No caminho para São Paulo, a gente ainda teve de parar na farmácia e no pet shop, para comprar os remédios do pós, e eles ensoparam uns aos outros de xixi ― essa via-sacra intermunicipal só rolou porque poucos veterinários castram filhotes de três meses, menos usam a técnica do gancho (que dispensa retorno para a retirada dos pontos) e quase nenhum cobra R$ 60 por bicho.
De volta à casa da Michele, grogues da anestesia, os pequenos dormiam com a cara enfiada nas tigelas de ração, sem ligar para a esfregação frenética de toalhas no pelo molhado.
E tomaram o medicamento para a dor numa boa. Difícil foi proteger o microcorte costurado. As roupinhas da loja eram grandes demais eu fiquei traumatizada com colares elisabetanos por causa do Sparky. Munidos de ataduras e rolos de esparadrapo, nós embrulhamos a MiniMercv de várias formas, mas o corte, mais baixo do que o normal, sempre sobrava exposto e a bundinha coberta.
Até que o Cléber teve a ideia de fazer dois furos na faixa para as patas traseiras e logo (mentira, já passava das 19h30!) as quatro piticas estavam cambaleando pelo escritório com roupinhas cirúrgicas artesanais exclusivas ― machos não precisam de blindagem, provando que no mundo animal eles também se dão melhor.
Na semana que vem, publico o post oficial de doação. Preparem o coração! E o fígado e os rins. :)
Epopeia da família Cartoon na busca por um lar:
:: Como tudo começou
:: Nasceram!
:: Comédia romântica que virou drama
:: Drama que virou romance
:: Bebês de chocolate
:: Bolão e batizado
:: Para matar de ternura
:: A primeira ida ao vet a gente nunca esquece