Atualizado em 08.03.10
Como a rifa da Caixa Mágica demorou quase seis meses para fechar e ainda restam 11 números para encerrar a do Baú de Surpresas, quero dividir com vocês os gastos acumulados com os bigodes temporários em 2009 e nesse começo de 2010:
Foram dez consultas veterinárias (R$ 400), um ultra-som (R$ 50), quatro castrações (R$ 200), uma cirurgia de retirada de cálculos vesicais + nódulo nas costas + tártaro (R$ 90), duas vacinas Biocan – M (R$ 68), sete anti-rábicas (R$ 70), sete quádruplas (R$ 140), uma injeção de antibiótico (R$ 15), outra de Ivermectina (R$ 15), uma pipeta de Revolution (R$ 34), quatro de Frontline (R$ 120), uma caixa de Profender (R$ 18), duas de Drontal (R$ 30), um vidrinho de Panacur Suspensão (R$ 19), outro de Cetoconazol (R$ 17).
Acrescentem na lista também quatro meses de FIT 32 para Hórus, sete para o Edward, seis para o Jacob (adotado e devolvido!) e três para a Bolota - porque os hóspedes provisórios do recinto comem a mesma ração que os mimados permanentes. As despesas alimentares com os filhotes do cemitério de Santos, a Flea e o Snow entraram na conta do Cats of Necropolis. E Aimée ficou só dois dias aqui no escritório (menina de sorte!).
Vocês pensam que o prejuízo acaba no parágrafo acima? Pois ainda falta calcular a areia, os brinquedinhos, os sachês de salmão, a gasolina (para conseguir os valores generosos do Dr. E., o Escortinho viaja toda santa vez até Utinga). Isso porque cuidar de bebês que mamam a cada três horas não tem preço, né?
Enfim, se 1% dos leitores que visitam o blog mensalmente comprasse um nomezinho de bigode famoso, a rifa já estaria fechada. R$ 10 não pagam nem o ingresso do cinema-a-pé-sem-pipoca. Mas fazem toda a diferença para nós. E garantem que muitos outros sapos continuem se transformando em príncipes. Pensem com carinho. :)
29.9.09
25.9.09
A vida é simples
E-mail de uma pseudo-adotante, recebido ontem:
Quero saber se depois de doar o gatinho vcs vão ficar o tempo todo ligando e aparecendo na minha residencia, como que vigiando pra saber se ele está bem? Porque eu não sou criança sei cuidar de animais, e não quero ser encomodada [sic] com isso.
Cara proprietária das ferraduras novas, se você não concorda com as nossas regras, gaste seu tempo, seu dinheiro e seu amor tirando um animal da rua.
Quero saber se depois de doar o gatinho vcs vão ficar o tempo todo ligando e aparecendo na minha residencia, como que vigiando pra saber se ele está bem? Porque eu não sou criança sei cuidar de animais, e não quero ser encomodada [sic] com isso.
Cara proprietária das ferraduras novas, se você não concorda com as nossas regras, gaste seu tempo, seu dinheiro e seu amor tirando um animal da rua.
22.9.09
Aniversariante do mês – setembro de 2009
Quinta-feira, Simba completou 6 anos. Metade deles já vividos em Gatoca! Por causa da viagem a Buenos Aires, a comemoração saiu atrasada, mas contou com a mesma orgia gastronômica de sempre, afinal de contas, estamos falando do dono dos ossos mais largos do recinto.
O dia cinza (costumeiro da data) também se repetiu. Assim como o papelão da Pimenta tentando roubar a qualquer custo as atenções destinadas ao aniversariante. Ainda bem que a sabedoria de bigode mais velho não deixou que o leãozinho perdesse o apetite.
*Novelinha: Conheça a história do Simba
O dia cinza (costumeiro da data) também se repetiu. Assim como o papelão da Pimenta tentando roubar a qualquer custo as atenções destinadas ao aniversariante. Ainda bem que a sabedoria de bigode mais velho não deixou que o leãozinho perdesse o apetite.
*Novelinha: Conheça a história do Simba
20.9.09
Back!
Já voltei da Argentina e estou preparando uma surpresa para o post da viagem! Vocês só precisam ter um pouco da paciência, porque (ao contrário de mim) a máquina fotográfica não parou de trabalhar um segundo nesses sete dias.
Como a passagem de avião custava mais barato que a de ônibus, nós não passamos por POA, Gloria. E nem saímos de Buenos Aires, Juliana. Lujan ficará para a próxima. Obrigada pela dica salvadora do La Reina Kunti, Ana. Ninguém agüentava mais comer pizza, ravioli e papas fritas. rs
Quem tomou conta dos bigodes foi a Suzeli, o anjo da guarda de Gatoca, com a ajuda do meu irmão fofo, Denise – sei que devo um pulmão e dois rins a vocês. Prometo pagar quando eles não estiverem mais em uso. ;)
Como a passagem de avião custava mais barato que a de ônibus, nós não passamos por POA, Gloria. E nem saímos de Buenos Aires, Juliana. Lujan ficará para a próxima. Obrigada pela dica salvadora do La Reina Kunti, Ana. Ninguém agüentava mais comer pizza, ravioli e papas fritas. rs
Quem tomou conta dos bigodes foi a Suzeli, o anjo da guarda de Gatoca, com a ajuda do meu irmão fofo, Denise – sei que devo um pulmão e dois rins a vocês. Prometo pagar quando eles não estiverem mais em uso. ;)
11.9.09
Hecatombe nuclear!
Depois de quatro anos de revezamento entre a clínica veterinária do Dr. E. e os frilas atrasados, eu consegui tirar uma semana inteirinha de férias! Claro que o dinheiro só deu para comprar passagem para o antro da gripe suína e no malfadado dia 11 de setembro. Mas está valendo. Se Buenos Aires tiver computadores acessíveis, prometo mandar notícias pelo Twitter. Cuidem do blog por mim – ele nunca ficou tanto tempo sozinho. rs
9.9.09
Sobre esperança e desapego
Quase dois anos depois, Leão finalmente ganhou uma família de comercial de margarina! E Yone continua me ensinando a amar de coração aberto. Para os leitores novos do blog, esse era um dos últimos "resgatos" da dona Lourdes, a velhinha maluca que nos mostrou que a vida fora de Gatoca pode causar seqüelas irreversíveis. O relato completo da epopéia está neste post. Aconselho os molengas a separar um lencinho antes de ler a carta abaixo.
Bia, tudo bom?
Demorou né? O Leão ficou comigo mais ou menos um ano e meio! Mais de um ano só no banheiro. E quatro meses solto, mas fugindo do Nino e do Thor! A história é longa: uma moça chamada Rebeca me procurou em maio, querendo conhecê-lo. O problema é que ela só poderia adotá-lo quando saísse da casa dos pais, o que aconteceria bem mais pra frente. Expliquei que se surgisse um lar bacana para ele, nesse meio tempo, não daria para recusar. Ela concordou e disse que então adotaria outro "encalhadinho".
Os meses se passaram e o Leão continuou no site. Quando chegou o dia da mudança da Rebeca, ela ainda queria o peludo. Sábado, dia 25 de julho, ele foi entregue no bairro de Santa Cecília! Assim que eu entrei no apartamento, a criatura se enfiou em um armário e parece que ficou por lá o fim de semana todo. Não tive notícias muito detalhadas, mas o suficiente para acalmar meu coração: ele tem comido normalmente e feito as necessidades no lugar certo! Rebeca sabe que ainda vai demorar um tempo para conquistar sua confiança.
Leão ganhou uma irmã felina chamada Galadriel e parece que os dois não se estranharam muito! Nem deu para sentir a falta dele no começo, porque os gatos da minha sobrinha estavam aqui. Mas quando as coisas voltaram ao normal, confesso que bateu saudade da pequena rotina que nós dois havíamos desenvolvido. Eu ia para cozinha e, se ele ouvia a minha voz, vinha correndo ao meu encontro pedindo carinho!
Uma grande transformação para um bicho que vivia se escondendo pelos cantos e não podia nem me ver. Entregá-lo à Rebeca parecia um ato cruel, uma traição! Mas, no fundo, eu sabia que ele seria bem mais feliz sem um bando de felinos para atormentá-lo! Foi isso. Um dos últimos esqueletinhos da dona Lourdes está de casa nova!
Grande beijo
Yo
P.S.: Esqueci de contar que Taimi, ex-mãe temporária do Cartoon, decidiu ficar com ele para sempre! Ela disse que o figura é espaçoso, vive empurrando os companheiros de cama e ainda esfrega os bigodes na cara de quem está dormindo.
Bia, tudo bom?
Demorou né? O Leão ficou comigo mais ou menos um ano e meio! Mais de um ano só no banheiro. E quatro meses solto, mas fugindo do Nino e do Thor! A história é longa: uma moça chamada Rebeca me procurou em maio, querendo conhecê-lo. O problema é que ela só poderia adotá-lo quando saísse da casa dos pais, o que aconteceria bem mais pra frente. Expliquei que se surgisse um lar bacana para ele, nesse meio tempo, não daria para recusar. Ela concordou e disse que então adotaria outro "encalhadinho".
Os meses se passaram e o Leão continuou no site. Quando chegou o dia da mudança da Rebeca, ela ainda queria o peludo. Sábado, dia 25 de julho, ele foi entregue no bairro de Santa Cecília! Assim que eu entrei no apartamento, a criatura se enfiou em um armário e parece que ficou por lá o fim de semana todo. Não tive notícias muito detalhadas, mas o suficiente para acalmar meu coração: ele tem comido normalmente e feito as necessidades no lugar certo! Rebeca sabe que ainda vai demorar um tempo para conquistar sua confiança.
Leão ganhou uma irmã felina chamada Galadriel e parece que os dois não se estranharam muito! Nem deu para sentir a falta dele no começo, porque os gatos da minha sobrinha estavam aqui. Mas quando as coisas voltaram ao normal, confesso que bateu saudade da pequena rotina que nós dois havíamos desenvolvido. Eu ia para cozinha e, se ele ouvia a minha voz, vinha correndo ao meu encontro pedindo carinho!
Uma grande transformação para um bicho que vivia se escondendo pelos cantos e não podia nem me ver. Entregá-lo à Rebeca parecia um ato cruel, uma traição! Mas, no fundo, eu sabia que ele seria bem mais feliz sem um bando de felinos para atormentá-lo! Foi isso. Um dos últimos esqueletinhos da dona Lourdes está de casa nova!
Grande beijo
Yo
P.S.: Esqueci de contar que Taimi, ex-mãe temporária do Cartoon, decidiu ficar com ele para sempre! Ela disse que o figura é espaçoso, vive empurrando os companheiros de cama e ainda esfrega os bigodes na cara de quem está dormindo.
6.9.09
Carta ao Papai do Céu
Ontem, soube que o Léo havia virado estrelinha. Ele foi resgatado pela Patrícia em 2007, passou por vários lares temporários (ficou até hospedado em Gatoca) e acabou adotado pela Isabel, que fazia questão de nos convidar para suas festinhas de aniversário, todo o mês de março.
Léo tinha câncer e em agosto a veterinária sugeriu a retirada da mandíbula. Sem perspectiva de cura, Isabel preferiu deixá-lo curtir inteiro mais um pouquinho das irmãs felinas, do colo da avó e dos sachês Sabor & Vida.
Depois de uma vida cheia de sofrimento, o leãozinho precisava morrer na melhor parte? A idéia de carma no mundo animal não faz o menor sentido para mim...
Léo tinha câncer e em agosto a veterinária sugeriu a retirada da mandíbula. Sem perspectiva de cura, Isabel preferiu deixá-lo curtir inteiro mais um pouquinho das irmãs felinas, do colo da avó e dos sachês Sabor & Vida.
Depois de uma vida cheia de sofrimento, o leãozinho precisava morrer na melhor parte? A idéia de carma no mundo animal não faz o menor sentido para mim...
2.9.09
Era uma vez uma giárdia...
Atualizado em 09.09.09
A epopéia contra a giárdia dos bigodes começou em julho, quando eu peguei o primeiro cocô com sangue numa das caixas de areia. Dias se passaram até que o autor da obra se revelasse. E a gente ainda nem sabia que era giárdia. Toca levar uma amostra das fezes do Simba (sempre ele! rs) ao laboratório e torcer para que o protozoário desse as caras de primeira.
Existia, ainda, a possibilidade de tragédia pior, como um câncer de intestino. Suspeito que as orelhas de São Francisco queimaram horrores aquela semana. Com a giárdia detectada (ufa!), faltava descobrir um tratamento viável, que não exigisse comprimidos enfiados goela abaixo a cada 12 horas, já que os dez selvagens teriam de passar pela tortura.
Dr. N. pesquisou, viu que o Stomorgyl continha metronidazol como o Giardicid, mas com doses diárias, e a Merial confirmou sua eficácia extra-bula, contanto que dobrássemos a quantidade indicada. As folhinhas do calendário continuaram voando, até que a empresa finalmente topou doar sete caixas do remédio para o Gatoca.
Precisei buscá-las na central dos Correios, porque o carteiro conseguiu tocar a campainha aqui de casa enquanto eu tomava banho três vezes. A chacina se iniciou na segunda-feira, com a tentativa frustrada de cortar sozinha 180 unhas de polvo. Quando Dr. N. partiu, à tarde, eu colecionava talhos nas duas mãos e um furo no braço direito que lembrava Jesus pregado na cruz.
Ontem, o coitado do veterinário deixou a toalha de banho usada para imobilizar as feras vermelhinha. Jujuba andava pelas paredes do escritório como se estivesse no globo da morte. E hoje foi a vez da Pipoca quase me presentear com uma amputação de perna a frio. Restam só sete dias...
*continua*
A epopéia contra a giárdia dos bigodes começou em julho, quando eu peguei o primeiro cocô com sangue numa das caixas de areia. Dias se passaram até que o autor da obra se revelasse. E a gente ainda nem sabia que era giárdia. Toca levar uma amostra das fezes do Simba (sempre ele! rs) ao laboratório e torcer para que o protozoário desse as caras de primeira.
Existia, ainda, a possibilidade de tragédia pior, como um câncer de intestino. Suspeito que as orelhas de São Francisco queimaram horrores aquela semana. Com a giárdia detectada (ufa!), faltava descobrir um tratamento viável, que não exigisse comprimidos enfiados goela abaixo a cada 12 horas, já que os dez selvagens teriam de passar pela tortura.
Dr. N. pesquisou, viu que o Stomorgyl continha metronidazol como o Giardicid, mas com doses diárias, e a Merial confirmou sua eficácia extra-bula, contanto que dobrássemos a quantidade indicada. As folhinhas do calendário continuaram voando, até que a empresa finalmente topou doar sete caixas do remédio para o Gatoca.
Precisei buscá-las na central dos Correios, porque o carteiro conseguiu tocar a campainha aqui de casa enquanto eu tomava banho três vezes. A chacina se iniciou na segunda-feira, com a tentativa frustrada de cortar sozinha 180 unhas de polvo. Quando Dr. N. partiu, à tarde, eu colecionava talhos nas duas mãos e um furo no braço direito que lembrava Jesus pregado na cruz.
Ontem, o coitado do veterinário deixou a toalha de banho usada para imobilizar as feras vermelhinha. Jujuba andava pelas paredes do escritório como se estivesse no globo da morte. E hoje foi a vez da Pipoca quase me presentear com uma amputação de perna a frio. Restam só sete dias...
*continua*
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