram 1.828 textos informativos, engraçados, emocionantes, mobilizadores — contra os algoritmos das redes sociais e agora a inteligência artificial, que rouba nosso conteúdo e não dá sequer a visualização.

Mais e-book, boletim, tentativa de canal no Youtube. Sementes em forma de jogo (Gatonó), livro (Depois da Quarentena), série (AssassiGato). Uma comunidade engajada, com experiências trocadas em 13,3 mil comentários, grupo acolhedor no WhatsApp e 27 parceiros ao longo da jornada — destaque especial ao Wings For Change, à Pet Delícia e à prefeitura de Sorocaba, na gestão anterior.

Os braços offline do projeto ainda envolveram 116 gatos, oito cachorros e quatro aves, um mutirão de castração, oficina com escoteiros e bandeirantes, roda de conversa com adolescentes, curso no Sesc sobre o poder do coletivo, clube de leitura na ONU, sob a imaginação da Rosana Rios.

Tudo isso com o apoio de vocês, pelo qual sou imensamente grata, em forma de rifa, lojinha, financiamento coletivo, clube de assinaturas. Mas sinto que preciso sonhar outros sonhos, entendem? Depois que conseguir dormir oito horas por noite, claro — o que não deve acontecer tão cedo, então bora manter o ritmo da digitação! Na semana que vem, aliás, divulgo nossa nova parceria, justamente para quem está precisando de afago na alma.

Espero seguir acompanhada. ❤


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31.7.24

Não morar (mais) com uma gangue felina...

...é como estar de férias na sua própria casa. Não tem gato brincando e brigando e correndo e roncando e caçando e miando, tudo ao mesmo tempo. Se os sobreviventes passarem dos 17 anos, então, você pode sentar neles sem perceber.


Exceto durante as madrugadas, quando a velhice resolve botar os sintomas de fora.

16.7.24

Quadrilha escatológica

Jujuba vomitou na Keka, que vomitou na Pimenta, que não tem mais força para vomitar em ninguém. Parece releitura do Drummond, mas foi mais um dia em Gatoca, iniciado antes do sol, das galinhas e até de o Intrú chegar da rua gritando pelo café da manhã.

Frio de endurecer os dedos e eu esfregando o almofadão, tentando desgrudar as gatas e superaquecendo o secador. Para repetir tudo de novo à tarde, no colchão que fica no escritório, só trocando as personagens.

Este post é um choro a menos.

10.7.24

Um ano sem Pipoca e Pufosa

Lembro do pessoal da ETE brincando, no longínquo 95, que eu não sabia mentir, porque matei o avô que depois virou avó só para faltar à aula. Mas a verdade é que perdi ambos na sequência, em uma releitura torta de Romeu e Julieta. E a singularidade se repetiu no ano passado, quando Pufosa morreu dois dias depois da Pipoca, estraçalhando a família Guda de vez.

Não deu muito tempo de sentir saudade, porque logo Chocolate adoeceu e agora alterno os cuidados entre a Pimenta e a Keka. A cada semana mais perto de encerrar esse ciclo iniciado sem rugas nem cabelos brancos, me pergunto: como ressignificar um luto de duas décadas?

29.6.24

17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores

Não tinha imagem melhor para representar a data do que esta foto do Intrú, metade luz, metade trevas. Às voltas com a doença renal da Pimenta e a gastrite da Keka, ambas de vida gasta, o frajola com patinhas de elefante tem salvo meus dias ― ora chegando da rua com aquelas teias de casarão de filme de terror na cabeça, ora invadindo nosso quarto todo desajeitado pelos quilos recém-adquiridos.


Antes que alguém me xingue pela guarda irresponsável, Intrú é um gato FeLV+ que acampa do lado de fora da porta de vidro aqui da lavanderia, enquanto não aparece sua família definitiva. E, quase duas décadas depois, uma criatura estranha que não escolhi vem ressignificar tudo de novo. ❤️

Ao longo dessa jornada, já colecionamos 1.818 posts, e-book, mutirão de castração, oficina com crianças, roda de conversa com adolescentes, canal no YouTube, websérie felina, loja colaborativa, newsletter, Gatonó, edital do Condeca com a prefeitura de Sorocaba — os links estão neste post.

E espero voltar no dia 10 de agosto com oito horas de sono dormidas para comemorar o aniversário oficial do Gatoca sem olheiras — "quase-aniversário" é quando você cria um blog e demora 42 dias para juntar coragem de escrever nele. 😂


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24.4.24

Gatoca agora é PB

Quando você adota metade de frajolas, outra metade de sialatas e perde a última gata em cores, sobram 50 tons de preto-e-branco.


Keka, Jujuba e Pimenta continuam grudinhas, às vésperas de completar 17 anos, mas só nos dias frios ― Guda deu um bom golpe da barriga.


E nem o intruso escapou da paleta econômica.


Para não acharem, então, que se trata sempre do mesmo gato nos posts, fica a dica: Keka tem cavanhaque, Pips bigode, Intrú máscara e Jujuba é diferente. rs

Este texto em especial traz o colorido da Lucia Trindade e da Aline Silva, estreando no Gramado da Fama. Lucia acompanha o Gatoca há uma década, mora no Rio de Janeiro, trabalha com museus (sonho!) e batizou um dos peludos de Balão. A paulistana Aline faz pesquisas na área de química, tem quatro idosos e tirou Gordinha da crise com as dicas que aprendeu aqui sobre soro subcutâneo e alimentação úmida. Bem-vindas oficialmente, meninas!


Um aperto a distância também para Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto...

... Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura...

...Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim, Elisângela Dias, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Sandra Malacrida, Vera e Gabriela Fromme, que não deixam o projeto morrer! 🤗


(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer se tornar apoiador também? Dá uma fuçada nas recompensas da campanhaaqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 16 anos e meio. ❤)

31.3.24

3 anos de casa nova, menos 5 gatos, mais 1 intruso

Por quanto tempo uma casa ainda pode ser considerada nova? E se antes mesmo de você mudar, a casa em questão, construída do zero, já colecionava problemas? Talvez, em 2025 eu troque o título para "4 anos de Araçoiaba da Serra". Ou não ― a ideia de novo faz a vida parecer menos velha, principalmente quando a gente lida com impotência e morte.

Sei que pareço um disco quebrado, mas a conjuntura não colabora, né? Nos últimos 365 dias, Pipoca e Pufosa ajudaram a superpopulacionar nosso cat sematary. E Chocolate e Keka andam flertando com o empreendimento. Ao contrário dos gatos, as plantas finalmente ganharam autonomia e paramos de apanhar do solo seco, das formigas vorazes, das pragas multicoloridas ― quem rouba nossas frutas agora são os saguizinhos.


Enfermaria ao ar livre


Duplinha do sachê


Contorcionista

Preciso contar também que, às vésperas de completar dois anos e sete meses, mais especificamente em 7 de outubro de 2023, instalamos a lendária porta do banheiro ― embora ela ainda continue sem batente de um dos lados.


Conseguimos arrumar também o cantinho dos bigodes, com prateleiras almofadadas, caixas de madeira, arranhadores de formatos variados, sofá em acquablock e um parquinho vertical que rendeu uma verdadeira obra ― grande conquista para quem começou essa jornada numa mesinha plástica de jardim.

E tentamos ter uma piscina inflável, que esvaziava sempre que chovia (longa história), depois bichou (desculpem pelo surto de dengue!) e acabou furando no limoeiro (que limão mesmo não quis saber de dar até o presente momento).


Este post-comemorativo não poderia excluir o frajola figura que decidiu morar em Gatoca, contra a vontade de Gatoca, e me rouba sorrisos úmidos nos dias difíceis com poses assim:

5.1.24

2023

Em um misticismo exclusivo, os anos terminados em três marcam transformações profundas em mim. Foi em 2003 que precisei me dividir entre o trabalho e o hospital até dona Vera perder uma longa batalha contra o câncer, perto do Natal ― e que também tive de aprender a fazer arroz, lavar privada, cuidar dos irmãos mais novos, multiplicar dinheiro no supermercado.

Em 2013, deixei o casarão de uma vida inteira para caber com dez gatos, o Leo e, esporadicamente, as enteadas em um apertamento de 60 m2. Meu apertamento ― depois de uma reforma "faça você mesmo", apelidada de terapia. Uns meses antes, por causa das crises recorrentes de alergia e asma, já havia decidido parar com os resgates e redirecionar os esforços do Gatoca para a educação.

Se minha mãe estivesse viva, provavelmente confirmaria que em 1983 juntou coragem para se separar do alcoolismo do meu pai e nos mudamos para o prédio em que minha avó morreu antes de cumprir a promessa de sorvete toda a tarde, quando o shopping em frente ficasse pronto ― para voltar atrás pouco tempo depois. A mãe, não a avó.

E deve ter sido em 1993 que sofri um bullying persistente por nunca ter beijado na boca ― resolvi inventar um caso na viagem com as "amigas" à Caraguatatuba, que acabou desmascarado e só piorou tudo. Para dar uma ideia do impacto, o beijo de verdade tardou mais cinco anos ― e, por favor, não façam as contas.

Finalmente chegamos a 2023, assunto desta retrospectiva, com três gatas mortas em 15 semanas, a expectativa de um sabático ao final destas quase duas décadas felinas e um intruso estragando tudo. Guda partiu em março, com 17 anos, Pipoca em julho e Pufosa dois dias depois, ambas com 16.

Além da exaustão, sobrou um gosto amargo porque Pipoquinha chegou a reverter o primeiro derrame pleural ― que demandou uma releitura da escolha de Sofia de 11 anos atrás. E, pouco antes delas, já havíamos pedido o Mercv (com quem vira e mexe sonho) e a Clara, igualmente idosos.

A dinâmica da casa, acostumada a nove bichos preenchendo vazios e silêncios, mudou completamente ― ainda não acostumei a me referir à gangue no feminino. Sem a mãe e metade das irmãs, Jujuba virou uma gata carente e Keka deu para me acordar aos berros cada vez mais cedo ― 4h44 o recorde! Quem não mudou foi o Leo (amo essa foto!), parceiro de soro, de obra, de cova.

Comentei aqui no blog que envelhecer com os bigodes tem me feito enxergar o tempo de outra forma ― as adaptações demoram mais, o corpo não funciona do mesmo jeito, a gente precisa fazer um esforço ativo para não deixar a curiosidade morrer junto com o resto.

Eis que Intrú veio chacoalhar essa energia, com seu olho verde-vida, o pelo brilhante, o nariz rosinha ― lembra Mercv jovem, principalmente quando dorme de boca aberta. No dia 27 de outubro, começava o projeto castração, bem-sucedido, mas com pós-operatório turbulento e duas bombas: a idade e a FeLV. Mesmo assim, persisto na campanha de adoção, porque ele merece morar do outro lado da porta de vidro da lavanderia.

No ativismo, aliás, o ano prometia com a criação do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais pelo governo federal. E ficou só nisso mesmo. Eu diminuí o ritmo de publicação dos posts e a frequência de envio do boletim para conseguir dar conta de tudo ― rolou Gramado da Fama em fevereiro, maio e julho, mas aquém da ambição do nosso financiamento coletivo.

O blog perdeu o puxadinho no servidor de mais de uma década, passando justo o 1º de abril fora do ar. E ainda assistimos portão e telhado araçoiabanos voarem com o temporal de novembro ― que também nos deixou sem luz e água por três dias. Nos intervalos, porém, a gente comemorou.

Os dois anos de casa nova, os 16 do Gatoca (em dose dupla!), os aniversários da Chocolate e das Gudinhas (e o primeiro aniversário sem Guda, bem como o segundo sem Mercv, em homenagem), o Natal customizado ― com brinquedinhos para as peludas, lasanha de marmita em companhia do Intrú e Amigo Secreto de Talentos no Cluboca, o grupo de apoiadores mais maravilhoso do universo!

A geriatria dominou o conteúdo de serviço: gastrite por doença renal, cérebro cansado, fralda, artrose, ataxia, escova de bebê, patê lisinho para seringa. E desabafei sobre o difícil equilíbrio ao cuidar de bichanos. A série inspirada em O Encantador de Gatos, livro do Jackson Galaxy, ganhou dez capítulos inéditos: sobre os bigodes felinos, a visão e a audição, como eles caçam e o que comem, hábitos de limpeza e sono, arquétipos, lugares de confiança e esconderijos-casulos.

Também teve teste de latinha em molho e o controverso sabor peixe, e textos sobre alimentação úmida, o gosto da água e ração de insetos (+ novidades gringas). O enriquecimento ambiental foi turbinado com sofá e prateleiras repaginados, a primeira cama nuvem, arranhadores caseiros (com passo a passo) e parquinho vertical ― que rendeu uma miniobra!

O blog ainda alertou para os perigos do calor, garras que entram nas almofadinhas, a incompatibilidade de banho e antipulgas, inchaço que vira abscesso, os malefícios da imobilização pelo cangote. Ensinou a identificar dor, ronco e marcação fantasma, se declarar com os olhos, pesar seu amigo com precisão.

E, mesmo quebrada por dentro, não podiam faltar os posts de entretenimento: nossa experiência tragicômica com inteligência artificial, a briga com o ChatGPT, o desafio dos seriados, o ataque de um serial killer, a visita de pterodátilos, as releituras de Dalí, gatos fazendo gatices, a inviabilidade do nosso reality show, minha soneca com o inimigo, a Pimenta do clima e as vergonhas de gateiro.

Que 2024 bata mais leve ― porque a idade dos integrantes fixos e o gênio do temporário dão o spoiler de que fácil não será. rs


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29.12.23

Nossos presentes de Natal, com penetra

Eu já contei aqui que não sou uma adulta natalina ― nem de rituais em geral. Gosto de marcar começos e encerramentos de ciclos, mas de um jeito que faça sentido para mim, não por imposição social. Na infância, inclusive, aproveitava o pacote completo do Natal, com pinheiro natural, presépio decorado, luzinhas na calçada, Papai Noel deixando rastro de brocal, uvas passas herdadas dos panetones alheios.

Depois deste 2023 desafiador, Leo e eu decidimos, então, ficar por aqui mesmo, em Araçoiaba, com lasanha de marmita e a companhia dos gatos sobreviventes ― de volta ao masculino porque Intrú fez questão de participar da ceia da tarde.


Pimenta foi a única que ganhou brinquedo, já que, 16 anos e 7 meses depois, ainda se diverte caçando bichos animados e inanimados. Batizei o ratinho de Topo Gigio, um sonho nunca realizado, pois a Bia criança queria uma versão que falasse e se mexesse sozinha, como a da televisão.


Chocolate curtiu a escovação-cafuné, compatível com seus 17 anos, e os croquetes no parquinho, em que ficou semanas sem conseguir subir por causa da ataxia.


Já Keka não conseguiu aproveitar nem os croquetes nem o parquinho, porque perdeu quase 1 kg desde o ataque do Intrú ― como as irmãs, ela também passou dos 16 anos, avançada na insuficiência renal. Mas compensei comprando uma ração nova, ainda mais cara do que a anterior, pois o céu é o limite para essa gente. E o paladar seletivo da frajola aprovou!


Jujuba teve seus arranhadores horizontais de papelão renovados.


E Intrú ficou com os de segunda mão, como todo irmão mais novo ― a caminha Leo improvisou por causa das noites frias. A ideia é ele acostumar com ela no seu cantinho favorito para depois a gente colocar em um lugar mais protegido.


No sachê especial a criatura nem tocou, preferindo a boa e velha Pet Delícia ― não sem antes me bater (story nos destaques do Instagram). Capacidade de lidar com a frustração: 2, cruzado de esquerda: 10. rs

Ainda rolou o Amigo Secreto de Talentos do Cluboca, nosso grupo de apoiadores, em que presenteei a Adrina com uma radionovela de O Gato e o Diabo, escrito por James Joyce ― foram três dias para gravar a narração (prefeitura asfaltado a rua com caminhões da Idade Média), incluir a trilha sonora e os barulhinhos todos, fotografar e tratar a imagem da Pips.

E da Vanessa ganhei esta ilustra com o Intrú, que ainda procura uma família para poder morar do outro lado da porta de vidro.


Também a versão digital do livro Relatos de um Gato Viajante, de Hiro Arikawa, um vídeo de bigodices e esta mensagem apertável:

Meus presentes são a razão disso aqui existir (de novo Bia!). Separei uma imagem que me fez pensar em você com o Intrú e aquele livro que falei: Relatos de um Gato Viajante. Não só porque os seus viajaram um bocado contigo (SBC, Sorocaba, Araçoiaba) como também porque tanto a vida quanto a passagem para o outro lado são uma viagem, e me conforta pensar que, de vez em quando, tanto nós quanto nossos amados gatinhos viajamos cruzando a fronteira entre os planos para matar a saudade. ❤️

Espero que o festerê por aí tenha tido a cara de vocês. A retrospectiva vai ficar para o ano que vem, quando todo mundo voltar à rotina de pagador de boletos, para compensar a trabalheira. :)

23.11.23

O usurpador: a nova saga do Gatoca!

Chegou aos ouvidos de Chicão que eu pretendia me aposentar em breve, gastar o dinheiro da ração com drinks de guarda-chuvinha e só curtir gatos digitais, que não me matassem de alergia. Mas ele achou que quase duas décadas de serviços prestados não eram suficientes e mandou um frajola que decidiu bater nas nossas gatas, morar no nosso terreno (SP) e beber a água suja do nosso balde.

Suspeito que seja o mesmo filhote que não consegui resgatar pouco depois de mudarmos para cá, sobrecarregada com a obra inacabada e os bigodes morrendo, só que endurecido pelas porradas da vida. No dia 27 do mês passado, enquanto ele nos observava faxinar a sala, para a indignação das meninas, resolvi tentar uma aproximação.


Levei Pet Delícia, que o pequeno devorou em segundos, e arrisquei um carinho tímido, entre os machucados de briga. Na segunda refeição, já ganhei esfregadinhas na perna e o primeiro ataque, assustado pelo balde que ele mesmo derrubou ― dá para ver no vídeo que pula de bracinhos abertos, as garras furando a parte de trás das minhas pernas e os dentes batendo na frente.


Com esse mínimo de intimidade, o cara de pau se sentiu à vontade para invadir nosso quarto (aquele vetado aos moradores por causa da alergia a gatos) e marcar território no banheiro. No segundo ataque, que vitimou meu peito, eu nem havia encostado nele, mas li que a agressividade redirecionada pode ocorrer horas depois do estresse e tinha rolado um estapeamento pelo alambrado do gatil.

No terceiro ataque, que personalizou minha mão direita, resolvi entrar com a homeopatia. E já notei diferença para a patada sem unha do quarto e a mordida do sexto, que não tiraram sangue ― receosa de colocar a ração com ele alternando ansioso entre minha mão e o pote no chão, devo ter emulado justamente uma presa. E vocês não imaginam como ele caça!


Quando tentei respeitar a quantidade de alimentação recomendada pela embalagem, o self-made cat pegou um lagarto in natura, que custou todas as minhas habilidades de negociação de reféns. Agora, a criatura mora embaixo do nosso contêiner (Leo diz que me acompanha entre os cômodos pela voz) e faz cinco refeições por dia ― acorda a gente em estéreo, miando fora e Keka dentro, pontualmente às 6h30!


Só que ainda vai para a rua. Voltou mancando no fim de semana, com o olho esquerdo mais fechado. E, do mesmo jeito que entortou, desentortou. Não faço ideia se entrará na caixa de transporte com petiscos, mas pretendo castrá-lo na segunda-feira, quando completa um mês de comida sem miséria e tentativa de socialização.

Leitores de exatas devem ter sentido falta do quinto ataque, né? Foi no domingo em que resolvi ler no jardim, a uma distância segura, para ele se acostumar. Acontece que antes de a bunda chegar no concreto, o carente já estava se esfregando em todas as partes alcançáveis do meu corpo e deitando coladinho e acertando meu peito e meu rosto.


Ele é um gato assustado, mas parece que vai gostar de ter uma família. Ronrona de boca aberta igualzinho o Mercv, tenta entrar em casa a qualquer oportunidade e ostenta o nariz rosinha mais apertável! Vou precisar de toda a ajuda do mundo com a divulgação para encontrar tutores experientes durante o verão ― as madrugadas de inverno aqui são bem frias.


Alice Gap amadrinhou o frajola bancando as primeiras despesas ❤, que incluem antipulgas + vermífugo para a diarreia, diariamente comunicada na soleira. Ajuda com as próximas (veterinário, castração, vacinas, teste FIV/FeLV) também é bem-vinda ― chave pix: doacoes@gatoca.com.br.


Não, eu não posso ficar com ele porque as meninas, idosas e renais, merecem um fim de vida tranquilo. Chocolate passou quase 17 anos atormentada pela Guda (ainda que ela não fizesse de propósito) e só agora está aproveitando outros espaços da casa. Keka emagreceu meio quilo desde o ataque e fica o tempo todo procurando o intruso nas janelas.


Pimenta conseguiu fugir quando bobeamos com a porta e se atracou feio com ele ― separei aos urros. Nem consigo imaginar se fosse a Jujuba! Nosso gatil sem teto também não segura um bichano jovem, cheio de energia. E ainda sonho com um sabático depois do caos.