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31.7.20

Cadeira à trois

O ser humano se acha tão esperto acumulando dinheiro e fazendo guerra para acumular mais dinheiro, mas quem vive plenamente são os gatos. Eles transformam papel amassado em brinquedo, não reclamam de almoçar sempre a mesma coisa e, quando esfria, tratam logo de improvisar uma cadeira à trois.


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24.7.20

Gatos, carinho na barriga e resistência

Eu menti quando comentei nas redes sociais que demorei cinco anos para encostar na barriga da Pipoca. Foram cinco anos para encostar na Pipoca — em qualquer parte dela! É que a bichinha, apesar de ter nascido em casa, morria de medo de gente. Mas eu persisti. Leia-se: deixei que ela vivesse a distância e quase infartei no dia em que não fugiu de mim no quintal.

A história da quase morte contei aqui. Este, na verdade, é um post de resistência. Pipoquinha e sua barriga posaram no Gramado da Fama de junho para a agradecer os apoiadores que reativaram as assinaturas no Catarse em meio à pandemia! Cada real faz diferença para o Gatoca — que faz diferença para o mundo. ❤


Julho, aliás, ainda está zerado. Temos sete dias para arrecadar R$ 80 e estrear a série sobre o livro "O Encantador de Gatos", ilustrada pela gangue! Vale lembrar que contribuições a partir de R$ 15 dão acesso ao nosso "netflix", com superproducinhas exclusivas — a deste mês estreia na semana que vem.

Um aperto especial para Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe...

...Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Natalia e Lívia Pantarotto, Michely Nishimura, Maira Fischer e Ana Paula de Vilas Boas!

17.7.20

Como separar a ração de gatos com dietas diferentes

Os leitores antigos sabem que doença renal é a maldição de Gatoca. E nós testamos muitas configurações alimentares até encontrar a ideal para um grupo de dez bigodes. Tudo começou com a Pipoca, em junho de 2012, que instalei no meu quarto para deixar a ração medicamentosa disponível em tempo integral — e a normal para o resto do grupo também.

Naquela época, a gente morava em uma casa grande, com jardim de inverno em frente à cama, e Pipoquinha ainda se livrou do bullying da Clara — vale dizer também que eu acreditava que só essa adaptação na dieta bastava para aliviar os rins, ledo engano. Em 2013, porém, nos mudamos para um apertamento e essa separação se tornou inviável.

Passei a prender a pequena, então, apenas nos horários das refeições (de manhã e à noite) e esperava uns 30 minutos para recolher os potes — ela até ia para o escritório sozinha quando ouvia o barulho do pacote. De madrugada, como a jornada de trabalho se encerrava, a magrela dormia lá e todo mundo podia comer à vontade sua respectiva ração. Até 2015, quando outros cinco gatos apresentaram creatinina alta.

Investi as economias da família em uma consulta com o Dr. Valdo Reche, porque já tinha assistido a uma palestra dele sobre o assunto — esse post está entre os mais acessados do blog. E a cara foi ótima quando entrei no consultório segurando um bloco de anotações e uma caneta, sem bicho algum. Ele explicou que só filhotes, gestantes e peludos com menos de 4 anos não deveriam compartilhar a ração renal. E quase fali até a morte do Simba, em 2016.

Alguma coisa estava errada. Foi quando descobri a alimentação natural (e a importância de restringir fósforo, não proteína), as seringadas diárias de água e todo um ritual para aumentar a umidade na dieta dos bigodes — cliquem nos links deste post para ler os detalhes.

Hoje, eles têm a ração renal disponível o dia inteiro, assim ninguém passa fome. De manhã e à noite, ofereço a alimentação natural da Pet Delícia para quebrar a secura, responsável justamente pela doença. E no fim da tarde libero a ração normal, só um fundo de pote, para não faltar proteína a quem enjoou da AN — felinos são carnívoros, né?

Uma veterinária nutróloga me ajudou a pensar esse esquema e os nove bigodes seguem na resistência, as mais novas com 13 anos e Mercv com quase 15 ❤ — faltou a Guda na foto por motivos de enquadramento. rs


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10.7.20

Vida com gatos #4

"Vou me esconder, porque minha mãe não gosta que eu entre no rack!"


Mais vida com gatos: #1 | #2 | #3

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3.7.20

Veterinários criminosos — e como denunciar

Profissional incompetente tem em todas as áreas, eu sei. Mas os que lidam com a vida me deixam especialmente perplexa. E vocês não imaginam a quantidade de comentários que recebo aqui no Gatoca sobre veterinários que receitaram fluidoterapia sem necessidade, erraram dosagem de medicação, indicaram eutanásia para problema simples de resolver.

Nesta semana, uma gênia mandou a leitora passar Herbalvet no ânus do gato, sempre que fizesse cocô, para tratar giárdia! — a orientação original, que ela obviamente não conseguiu seguir, compreendia dar banho e secar o coitado com secador a cada ida ao banheiro.

Herbalvet, para quem não sabe, é um desinfetante de ambiente e instrumentos cirúrgicos, usado em clínicas e hospitais veterinários. No rótulo, está escrito para evitar o contato com a pele e os olhos, sob risco de irritação. E a instrução não para aí: caso isso ocorra, a região deve ser lavada com água abundante por 15 minutos.

De onde o povo tira essas ideias? Ou melhor: o diploma?

Por isso insisto: não sintam vergonha de questionar ou pedir para o profissional explicar as coisas de um jeito mais simples. É função deles, não da jornalista blogueira — embora eu faça com carinho. E, se ficarem na dúvida sobre o diagnóstico ou o tratamento, ouçam uma segunda opinião.

Para alguns erros, não há segunda chance.

Denuncie!

Se você tem provas de que o veterinário agiu de forma antiética, procure o Conselho Regional de Medicina Veterinária — é preciso se identificar. Alguns estados permitem fazer a denúncia online. Moradores de São Paulo, porém, precisam ir pessoalmente ao CRMV-SP ou enviar a papelada por correspondência:

Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo
A/C: Presidência (Dr. Mário Eduardo Pulga)
Rua Vergueiro, 1753/1759, 4° e 5° andares, Vila Mariana
São Paulo – SP
CEP: 04101-000


Para tirar dúvidas com relação à elaboração da denúncia, ligue: (11) 5908-4778.


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