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26.3.20

Desafio: qual é a música do seu gato?

Eu já gravei vídeo sobre o coronavírus, escrevi dois posts (1 e 2) e aderi ao grupo de influenciadores digitais que estão na batalha de conscientizar as pessoas (e pressionar o governo) durante a pandemia. Mas a gente também precisa de um respiro, né? O desafio musical do Gatoca nasceu de uma conversa com o Leo, num contexto que, confesso, não lembro mais. rs

A ideia era encontrar músicas com os nomes dos dez bigodes. Chocolate ficou com Marisa Monte, porque não quero pó, não quero rapé, não quero cocaína, me liguei em chocolate. Clara foi de Jorge Ben Jor, já que clareou nossos caminhos. A música da Guda, cantada em ganês por um tal de Kirani Ayat, vocês precisam ouvir, pois não faço ideia do que se trata.

O comentário também vale para a da Keka, desafinada por Jessi Gift & Laxmi, em um filme de Bollywood. Aconselho pararem a do Mercvrivs antes dos vômitos da banda sérvia Temple of Gnosis. Pimenta acompanha carrapicho e Almir Sater. Jujuba estrelou um espetáculo infantil contra alienígenas! Pipoca alfabetizou muita gente com o Palavra Cantada.

E Simba leva um filme inteiro, "O Rei Leão", claro, que até hoje me faz chorar. Vocês devem ter notado que faltou a Pufosa, né? Sim, eu perdi o desafio! Parece que, em nenhum dos 206 países do mundo, há uma canção para ela. Se alguém descobrir, cola o link nos comentários? — o vídeo exclusivo para os apoiadores deste mês será um clipe da gangue!

Agora, quero saber a trilha sonora de vocês!


O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor. Quer fazer parte da transformação, especialmente agora? www.catarse.me/apoiegatoca

24.3.20

Coronavírus de gato passa para gente?

Cerca de 80% dos bichanos são infectados com o coronavírus, segundo Anna Lena Berg, em artigo de 2005, publicado na revista Veterinary Microbiology. Não, vocês não precisam entender inglês, porque essas informações técnicas só interessam aos veterinários. Nem se desesperar, já que o coronavírus felino (FCoV) não tem nada a ver com o pesadelo atual (Sars-Cov-2), causador da Covid-19 — o nome se refere a uma família de vírus com formato de coroa.

Nos gatos, o FCoV provoca apenas diarreia e muitos peludos são assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas. O problema está na capacidade de mutação do vírus, que, em 5% a 12% dos casos, acaba causando a temida peritonite infeciosa felina (PIF), uma doença fatal — na PIF úmida, os vasos sanguíneos se inflamam e, na seca, formam-se granulomas e necroses em vários órgãos do corpo.

O único cuidado que a gente deve tomar durante a pandemia, portanto, é lavar as mãos antes de encostar nos bigodes ao voltar da rua, porque o Sars-Cov-2 pode ficar no ambiente por até três dias — não há comprovação científica de que animais de estimação desenvolvam ou transmitam a Covid-19. Melhor ainda se todo mundo puder ficar #DentroDeCasa nesse período.

O Gatoca integra o grupo de influenciadores digitais que assinam a campanha #VamosPararOBrasil, para conscientizar vocês sobre a importância de seguir as orientações de quem entende do assunto — assistam aos vídeos do Atila Iamarino! E pressionar o governo a pagar uma #RendaBásicaJá às 77 milhões de pessoas mais pobres do país, que passarão fome se fizerem a quarentena.

Como empatia não parece ser o forte do brasileiro atualmente, vale dizer que esse isolamento social diminuirá os impactos econômicos da crise (inevitável) no futuro, logo todo mundo ganha! Outros países estão tomando atitudes similares e os gastos representarão menos de 2% do PIB, distribuídos ao longo dos seis meses de benefício. Infos completas aqui e o abaixo-assinado para compartilhar também.

Cuidemos de quem precisa, bípedes e quadrúpedes!


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20.3.20

Agradecimento em tempos de crise

Eu imagino a angústia que muitos de vocês devem estar sentindo, neste momento, em relação ao trabalho e ao futuro do país — sobre a saúde nem preciso comentar, né? Fiz um vídeo, na quarta, contando que perdi a oficina no Sesc, planejada meses antes, e a reunião com um possível financiador para a coletânea dos livros infantis, que venceu o edital do Condeca.

Mesmo assim, vocês continuam apoiando o Gatoca! E faltam letras no meu teclado surrado por gatos para agradecer. ❤ No Gramado da Fama de fevereiro, junto com a cabritinha, estrelam três queridas: a Natalia e a Lívia Pantarotto, que moram em um matão-tão-matão de Minas Gerais que o vizinho delas é uma rave, e a Michely Nishimura, que, batendo todos os recordes, vive no Japão!

Março ainda não tem apoiadores novos — é sua chance! Faltam só R$ 150 para estrear a série sobre o livro "O Encantador de Gatos", ilustrada pelos bigodes! R$ 5 fazem diferença, especialmente agora. E contribuições a partir de R$ 15 dão acesso ao nosso "netflix", com superproducinhas exclusivas, para passar o tempo durante o isolamento social.

Na semana passada, aliás, rolou o segundo encontro virtual do projeto, em que nós aprendemos como desatolar carro de cocô de cavalo, morar fora do país feito rico sendo pobre e construir amizades duradouras em dia de fúria. O próximo está agendado para julho! Assinem o boletim +Gatoca ou nosso canal no Telegram para não perderem nada, porque os algoritmos estão cada vez mais mercenários.

E obrigada, sempre e sempre, a Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe...

...Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Roberta Roque Baradel, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo e Fabiana Ribeiro, por seguirem juntinho!

19.3.20

Visitei o primeiro cat café do Brasil!

Sorocaba é um interior "muderno". Tem pizzaria vegana, meditação no parque e o Café com Gato, primeiro espaço do país em que você pode comer sendo julgado pelos bigodes — aqui, a vigilância sanitária não permite animais em ambientes de alimentação, por isso o "aquário". Sorte deles, que podem cochilar sossegados e, quando não estão a fim de plateia, se esconder na parte interna da casa.


Fabiana Ribeiro, a dona do café, me convidou para conhecer a turma e claro que apertei o máximo de vítimas que consegui.


Sim, tem bichanos de raça, porque atraem público.




Mas ela fez questão de colocá-los junto com escaminha, frajola e pretolinos rejeitados, incluindo a Bombom, que ficou paraplégica por trauma.


Toda vez que viaja a Campinas, para trabalhar no café de lá, Fabiana compra uma passagem extra de ônibus para levar a rabugenta, que arranha todo mundo que tenta esvaziar sua bexiga — alguns paraplégicos precisam desse cuidado, várias vezes por dia.

A conversa avançou tarde adentro, com achocolatado e torta vegana gingerbread, recheada de maçã, uva-passa e nozes, edição especial do Natal, que peguei de saída no cardápio. E também não adianta cobiçar o "gatinho feliz" da foto, porque é exclusividade. Mas há outras delícias e eu mesma dei algumas sugestões cruelty free. Quem sabe não rola uma parceria "Café com Gatoca"?




Subi videozinhos da Bombom, Vanilla, Mocaccino, Chantilly, Canela, Capuccino, Pingado, Chocolate, Expresso, Nutella e Tricolore nos stories do Instagram, arquivados em "destaques". E me despeço com um gostinho da Milk e a confissão de que é esquisito tocar em um sphynx. rs


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18.3.20

Coronavírus, solidariedade e o futuro do Gatoca

Esta folhinha em que Pimenta resolveu descansar é o roteiro do vídeo que eu gravei ontem, um desabafo inédito nestes quase 13 anos de Gatoca — assistam, no final do post, para entender o contexto. Como vocês podem ver, a gata está zero preocupada com os algoritmos, a pandemia e os boletos. Já minha asma não pode dizer o mesmo.


Ontem, me peguei dividida no supermercado entre rezar para não espirrar com o ar-condicionado, evitando o linchamento popular, e fugir da senhorinha que assoprava o nariz no lenço e mexia em todos os produtos da prateleira. A gente precisa, sim, seguir as orientações dos especialistas — de higiene, isolamento social, identificação de sintomas relevantes.

Mas não podemos começar a nos enxergar como monstros — e escrevo para eu mesma ler. Enquanto tem criatura comprando todo o álcool em gel do planeta, 35 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água tratada e 100 milhões não possuem esgoto, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.

Desde 2007, o Gatoca planta sementes de solidariedade, que vocês espalham on e offline. Espero, nestes dias críticos, continuar sendo espaço de informação, entretenimento e, principalmente, acolhimento. Venham para dar um tempo do noticiário catastrófico, para matar a saudade dos bigodes, para a gente aprender junto como melhorar. ❤


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13.3.20

Gato da sorte para todas as sextas 13!

Banguela foi abandonado ainda filhote, porque a tutora engravidou. Na verdade, ela comprou uma vizinha para ficar com ele e a irmã, que embolsou os R$ 200 e largou os dois no quintal, debaixo de chuva e sol forte. A fêmea logo morreu atropelada, como a gente sabe que acontece com animais que vão para a rua. E o pequeno sobrou sem família — humana e felina.


Alyne Castregrini e o marido, que têm uma empresa no mesmo bairro, começaram a alimentá-lo, mas não demorou para o bichano cruzar também com um carro desgovernado. Graças ao socorro veterinário, o acidente lhe custou apenas uns dentinhos quebrados, motivo do apelido cinematográfico.

Só que os meses foram passando e, recentemente, o peludo reapareceu tão fraco que não conseguia subir as escadas nem para comer. Quem dá azar mesmo? O casal levou-o mais uma vez ao vet, que caprichou na engorda e já emendou a castração — se você desconhece os benefícios, clique aqui.


Agora, a gente precisa de uma família que saiba valorizar a sorte de ter um pretolino carinhoso, curioso e brincalhão para compartilhar a vida — Alyne e o marido já preencheram as vagas do amor com dois gatos, que ficam separados porque deram para se estranhar, e um cachorrinho.

Banguela completou 1 ano e meio, está em Santo André e não preciso dizer que só será doado para apartamentos telados ou casas de muros altos, né? — depois da sexta-feira 13. Ajudem a compartilhar este pote de ronrom no fim do arco-íris?


Arte do Leo Eichinger 💙

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12.3.20

Veterinário gato em Gatoca!

As meninas invejam a cabeleira. As velhinhas querem apertar as bochechas. Mas foram os bigodes que ganharam a atenção do Dr. Eduardo Carneiro no último sábado! Importado de São Paulo, ele passou horas preciosas em Gatoca, cheirando bafo, limpando orelhas, analisando tons de catarro na parede e texturas de cocô nas caixas de areia.

A boa notícia é que os peludos estão resistindo melhor do que eu à idade. Não contei aqui, mas, depois que Pipoca saiu da alimentação forçada, entrou Pufosa, que já voltou a comer sozinha também. E Guda segue oscilando na diarreia, com mais vitórias do que derrotas. A doença renal vira e mexe derruba um, só que ainda não conseguiu segurá-los no solo. :)

E tem a alergia eterna da Pimenta, que parece sincronizada com a minha — quando anoitece, nossos espirros ecoam em estéreo pela casa. Espero que ela se liberte com esse atendimento mais próximo. E, de culpa, marquei uma consulta também — não com o veterinário. rs

Lembram do abscesso do Mercv na glândula ad-anal? Cicatrizou, a febre passou, sobrou apenas a depilação brazilian wax — e o abalo na dignidade. Já o carcinoma da Clara tomou boa parte do lado esquerdo da cabeça, a ferida do lado direito ficou mais funda e os linfonodos parecem mais inchados. Essa seria uma notícia ruim, se Clara não insistisse em continuar aproveitando a vida — e seus 14 anos.


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6.3.20

Gatoca no Sesc Sorocaba!

Atualização (17/03/20): evento cancelado por causa do coronavírus! :(

Eu já contei que foi a Amanda Palmer quem me ensinou a arte de pedir — para ajudar gatos, cachorros, uma família de ovelhas, dois ratinhos e um pombo, precisei entender é de gente. Em 2014, o financiamento coletivo do Gatoca arrecadou R$ 21 mil, 140% da meta. No fim de 2018, estreou nossa campanha continuada, que bateu recentemente os R$ 1 mil, grande feito para um projeto de educação. E toco, ainda, o clube de assinaturas de uma ONG paulistana, com 117 apoiadores.

Estava mais do que na hora de compartilhar esse conhecimento com vocês! Nos dias 18 e 19 de março, das 15h às 17h, rolará aqui no Sesc Sorocaba a oficina Financiamento e o Poder do Coletivo, um intensivão sobre crowdfunding e conexão humana, composto por cinco módulos: Raio-x, Campanhas Relevantes, Inspiração para Começar, Como Estruturar um Projeto e Estratégias de Sensibilização.

O melhor de tudo: é grátis e dá para se inscrever pelo portal, a partir das 14h do dia 10 (saiu errado na revistinha). ❤

Keka está empolgada! rs




Para ampliar, cliquem na imagem

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5.3.20

Cachorro ou gato perdido: saiba o que fazer!

Este post provavelmente será um choque para quem conheceu a Beatriz protetora. Mas a verdade é que eu já morei em casa sem tela (com telefone fixo!), onde vivia fazendo gambiarras para os gatos não irem para a rua, até que a Rosa e o Casé ajudaram a acabar de vez com o pesadelo das fugas — justamente por isso tenho tanta paciência com a ignorância alheia.

E, por três vezes, que não contei aqui, os bigodes me tiraram o sono em São Bernardo: Clara ficou presa no forro do telhado de um sobrado da rua de trás, Mercv caiu no jardim de inverno de uma clínica médica e, quando a faxineira chegou para trabalhar, tentou espantá-lo jogando um balde de cândida (episódio que me rendeu os óculos quebrados), e Chocolate travou na roseira da vizinha, sem deixar que ninguém se aproximasse.

Em nenhum dos casos os sem-noção conseguiriam voltar sozinhos para Gatoca, tanto que nossas buscas levaram dias. E, como nos últimos sete meses fui "atropelada" por dois cachorros fujões, o Strike e a Nina, e teve ainda o Napoleão, que estourou a caixa de transporte no nosso mutirão de castração e sumiu em Santo André, resolvi compartilhar a experiência acumulada.

Você perdeu um peludo?

Divulgue imediatamente nas redes sociais
Quanto antes, maior a chance de reencontrar animal porque ele ainda estará por perto. Escolha uma foto atual, descreva características peculiares dele, informe a data e o local do desaparecimento e não esqueça de incluir seu contato.

No grupo de Facebook Cachorro Perdido em SP, Capital eu achei a família da Nina e, graças a ele, a dona da casa em que ela entrou a reconheceu. Me sugeriram também o Procura-se Cachorro, que tem página no Face e no Instagram. Indiquem vitrines bacanas, para gatos e de outros estados, nos comentários.

Faça buscas à noite
A cidade fica mais silenciosa e seu amigo poderá ouvir você esgoelando por ele — não tenha vergonha de pagar de louco. Foi assim também que eu consegui escutar a resposta da Clara e me pus a tocar todas as campainhas do perímetro, pedindo descaradamente para entrar nas residências onde os miados pareciam ficar mais altos.

Se o bicho for arisco, não delegue
Tem animal que só se reporta ao tutor, como o Napoleão, que desentocou do matagal apenas quando ouviu os assobios da Jane — 19 horas depois do nosso sofrimento vão.

Converse com pessoas estratégicas
Saca aquela galera que passa boa parte do tempo observando a rua? Segurança, flanelinha, vendedor de cachorro-quente, pipoca, espetinho, instalador de Sem Parar. Quem descobriu Mercv preso na clínica foi o guarda, que sabia que a gente estava atrás dele, quando pediram ajuda com umas caixas.

Distribua cartazes pelo bairro
Tecnologia analógica, em um país como o nosso, não acabará tão cedo. O que colocar no papel você aprendeu lá em cima. Na hora de colar, vale poste, comércio, garagem. Vejam esta relíquia da fuga da Chocolatinha — nem experiência com cartaz a gente tinha!


Bônus: use coleira de identificação!
Se existe a mais remota chance de o pet cruzar os limites do seu lar-doce-lar sem supervisão, compre uma coleira do tamanho dele no pet shop e peça para gravarem seu telefone na plaquinha em qualquer loja de aliança.

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