Gatoca

Educação, sensibilização e mobilização pelos animais

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28.8.20

Alimentação de emergência para gato desidratado (com vômito ou diarreia)

Pipoca parou de comer sozinha de novo. E, além dos vômitos do piripaque renal do ano passado, dessa vez ela também teve diarreia, o que acelerou a desidratação. Dr. Eduardo Carneiro ensinou um truque para melhorar a absorção de água, que eu não podia deixar de compartilhar aqui.


Ingredientes

- 1/4 de mamão
- 1/4 de copo de água
- 1/2 lata grande de ração úmida (usei a Control Cat de 320 gramas)


Modo de preparo

Bata o mamão e a água no liquidificador ou com a ajuda de um mixer — acrescente mais água se ficar muito denso.


Separadamente, processe ração úmida, adicionando água só para dar aquela força na trituração.


Misture, com a colher mesmo, uma medida do suco para cada quatro do patê.


É importante fazer o suco separado para poder aumentar a proporção (até um para dois) se o animal não estranhar o sabor. E não espere que ele vá tomar sozinho! Aqui tem dicas salvadoras para pilotar seringa. E aqui, o modelo perfeito!

Mas por que mamão?

Vocês provavelmente já sabem que o corpo absorve líquidos mais rápido do que comida, né? E o suco de fruta funciona ainda melhor com os animais do que água pura! O esquema é o mesmo do soro caseiro para humanos: o intestino absorve a glicose do açúcar com prioridade, que chupa os sais minerais do sal e juntos eles sugam mais água para dentro das células. No caso dos bichos, a "frutose" faz esse trabalho sozinha.

Não vale mais a pena, então, oferecer o suco direto? Para cachorro, sim. Gatos não percebem sabores doces, então, tendem a rejeitar frutas, por isso a sugestão de misturar com o patê. Mas por que o mamão, raios? Porque as outras frutas possíveis são banana e coco — a água do coco, na verdade. Só que ambas têm potássio, que interfere na acidez do estômago e pode provocar ainda mais vômitos.

Alertas!

- A alimentação de emergência não substitui a ida ao veterinário.
- Para funcionar, o animal não pode vomitar até as pequenas quantidades de comida — nesse caso, é melhor dar só água mesmo, em doses mínimas.
- Suspenda a dieta imediatamente se a diarreia piorar.
- Não use frutas cítricas, porque causam problemas na boca. Muito menos uva e acerola, que são tóxicas.
- Se o especialista indicou a fluidoterapia para o peludo, aprenda a aplicar em casa.

Pipoquinha ainda não está conseguindo comer ração, mas já saiu do estado crítico. :)


Outras infos importantes:

:: Doença renal, pelo maior especialista em gatos do Brasil
:: 7 dicas que podem salvar seu amigo
:: Diagnóstico renal não significa sentença de morte
:: Sobrevida de 11 anos (e contando)!
:: 9 sinais de doença que a gente não percebe
:: Teste: seu peludo sente dor? Descubra pela cara!
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:: A importância de ter potes variados
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:: O melhor bebedouro para o verão!
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:: O milagre da água na seringa, seis anos depois
:: Pele flácida: velhice ou desidratação?
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:: Quando a alimentação natural não dá certo
:: Ração úmida mais barata para gato renal
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:: Como ensinar o bichano a amar ração úmida natural
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:: Ração em molho: nós testamos!
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:: Cuidado com alimentação forçada!
:: Como deixar o patê lisinho (para seringa!)
:: Suporte para comedouro pode cessar vômitos
:: Gato vomitando: 4 dicas que ninguém dá
:: Diarreia em bichanos: o que fazer?
:: Quando e como usar fralda
:: Gastrite causada por problemas renais
:: Luto: gatos sentem a morte do amigo? O que fazer?

26.8.20

Metendo o nariz onde não é chamada!

Se Deus/Gaia/Shiva/Buda/Alá existe, mandou um fungo certeiro na fuça para a Chocolate parar de encrencar com os irmãos. #defofasóacara

21.8.20

Teste: você gosta mais de gato do que dos parentes?

Quem acompanha este projeto provavelmente já sabe a resposta. Mas, em tempos distópicos, nada melhor do que dar risada juntos, né? Compartilhem causos e a pontuação de vocês nos comentários! Quero saber se mais alguém foi ejetado da família porque perdeu o horário de visitar a avó na UTI para medicar gato — não, não me arrependo, Simba! ❤

Cada afirmação vale um 1 ponto:

1) Decorei os nomes dos bichanos, mas não lembro como se chamam os primos de segundo grau.
2) Gasto mais dinheiro com os bigodes do que com os presentes de Natal.
3) Assinei o boletim +Gatoca e digo para todo mundo que não uso e-mail.
4) Vibrei quando descobri que as tias não poderiam mandar corrente no nosso canal do Telegram.
5) Faltei a um evento importante para resgatar um filhote em perigo.
6) Cheguei sujo e/ou descabelado em outro pelo mesmo motivo.
7) Usei a sobrinhada como desculpa para jogar Gatonó (lançamento!).
8) Só choro quando morre bicho — e nem precisa ser na vida real.
9) Já até sonhei com a série "O Encantador de Gatos", que não começa nunca!
10) Desconverso quando tentam me empurrar rifa, mas faço questão de apoiar o Gatoca.

Este post foi uma brincadeira para chamar a atenção de vocês e tentar driblar os algoritmos, cada vez mais sacanas, porque nosso financiamento continuado não recebe novas adesões há três meses — e vem sofrendo algumas baixas. Em 13 anos, nós fizemos tudo isso. Mas podemos ousar mais!

Obrigada pela resistência, aliás, Alice Gap, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tatiana Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Daniela Cavalcanti, Samanta Ebling, Gisele Pequena, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Fernanda Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande...

...Aline Silpe, Adrina Barth, Lucia Monteiro Mesquita, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sergio Amorim, Aline Fagundes, Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys Carvalho, Regina Hein, Marianna Ulbrik Guerrera, Cristina Rebouças, Amanda Midori, Natalia Pantarotto, Paula Melo e Maíra Fischer! 🤗

14.8.20

Gatonó: dominó de gato grátis, para imprimir e jogar!

Como os bigodes estão velhinhos (as mais novas com 13 anos!), eu passei a fotografar e, principalmente, filmar as singelezas do cotidiano deles para guardar de lembrança — ter poucos registros parece dar mais peso à partida do Simba. Eis que, em junho, me toquei que os gatos dormindo divididos entre os almofadões da sala lembravam muito um dominó.


E resolvi produzir este jogo para vocês se divertirem com o Gatoca — não precisa ser só na quarentena! Leo Eichinger ajudou com a parte gráfica ❤ e, como estudiosa aplicada do assunto que me descobri, nós testamos a mecânica antes!






As regras seguem abaixo, explicadas do jeito mais simples que consegui, com adaptações felinas, claro.

Espero que o Gatonó renda alguma ludicidade neste 2020!

Ah! Feedbacks são bem-vindos! :)


Para baixar, cliquem na imagem


COMO JOGAR

O Gatonó segue as regras do dominó tradicional, só que com muito mais peças (52!) para vocês morrerem de fofura com os bigodes. Confesso que não consegui fotografar todas as combinações numéricas, mesmo após 39 dias de projeto, porque nossa superpopulação conta com "apenas" nove integrantes — e nem todos gostam de trocar calorzinho.

Mas tratei de compensar criando peças exclusivas como o coringa, que pode ser usado no lugar de qualquer número — assumindo esse número para as jogadas seguintes.


Ou o vale-dois, que funciona como 2:3 ou 1:4, dependendo da sua necessidade.


Se vocês, como eu, não veem um dominó na frente há algumas décadas, precisarão de uma recapitulada nas regras, certo? Aí vai, então:

O objetivo é baixar todas as peças na mesa antes do(s) adversário(s), marcando pontos de acordo com as peças que sobrarem em sua(s) mão(s) — na do(s) adversário(s), não na sua, que deve estar vazia, né?

Vence a competição quem alcançar 50 pontos no total de partidas. Sim, o dominó é jogado várias vezes na sequência, eu confesso que não lembrava disso.

Recomenda-se brincar com até quatro participantes (cada um por si ou em duplas), mas, como nosso Gatonó tem quase o dobro de peças, imagino que dê para incluir mais gente — não testei porque os bigodes se recusaram.

Durante a preparação, cada jogador recebe sete peças e o restante fica virado para baixo na mesa, formando o monte de compra — não tem problema se não sobrar monte de compra.

O dono da combinação (somada) mais alta começa, lembrando que cada almofadão acolhe de zero a seis gatos, exceto o coringa que realizou a façanha de juntar sete, rs — em caso de empate, sai na frente o tutor com mais bigodes na vida real.

As partidas sempre rolam no sentido horário, mas, como o primeiro acaba levando vantagem, cada nova empreitada deve ser iniciada por quem estiver do lado direito do primeiro da partida anterior — e pode escolher qualquer peça.

No seu turno, o jogador encaixa uma das opções da mão na extremidade correspondente do dominó, disposto na mesa, e não preciso dizer que o número de gatos deve ser igual, né? — peças com números repetidos ficam na transversal para fazer graça.

Quem não tiver peça para colocar em nenhuma das extremidades vai comprando do monte até dar match. Se não houver monte ou o monte acabar, a vez passa para o próximo.

Eu disse lá em cima que as partidas terminam quando o primeiro jogador ficar sem peças, certo? E a pontuação dele será a somatória das peças que o(s) adversário(s) não conseguiu/conseguiram baixar.

Mas há situações em que a rodada é interrompida porque ninguém tem nada para encaixar em nenhuma das extremidades. Aí, ganha quem possuir menos gatos na mão. E a pontuação se dá da mesma forma: o total dos bichanos na(s) mão(s) do(s) adversário(s).

E em caso de empate? Hm... Vence quem imitar o melhor felino!

Se alguma parte das instruções ficou confusa, usem a imaginação! Hahahahaha!

10.8.20

13º aniversário do Gatoca!

Foi mais ou menos assim: em 2007 eu criei um blog com pretensões literárias, enrolei 42 dias para publicar a primeira crônica, tropecei nos esqueletinhos da dona Lourdes, virei protetora de animais e acabei ganhando um projeto de vida! Nestes 13 anos, o Gatoca se aventurou pelas mais variadas frentes:

:: Educação e disseminação de informação
1.516 posts, e-book, projeto com crianças, roda de conversa no CCSP, puxadinho no Yahoo!, entrevista na Rádio Bandeirantes, boletim, canal no Youtube — com websérie felina para descontrair.

:: Engajamento e formação de comunidade
11.215‬ comentários, 6.359 seguidores no Facebook (mais alguns no Twitter e no Instagram), 27 parceiros ao longo da jornada, com destaque especial à Pet Delícia, pelo terceiro ano.

:: Ativismo mão-na-massa
115 bigodes, oito focinhos e três bicos socorridos, mutirão de castração para 50 cães e gatos da comunidade do DER, em São Bernardo do Campo (SP), denúncia no Ministério Público pelos animais abandonados em Paranapiacaba — que demorou três anos para caminhar.

:: Captação de recursos
Quatro dígitos arrecadados em financiamento coletivo, com 240 apoiadores e o apadrinhamento do Wings For Change, lojoca em versão beta, pausada no momento, clube de assinaturas quase batendo a segunda meta (7%!).

:: Projeto Amigão Bicho
Iniciativa em parceria com a prefeitura de Sorocaba, aprovada no edital do Condeca (Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente), esperando o final da pandemia para sensibilizar o olhar de estudantes de escolas públicas localizadas em regiões de vulnerabilidade social da cidade.

(Continua depois da foto!)


E nada disso seria possível sem vocês!

Para comemorar (e contar as novidades e mostrar os bigodes), no sábado rolou uma videoconferência divertidíssima com a Samanta Ebling, a Paula Melo, a Roberta Herrera, a Regina Hein, a Adrina Barth, a Rosana Rios, a Olga Fernandes, a Mônica Campiteli, a Tatiana Pagamisse, a Marilene e o Carlos Eichinger, a Michele Strohschein, a Renata Godoy, a Lorena e o Leo Eichinger, participante compulsório.

Só que esqueci de printar as telas — jornalista de papel, gente! Pedi, então, ao pessoal que mandasse fotos queridas, com ou sem bicho, para poder guardar de lembrança. Ok, duas delas acabei roubando das redes sociais. E faltou achar a Lorena — se estiver me lendo, manda "peludis"! rs

Obrigada pela companhia, e especialmente pelo apoio, destes 4.749 dias! ❤

Na sexta tem presente! :)))


Para ampliar, cliquem na imagem

Festinhas anteriores: 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

7.8.20

Clara está escurecendo...

Vou me permitir uma pausa nas festividades agostinas do Gatoca para compartilhar a barragem que represou meu peito nos últimos três meses: o carcinoma da Clara tem evoluído muito rápido. As crostas escuras tomaram todo o lado esquerdo da cabeça, o machucado do lado direito fica cada vez mais fundo e começou a crescer um nódulo embaixo da pálpebra.

Toda vez que ela me encara com olhinho ameaçando deformar, eu morro um pouco. E o pote de ração já não esvazia com a mesma eficiência. E os passeios pela casa seguem rareando. Mas aí a bichinha deita no meu colo e ronrona. Ou repete quatro vezes a alimentação natural. Ou se estica demoradamente no sol — não vou tirar um dos únicos prazeres de uma gata com 15 anos.

E revivo.

Sim, ela está sendo acompanhada pelo veterinário para ganhar o máximo possível de qualidade neste período. E não, não existe cura para a doença no estágio atual. Se considerarmos que a hiperqueratose começou em 2015, aliás, e que em 2013 ela já havia desenvolvido um tumor, temos uma longevidade de fazer inveja a qualquer quimioterapia.

Este post é só um desaguamento mesmo.


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6.8.20

13 anos de Gatoca: festa virtual com os gatos!

Atualizado às 19h39

Quero ver as carinhas em movimento e ouvir as vozes de vocês, leitores queridos, que só conheço por fotos estáticas e comentários textuais! Prometo as novidades do projeto em primeira mão, pelo menos duas risadas e um tour de apresentação dos bigodes. ❤

Sábado, dia 8, às 16h, para todo mundo poder participar. É só clicar aqui ou digitar o ID da reunião (644 797 9666) e a senha (425612) direto no Zoom. Na segunda, dia do aniversário oficial, sobe o post comemorativo. E ainda vai ter presente, em algum momento até a próxima sexta — estou trabalhando nele há um mês!

Bora deixar a quarentena mais leve? Guda não aceita vergonha como desculpa!


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31.7.20

Cadeira à trois

O ser humano se acha tão esperto acumulando dinheiro e fazendo guerra para acumular mais dinheiro, mas quem vive plenamente são os gatos. Eles transformam papel amassado em brinquedo, não reclamam de almoçar sempre a mesma coisa e, quando esfria, tratam logo de improvisar uma cadeira à trois.


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24.7.20

Gatos, carinho na barriga e resistência

Eu menti quando comentei nas redes sociais que demorei cinco anos para encostar na barriga da Pipoca. Foram cinco anos para encostar na Pipoca — em qualquer parte dela! É que a bichinha, apesar de ter nascido em casa, morria de medo de gente. Mas eu persisti. Leia-se: deixei que ela vivesse a distância e quase infartei no dia em que não fugiu de mim no quintal.

A história da quase morte contei aqui. Este, na verdade, é um post de resistência. Pipoquinha e sua barriga posaram no Gramado da Fama de junho para a agradecer os apoiadores que reativaram as assinaturas no Catarse em meio à pandemia! Cada real faz diferença para o Gatoca — que faz diferença para o mundo. ❤


Julho, aliás, ainda está zerado. Temos sete dias para arrecadar R$ 80 e estrear a série sobre o livro "O Encantador de Gatos", ilustrada pela gangue! Vale lembrar que contribuições a partir de R$ 15 dão acesso ao nosso "netflix", com superproducinhas exclusivas — a deste mês estreia na semana que vem.

Um aperto especial para Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe...

...Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Natalia e Lívia Pantarotto, Michely Nishimura, Maira Fischer e Ana Paula de Vilas Boas!

17.7.20

Como separar a ração de gatos com dietas diferentes

Os leitores antigos sabem que doença renal é a maldição de Gatoca. E nós testamos muitas configurações alimentares até encontrar a ideal para um grupo de dez bigodes. Tudo começou com a Pipoca, em junho de 2012, que instalei no meu quarto para deixar a ração medicamentosa disponível em tempo integral — e a normal para o resto do grupo também.

Naquela época, a gente morava em uma casa grande, com jardim de inverno em frente à cama, e Pipoquinha ainda se livrou do bullying da Clara — vale dizer também que eu acreditava que só essa adaptação na dieta bastava para aliviar os rins, ledo engano. Em 2013, porém, nos mudamos para um apertamento e essa separação se tornou inviável.

Passei a prender a pequena, então, apenas nos horários das refeições (de manhã e à noite) e esperava uns 30 minutos para recolher os potes — ela até ia para o escritório sozinha quando ouvia o barulho do pacote. De madrugada, como a jornada de trabalho se encerrava, a magrela dormia lá e todo mundo podia comer à vontade sua respectiva ração. Até 2015, quando outros cinco gatos apresentaram creatinina alta.

Investi as economias da família em uma consulta com o Dr. Valdo Reche, porque já tinha assistido a uma palestra dele sobre o assunto — esse post está entre os mais acessados do blog. E a cara foi ótima quando entrei no consultório segurando um bloco de anotações e uma caneta, sem bicho algum. Ele explicou que só filhotes, gestantes e peludos com menos de 4 anos não deveriam compartilhar a ração renal. E quase fali até a morte do Simba, em 2016.

Alguma coisa estava errada. Foi quando descobri a alimentação natural (e a importância de restringir fósforo, não proteína), as seringadas diárias de água e todo um ritual para aumentar a umidade na dieta dos bigodes — cliquem nos links deste post para ler os detalhes.

Hoje, eles têm a ração renal disponível o dia inteiro, assim ninguém passa fome. De manhã e à noite, ofereço a alimentação natural da Pet Delícia para quebrar a secura, responsável justamente pela doença. E no fim da tarde libero a ração normal, só um fundo de pote, para não faltar proteína a quem enjoou da AN — felinos são carnívoros, né?

Uma veterinária nutróloga me ajudou a pensar esse esquema e os nove bigodes seguem na resistência, as mais novas com 13 anos e Mercv com quase 15 ❤ — faltou a Guda na foto por motivos de enquadramento. rs


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10.7.20

Vida com gatos #4

"Vou me esconder, porque minha mãe não gosta que eu entre no rack!"


Mais vida com gatos: #1 | #2 | #3

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3.7.20

Veterinários criminosos — e como denunciar

Profissional incompetente tem em todas as áreas, eu sei. Mas os que lidam com a vida me deixam especialmente perplexa. E vocês não imaginam a quantidade de comentários que recebo aqui no Gatoca sobre veterinários que receitaram fluidoterapia sem necessidade, erraram dosagem de medicação, indicaram eutanásia para problema simples de resolver.

Nesta semana, uma gênia mandou a leitora passar Herbalvet no ânus do gato, sempre que fizesse cocô, para tratar giárdia! — a orientação original, que ela obviamente não conseguiu seguir, compreendia dar banho e secar o coitado com secador a cada ida ao banheiro.

Herbalvet, para quem não sabe, é um desinfetante de ambiente e instrumentos cirúrgicos, usado em clínicas e hospitais veterinários. No rótulo, está escrito para evitar o contato com a pele e os olhos, sob risco de irritação. E a instrução não para aí: caso isso ocorra, a região deve ser lavada com água abundante por 15 minutos.

De onde o povo tira essas ideias? Ou melhor: o diploma?

Por isso insisto: não sintam vergonha de questionar ou pedir para o profissional explicar as coisas de um jeito mais simples. É função deles, não da jornalista blogueira — embora eu faça com carinho. E, se ficarem na dúvida sobre o diagnóstico ou o tratamento, ouçam uma segunda opinião.

Para alguns erros, não há segunda chance.

Denuncie!

Se você tem provas de que o veterinário agiu de forma antiética, procure o Conselho Regional de Medicina Veterinária — é preciso se identificar. Alguns estados permitem fazer a denúncia online. Moradores de São Paulo, porém, precisam ir pessoalmente ao CRMV-SP ou enviar a papelada por correspondência:

Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo
A/C: Presidência (Dr. Mário Eduardo Pulga)
Rua Vergueiro, 1753/1759, 4° e 5° andares, Vila Mariana
São Paulo – SP
CEP: 04101-000


Para tirar dúvidas com relação à elaboração da denúncia, ligue: (11) 5908-4778.


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29.6.20

13º quase-aniversário do Gatoca

Diferente da quase-gravidez, da quase-vitória na loteria e da quase-aprovação no concurso público, o quase-aniversário do Gatoca é motivo de comemoração! Significa que eu venci a resistência com a tecnologia para criar este espaço — a vergonha de ter as crônicas lidas por estranhos precisou de mais 42 dias, data do aniversário oficial do blog.

Se não parece grande coisa, vocês provavelmente ignoram que esta jornalista-de-papel começou a trabalhar no portal Terra sem saber abrir dois navegadores ao mesmo tempo, comprou um smartphone depois de todo mundo e só criou um perfil no LinkedIn na semana passada.

O primeiro texto, aliás, não possuía ambições revolucionárias. Meu coração precisava transbordar a experiência de viver com dez gatos — eu, que acreditava não gostar de nenhum. Mas dona Lourdes apareceu na porta daquele cortiço com suas três dezenas de esqueletinhos e tudo mudou. Antes aqui, depois aí, para que juntos a gente chegasse mais longe.

E bota longe nisso!

No dia 10 de agosto tem festa, ainda que simbólica! Os bigodes já estão na fila — notem a Guda tentando furar. Será que rola um "parabéns" pelo Zoom? O que vocês acham? Respondam nos comentários para eu não passar batom à toa!


Festinhas anteriores: 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

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26.6.20

Momentos de tensão no Gramado da Fama!

Eu tenho um bloquinho com o nome dos gatos de cada Gramado da Fama para me desafiar a não fotografar só os sociáveis e dar a chance de todo mundo aparecer. Só que a maioria dos bigodes fica desconfiada com a movimentação. E pressionar Jujuba a fazer qualquer coisa significa risco de dor. Desde que o ano virou, portanto, eu angustiava com este momento.

Eis que junho chegou, com Ana Paula de Vilas Boas alcançando o estrelato!






E foi melhor do que eu pensava. rs


Atravessar a pandemia com vocês, aliás, me faz sentir aconchegada. 💙

Obrigada pela resistência de mais um mês, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande...

...Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Natalia e Lívia Pantarotto, Michely Nishimura e Maira Fischer!

Quer despiorar o mundo com a gente?

O Gatoca tem um financiamento coletivo continuado no Catarse e este mês está sem apoiadores novos — é sua chance de brilhar sozinho no Gramado da Fama! Contribuições a partir de R$ 15 dão acesso ao nosso "netflix", com superproducinhas exclusivas. E faltam só R$ 110 para estrear a série sobre o livro "O Encantador de Gatos", ilustrada pela gangue. :)

19.6.20

Trabalhando com gatos

Expectativa: encarar a primeira oficina online da vida com batonzão vermelho, jaqueta para datas especiais e dignidade.


Realidade: Mercvrivs cair do colo, derrubar o celular do tripé e passar o resto da aula andando sem rumo em cima da mesa.


Saldo do dia: jaqueta para datas especiais furada, perna direita rasgada e dignidade em recuperação.


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12.6.20

Especial: Dia dos Namorados 2020

Eu sempre achei que gatos dormindo abraçados nas patas de trás ficam parecendo aquelas coxinhas com osso de desenho animado — o veganismo veio depois dessa fase, desculpem! Mas aí a Guda se juntou com a Pipoca e as duas formaram um coração. Não existe imagem melhor para definir as relações neste momento delicado de pandemia.

Quem mora na mesma casa tem enfrentado o desafio de se reinventar enquanto lava latas de tomate, faz curso gratuito esperançando voltar a pagar boleto e discute porque a horta passou mais um dia sem rega. Casais separados pela quarentena precisam descobrir outros jeitos de trocar calor, cheiro, cafuné.

Meu desejo, então, é que vocês consigam enxergar o amor em suas formas mais inusitadas — não só nesta data.


Outros especiais: 2019 | 2012 | 2011 | 2009 | 2008

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11.6.20

Gatoca participará do #EmCasaComSesc!

Lembram que em março rolaria a oficina Financiamento e o Poder do Coletivo, aqui no Sesc Sorocaba, mas ela acabou cancelada por causa do coronavírus? Pois o pessoal me convidou para realizá-la online, integrando a iniciativa #EmCasaComSesc. ❤ E, nesse formato, sonhadores do Brasil inteiro podem participar! Só não bobeiem porque a plataforma Microsoft Teams limita as vagas.

Será um intensivão de dois dias sobre crowdfunding e conexão humana (17 e 24 de junho, das 15h às 17h), divididos em cinco módulos: Raio-x, Campanhas Relevantes, Inspiração para Começar, Como Estruturar um Projeto e Estratégias de Sensibilização — precisa se inscrever com antecedência!

A culpa é toda da Amanda Palmer, que me ensinou a arte de pedir. Sim, para ajudar gatos, cachorros, uma família de ovelhas, dois ratinhos e um pombo, tive de entender de gente. Em 2014, o financiamento coletivo do Gatoca arrecadou R$ 21 mil, 140% da meta. No fim de 2018, estreou nossa campanha continuada, que segue resistindo bravamente durante a pandemia. E toco também o clube de assinaturas de uma ONG paulistana, com 135 apoiadores.

Guda está triste porque não escolheram a foto dela para a divulgação. Mas deve fazer uma aparição-surpresa no meio da transmissão. rs


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5.6.20

3 estratégias para aquecer um animal na pandemia!

Todo ano, nesta época, esfria, os bichos congelam nas ruas e eu escrevo o mesmo post para sensibilizar vocês. Neste 2020 que não deixará saudade, porém, morrerão ainda mais cachorros e gatos, porque as poucas pessoas que se importam com eles estão presas em casa, esperando a pandemia passar — e dizem que será um inverno rígido (o outono já chegou castigando). Bora cada um fazer um tico?

1) Distribuam abrigos pela cidade
Quando forem ao supermercado (de máscara!), aproveitem para pegar as caixas de papelão que os repositores descartam, recheiem com paninhos e instalem em locais protegidos da chuva, onde os bichos costumam perambular — para garantir a sobrevida dos cafofos, não esqueçam de colar este aviso jurídico contra vândalos.

2) Organizem uma vaquinha online
Com uns trocados e alguma habilidade manual dá para transformar bacias em casinhas, basta seguir este tutorial. Não faltam organizações não governamentais precisando ― aqui listo algumas (deixem outras sugestões nos comentários!). E tem coisa mais quentinha do que ocupar o tempo de forma solidária? É possível repassar o dinheiro arrecadado também.

3) Abram a garagem (e o coração)
Se puderem adotar, melhor! Mas, em caso de superlotação, liberar um espaço nos dias mais congelantes para aquele animal comunitário, entre o carro e as quinquilharias, já ajuda.

:: Bônus!

Aqueçam também os peludos de vocês!
Vale improvisar cabanas com cobertores velhos para os gatos e abrigos protegidos do vento e da chuva para os cachorros que ficam no quintal. Comprar roupinhas para idosos, magrelos ou pelos-curtos. Evitar banhos para todo mundo (ou seguir estas dicas). Brincar junto. Caprichar na ração — o apetite aumenta para manter a temperatura do corpo (só cuidado com a obesidade!).

Estendam a ação aos seres humanos
Além das clássicas campanhas do agasalho, com postos físicos de coleta, muitas instituições estão aceitando doações pela internet, por causa do isolamento social. O programa do Estado de São Paulo pede, inclusive, que os cobertores sejam novos para evitar a propagação da covid-19. Vocês podem pesquisar outras iniciativas e regiões no Google. E quem tiver indicações bacanas fique à vontade para compartilhar. :)


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29.5.20

Ração úmida mais barata para gato com doença renal!

Se você chegou aqui porque tem um gatinho renal, antes de qualquer coisa, sinta-se abraçado! Eu já perdi o Simba e quase todos os vovozinhos de Gatoca enfrentam esse problema atualmente. Não é uma doença fácil. Para quem ainda não pegou um hemograma com ureia e creatinina alteradas, fica o alerta: 60% dos gatos apresentarão um grau de disfunção dos rins ao morrer.

A culpa é da dieta baseada exclusivamente em ração seca, aliada à baixa ingestão de água. E sabe por que os felinos torcem o focinho para a mistura morna de poeira e pelos do potinho? Porque, na natureza, eles se hidratavam ingerindo animais menores, com 70% de líquido em seus corpos — vou deixar, no fim do texto, links que podem salvar a vida do seu amigo.

Devastada pela morte do gordinho, procurei uma vet nutróloga, só que não consegui fazer a gangue aceitar a alimentação natural — e meu coração vegano ficou aliviado de não precisar mais encarar a fila do açougue, confesso. Ela indicou, então, a Pet Delícia, acreditando que a umidade funcionaria melhor para a doença do que oferecer somente a ração renal seca — e os bigodes detestavam os sachês medicamentosos.

Há três anos, tempo da nossa parceria, eles comem comida com cara e cheiro de comida, sem corante nem conservantes. Pipoca, inclusive, entra e sai da alimentação forçada e são as latinhas batidas no processador que tenho dado na seringa. Mas agora existe uma opção mais adequada ao quadro dos peludos! Com carnes nobres e legumes frescos, a Control Cat aposta na redução de fósforo e sódio para poupar os combalidos rins.


E a gente identifica os pedacinhos de batata doce, chuchu, abobrinha, cenoura, abóbora:


Se a jornalista miçangueira acertou a conta, custa o mesmo valor da ração renal seca que eles desprezam, rs. Comparando com outras marcas de ração úmida, então, a latinha sai por quase um quarto do preço, já que é bem maior — 320 gramas contra 82/85 gramas. E, dos nove bigodes, só a Pimenta não se animou com a novidade — na verdade, acho que ela enjoou.

Seu bichano não curte o movimento? Aqui tem nove estratégias para ajudar. Os links abaixo vão te convencer que vale a pena. :)



Outras infos importantes:

:: Doença renal, pelo maior especialista em gatos do Brasil
:: 7 dicas que podem salvar seu amigo
:: Diagnóstico renal não significa sentença de morte
:: Sobrevida de 11 anos (e contando)!
:: 9 sinais de doença que a gente não percebe
:: Teste: seu peludo sente dor? Descubra pela cara!
:: Como identificar mal-estar sem sintomas
:: Quando correr ao veterinário?
:: Dicas salvadoras (e vídeo) para dar remédio
:: O difícil equilíbrio ao cuidar de gatos
:: Pesando bichanos com precisão
:: Como estimular a beber água
:: A importância de ter potes variados
:: Gatos sentem o sabor da água
:: O melhor bebedouro para o verão!
:: 13 macetes para dar líquidos na seringa
:: A seringa (quase) perfeita
:: Seringa que goteja para cuidar de gato doente
:: O milagre da água na seringa, seis anos depois
:: Pele flácida: velhice ou desidratação?
:: Soro subcutâneo: dicas e por que vale o esforço
:: Soro fisiológico, ringer ou ringer com lactato?
:: Em quanto tempo o soro faz efeito?
:: O desafio da alimentação natural
:: Quando a alimentação natural não dá certo
:: Seu pet não come ração úmida (patê, sachê, latinha)?
:: Como ensinar o bichano a amar ração úmida natural
:: Truque para quem não come ração úmida 'velha'
:: Ração em molho: nós testamos!
:: Alimentação de emergência para animal desidratado
:: Suco para gato debilitado que não aceita comida
:: Calculadora de ração felina, seca e úmida
:: Cuidado com alimentação forçada!
:: Como deixar o patê lisinho (para seringa!)
:: Suporte para comedouro pode cessar vômitos
:: Gato vomitando: 4 dicas que ninguém dá
:: Diarreia em bichanos: o que fazer?
:: Quando e como usar fralda
:: Gastrite causada por problemas renais
:: Luto: gatos sentem a morte do amigo? O que fazer?


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22.5.20

Primeiro ronrom, 13 anos depois!

Este já seria um post comemorativo: hoje as Gudinhas* completam 13 anos! Mas, quando estava fotografando Jujuba ganhando carinho parada, coisa impensada em sua primeira década de vida, aconteceu o milagre mais milagroso de Gatoca: ela começou a ronronar! Quatro mil, setecentos e quarenta e nove dias depois de ter saído da barriga da Guda, na nossa antiga casa. ❤


Fui correndo buscar o celular, fiz um ASMR para vocês ouvirem antes de dormir e aproveitei para testar o Spreaker, a ferramenta do momento para criar e distribuir podcasts — não prometo nada! O registro em vídeo vai entrar na superproducinha de maio, que os apoiadores do Catarse receberão até o fim do mês — isso eu prometo. rs

Mas, voltando ao aniversário das meninas, Pipoca também me emocionou deitada no montinho com os irmãos. Se você está chegando agora, não sabe que a pequena quase morreu em dezembro, quando passou a preferir o isolamento. Boa parte dos leitores provavelmente ignora, aliás, que ela e Clara, em quem ela que está encostada, viveram anos separadas até Mercv abrir a porta do armistício e a gente pegar as duas na mesma cama, inteiras.


Já Keka fez a alegria do Leo ao parar de tentar fugir dele, que vivia tentando não tropeçar nela, enquanto ambos seguiam desastradamente a mesma rota pelo quintal — e o nível de dificuldade do percurso aumentava de acordo com a quantidade e o peso das sacolas envolvidas.


Pufosa saiu cabisbaixa por causa da doença renal e nem tem se animado a comer o vômito quentinho dos outros gatos, em um serviço que a gente chama de micro-ondas felino — dr. Eduardo Carneiro já está cuidando dela. Mas meu colo ganhou outra perna formigando no café da manhã. :)


E Pimenta finalmente deu uma melhorada da alergia, por isso vocês não veem catarro pendurado nos bigodes — eternizei nosso amor em quatro etapas, nos destaques do Instagram (cliquem na bolinha "quarentena" e vão passando os stories até chegar na papagaia de pirata).




A vida é mesmo incompreensível: quanto menos tempo nos resta juntas, mais apertáveis as cinco arisquinhas ficam.

*Novelinha: conheça a história das Gudinhas

Outros aniversários: 2019 (especial Dia do Abraço) | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009


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15.5.20

Três notícias sensacionais na quarentena!

No mês passado, eu escrevi um desabafo sobre as três bombas que haviam atingido Gatoca em plena pandemia de coronavírus. Sabia que podia contar com a acolhida carinhosa de vocês. Mas não imaginava que, no meio da crise, teria gente reativando o cadastro em nosso financiamento coletivo, aumentando o valor de contribuição, fazendo assinatura nova!

Maira Fischer, que compartilha o Gramado da Fama abriliano com a Keka, é freelancer como eu, gateira parida por este projeto e ainda tem uma filha humana. "Quem ajuda os fodidos além dos fodidos?", foi a pílula de sabedoria que compartilhou comigo pelo WhatsApp — e faz tanto sentido que, nos últimos 19 dias, comprei rifa para socorrer um café, pães artesanais de um amigo e meu próprio e-book, cuja grana irá para uma ONG. rs


Nesse dominó de boas ações, Rosana Rios, autora de mais de 180 livros infanto-juvenis e finalista do Prêmio Jabuti, doou um conto inédito para a superproducinha de abril, que os apoiadores do Catarse receberam por e-mail. "O gato folgado e a gata maga" era para divertir a criançada, mas Guda, como vocês podem ver, também curtiu.


E a terceira boa notícia é que o Gatoca voltou a ter sua missão de educar, sensibilizar e mobilizar corações pelos animais reconhecida! Eu já havia percebido um movimento de youtubers ressuscitarem blogs. Aí, o Blogger, ferramenta que gerencia este espaço, foi inteirinho reestruturado. E o Google parece que tornou a privilegiar nas buscas conteúdos aprofundados, sem prazo de validade.

Só na última semana foram quase 6 mil visualizações — e nos posts mais importantes desses 13 anos (gráfico abaixo). Nós passamos, aliás, dos 3,5 milhões de acessos! E eu só tenho a agradecer: obrigada pela parceria na jornada! ❤

(Especialmente Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein...

...Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Roberta Roque Baradel, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Fabiana Ribeiro, Natalia e Lívia Pantarotto, e Michely Nishimura!)


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8.5.20

Gatoca em antologia na Amazon!

Quem cresceu na década de 80 certamente assistia ao Bambalalão, na TV Cultura. Eu gostava tanto das histórias que ainda lembro alguns trechos, como o da narradora perguntando, pausadamente, em tom de suspense: "Um homem... atrás de uma árvore... com uma faca na mão... o que fazia?". "Passava manteiga no pão e comia", era a resposta possível para um programa infantil.

Cheguei a participar da gravação, mas foi meu amigo Renato que passou vergonha na brincadeira da bola — eu me dei por satisfeita em abraçar Gigi, a encantadora de crianças. Mas por que este post de ombreiras e cabelo repicado? Porque Rosana Rios assinava a maioria dos roteiros do Bambalalão. E, três décadas depois, Rosana Rios se tornou minha prima — além de autora de mais de 180 livros infanto-juvenis.

No início da pandemia, ela sugeriu aos amigos que escrevessem contos ou crônicas sobre como imaginavam o mundo depois da quarentena. E o resultado ficou tão bacana que virou uma coletânea. Sim, neste exato momento, tem uma publicação minha na Amazon junto com a Rosana Rios! E nosso e-book já vendeu 74 exemplares, terceiro lugar na categoria "contos e antologias".


Para comprar, basta clicar aqui. Custa só R$ 4,99 e todo o dinheiro será doado a organizações que estão lutando para minimizar os impactos da crise nas populações vulneráveis do país — cada autor indicou uma ONG (a minha foi a Ação Comunitária Inhayba, aqui de Sorocaba) e rolará uma votação quando a grana cair na conta. Volto para prestar contas, claro.

"Enfim, Nós" conta o recomeço de Leo, Graça e Margarida, Sônia, Gil, Rochinha e Gina, César, Bri, Caco e Penélope. Tem o olhar do Gatoca para o planeta, a inspiração do curso do Marcelino Freire, boas horas de pesquisa e uma reviravolta no final. ❤

E vocês, o que esperam depois quarentena?


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7.5.20

Aniversariante do mês – maio de 2020

Há 13 anos, a vizinha temida de São Bernardo tocava nossa campainha com este pacote. Vocês devem ter pensado em pacote de felicidade, mas era de filhotes mesmo. Vale esclarecer também que a única trégua concedida por dona Jane à nossa família, em mais de duas décadas, foi para devolver a gata que não morava conosco — história completa no pé do post.


Esses dias, encarando o bigodão da Guda, me lembrei de quando ela saiu na Folha de S.Paulo e o Gatoca ganhou o mundo. O concurso era de fotografia, mas o que provavelmente sensibilizou os jornalistas foi a tradicional partida de ímã com as gudinhas — até porque as câmeras caseiras não esbanjavam toda essa tecnologia.


No intervalo das duas imagens, Guda parou de amamentar as caras de pau, engordou, aprendeu a brincar sozinha de bolinha, se mudou para um apartamento, emagreceu por causa da doença renal, alugou um gramadinho no interior. Mas os bigodes (e meus apertos) continuam iguais. ❤

*Novelinha: conheça a história da Guda

Outros aniversários: 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008


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30.4.20

Quer saber a idade do seu gato?

Dos mais de cem animais resgatados nesta vida de jornalista-blogueira-protetora, só tinham idade conhecida os poucos bebês que vi nascer. Mas estimar o número de outonos enfrentados pelo bichano recém-adotado é importante para poder oferecer os cuidados adequados. Confiram as dicas do veterinário Marcello Machado e compartilhem o resultado nos comentários!

Coto umbilical
Se o filhote ainda tiver um pedacinho do cordão umbilical na barriga, não passa de 3 dias ― depois disso, ele cai naturalmente.

Olhos e orelhas fechados
O pequeno cabe facilmente na palma da mão, sente dificuldade para abrir olhos e mal dá para ver as orelhinhas? Então, deve estar com apenas algumas semanas.

Azul de mentira
Ao completar 3 semanas, nota-se que os faroletes são azuis (sem exceção), embora ainda fiquem a maior parte do tempo fechados.

Mudança de cor da íris
Essa transformação costuma ocorrer entre a sexta e a sétima semana ― até os olhos que permanecerão azuis mudam de tom.

Pelo fofinho
Durante os primeiros cinco meses, os bebês possuem um manto interno felpudo para protegê-los do frio.

Alteração na pelagem
Conforme envelhecem, a partir dos 6 anos, o pelo vai perdendo o brilho. E, aos 13, aparecem os primeiros fios brancos no focinho.

Dentição
Quem tem ou já teve filhotes em casa sabe que os dentes começam a nascer na segunda semana, porque eles não poupam mãos e pés desavisados. Até a sétima, a arcada deve estar completa. E, no sétimo mês, inicia-se a troca pelos dentes permanentes.

Os primeiros são branquinhos como grãos de arroz. E se põem a amarelar aos 2 anos. Dentes traseiros mais escuros do que os outros indicam idade entre 3 e 5. E, após os 6, há um desgaste natural crescente.


Lilica com 20 dias e os falsos olhos azuis

* Texto escrito para o Yahoo!

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24.4.20

Terceira bomba em Gatoca!

Quando nosso projeto foi aprovado no edital do Condeca (e era um projeto em parceria com a prefeitura de Sorocaba!), eu achei que todo o esterco de 2019 viraria fruto em 2020. Tinha feito articulações, devorado 16 livros, mergulhado em cursos gratuitos — de escrita criativa com o Marcelino Freire, de jogos de tabuleiro para trabalhar com crianças, de edição de vídeo para recompensar os apoiadores.

A reunião com um possível financiador para a coletânea dos livros infantis, vocês sabem, rodou logo no início da pandemia de coronavírus. Aí, cancelaram a oficina no Sesc. Antes disso, Leo havia se despedido de 20 anos de Editora Abril. E, na semana passada, o proprietário resolveu pedir nossa casa de volta. Após 33 dias resistindo, eu desabei.

Março, aliás, foi o primeiro mês que o financiamento continuado do Catarse, lançado em novembro de 2018, fechou sem novas assinaturas. E agora, em abril, começaram os cancelamentos. Sim, eu entendo, tanto que continuarei enviando as superproducinhas para todo mundo até a crise passar. Mas não sei mais como manter a sustentabilidade de Gatoca.


Investi quase 13 anos de dinheiro do bolso neste ideal de planeta melhor. E ele acabou — espero que só o dinheiro. Ideias são bem-vindas. Colo também — o lance da casa já estamos resolvendo, escrevi mais como desabafo. Não ter Gramado da Fama este mês, inclusive, não significa que não sobraram leitores-amigos maravilhosos para agradecer. ❤

Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein...

...Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Roberta Roque Baradel, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Fabiana Ribeiro, Natalia e Lívia Pantarotto, e Michely Nishimura, vocês são nosso respiro!

Termino este frankenstein com dois comentários recentes, mas que costumo receber bastante por aqui, para lembrar a mim mesma que o Gatoca ainda salva quadrúpedes e acolhe bípedes. :)


Para ampliar, cliquem nas imagens



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