Logo cedo, tomei banho de balde porque havia acabado a luz aqui em casa, derrubei água fervendo na mão com a correria, coloquei o UnBra sob a blusa de costas de fora almejando encontrar o
Eduardo, já que era aniversário dele, passei batom, perfume, pintei os olhos, apareci no apartamento da Liana para retirar a cesta de Natal da dona Lourdes quando a coitada tinha acabado de voltar do plantão médico, pisei no chão urinado do cortiço de sandália nova, fiquei MAIS DE UMA HORA conversando com a velha e não consegui pegar a ninhada que nasceu dentro do
armário das baratas no começo da semana.
Sequer fotografar os filhotes ela deixou. Deve achar que não soubemos cuidar dos bebês da
tigradinha e prefere que eles fiquem "mais fortes" antes de partir. Ainda arremessou uma cascuda gigante no meu peito nu ao espantá-la com a mão das fotografias dos
esqueletinhos* (presente da
Susan)! Noooooooooojo! Para melhorar, perdi o almoço com o Eduardo.
E a desgraça não termina por aí! Gianecchini será devolvido amanhã, porque a gatinha da família não foi com a sua cara. Antes de eu conseguir publicar o post sobre a adoção da
Sayuri, no último domingo, ela também voltou para o abrigo, sob a justificativa de que subia nos móveis do apartamento. Por fim, um lar temporário que parecia perfeito acabou não rolando, graças à intolerância materna.
Querem mais? Pois dona Lourdes confessou que tem de esconder a ração que levamos para os felinos porque o sobrinho maluco come tudo. É mole?

*História completa dos montinhos de ossos da dona Lourdes, constantemente atualizada.