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27.1.17

Perdeu um gatinho? Siga estas dicas!

Converse com os vizinhos
Não espere o bichano voltar sozinho ou alguém aparecer para ajudar. Eles podem se meter em enrascadas e, quanto mais tempo a gente demora, mais longe conseguem ir. Saia tocando as campainhas do entorno, explique o ocorrido e sensibilize o maior número possível de pessoas a ficarem alertas.

Espalhe cartazes em pontos comerciais
A frequência de padarias, farmácias e mercadinhos é alta e multiplica as chances de sucesso da empreitada. Escolha uma foto em que o rosto do peludo apareça bem, apele para o drama da criança doente no texto e coloque seu telefone para contato ― nem todo mundo tem acesso fácil à internet.

Faça buscas de madrugada
O bairro se torna mais silencioso e menos "assustador". Vale gritar o nome do fujão a plenos pulmões (melhor virar o Louco dos Gatos do que dormir com o travesseiro frio, né?) e trate de apurar os ouvidos para identificar possíveis respostas. Leve também um potinho de ração e alterne os gritos com as chacoalhadas sedutoras ― medo paralisa.

Conhece alguém que perdeu um gatinho? Não julgue. As criaturas são engenhosas, telas não estão imunes a roídas, visitas às vezes se descuidam com a porta. Eu mesma tirei um bichano da boca do cachorro porque a faxineira (na época em que a gente podia delegar a lavagem da privada, rs) bobeou com a janela. Exercite a empatia. :)

20.1.17

Quatro motivos para comemorar

Jacob esperou três anos e duas adoções fracassadas para ganhar sua família de comercial de margarina. Chuvisco me fez atravessar a Marginal Pinheiros na frente dos caminhões e driblar os seguranças da Editora Abril com uma caixa de papelão miante. Feijão e Luigi perderam suas tutoras depois de meia década.

O que essa gataiada toda tem em comum? Eles recomeçaram na casa da Gláucia e do Ricardo ― com uma Valentina entre as adoções. Mas isso os leitores antigos já sabem, né? A novidade é que, 12 meses depois, Chuvisco e Feijão foram flagrados dormindo juntos! Quando o gorducho resolveu superar as diferenças e se aproximar do arqui-inimigo, o pretolino até resmungou, mas continuou colado. Gláucia disse que ainda rolam umas provocações, só que sem sangue envolvido.


Luigi recuperou os quilos perdidos de tristeza.


E Jacob trocou de vez os ataques (que renderam as duas devoluções) pelas mamadas.


O coração precisava desse intervalo, né?

16.1.17

Quatro horas para fazer a diferença!

O mundo se divide em dois tipos de pessoas. As que colocaram Lex Luthor para fora de casa aos 10 anos, porque apareceu com um tumor na boca que começou a crescer e cheirar mal. Ou que acorrentaram o vovozinho Porzingis ao relento, lhe rendendo uma infecção respiratória e o corpo magrelo coberto de feridas. Ou, ainda, que abandonaram 15 filhoticos para morrer de fome e frio na rua.

E as que batalham sem férias remuneradas nem 13º para dar a essa bicharada toda a chance de recomeçar. Lex Luthor passou por cirurgia para remoção do tumor, fez tartarectomia, foi castrado, vacinado e testado para FIV (positivo) e FeLV.


Porzingis ficou internado por quase um mês só para tratar a infecção, controlar a diarreia e ganhar peso — falta um longo caminho.


E os pequenos estão prontinhos para adoção (castrados, vacinados e testados).


Mas a Confraria dos Miados e Latidos precisa de ajuda para pagar a conta do veterinário, que vence hoje. Faltam apenas R$ 1 mil, dos mais de R$ 6 mil. E nessa dívida entram também os gatos da colecionadora do Campo Limpo (lembram?), que ainda não conseguiram suas famílias de comercial de margarina — vou escrever sobre eles nas próximas semanas, prometo.

Em que grupo vocês estão?

Associação Confraria dos Miados e Latidos
17.291.107/0001-39
Bradesco
Agência: 2626
Conta corrente: 2294-2
Banco do Brasil
Agência: 0384-0
Conta corrente: 30050-0

13.1.17

Quando a morte se engana de alvo

Pretinha partiu. Não existe outra forma de começar um post destes. Ela morreu nova, gorducha, de pelo macio e brilhante. Um engano, claramente. Para quem está chegando agora, a pequena foi castrada no mutirão do Gatoca, em 2015. Um mês depois, teve anemia severa, infecção, hepatose. E sobreviveu ― me recebia com ronrons na favela, mesmo depois das consultas veterinárias, dos exames e dos remédios.

Perdeu o primeiro lar temporário por suspeita de calicivirose, que, na verdade, era infecção na traqueia. Mais veterinário, exames, remédios. E sobreviveu. No segundo lar temporário, apareceu um gânglio inflamado no pescoço. Veterinário, exames, remédios. E sobreviveu. Em busca da família de comercial de margarina, fizemos campanhas de Halloween e Black Friday. Até que os pais da Fernanda Abreu a escolheram para dormir na cama, de cobertor.

Surgiu, então, o problema dentário estrutural e a estomatite. Arrancaram todos os molares. E a pretolina sobreviveu. Em dezembro, recebi esta foto de "feliz Natal":


Alguns dias depois, ela teve uma reação alérgica à creolina usada no ralo contra baratas, que virou edema pulmonar e pneumonia. Sobreviveu de novo. Mas voltou ao hospital na virada do ano por causa de uma diabetes misteriosa e da hepatose, onde tudo começou. A gente piscava o olho e uma nova doença tomava a conversa.

Verme transmitido por lagartixas, pancreatite, canal do fígado obstruído, cirurgia de risco. E ela sobreviveu a tudo. Só que a pressão caiu e não estabilizou nem com a transfusão de sangue. No fim de semana do meu aniversário, consegui autorização da UTI para fazer um intensivão de homeopatia, orientada pela Drª Maria Eugênica Carretero.


A guerreira chegou a melhorar ― Cristiane Conti e as meninas da Catland ajudaram com o reiki a distância. Deu uma volta no cubículo e até tentou fugir da gaiola.


Convenci a equipe do plantão a continuar o tratamento de madrugada, com direito a instruções por escrito.


Mas ela não sobreviveu. Um engano, claramente.

P.S.: Como não posso ressuscitar a gorducha, gostaria de devolver parte do dinheiro gasto na Vet Support: R$ 17.096,60. Help: doacoes@gatoca.com.br? Perder quem a gente ama e sobrar com uma dívida astronômica dessas deve ser desolador. :\

11.1.17

O fantástico universo das plantas

Nas etiquetas estava escrito "graminha para gato" ― sim, eu caí nesse golpe de novo. Os bigodes cheiraram, derrubaram os vasinhos (antes da jardineira), espalharam terra por toda a sala, como de costume.


E quem fez sucesso, acreditem, foi o Alegrim (eu deveria receber um salário para inventar nomes de esmaltes, drinks e plantas). Além de deixar as batatas assadas mais saborosas do que o alecrim industrializado, dizem que ele também funciona como faxineiro energético. Ainda dá uma força na decoração natalina.

Quatro a zero para o pinheirinho de tempero!

6.1.17

Protesto felino

Hoje é aniversário da mamãe.

A gente esperou o dia inteiro para comemorar com colo, carinho, comida especial e sabem o que ela fez? Chegou tarde da noite, toda felizona! Se imaginássemos que esse ultraje poderia acontecer, não teríamos dormido nas cadeiras macias e fofinhas da mesa de zoar, com sol na barriga e vento refrescante nos bigodes. Aguardem que haverá retaliação. Xixi na esponja de lavar louça ou vaso do manjericão capotado no fogão, ainda estamos decidindo.

4.1.17

Acerte no brinquedo do seu gato!

Existem três tipos de brinquedos para gatos. Os de filhote, que pressupõem ação. Os de adulto, que permitem executar essa ação deitado. E aqueles que viram diversão sem planejamento nem grana envolvida. Já escrevi bastante sobre a última categoria, que contempla, além de milhares de objetos inusitados, as bolinhas de papel, os prendedores de pão e as caixas de papelão.

Bebês caçam qualquer coisa que se mova, né? Este post (não pago), portanto, tem o objetivo de compartilhar o primeiro sucesso brinquedístico com bigodes decenários: um spa massageador! Sem levantar a carcaça do tapete de borracha, eles podem escovar os pelos na parte verde, esfregar a cabeça na rodela azul, morder e massagear as gengivas na pecinha do centro.

O catnip desidratado ainda rende excelentes vídeos para o Youtube. rs