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24.6.22

Assassinato no Bebedouro do Poente

Parte I: Os Fatos

Eram 8h de uma manhã de quase-inverno em Araçoiaba da Serra, quando Monstro pediu um pente emprestado e, sem rodeios, quis contratar Levischot para um serviço. Recheado de catnip, ele contou que colecionava inimigos — tendo sobrevivido, inclusive, a uma tentativa recente de sepultamento no jardim. Ela declinou a oferta pelo simples fato de não ir com sua pelúcia.

Como aqui não neva e nossa casa, apesar de adaptada em um contêiner, não se mexe, saltemos direto para o assassinato: às 9h do dia seguinte, o corpo de Mostro foi encontrado sem vida, flutuando no bebedouro de água mais alto do recinto, que ele não alcançaria sozinho.

O assassino estava entre nós.


Parte II: Os Testemunhos

As sete entrevistas ocorreram no gatil, para que o culpado se sentisse seguro em território dominado e acabasse escorregando. Pipoca, primeira a testemunhar, relatou que notou um gosto estranho na água e logo o cadáver emergiu. Pufosa jurou estar ocupada com o pote de comida — a madrugada inteira. Keka, Jujuba e Guda apresentaram o álibi coletivo de terem dormido juntas porque fazia frio.

Pimenta, vista para cima e para baixo com o finado (antes de finar), provavelmente deixaria DNA em forma de catarro no local. E negou qualquer envolvimento na trama, assim como a mãe e as irmãs. Já Chocolate se ofendeu com a suspeita de cometer um crime tão desprovido de drama, como afogamento.

Mas quem disse que foi afogamento?

Parte III: Beatriz Levischot Para e Pensa

Quem se beneficiaria com o mergulho fatal do Monstro? Por que ele precisava de um pente? O enterro frustrado no jardim teria conexão com esse trágico desfecho? Eis que tudo clareou, como roupa limpa saída da máquina!

Para remover a lama e recuperar a maciez dos cabelos, Levischot achou que seria uma ótima ideia lavar o brinquedinho com amaciante, perfume que não só agravou a alergia da Pimenta como arruinou a experiência recreativa com o catnip.

Foi Pips, portanto, que atirou o coitado no bebedouro, mas eu dormirei com essa culpa, caros leitores.

8.6.22

Um post diferente de aniversário

Eu sempre fotografo os bigodes no dia dos festejos de adoção (ou, mais clássico, de nascimento), conto para vocês o que a gente fez de bom e às vezes desengaveto um causo empoeirado. Neste 2022, porém, as Gudinhas* completaram 15 anos na sequência da morte do Mercv — assim como Simba morreu em cima do aniversário dele (para que servem os 365 dias?).

E a data acabou passando em preto.

Em vez de improvisar uma comemoração retroativa, como já aconteceu outras vezes, resolvi, então, pesquisar no arquivo fotos das meninas tiradas nesse período e sorri duas constatações: 1) Nunca usei tanto a câmera do celular — como se pudesse congelar os afetos que me escapam pelos dedos. 2) Sem qualquer programação, os gatos desta casa já têm vidas memoráveis. ❤️


Pufosa e o sono em família


Pipoca e o colo aleatório no meio da tarde


Jujuba e as ervas recreativas


Keka e a almofadinha para aumentar o conforto da almofadona


Pimenta e os 90 m2 de gatil na natureza, com florzinha pendurada no nariz


*Novelinha: conheça a história das Gudinhas

Outros aniversários: 2021 | 2020 | 2019 (especial Dia do Abraço) | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009

29.4.22

7 posições de rabo explicadas | EG #9

Atualizado em 11 de setembro de 2023, com informações deste vídeo do Galaxy

Além de ajudar no equilíbrio e nos pulos, o rabo funciona como um emoji para os bichanos — quem diz isso sou eu, não o Jackson Galaxy, embora esta série seja inspirada em seu livro O Encantador de Gatos (rs). Sabem quando a gente inclui uma carinha ao final da mensagem para não restar dúvida quanto à intenção? E, como a ponta do rabo se move de forma independente do restante, dá para criar vários sinais.

Erguido: melhor demonstração de confiança, porque é um localizador fácil para predadores — na natureza os felinos definitivamente não andam assim. Só os gatos têm esse hábito, aliás. Já com a pontinha em curva trata-se de um cumprimento clássico, amigável ou brincalhão, equivalente ao nosso "oi".

Meio mastro (paralelo ao chão): indica exploração, curiosidade e precaução ao mesmo tempo.

Para baixo: aparece durante a perseguição da presa ou quando estão assustados, para parecerem menores — em casos extremos, é acompanhado pelo rastejar do exército.

Entre as pernas: expressa medo intenso, aquele rabo que a gente costuma ver nas idas ao veterinário.

Arrepiado: resposta a algo alarmante no ambiente, para parecerem maiores, sinaliza uma manobra ofensiva ou defensiva.

Tremendo: também conhecido como "marcação fantasma" ou "falso borrifo", geralmente significa empolgação — direcionada a uma pessoa de quem o bichano gosta.

Balançando: alerta para uma ação que virá, podendo ser positiva ou negativa — a interpretação depende do contexto. Se os movimentos lembram chicotadas, quer dizer que o peludo está superestimulado (frustrado ou irritado) e provavelmente reagirá de forma agressiva.

Um estudo muito legal da Universidade de Bristol, feito por John Bradshaw e Charlotte Cameron-Beaumont, analisou como os gatos respondiam a silhuetas de outros gatos (em papel preto), para eliminar a influência de feromônios ou vocalizações, com rabos em diferentes posições. E eles se aproximavam mais rápido da silhueta com o rabo erguido, levantando o próprio rabo em resposta — rabo para baixo ganhava outro rabo para baixo ou balançando.

Aqui em Gatoca, temos versões disruptivas:




Quebrado e torto assim, como você quer que eu não grite?


Morder ou não morder, eis a questão


Rabo? Que rabo? Não vi nenhum rabo por aqui...


Meu pirulito peludo! Tira o olho!


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: Bichanos dormem menos do que parece (estreia no dia 15 de setembro!)

25.2.22

Pensando em trocar gato por vaca...

Com o Leo de tornozelo quebrado, o mato do nosso terreno atingiu proporções nunca dantes vistas. E foi ficando cada vez mais difícil regar as plantas (ou encontrá-las para regar), almoçar rúcula, entrar e sair de casa. Eu até me aventurei a estrear o cortador de grama, recebido no dia em que ele caiu no buraco (literalmente).


Mas levei três horas para carpir só a parte da frente do lote — o gatil, onde a Keka está, parece brazilian wax perto do resto. Resolvi, então, criar um jogo de tabuleiro em tamanho real, abrindo um novo caminho por dia até os lugares onde precisaria ir.


E tenho calculado as vantagens e desvantagens de trocar os oito bigodes por uma vaca.


Tudo isso para explicar que o Gramado da Fama neste mês está mais para Matagal da Fama. Mas ainda dá para ver a gata e a plaquinha da Elaigne Rodrigues, né? — apoiadora nova do Gatoca e tutora do Léo, da Mya e do Louis, um cachorrinho que ganha bolo com nome de aniversário. ❤️


Quer se juntar aos despioradores de mundo e participar do melhor grupo do WhatsApp? Clica e vem — tem outras recompensas! O financiamento coletivo me permite investir em projetos alternativos, como a série sobre O Encantador de Gatos (primeiro capítulo aqui), e o futuro jogo de tabuleiro para crianças — acabei de fazer um curso com os queridos do Zebra 5!

Obrigada por não me deixarem acreditando sozinha, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim...

...Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Michely Nishimura, Ana Paula de Vilas Boas, Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida e Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim, Márcia Mentz, Carmen Lucia Aguiar, Elisângela Dias, Amanda Herrera, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano e Maria Beatriz Ribeiro!

20.1.22

O mistério do ronronar dos gatos | EG #7

Sabiam que, de todos os grandes felinos, só o guepardo ronrona? É que eles possuem o hioide (um ossinho no pescoço) flexível, cordas vocais achatadas e retangulares, e um trato vocal mais longo, que permite emitir sons altos e graves com menos esforço, os temidos rugidos.

Já nossos bichanos não conseguem rugir, mas intrigam a ciência com seu motorzinho, provavelmente acionado por uma combinação do osso hioide, no caso deles firme, com as pregas vocais. Temos quase certeza, inclusive, de que se trata de reflexo, não de um movimento controlado — o cérebro manda um sinal para os músculos da laringe, que vibram as cordas vocais cerca de 25 vezes por segundo, enquanto os peludos inspiram e expiram.


A motivação para o ronronar, em geral, é positiva, lembrança de quando a mãe se valia da estratégia para manter a ninhada por perto, liberando endorfina, que ajudava tanto a criar laços quanto a ninar os pequenos. Mas o ronrom também aparece em gatos estressados, machucados e até morrendo — acredita-se que sua frequência, entre 20 e 140 Hz, se assemelha àquelas capazes de curar ferimentos e fraturas.


Há quem diga, ainda, que, usado durante a mordida letal, ele faz com que a presa entre em um estado catatônico. E muito tutor obedece direitinho aos ronrons de urgência por comida, segundo estudo de 2009, coordenado pela Dr. Karen McComb, professora de comportamento e cognição animal na Universidade de Sussex. rs

Estão curtindo a série inspirada em O Encantador de Gatos, livro do Jackson Galaxy, financiada coletivamente pelos leitores do Gatoca? Considerem se tornar apoiadores também — aqui tem um resumo das principais ações (on e offline) destes 14 anos e meio. :)


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: Bichanos dormem menos do que parece (estreia no dia 15 de setembro!)

27.8.21

Como a humanidade se curvou aos gatos | EG #3

Da selva aos "apertamentos", até que não demorou tanto... para que a gente se adaptasse aos bichanos. O primeiro concurso de raças ocorreu em 1871, no Reino Unido, e os EUA copiaram em 1895 — vamos falar sobre a crueldade do processo nos próximos capítulos desta série, inspirada no livro O Encantador de Gatos, escrito pelos especialistas em comportamento Jackson Galaxy e Mikel Delgado.


Em 1876, surgiu a primeira marca de ração (Spratt), também no Reino Unido, que demorou quase duas décadas para chegar aos EUA. Mas foram os norte-americanos, claro, que enlataram a comida, em 1930. E o racionamento de carne, na década seguinte, impulsionou o desenvolvimento da versão seca, feita com restos tanto de carne quanto peixe.


Se você tem pais nascidos antes de 1950, eles assistiram à explosão desse mercado — não ria, geração Z, porque você também entrará na linha do tempo! E a invenção da caixa de areia por Ed Lowe, empresário de Michigan, em 1947. Antes disso, usavam-se cinzas, terra ou areia de praia — e boa parte das famílias deixava os peludos darem um rolê.


As castrações se iniciaram em 1930, ainda pouco populares — e se manteriam assim pelas próximas quatro décadas. Indicava-se a anestesia geral, mas, acreditem, não era obrigatório. Nessa época, aliás, nasceu a lenda que aterroriza protetores até hoje de que as gatas deveriam parir pelo menos uma ninhada.


Antes de 1969, quando nasceu em Los Angeles a primeira clínica de esterilização popular, o número de bichos sacrificados impressionava. E foi só em 1972 que a Sociedade Americana de Prevenção Contra Crueldade com Animais passou a exigir a castração pré-adoção — e os veterinários começaram a recomendar também a criação dentro de casa, para o bem da fauna, da flora e dos próprios felinos.

Sim, caros leitores, eu vi tomar forma o conceito de CED: Captura, Esterilização e Devolução — 1990 lá fora e 2013 aqui. E o primeiro castramóvel rodar em Houston, no Texas, em 1994, porque muitas pessoas precisavam do serviço, mas não podiam ir até uma clínica. E West Hollywood proibir a remoção cirúrgica de garras, em 2003.

Ah! Em 1999, a organização In Defense of Animals (IDA) lançou a "Campanha do Guardião", almejando mudar a linguagem e o estatuto jurídico dos pets para que deixassem de ser tratados como objetos com donos. Mas não rolou na maioria dos países. Ainda. :)


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: Bichanos dormem menos do que parece (estreia no dia 15 de setembro!)
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O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor — aqui tem um resumo das principais ações do projeto. Quer fazer parte dos despioradores? Assine nosso clube no Catarse ou doe um cafezinho em forma de PIX: doacoes@gatoca.com.br

26.3.21

Cantinho da reflexão

Jujuba afiou as garras no sofá, que fica ao lado do arranhador. Keka se pôs a babar as seringadas de água, depois de quatro anos e meio. Pimenta assassinou uma dúzia de insetinhos na última semana. Guda fez xixi na cozinha. Mercvrivs ganhou petisco extra para encarar a gangue e aumentar o constrangimento. Quatro gatas ainda não acordaram.


*

Em abril tem série nova! ❤️ Todo mês, o Gatoca publicará dicas e curiosidades da bíblia "O Encantador de Gatos", escrita pelos especialistas em comportamento Jackson Galaxy e Mikel Delgado, com fotos e vídeos da gangue para ilustrar. Se quiser ser avisado, é só assinar nosso boletim ou entrar no canal do Telegram.

10.9.20

Vida com gatos #5

Quando você precisa trocar um produto...


...e a empresa pede a nota fiscal.


Mais vida com gatos: #1 | #2 | #3 | #4

29.5.20

Ração úmida mais barata para gato com doença renal!

Se você chegou aqui porque tem um gatinho renal, antes de qualquer coisa, sinta-se abraçado! Eu já perdi o Simba e quase todos os vovozinhos de Gatoca enfrentam esse problema atualmente. Não é uma doença fácil. Para quem ainda não pegou um hemograma com ureia e creatinina alteradas, fica o alerta: 60% dos gatos apresentarão um grau de disfunção dos rins ao morrer.

A culpa é da dieta baseada exclusivamente em ração seca, aliada à baixa ingestão de água. E sabe por que os felinos torcem o focinho para a mistura morna de poeira e pelos do potinho? Porque, na natureza, eles se hidratavam ingerindo animais menores, com 70% de líquido em seus corpos — vou deixar, no fim do texto, links que podem salvar a vida do seu amigo.

Devastada pela morte do gordinho, procurei uma vet nutróloga, só que não consegui fazer a gangue aceitar a alimentação natural — e meu coração vegano ficou aliviado de não precisar mais encarar a fila do açougue, confesso. Ela indicou, então, a Pet Delícia, acreditando que a umidade funcionaria melhor para a doença do que oferecer somente a ração renal seca — e os bigodes detestavam os sachês medicamentosos.

Há três anos, tempo da nossa parceria, eles comem comida com cara e cheiro de comida, sem corante nem conservantes. Pipoca, inclusive, entra e sai da alimentação forçada e são as latinhas batidas no processador que tenho dado na seringa. Mas agora existe uma opção mais adequada ao quadro dos peludos! Com carnes nobres e legumes frescos, a Control Cat aposta na redução de fósforo e sódio para poupar os combalidos rins.


E a gente identifica os pedacinhos de batata doce, chuchu, abobrinha, cenoura, abóbora:


Se a jornalista miçangueira acertou a conta, custa o mesmo valor da ração renal seca que eles desprezam, rs. Comparando com outras marcas de ração úmida, então, a latinha sai por quase um quarto do preço, já que é bem maior — 320 gramas contra 82/85 gramas. E, dos nove bigodes, só a Pimenta não se animou com a novidade — na verdade, acho que ela enjoou.

Seu bichano não curte o movimento? Aqui tem nove estratégias para ajudar. Os links abaixo vão te convencer que vale a pena. :)



Outras infos importantes:

:: Doença renal, pelo maior especialista em gatos do Brasil
:: 7 dicas que podem salvar seu amigo
:: Diagnóstico renal não significa sentença de morte
:: Sobrevida de 11 anos (e contando)!
:: 9 sinais de doença que a gente não percebe
:: Teste: seu peludo sente dor? Descubra pela cara!
:: Como identificar mal-estar sem sintomas
:: O difícil equilíbrio ao cuidar de gatos
:: Pesando bichanos com precisão
:: Como estimular a beber água
:: A importância de ter potes variados
:: Gatos sentem o sabor da água
:: O melhor bebedouro para o verão!
:: 13 macetes para dar líquidos na seringa
:: A seringa (quase) perfeita
:: Seringa que goteja para cuidar de gato doente
:: O milagre da água na seringa, seis anos depois
:: Soro subcutâneo: dicas e por que vale o esforço
:: Soro fisiológico, ringer ou ringer com lactato?
:: O desafio da alimentação natural
:: Quando a alimentação natural não dá certo
:: Seu pet não come ração úmida (patê, sachê, latinha)?
:: Como ensinar o bichano a amar ração úmida natural
:: Ração em molho: nós testamos!
:: Alimentação de emergência para animal desidratado
:: Calculadora de ração felina, seca e úmida
:: Cuidado com alimentação forçada!
:: Como deixar o patê lisinho (para seringa!)
:: Suporte para comedouro pode cessar vômitos
:: Diarreia em gatos: o que fazer?
:: Quando e como usar fralda
:: Gastrite causada por problemas renais
:: Luto: gatos sentem a morte do amigo? O que fazer?


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22.5.20

Primeiro ronrom, 13 anos depois!

Este já seria um post comemorativo: hoje as Gudinhas* completam 13 anos! Mas, quando estava fotografando Jujuba ganhando carinho parada, coisa impensada em sua primeira década de vida, aconteceu o milagre mais milagroso de Gatoca: ela começou a ronronar! Quatro mil, setecentos e quarenta e nove dias depois de ter saído da barriga da Guda, na nossa antiga casa. ❤


Fui correndo buscar o celular, fiz um ASMR para vocês ouvirem antes de dormir e aproveitei para testar o Spreaker, a ferramenta do momento para criar e distribuir podcasts — não prometo nada! O registro em vídeo vai entrar na superproducinha de maio, que os apoiadores do Catarse receberão até o fim do mês — isso eu prometo. rs

Mas, voltando ao aniversário das meninas, Pipoca também me emocionou deitada no montinho com os irmãos. Se você está chegando agora, não sabe que a pequena quase morreu em dezembro, quando passou a preferir o isolamento. Boa parte dos leitores provavelmente ignora, aliás, que ela e Clara, em quem ela que está encostada, viveram anos separadas até Mercv abrir a porta do armistício e a gente pegar as duas na mesma cama, inteiras.


Já Keka fez a alegria do Leo ao parar de tentar fugir dele, que vivia tentando não tropeçar nela, enquanto ambos seguiam desastradamente a mesma rota pelo quintal — e o nível de dificuldade do percurso aumentava de acordo com a quantidade e o peso das sacolas envolvidas.


Pufosa saiu cabisbaixa por causa da doença renal e nem tem se animado a comer o vômito quentinho dos outros gatos, em um serviço que a gente chama de micro-ondas felino — dr. Eduardo Carneiro já está cuidando dela. Mas meu colo ganhou outra perna formigando no café da manhã. :)


E Pimenta finalmente deu uma melhorada da alergia, por isso vocês não veem catarro pendurado nos bigodes — eternizei nosso amor em quatro etapas, nos destaques do Instagram (cliquem na bolinha "quarentena" e vão passando os stories até chegar na papagaia de pirata).




A vida é mesmo incompreensível: quanto menos tempo nos resta juntas, mais apertáveis as cinco arisquinhas ficam.

*Novelinha: conheça a história das Gudinhas

Outros aniversários: 2019 (especial Dia do Abraço) | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009


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15.5.20

Três notícias sensacionais na quarentena!

No mês passado, eu escrevi um desabafo sobre as três bombas que haviam atingido Gatoca em plena pandemia de coronavírus. Sabia que podia contar com a acolhida carinhosa de vocês. Mas não imaginava que, no meio da crise, teria gente reativando o cadastro em nosso financiamento coletivo, aumentando o valor de contribuição, fazendo assinatura nova!

Maira Fischer, que compartilha o Gramado da Fama abriliano com a Keka, é freelancer como eu, gateira parida por este projeto e ainda tem uma filha humana. "Quem ajuda os fodidos além dos fodidos?", foi a pílula de sabedoria que compartilhou comigo pelo WhatsApp — e faz tanto sentido que, nos últimos 19 dias, comprei rifa para socorrer um café, pães artesanais de um amigo e meu próprio e-book, cuja grana irá para uma ONG. rs


Nesse dominó de boas ações, Rosana Rios, autora de mais de 180 livros infanto-juvenis e finalista do Prêmio Jabuti, doou um conto inédito para a superproducinha de abril, que os apoiadores do Catarse receberam por e-mail. "O gato folgado e a gata maga" era para divertir a criançada, mas Guda, como vocês podem ver, também curtiu.


E a terceira boa notícia é que o Gatoca voltou a ter sua missão de educar, sensibilizar e mobilizar corações pelos animais reconhecida! Eu já havia percebido um movimento de youtubers ressuscitarem blogs. Aí, o Blogger, ferramenta que gerencia este espaço, foi inteirinho reestruturado. E o Google parece que tornou a privilegiar nas buscas conteúdos aprofundados, sem prazo de validade.

Só na última semana foram quase 6 mil visualizações — e nos posts mais importantes desses 13 anos (gráfico abaixo). Nós passamos, aliás, dos 3,5 milhões de acessos! E eu só tenho a agradecer: obrigada pela parceria na jornada! ❤

(Especialmente Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein...

...Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Roberta Roque Baradel, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Fabiana Ribeiro, Natalia e Lívia Pantarotto, e Michely Nishimura!)


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26.3.20

Desafio: qual é a música do seu gato?

Eu já gravei vídeo sobre o coronavírus, escrevi dois posts (1 e 2) e aderi ao grupo de influenciadores digitais que estão na batalha de conscientizar as pessoas (e pressionar o governo) durante a pandemia. Mas a gente também precisa de um respiro, né? O desafio musical do Gatoca nasceu de uma conversa com o Leo, num contexto que, confesso, não lembro mais. rs

A ideia era encontrar músicas com os nomes dos dez bigodes. Chocolate ficou com Marisa Monte, porque não quero pó, não quero rapé, não quero cocaína, me liguei em chocolate. Clara foi de Jorge Ben Jor, já que clareou nossos caminhos. A música da Guda, cantada em ganês por um tal de Kirani Ayat, vocês precisam ouvir, pois não faço ideia do que se trata.

O comentário também vale para a da Keka, desafinada por Jessi Gift & Laxmi, em um filme de Bollywood. Aconselho pararem a do Mercvrivs antes dos vômitos da banda sérvia Temple of Gnosis. Pimenta acompanha carrapicho e Almir Sater. Jujuba estrelou um espetáculo infantil contra alienígenas! Pipoca alfabetizou muita gente com o Palavra Cantada.

E Simba leva um filme inteiro, "O Rei Leão", claro, que até hoje me faz chorar. Vocês devem ter notado que faltou a Pufosa, né? Sim, eu perdi o desafio! Parece que, em nenhum dos 206 países do mundo, há uma canção para ela. Se alguém descobrir, cola o link nos comentários? — o vídeo exclusivo para os apoiadores deste mês será um clipe da gangue!

Agora, quero saber a trilha sonora de vocês!


O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor. Quer fazer parte da transformação, especialmente agora? www.catarse.me/apoiegatoca

6.3.20

Gatoca no Sesc Sorocaba!

Atualização (17/03/20): evento cancelado por causa do coronavírus! :(

Eu já contei que foi a Amanda Palmer quem me ensinou a arte de pedir — para ajudar gatos, cachorros, uma família de ovelhas, dois ratinhos e um pombo, precisei entender é de gente. Em 2014, o financiamento coletivo do Gatoca arrecadou R$ 21 mil, 140% da meta. No fim de 2018, estreou nossa campanha continuada, que bateu recentemente os R$ 1 mil, grande feito para um projeto de educação. E toco, ainda, o clube de assinaturas de uma ONG paulistana, com 117 apoiadores.

Estava mais do que na hora de compartilhar esse conhecimento com vocês! Nos dias 18 e 19 de março, das 15h às 17h, rolará aqui no Sesc Sorocaba a oficina Financiamento e o Poder do Coletivo, um intensivão sobre crowdfunding e conexão humana, composto por cinco módulos: Raio-x, Campanhas Relevantes, Inspiração para Começar, Como Estruturar um Projeto e Estratégias de Sensibilização.

O melhor de tudo: é grátis e dá para se inscrever pelo portal, a partir das 14h do dia 10 (saiu errado na revistinha). ❤

Keka está empolgada! rs




Para ampliar, cliquem na imagem

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21.11.19

Spa felino: pelo também é saúde!

Uma das muitas coisas que a vet dos bigodes me ensinou foi que o pelo deles reflete o interior, que a gente não consegue ver. E que uma pelagem saudável, além de brilhante e macia, é uniforme, como a da Keka:


Quando você enxerga esta divisão em tufinhos, portanto, alguma coisa está errada:


No caso da Pufosa, o "erro" se chama insuficiência renal. E gatos idosos tendem a ficar com o pelo mais feioso mesmo, então eu achava que fazia parte. Mas, na última consulta, Maru suspeitou que os vômitos recorrentes das meninas, que a gente também botava na conta da doença, pudessem ser tentativas frustradas de eliminar charutinhos. E sugeriu um spazão-felino de teste.


A ideia era passar a escovar todo mundo duas vezes por semana para facilitar (e estimular) a limpeza, que eles não estavam mais dando conta, e oferecer na seringa 1 ml de óleo de linhaça dourada para turbinar o ômega 3 — suspendendo imediatamente em caso de diarreia. Como a escovação libera serotonina, que aumenta a sensação de bem-estar e felicidade, eles amam.


E até Godofredo entrou no Spa Month!


Mas o óleo de linhaça, meus amigos... Cinco gatos saíram correndo e babando pela casa, uma vomitou, o resto foi tentar tirar o gosto de desgraça da boca comendo grama como se não houvesse amanhã.


Na segunda semana, a babação caiu pela metade. E, na terceira, um tico mais — sim, eu sou uma pessoa resiliente. Pimenta continuou me olhando com ódio...


Mas os cabelos, que diferença! (Considerem que ela não deixará de ter 12 anos nem de ser renal — todas as gudinhas compartilham a doença, inclusive a Keka, dona da pelagem inexplicável de pantera.)


E os vômitos? Quase zeraram!

Toca encaixar mais esse lerê nos meus dias de 48 horas, rs. Só tomem cuidado com a Furminator, porque o uso em excesso pode assar a pele dos bigodes — Clara sabe bem. E, embora todo mundo diga que a escova ultratecnológica remove apenas os pelos mortos, vocês notarão uma carequice pós-exagero.


O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor. Quer fazer parte da transformação? www.catarse.me/apoiegatoca

5.7.19

Parceria para tempos difíceis

Lúcia Choi guardou na gaveta o diploma de direito e resolveu se entregar ao propósito de ajudar pessoas a se descobrirem, pensarem por si sós, tomarem decisões complexas. Levado a sério, o coaching é um processo profundamente transformador e vale cada centavo! Ainda mais quando alguns desses "centavos" vêm para o Gatoca. :)

A ideia é atender quem não pode arcar com o valor integral das sessões em troca de doações ao projeto, beneficiando bípedes e quadrúpedes numa boa ação só. Se vocês estiverem desestimulados como a Keka ou precisando apenas aparar umas arestas, conversem com ela.

Bora fazer a roda girar!

28.6.19

Gramado da Fama com vibrações positivas

Todo mês, eu agradeço os apoiadores do Catarse aqui no blog. Mas este post vou começar com um pedido: mandem aquele amor que só a comunidade do Gatoca consegue juntar para a Andreia Lyrio? Ela é leitora das antigas e está se recuperando de um infarto aos 39 anos! Meu aperto a distância já foi entregue. 💚

Seguindo a tradição, neste Gramado da Fama de junho estrelam Keka (notem a iluminação providenciada por Pedrão!) e Ana Fukui, que confessou ter declarado guerra contra as gatas, porque comprou uma poltrona nova e não quer dividir com elas — para isso, não há vibração positiva. rs


Obrigada também a Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Eliane Bortolotto, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Denise Perin, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita e Michele Strohschein!

Quer ver seu nome aqui, ganhar recompensas e ainda ajudar a despiorar o mundo? É só clicar no link abaixo. Os R$ 5 do cafezinho fazem diferença! Até porque café tem gosto de tristeza. E nem dá para pagar no boleto.