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26.4.13

Raio-x: insuficiência renal

Não precisa ser vidente para acertar a causa da morte de seis em cada dez bigodes. Basta chutar insuficiência renal. Muito gateiro, porém, desconhece que essa doença silenciosa pode afetar o funcionamento dos rins de seus melhores amigos. Surpresa com a falta de informação geral, a Carol Toledo sugeriu um post aqui no blog sobre o assunto. E as veterinárias Marcela Malvini Pimenta e Marianna Pantano responderam nossas perguntas prontamente. Tirem suas dúvidas, espalhem para os amigos, compartilhem experiências nos comentários. :)

O que caracteriza insuficiência renal?
Uma alteração na capacidade de filtragem dos rins, que passam a reter ureia e creatinina (compostos tóxicos) e eliminar água, vitaminas e proteínas. Quando essa alteração ocorre de forma súbita, recebe o nome de doença renal aguda (DRA). Se o processo for gradual, chama-se doença renal crônica (DRC).

Quais são as principais causas?
A causa mais comum da insuficiência renal crônica é o envelhecimento do bicho. Já a insuficiência renal aguda costuma estar ligada a fatores isquêmicos, infecciosos ou tóxicos, como a ingestão de determinadas plantas e medicamentos.

Por que tantos gatos sofrem do tipo crônico?
Porque a capacidade de absorção de seus rins é maior, fazendo com que eles bebam menos água, essencial para expelir toxinas e prevenir inflamações, infecções e cálculos renais. A urina fica, então, mais concentrada e passa a sobrecarregar o órgão. Há, ainda, a propensão de algumas raças para o desenvolvimento da doença, como no caso dos persas.

Quais são os sintomas?
O animal perde o apetite, emagrece rapidamente, passa a tomar água em excesso e faz xixi (clarinho) a todo momento. Desidratação, vômitos, prisão de ventre e mucosas pálidas também podem integrar o pacote. Muitas vezes, porém, a insuficiência renal crônica evolui sem alarde.

E os riscos?
O agravamento da doença tende a provocar infecções do trato urinário, úlceras na boca e no estômago, pressão alta que leva à cegueira e até morte.

Como se diagnostica?
O diagnóstico é feito com exame físico, em que o veterinário avalia a presença de dor, o tamanho, a forma e a textura dos rins, exames laboratoriais (de sangue e urina) e de imagem (radiografia e ultrassom). Mas raramente identifica-se o problema na fase inicial, por causa da ausência de sintomas.

E como trata?
É preciso manter o bicho hidratado, adotar uma dieta com baixo nível de proteínas e, se necessário, realizar sessões de fluidoterapia, para diluir as substâncias indesejáveis do sangue. Quando parte significativa do órgão foi comprometida, porém, resta apenas a opção de controlar a doença ― transplantes têm taxas enormes de rejeição e condenariam os doadores à morte, já que a chance de sobrevivência com um único rim é praticamente nula.

Há cura?
A insuficiência renal crônica é irreversível. Mas o tratamento adequado pode evitar ou desacelerar sua evolução e as complicações sistêmicas, proporcionando uma boa qualidade de vida por meses ou até anos.

Dá para prevenir?
Além de levar o animal ao veterinário anualmente, é imprescindível estimulá-lo a beber mais líquido. Ofereça água sempre limpa e fresca, em recipientes largos e rasos (reparem no plural!), porque os bichanos não gostam de encostar os bigodes nas laterais. E alterne a ração seca com sachês e latinhas, opções úmidas. Insuficiência renal aguda se previne mantendo medicamentos, plantas tóxicas e produtos químicos longe do alcance dos peludos, além de impedir o acesso à rua.


Pipoca no dia da descoberta da doença, quadro revertido duas semanas depois

24.4.13

Exclusivo!

Pimenta, carinhosamente apelidada de Devedora Temedora, foi flagrada pelas lentes de Gatoca refletindo antes de aprontar. Imprimam esta imagem e colem na geladeira como lembrete de que há esperança para nosso planetinha azul.

19.4.13

Dedo verde... para digitar

Oi! Meu nome é Beatriz e eu estou há 840 dias sem assassinar uma planta. Sim, eu nunca mais comprei plantas. Não, o ciclâmen da cozinha foi presente e anda meio desanimado, mas vai sobreviver. Por causa dos dez bigodes, aliás, a cozinha é o único lugar aqui de casa que consegue ter vaso, terra, folhas e flor integrando o mesmo conjunto.

Como pode alguém que cuidou de 78 gatos, cachorros e aves (incluindo uma pomba!) não se acertar com pás e regadores? E como pode ― vou mais além ― alguém convidar essa pessoa para escrever sobre o assunto??? Características, curiosidades, usos medicinais, dicas de plantio, técnicas de cultivo... tudo recheado de latim. E grego!

Eu já fiz reportagem em presídio, aprendi a programar sem entender nada de internet, criei sites com financiamentos de sete dígitos, escrevi livro sobre educação em terra de analfabetos funcionais, revisei revistas japonesas, convenci a Hebe a abraçar a causa animal, falei de castração em um guia de bichos comercial, virei madrugadas lutando contra tablets (e designers), editei aplicativo para smartphone em quatro dias, ganhei o 38º Prêmio Abril de Jornalismo competindo com a Veja.

Mas dessa vez bateu um frio na barriga. Minhas Plantas é o maior portal de jardinagem do país. E a Carol está apostando todas as sementes na minha habilidade com as letrinhas. Prestigiem, tirem suas dúvidas sobre o universo verde, arrisquem novas receitas, divirtam-se com as crônicas do blog, ouçam o programa na Rádio Globo SP, deem orquídeas de presente. E torçam por mim.


Para ampliar, cliquem na imagem

16.4.13

Estratégia rasteira

Apelar a loiras gostosas, em poses sensuais, para levantar a audiência é o fim da picada! Vocês não acham?

12.4.13

O amor acontece

E não escolhe cor, sexo, tamanho da pança.

5.4.13

Bicho é tudo de bom!

Você duvida? A gente selecionou 10 motivos para te convencer. Que tal abrir um espacinho no seu coração para um animal abandonado?

1) Funciona como calmante
Interagir com cães ou gatos de estimação baixa os níveis de cortisol, hormônio do estresse, e estimula a liberação de endorfina e dopamina, neurotransmissores que aumentam a sensação de bem-estar. Pesquisas ainda comprovam que a presença de um peludo deixa as tarefas do dia a dia mais agradáveis, aliviando a pressão.

2) Turbina nossa capacidade de amar
Mulheres que adotam filhotes passam a produzir mais ocitocina, o hormônio do amor. É ele que enche as mamães de alegria quando dão à luz o bebê ou quando amamentam o pequenino. Talvez por isso casais com bichos briguem menos.

3) Ajuda a economizar nos remédios
Donos de bigodes e focinhos vão menos ao médico e, consecutivamente, precisam tomar menos remédios. Quando ficam doentes, os cachorreiros ainda saem do hospital antes. Reclamar menos de pequenos problemas de saúde e saber aproveitar a vida são outras vantagens.

4) Blinda o coração
A sensação de responsabilidade e companheirismo proporcionada pelos pets diminui o nervosismo e dilata os vasos sanguíneos, reduzindo a pressão sanguínea e o risco de ataque cardíaco em 30%. Quem tem um cão para chamar de seu também acaba se exercitando mais.

5) Afasta a depressão
Não existe solidão com um quadrúpede por perto. Suas gracinhas aumentam os níveis de serotonina em nosso organismo, ajudando a combater crises de depressão. Idosos em contato com cães e gatos abandonam o isolamento, tornando-se mais ativos e sociáveis.

6) Equivale à terapia
Na década de 1950, a psiquiatra alagoana Nise da Silveira já usava os bichanos em tratamentos terapêuticos. Em vez de lobotomia, eletrochoque e outras técnicas agressivas, ela apelava a eles para reverter casos de esquizofrenia, prática que lhe rendeu projeção internacional.

7) Multiplica as amizades
Alguém duvida que passear com um cachorro a tiracolo facilita aproximações? Segundo estudo inglês, pessoas que saem com seus cães fazem mais amizades ao longo do percurso do que as que caminham sozinhas.

8) Educa a molecada
No contato diário com um animal, as crianças aprendem a controlar impulsos, entre eles a agressividade. Ter um cão ou um gato ajuda a lidar com fatos da vida, como nascimento, reprodução e morte, além de reforçar a autoestima. Para os tímidos, os bichos ainda servem como veículo de comunicação. Até o rendimento escolar melhora!

9) Combate alergias
Meninos e meninas que crescem com um mascote apresentam 50% menos chances de desenvolver reações alérgicas a fungos e poeira, porque a exposição ao pólen e outros alérgenos que os bichos de estimação trazem nas patas fortalece o sistema imunológico.

10) Acaba com a insônia e ameniza dores
O ronrom dos bigodes altera o estado de alerta das ondas cerebrais, ajudando a gente a dormir. E sua frequência, entre 25 e 50 hertz, é a mesma utilizada na medicina esportiva para acelerar cicatrizações e recuperar lesões.


* Texto escrito para a revista Viva! Mais, da Editora Abril.

2.4.13

Pensamentos de sala de espera

"Se eu fingir que a mamãe não existe, não estarei aqui, logo, não precisarei passar na consulta com o veterinário", Pimenta.


"Eu não matei, não roubei, não me candidatei à Comissão de Direitos Humanos sendo ku klux kan e vim parar no corredor da morte. Mundo injusto...", Chocolate.