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2.6.23

Cantinho novo dos gatos: erros e acertos

Depois de 23 anos reclamando de cabeleireiros que cortavam mais do que "dois dedinhos", me vi tendo de convencer o moço do salão a passar a tesoura nos cachos que flertavam com a cintura. Era 2003, minha mãe perdia a batalha para o câncer na terceira internação consecutiva e eu precisava urgentemente sentir que tinha o poder de mudar alguma coisa.

Nessas horas, o exterior se impõe como a opção mais fácil. E duas décadas se passaram até a situação se repetir, só que com gatos idosos, tecidos e papéis adesivos substituindo o enredo original. Na terceira morte felina, em menos de um ano e meio, Leo e eu pegávamos a estrada até São Paulo atrás de um novo embrulho para Gatoca — e nossas vidas.


O sofá, herdado do último parente que gostava de mim (assim como o anterior), ganhou revestimento de acquablock para dar conta dos vômitos da gangue e eventuais escapes de xixi que só a velhice pode proporcionar — tudo com zíper, permitindo lavar na máquina (usando sabão neutro para não afetar a camada de proteção). E Chocolate estreou com a diarreia bizarra já no dia seguinte!


As prateleiras, doadas pela Laura Paro e na edição anterior encapadas por nós, com uma espuminha simples no topo, foram lixadas e envernizadas (verniz fosco) aqui em casa, mas as almofadinhas delegamos à costureira, também para facilitar a limpeza — mirei no despojado e acertei em um crossover de S.O.S. Malibu e A Fantástica Fábrica de Chocolate. 😂




E confesso que me arrependi de ter escolhido um tecido não impermeável porque suja só de existir, encolheu absurdamente e me obrigou a gastar R$ 70 de Scotchgard que até repele água, só que é inútil para as outras secreções das gatas, com destaque especial ao catarro da Pimenta. Para evitar peludas voadoras, aliás, prendi as almofadas nas prateleiras com fita dupla-face — o velcro não parava colado em nenhuma das duas.




Já os papéis adesivos renovaram móveis de outros ambientes (uma cômoda e dois gaveteiros) e a mesa de jantar doada pela Tati Pagamisse remoçou com capinhas de cadeira listradas, produzidas na força do ódio e da cola quente, quando o dinheiro acabou. Mas ainda vai ter parquinho vertical doado pela Vanessa Aguiar e a Laíze Damasceno!

P.S.: A caixinha de madeira, feita pelo Leo, veio de Sorocaba. Do arranhador de papelão falei aqui e do bebedouro (posteriormente superado pelo de barro), aqui — sim, tem um bichinho de pelúcia afogado nele, rs. Já o arranhador de cone vai ganhar um post exclusivo, com passo a passo!

9 comentários:

Barbara disse...

Ficou lindo o cantinho! Elas merecem <3

Anônimo disse...

Emocionada com a história da sua mãe! 🥹 Encantada com a delicadeza e bom gosto do cantinho dos gatos! 🥰 Andreise aqui!

Anônimo disse...

Achei tudo lindo e elas parecem muito a vontade. Gostei imensamente da cor do sofá

Anônimo disse...

Você tem uma caminha para cada gato? Como a gente dimensiona o espaço quando há vários gatos para não haver brigas e disputa de território?

Anônimo disse...

Ficou demais esse cantinho! Cores lindas, alegre, acolhedor, tudo de bom!

Anônimo disse...

Fui eu, Cris 👆

Anônimo disse...

OiiiiiiiiieEsta tudo muito bonito e aconchegante,da até vontade de morar por aí,curtam bastante vocês merecem,bjssss

Beatriz Levischi disse...

❤️

Os bigodes dormem onde quiserem, menos no meu quarto, porque sou alérgica a gatos, rs. No calor, fica um em cada canto: prateleiras, sofá, caixas de madeira, estante, minha mesa de trabalho. No frio, junta todo mundo nos almofadões da sala. E Chocolate tem uma cama nuvem exclusiva, que comprei recentemente justamente porque ela não gosta de trocar calorzinho — e, como é encrenqueira, ninguém ousa deitar na caminha dela. Quer dizer, a Guda ousava e me dói admitir que a pequena está bem mais tranquila depois que a arqui-inimiga unilateral morreu.

wcris disse...

Cantinho muito bacana, vou fazer algo assim por aqui um dia. Beijo da Cris