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31.1.25

Projeto 2025: de pb, só os gatos!

Eu tenho zero habilidade manual, mas coala ocupou o posto de animal favorito na minha infância por causa de uma caixa de lápis de cor ― de que ninguém ousava usar o dourado e o prateado. Até hoje, entro em papelarias como se estivesse na Disney, a diferença é que me permito curtir o que compro.


Jujuba improvisando, na impossibilidade de se ter um coala

E, quando o financiamento coletivo do Gatoca estreou, lembro de comentar que esperava precisar de canetinhas novas para o Gramado da Fama em breve. Seis anos não é tão breve assim, mas, se a gente considerar os últimos quatro como um bloco (em que sobrevivi a pandemia, golpe na construção da casa, mudança de cidade e morte de oito gatos), parece ontem.

Para parar de ressuscitar as bichinhas com álcool, finalmente escolhi um estojo modernoso, de pontas duplas!




E quem estreia, em companhia da Jujuba, é a Paula Martinez, dona de um coração que resgata galinha de despacho, cria filhas empáticas em tempos egoístas, ainda trabalha como psicanalista nas horas vagas. Ela se junta aos apoiadores maravilhosos que garantem a sobrevida deste projeto, virtualmente apertados abaixo.


Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe...

...Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura, Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim...

...Elisângela Dias, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Vera e Gabriela Fromme, Lucia Trindade, Aline Silva, Caroline Rocha, Sara Gonçalves, Soraia Mancilha e Celina Matsuda. 🤗

Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada na nossa campanhaaqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos de Gatoca. ❤

24.1.25

Cluboca do Livro: obra russa com gato falante!

Para contrapor a pegada descompromissada de Vou te Receitar um Gato, livro de estreia do nosso clube, escolhemos logo um calhamaço, polêmico e com nomes impronunciáveis. O Mestre e a Margarida, do escritor russo Mikhail Bulgakov, satiriza a vida e a repressão sob o regime soviético de Stálin.


E o curioso é que o próprio Stálin viu 16 vezes Os dias dos Turbin, uma das peças do Bulgakov, fez voltar em cartaz quando soube que tinham censurado, ainda arrumou um emprego para ele como diretor assistente no Teatro de Arte de Moscou ― as informações são do jornal O Globo.

Na trama do nosso livro, satanás e seu séquito diabólico, composto por um gato fanfarrão, um intérprete trapaceiro, uma bela bruxa e um capanga assustador, decidem visitar a Moscou dos anos 1930, deixando um rastro de destruição e loucura ― e inspirando a música Simpathy for the Devil, dos Rolling Stones.

Em algum momento, eles se cruzarão com mestre, autor malcompreendido de um romance sobre Pôncio Pilatos, e Margarida, que fará de tudo para reencontrar seu amado desaparecido ― já li um terço da obra e até agora nada. Estou apanhando, inclusive, para decorar as múltiplas alcunhas dos personagens com a privação de sono proporcionada pela Jujuba.

O encontro para conversar sobre a leitura ocorrerá no terceiro domingo de fevereiro, dia 16, das 16h às 19h. Para participar, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando os links abaixo, uma porcentagem vem para a gente. :)

- O Mestre e a Margarida da Editora 34, traduzido pelo Irineu Franco Perpetuo
- O Mestre e a Margarida da Companhia das Letras, traduzido pela Zoia Prestes, filha do Carlos Prestes
- Versão em e-book da edição da Companhia das Letras
- Vou te Receitar um Gato, para quem ficou curioso
- Qualquer compra na Amazon partindo deste link ajuda o projeto (vale até aspirador de pó!)

17.1.25

A batalha para ressignificar 2024 (sem 9 gatos)

O plano original era descansar em dezembro, a última chance do ano ― corpo, cérebro e alma. Mas eu já tinha repaginado o jardim, feito uma limpa no museu dos bigodes, separado as roupas e os livros da Mari para doação. E a casa gritava por uma faxina descarrego, à altura de quem finalmente faria a virada de 2020 para 2025.


Sabem aquele armário em que terra se tornou tempero, as paredes com sedimentos de catarro, secreção de olho, patê e patas, o toldo mofado pelos temporais que arrancaram o portão e as 283 janelas que exigiriam a criatividade de lavar internamente com o pulverizador das plantas? Fora o toalheiro e a luminária do banheiro nunca instalados. Além da porta de tela, cuja estrutura Leo construiu e eu fiquei de pintar e colar o mosquiteiro.


(Acreditem, não sobra muito tempo quando você está sempre cuidando de três gatos morrendo simultaneamente.)


Aí, a bateria do celular de dois anos estufou e a Samsung me deixou 22 dias sem WhatsApp e fotos boas, quebrando o galho com um iPhone de uma década atrás, justo nas comemorações de Natal, Ano-Novo e aniversário ― para querer me cobrar um terço do valor do aparelho pelo conserto. Da taxa de R$ 38 para constatar o óbvio não consegui fugir.


E só pude participar do Amigo Secreto de Talentos do meu próprio projeto usando a conta do Leo no aplicativo de mensagens do Zuckerberg. Ganhei da Karine a história do Gatoca ilustrada por inteligência artificial e editei na unha cinco cenários de Onde Está Wally? para a July procurar Amora, Batata, Matilda, Milka e Pobá ― as versões de IA pareciam saídas de filme de terror.


Para ampliar, cliquem na imagem

Cluboca teve até bolão da virada! Tudo porque Karine, que mora no Canadá, encontrou C$ 10 ao passear com a rata, jogou na Mega-Sena e ofereceu dividir o prêmio com o grupo. Antes mesmo de eu aceitar participar, as meninas já haviam decidido me dar um iPhone novo, comprar uma casa para o Intrú, destinar uma tonelada de ração para ONGs, abrir um cat-café e organizar uma excursão pela Europa para conhecer outros cat-cafés. Claro que não ganhamos.

E, se o Natal foi dia de pijama enquanto o Ano-Novo passamos à base de hambúrguer, não permiti que o cansaço e a frustração tecnológica arruinassem também os festejos de 45 anos. Sim, qualquer amigo precisaria enfrentar horas de estrada (e pedágios) até o interiorrr. Mas Eli, Bá, Tati e Fê trouxeram comida, presentes e lembranças da melhor fase da minha vida ― risadas que riem juntas há três décadas!


Imagina se eu não fizesse ioga! rs

Não, não esqueci da retrospectiva. Só demandava uma energia que não descobri de onde tirar. Sozinha pela primeira vez na existência, Jujuba se põe a miar quando fecho o quarto para dormir e na melhor hora do sono, porque acordou desorientada, e antes das 6h para ganhar sachê batido de café da manhã. Eu até poderia educá-la. Mas 17 anos e meio atrás.


Confesso que também falta estímulo para escrever contra os algoritmos e depois ainda ser roubada pela IA do Google ― acho que nunca fiquei tanto tempo sem atualizar o blog! Na semana que vem, quem sabe?