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19.1.22

O que eu faria diferente com os gatos #2

Quem já leu três posts do Gatoca provavelmente pegou uma referência à arisquice das Gudinhas, nascidas aqui em casa — quer dizer, lá em São Bernardo. Em algum momento da infância, que não sei precisar bem quando, as pequenas foram se afastando da gente até se fechar de vez na família felina.

Isso significa que Pipoca se deixou tocar apenas aos 5 anos, porque estava morrendo. E Jujuba soltou o primeiro ronrom com 13! Se pudesse voltar no tempo, então, eu não descuidaria da socialização das meninas. Os tratamentos veterinários teriam sido mais fáceis, a mudança para o apertamento não me renderia uma escarificação no braço e a gente teria aproveitado mais.

O desafio, neste finzinho de vida delas, é multiplicar colos e carinhos. rs


Máquina do tempo: #1

14.1.22

O melhor bebedouro para gato no verão!

Atualizado às 22h10

Já dizia Jesus: é mais fácil fazer um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um gato tomar água. E não podemos culpá-los porque, na natureza, quando caçavam animais menores, eles acabavam ingerindo 70% de água junto. O problema está na alimentação seca (prática e "barata") que oferecemos atualmente.

Com mais bichanos renais do que eu gostaria, vivo testando estratégias para aumentar a hidratação da gangue — tem links importantes no fim do post. E a última descoberta foi o bebedouro de cerâmica (o bom e velho barro), dica da Aline Silpe, no nosso grupo de apoiadores.


Comprei o modelo mais em conta (R$ 78) de presente de Natal, com os mimos do post 3 ideias para qualquer gato brincar.


E dias de frustração se passaram até me tocar que as criaturas se recusavam a usar porque a água devia estar com gosto de detergente. Feita a limpeza adequadamente, com a esponja quase sem espuma e muito enxágue, os bigodes não trocam por nada!

O líquido sai da torneirinha muito mais gelado do que nos bebedouros de plástico — dá para sentir ao colocar o dedo. E não junta bactérias. Mas não poderia deixar de compartilhar os contras, né? O trambolho pesa uma tonelada, parece louco para estatelar no chão, tem material poroso, de acabamento meio tosco, e anda juntando um bolorzinho* do lado de fora nestes dias úmidos.

Dizem que a versão de inox alcança a perfeição, só que o preço, na faixa dos R$ 300, a torna um sonho distante para a maioria dos brasileiros — se não quiserem passar nervoso, não cliquem no site do Jackson Galaxy! Resumo da bebedeira: minha vida piorou, mas a dos bigodes está bem mais fresca. rs


*Guiga Müller me ensinou que o que chamei de bolorzinho é, na verdade, eflorescência: um fenômeno que ocorre quando a água atravessa os poros do barro, ao trocar calor com o ambiente, e evapora, deixando os sais minerais contidos nela do lado de fora do filtro — quanto mais sais minerais, mais eflorescência. Os dias chuvosos devem ter coincidindo com o excesso de cloro que a prefeitura de Araçoiaba vira e mexe despeja na água.


Infos essenciais:

:: Doença renal, pelo maior especialista em gatos do Brasil
:: 7 dicas que podem salvar seu amigo
:: Diagnóstico renal não significa sentença de morte
:: Sobrevida de 11 anos (e contando)!
:: 9 sinais de doença que a gente não percebe
:: Teste: seu peludo sente dor? Descubra pela cara!
:: Como identificar mal-estar sem sintomas
:: O difícil equilíbrio ao cuidar de gatos
:: Pesando bichanos com precisão
:: Como estimular a beber água
:: A importância de ter potes variados
:: Gatos sentem o sabor da água
:: 13 macetes para dar líquidos na seringa
:: A seringa (quase) perfeita
:: Seringa que goteja para cuidar de gato doente
:: O milagre da água na seringa, seis anos depois
:: Soro subcutâneo: dicas e por que vale o esforço
:: Soro fisiológico, ringer ou ringer com lactato?
:: O desafio da alimentação natural
:: Quando a alimentação natural não dá certo
:: Ração úmida mais barata para gato renal
:: Seu pet não come ração úmida (patê, sachê, latinha)?
:: Como ensinar o bichano a amar ração úmida natural
:: Ração em molho: nós testamos!
:: Alimentação de emergência para animal desidratado
:: Calculadora de ração felina, seca e úmida
:: Cuidado com alimentação forçada!
:: Como deixar o patê lisinho (para seringa!)
:: Suporte para comedouro pode cessar vômitos
:: Diarreia em gatos: o que fazer?
:: Quando e como usar fralda
:: Gastrite causada por problemas renais
:: Luto: gatos sentem a morte do amigo? O que fazer?

13.1.22

Luto: tempo contado em girassóis

Primeiro, a gente achou que os passarinhos tinham roubado as sementes plantadas com a Clara. Aí, despontaram microfolhas no solo, depois um botão desajeitado e parei de compartilhar a jornada do luto em flores com o girassol gótico. Mas o jardim nada-secreto seguiu seu caminho de cura — e quanto mais o tempo passava, mais colorido ficava.


Foi emocionante enxergar estrelas no miolo do girassol amarelo.


E precisei segurar com estacas os caules que decidiram a gestar múltiplos botões.

O vermelhão demorou, mas apareceu.


E logo se juntaram a ele versões purpurinadamente mescladas.


Sofremos um ataque de fungo, tratado com bordalesa e autoacolhimento.


A plantação superou meus 1,70 m!


Por dois meses, vimos este quadro se renovar na janela do quarto:


Até que as formigas venceram.

Eu estaria mentindo se dissesse que não fiquei chateada. Mas os girassóis não nasceram justamente da impotência?


Despedida da Clara:

:: Saudade
:: Nunca foi tão difícil plantar girassóis
:: Os primeiros 30 dias
:: Clara finalmente virou girassol!
:: Girassóis góticos de Halloween

7.1.22

2021

Ano de baixar as expectativas.

Era para falar de pandemia no passado, comemorar a casa nova com os bigodes, realizar um projeto antigo. Mas nós continuamos quarentenados, tomamos golpe da empresa de customização dos contêineres enquanto Clara morria, vimos expirar o edital que viabilizaria a trilogia de livros infantis nos portões fechados das escolas municipais.

E integramos o grupo dos privilegiados, em um país de 19,1 milhões de famintos. Como não desanimar? A verdade é que eu desanimei. E, pela primeira vez, em 14 anos, este blog passou dois meses sem atualizações. Só voltei, na real, por causa de vocês — e dos relatos de como o Gatoca ainda ajuda e acolhe leitores.

Nosso banheiro segue sem porta. As brigas quase viraram divórcio. E o luto da Clara durou meses, da despedida aos girassóis — plantados com bolhas nas mãos, regados nem sempre com água da torneira e germinados timidamente. Mas a vida foi assentando. Dentro e fora.

Nasceram, então, girassóis exuberantes, a gangue ganhou uma floresta, o gatil lendário saiu do papel! Pipoca, na batalha de uma década contra a doença renal, até caçou um passarinho — o que me rendeu sentimentos mais conflitantes do que o episódio do atum vegano.

O livro da Rosana Rios inspirado no nosso trabalho entrou para o clube de leitura da Organização das Nações Unidas (ONU), na categoria redução das desigualdades. E nós recebemos do Catarse o selo de "projetos que amamos" — seletos 181, entre mais de 5 mil.

Teve texto também sobre roupinha para gato, cuidados paliativos, seringa perfeita para dar remédio, larvas e bicheira, o perigo das coleiras, esponja mágica para sujeira pesada, ração úmida improvisada, o barato do matatabi, luto em animais, riscos de não urinar, bebedouro inusitado, dosador oral que goteja, o que eu faria diferente com os bigodes, brinquedos para qualquer idade, como os bichanos gastariam seu tempo na natureza.

E a série nova, baseada na bíblia O Encantador de Gatos, escrita pelos especialistas em comportamento Jackson Galaxy e Mikel Delgado: Existe um canto do planeta sem eles?, A primeira gateira da história, Como a humanidade se curvou aos felinos, Seu amigo vem da América ou do Velho Mundo?, 8 mudanças genéticas modernas e 44 raças lindas, mas doentes.

No ativismo, a gente divulgou a Leia, deu entrevista para o UOL (e acabou obrigado a discutir a estigmatização da "louca dos gatos"), participou de bate-papo com ambientalistas sobre educação, homenageou a luta LGBTQIA+, levou a polêmica dos testes com animais à Folhinha, descobriu que ajudou a salvar um filhote famoso, arrecadou dinheiro para o tratamento do Conan.

E não dava para abandonar, justo neste ano-bomba, os posts de entretenimento, né? Vida com gatos #8, Felinos modernos, 6 coisas estúpidas que fiz quando adotei, Guardiãs felinas, Quando o X marca o tesouro, Pimenta à milanesa, Gatos, tijolos e frases desmotivacionais, A causa da rabugice felina, Cantinho da reflexão, Receita de pão de gato, 'Abaporu', de Gatinha do Amaral e Uma caixinha especial.

Clara, Guda e Gudinhas tiveram seus aniversários ignorados no caos da mudança para Araçoiaba da Serra, interior do interiorrr. Mas nós comemoramos o da Chocolate, o do Mercvrivs (nascimento e adoção), os 14 anos de concepção e lançamento do Gatoca (jornalista de papel, gente), o primeiro botãozinho da Clara coincidindo com o quinto ano sem Simba, seu grande amor. E o amigo secreto de talentos, que já virou um clássico!

Tudo isso só aconteceu porque vocês nos apoiam. ❤️ E continuaram mesmo com o Brasil em crise — o Gramado da Fama mais emocionante foi o de Natal! Lembram que eu disse que não ia fazer dancinha no TikTok, aliás? As meninas do Cluboca insistiram, a Cat Friday e o boletim do Catarse compactuaram e nós acabamos de bater a meta de desbravar a rede social chinesa!

Que em 2022 a gente só precise rebolar por ludicidade!


Retrospectivas dos anos anteriores: 2020 | 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008 | 2007

30.12.21

Os talentos secretos do Cluboca!

Aproveitando o clima natalino, vou fazer uma confissão da qual não me orgulho: quando era criança, lembro de um armário em casa cheio de brinquedos embrulhados para as festas de aniversário das amiguinhas. E, por mais de uma vez, deixei de ir, fingindo doença, para ficar com o presente.

Adulta, cansei de dar coisas bacanas nos amigos secretos e ganhar descascador de alho. Sem o menor constrangimento, portanto, e graças à invenção do amigo ladrão, passei a comprar meus próprios livros e rasgava as embalagens fazendo cara de surpresa, na frente da família inteira.

Qual a chance de uma pessoa com esse histórico de sociabilidade ter um projeto financiado por leitores e ainda se emocionar trocando mimos no mês do seu inferno astral? Pois aconteceu. Pela segunda vez! A proposta do Cluboca, nosso grupo de apoiadores, era compartilhar talentos, sem gastar dinheiro e de um jeito que todo mundo pudesse aproveitar os presentes de todo mundo.


Teve molde de artesanato para tecido, dicas de receita, filme, música, livro e podcast, gatos no cenário do Harry Potter, vaca curtindo colo e violão, quadrinho do Mingau, conto do Isaac Asimov ilustrado a mão, fotos favoritas e lembranças afetivas, coral para salvar a floresta, exposição virtual do Universal Museum of Art, palavra-cruzada e quebra-cabeça personalizados.

Eu escrevi para a Michele Strohschein, que disse que estava com dificuldade de fazer a transição para o vegetarianismo, um guia vegano (informativo, prático e acolhedor), apelidado de "Venha para o Lado Verde da Força" — usei até fonte de folhinha! E ganhei da Vanessa Araújo a primeira receita de comida que me fez chorar.


Para ampliar, cliquem nas imagens


O risoto de limão siciliano é sério e fica como nosso presente para vocês — na foto apelei ao tahiti, porque não rola chiqueza em Araçoiaba da Serra, rs. E Leo ainda me ajudou a reconstituir a orelha esquerda da Pimenta, que consegui decepar justo no melhor clique.

Um 2022 de limonada, com qualquer nacionalidade de limão!

23.12.21

3 ideias para fazer qualquer gato brincar!

Até ontem eu achava normal que animais idosos não brincassem mais. Como sempre tive uma gangue, aliás, acabava deixando o entretenimento por conta deles — e focava na alimentação, nos cuidados veterinários, no enriquecimento ambiental. Foi muito recentemente que descobri que os bichanos brincam para sempre, basta estimular.

Aproveitei, então, o Natal para renovar o estoque de bolinhas da Guda e o Godofredo da Pimenta — as únicas gatas que se divertem sozinhas, ainda trazem os brinquedinhos para a gente guardar. E comprei a famosa varinha para botar os sedentários em movimento. Vale contextualizar que todos os bigodes já passaram dos 14 anos e Mercv acabou de completar 16!

:: As reações

Como a barriguda só gosta da bolinha texturizada, que nunca encontro, paguei o valor do conjunto para aproveitar apenas metade, rs. Ela fica empolgadíssima quando alguém joga, mas também pega com a boca na caixa e sai petelecando pela casa em horas impróprias — tipo hoje, às 4h53.




Para a Pips, em vez de outro ratinho, escolhi o Monstro, que tem catnip dentro. Ela passeia com ambos na boca, chamando todo mundo para vir ver o troféu, só que o catnip produz um efeito extra: a rolação com baba.




"E os gatos que não brincam?", vocês devem estar se perguntando, impacientes. Amaram a varinha, preciso dar o braço a torcer. Aproveitei a Black Friday porque o raio das iscas penadas não custa barato, mas eles realmente enlouquecem quando as peninhas giram.


Quem mais surpreendeu foi a Chocolate, que não caça nem caramujo.




Jujuba, a criatura que me rasgou o braço na mudança para o apertamento, chegava perto, interessada, e saía correndo, rs. Keka e Pufosa sucumbiram ao calor, mas devem se animar com termômetros mais gentis — Keka já anda pelas paredes de madrugada. E Pipoca não conta, pois está fraquinha.

Prometo uma superproducinha caprichada para os apoiadores assim que conseguir organizar o caos!

:: Por que é importante?

Brincar 10 ou 15 minutinhos por dia com a gataiada permite que eles exercitem suas habilidades de predador, tendo uma vida mais plena, gastem energia de forma positiva, em vez de destruir o sofá, estreitem laços com a gente.

A prática constante, segundo a veterinária Larissa Rüncos, faz bem tanto para a saúde física (dos músculos e do coração), quanto para a mente e o emocional dos pequenos, evitando doenças como toque, depressão, ansiedade e obesidade.

Os especialistas em comportamento felino orientam brincar individualmente, inclusive, porque na natureza a presa é sempre pequena, inviabilizando a caça em grupo — claro que eu olhei para os oito meliantes e ri.

:: Dicas estratégicas

Experimentem brinquedos diferentes
Vocês viram, lá em cima, que cada bigode prefere um tipo, né?

Deem tempo para eles se acostumarem
Gato é bicho desconfiado. As criaturas aqui passaram nove meses tentando fugir de casa e, no dia em que inauguramos o gatil, ninguém queria sair.

Simulem o movimento das presas
Ratinhos correm pelo chão e passarinhos voam, certo? Balançar a varinha (ou cordinha) aleatoriamente diminui as chances de sucesso.

Apelem à criatividade
Vanessa Almeida contou no nosso grupo de apoiadores que tentou todos os tipos de isca até perceber que os bichanos se juntavam quando ela mexia na cartela de remédio.

Guardem depois de usar
Guda e Pimenta são exceções, eu não sabia. A maioria dos peludos parece que não curte brinquedinhos "mortos". E vocês podem aproveitar o fator surpresa/novidade, tão caro aos felinos. :)

17.12.21

Os bastidores do gatil lendário de Gatoca!

É fato que os bigodes se acostumaram com o apertamento mais rápido do que eu — que não me acostumei nunca, na verdade. Mas foi na janela de São Bernardo, respirando a poluição da Anchieta, que Pimenta desenvolveu a rinite alérgica highlander. Vir para o interior, portanto, equipararia qualidade de existência à conta bancária, em queda livre.

E eles aproveitaram bastante a casa concretada de Sorocaba. Até a gente ser moralmente despejado no meio da pandemia, sem nunca ter atrasado um centavo de aluguel, e a rural Araçoiaba da Serra se tornar uma opção. Obra, mudança e semanas de caos quase viraram separação, já contei aqui. Clara morreu. Secaram os frilas.

A gangue ganhou, então, um gatil improvisado, que resistiu por nove meses — na real, acho que eles sentiram pena da gente porque aqueles bambus apodrecendo e as telas velhas com barriga não seguravam mais ninguém. Em outubro, consegui comprar os caibros e toras de eucalipto para o gatil oficial, que Leo trouxe equilibrados no carro. Só que ainda faltava o alambrado, bem mais caro.

No mês seguinte, quando Pipoca quase partiu na última crise renal, batalha de uma década, resolvi dar um salto de fé e encomendei a cerca. Foi aí que o Gatoca saiu no boletim do Catarse, recebeu o selo "Projeto que Amamos" e começou a cair apoiador do lustre — vocês não tem ideia de como sou grata! O novo empreendimento é maior do que nossa casa: 90 m2 contra 60 m2!


A construção levou 13 dias, de sangue, suor, brigas — jornalista e designer armados com marreta e maquita.




A cada faixa do alambrado, pesado e pouco maleável, a gente tentava um método diferente, para tomar outro baile: começar a instalação de baixo para cima, de cima para baixo, prender tudo na esquerda ir desenrolando, deixar a sobra no topo e cortar depois, enterrar a sobra no gramado.








A limpeza de mato e plantas tóxicas rendeu três sacões de lixo. E o manacá, que estava com dificuldade de vingar, acabou dando lugar ao berço do futuro resedá, que os gatos poderão mastigar à vontade. Leo arrumou um tronco de árvore, vítima da poda da empresa de luz, para afiarem as garras. Tampou as brechas de fuga pelos contêineres com pedras do terreno vizinho. E quase arrancou o catnip que ele mesmo havia plantado.

No sábado retrasado, rolou o open cattery!


Guda, Keka e Pufosa se meteram a explorar tudo. Mercv deitou no primeiro quadrado de grama macio. Já Jujuba não saía de jeito nenhum. Se a gente tentava estimular, voltava correndo. E terminou a tarde laranja de rolar na terra do barranco. O catnip foi solenemente ignorado, até o quarto dia, quando passou a juntar fila. Pimenta e Pipoca arriscaram subir no tronquinho, só que quem está descascando o coitado inteiro é a Chocolate.




















A pequena rabugenta merece um parágrafo exclusivo, aliás: depois de dar a maior canseira no gatil improvisado, conseguiu escapar três vezes da blindagem oficial. O bairro ficou sem pedra e a peste aparecia do outro lado da cerca, como Houdini! Precisamos resgatar os macarrões de piscina do lixo e nos contentar com o toque de cortiço que sempre sobra na decoração.


Nosso banheiro continua sem porta, inclusive. Mas os bigodes terão vida, ao final.

16.12.21

Gramadão da Fama para comemorar o gatil novo!

Eu já soltei um spoiler do gatil oficial dos bigodes no texto sobre como os bichanos passariam o tempo na natureza e prometo contar os bastidores da construção e a reação da gangue amanhã. Este post acabou furando a fila porque são muitas fotos legais para escolher! E porque preciso agradecer, em um fim de ano tão complicado para o país, os dez novos apoiadores do Gatoca.


Ana Hilda Costa, Lia Paim, Márcia Mentz e Carmen Lucia Aguiar chegaram pelo boletim do Catarse — para quem não viu, nós ganhamos o selo "Projeto que Amamos" da plataforma pioneira em crowdfunding no Brasil! Elisângela Dias veio pelo Google, pesquisando informações sobre gatos. E Amanda Herrera é família — aquela que a gente escolhe, sabem?

Michele Strohschein trouxe, ainda, a Ivoneide Rodrigues, que passava por um momento delicado com a Nina, em estágio avançado da doença renal. E eu queria ter mais perto a Melissa Menegolo, a Vanessa Almeida e a Vivian Vano, então convidei-as descaradamente — minha meta para 2022 é fazer a energia circular, com ou sem dinheiro! rs

Para receber essa galera toda, a gente ia precisar mesmo de um Gramado da Fama maior. E Mercv fez questão de segurar a plaquinha!


Para ampliar, cliquem na imagem

O financiamento coletivo, não canso de repetir, me permite investir em projetos alternativos, como a série sobre O Encantador de Gatos (primeiro capítulo aqui!) e o futuro jogo de tabuleiro para crianças — será que sai no ano que vem? Faltam R$ 30, aliás, para bater a meta de levar o Gatoca para o TikTok!

Vocês ganham superproducinhas audiovisuais (juro que retomarei!), grupo no WhatsApp para trocar experiências, memes e angústias, e outras recompensas pensadas com carinho — os bastidores da obra da casóca viraram seriado apócrifo com 25 capítulos, está rolando o Amigo Secreto de Talentos e devo organizar um sorteio para janeiro, mês do meu aniversário. :)

Obrigada pela parceria também, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita...

...Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Michely Nishimura, Ana Paula de Vilas Boas, Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida e Ana Cris Rosa! ❤️

10.12.21

Gatoca recebe selo especial do Catarse!

Foi um novembro inusitado. Primeiro, eu descobri por uma estranha que a gente havia saído no boletim do Catarse — vou contar em detalhes no Gramado da Fama turbinado, na semana que vem.


A plataforma pioneira de financiamento coletivo no Brasil indicava o Gatoca como uma iniciativa em prol dos animais que merecia ser apoiada. ❤️


Na sequência, entrei no sistema e dei de cara com o selo "Projeto que Amamos", criado, segundo a empresa, para mostrar "admiração e lágrimas nos olhos" por ideias catárticas — seletas 181, de mais de 5 mil, entre campanhas pontuais e assinaturas.


Após dois anos de vida (e país) dando errado, entendi como um abraço do Universo — com empurrãozinho gentil para tirar a poeira do tênis.

9.12.21

Como seu gato gastaria o tempo dele na natureza?

A gente sabe que não seria assistindo Netflix, mas vocês já se fizeram essa pergunta? A veterinária Amanda Alano, dona do meu perfil favorito no Instagram, responde, baseada no artigo Environmental Enrichment for Cats ("Enriquecimento Ambiental para Gatos"), escrito pela norteamericana Lisa Radosta.


Mesmo se não tivessem cruzado nosso caminho, os bichanos passariam a maior parte do tempo descansando e dormindo. A diferença é que também viajariam e caçariam — mais de quatro horas por dia! A dedicação à limpeza confesso que também chama a atenção da tutora de um Mercvrivs que negligencia a própria barriga. E o que será que entra em "outros"? rs


Amanda reforça a importância de compensarmos, ao menos parcialmente, a vida concretada dos nossos amigos brincando com eles, promovendo estímulos tanto físicos quanto mentais e enriquecendo o ambiente com caixas que sirvam de esconderijo, prateleiras para observar o movimento da rua e arranhadores que poupem o sofá.

Vai ter mais post sobre o assunto por aqui!

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O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor — veja as principais ações do projeto! Quer fazer parte dos despioradores? Assine nosso clube no Catarse ou doe um cafezinho em forma de PIX: doacoes@gatoca.com.br ❤️

2.12.21

Presente reverso

Quando adotei o Mercv*, exatamente 16 anos atrás, achei que estava oferecendo a ele a chance de ganhar uma família — eu nem gostava de bicho, o filhotico frajola jogou baixo! Mas foi Mercv quem acabou me dando uma família.

E amigos.

Trabalhos.

Um projeto de vida.

Sem esse gato, nenhuma parte de mim seria igual.


*Novelinha: Conheça a história do Mercv