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5.3.20

Cachorro ou gato perdido: saiba o que fazer!

Este post provavelmente será um choque para quem conheceu a Beatriz protetora. Mas a verdade é que eu já morei em casa sem tela (com telefone fixo!), onde vivia fazendo gambiarras para os gatos não irem para a rua, até que a Rosa e o Casé ajudaram a acabar de vez com o pesadelo das fugas — justamente por isso tenho tanta paciência com a ignorância alheia.

E, por três vezes, que não contei aqui, os bigodes me tiraram o sono em São Bernardo: Clara ficou presa no forro do telhado de um sobrado da rua de trás, Mercv caiu no jardim de inverno de uma clínica médica e, quando a faxineira chegou para trabalhar, tentou espantá-lo jogando um balde de cândida (episódio que me rendeu os óculos quebrados), e Chocolate travou na roseira da vizinha, sem deixar que ninguém se aproximasse.

Em nenhum dos casos os sem-noção conseguiriam voltar sozinhos para Gatoca, tanto que nossas buscas levaram dias. E, como nos últimos sete meses fui "atropelada" por dois cachorros fujões, o Strike e a Nina, e teve ainda o Napoleão, que estourou a caixa de transporte no nosso mutirão de castração e sumiu em Santo André, resolvi compartilhar a experiência acumulada.

Você perdeu um peludo?

Divulgue imediatamente nas redes sociais
Quanto antes, maior a chance de reencontrar animal porque ele ainda estará por perto. Escolha uma foto atual, descreva características peculiares dele, informe a data e o local do desaparecimento e não esqueça de incluir seu contato.

No grupo de Facebook Cachorro Perdido em SP, Capital eu achei a família da Nina e, graças a ele, a dona da casa em que ela entrou a reconheceu. Me sugeriram também o Procura-se Cachorro, que tem página no Face e no Instagram. Indiquem vitrines bacanas, para gatos e de outros estados, nos comentários.

Faça buscas à noite
A cidade fica mais silenciosa e seu amigo poderá ouvir você esgoelando por ele — não tenha vergonha de pagar de louco. Foi assim também que eu consegui escutar a resposta da Clara e me pus a tocar todas as campainhas do perímetro, pedindo descaradamente para entrar nas residências onde os miados pareciam ficar mais altos.

Se o bicho for arisco, não delegue
Tem animal que só se reporta ao tutor, como o Napoleão, que desentocou do matagal apenas quando ouviu os assobios da Jane — 19 horas depois do nosso sofrimento vão.

Converse com pessoas estratégicas
Saca aquela galera que passa boa parte do tempo observando a rua? Segurança, flanelinha, vendedor de cachorro-quente, pipoca, espetinho, instalador de Sem Parar. Quem descobriu Mercv preso na clínica foi o guarda, que sabia que a gente estava atrás dele, quando pediram ajuda com umas caixas.

Distribua cartazes pelo bairro
Tecnologia analógica, em um país como o nosso, não acabará tão cedo. O que colocar no papel você aprendeu lá em cima. Na hora de colar, vale poste, comércio, garagem. Vejam esta relíquia da fuga da Chocolatinha — nem experiência com cartaz a gente tinha!


Bônus: use coleira de identificação!
Se existe a mais remota chance de o pet cruzar os limites do seu lar-doce-lar sem supervisão, compre uma coleira do tamanho dele no pet shop e peça para gravarem seu telefone na plaquinha em qualquer loja de aliança.

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27.2.20

Exclusivo: o final feliz da cachorra que mobilizou a internet!

Pela primeira vez em 12 anos, eu chegaria no horário para almoçar com a Rosa e o Casé — lembrando que eles ainda moram em Santo André e Sorocaba fica à 132 quilômetros de distância. A pizzada vegana foi marcada à tarde justamente para encaixar entre as medicações dos bigodes. Eis que vejo um cachorro de peitoral vermelho cruzar a Bandeirantes na frente dos carros e faço Leo frear instantaneamente, antes de chegar no nosso.

Desço, sem lenço nem documento, abro os braços para impedir uma tragédia e a criatura passa como uma bala. O que os motoristas presenciaram na sequência foi uma desajustada ziguezagueando entre os caminhões, agitando as mãos para o alto e pedindo para pararem, enquanto o animal diminuía no horizonte. E a cena se repetiu quando ele resolveu correr o mesmo percurso de volta e subir a Alberto Willo, em direção a Moema.


No cruzamento do final da ladeira, a asma e eu estancamos, indecisas para onde continuar. E Bruno e Rafael, que estavam indo almoçar na Castelo Branco, caminho inverso do nosso original, ofereceram a milagrosa carona — que nem por meio segundo cogitei recusar, enquanto eles consideravam a hipótese de os meus 48 quilos integrarem uma quadrilha.


Até a Miosótis, Com Bruno dirigindo feito ambulância e espalhando nossos contatos de boteco a PM, as pistas dos moradores seguiam quentes. Já na Praça da Árvore, quase 40 minutos depois do início da perseguição, ninguém mais tinha visto o bicho. Pedi, então, o celular emprestado do Rafael para avisar que estava viva, ligando para o meu próprio telefone, único que sei de cor, e Leo me resgatou no metrô.

Inconformada, na continuação do trajeto a Santo André, publiquei um post no Facebook, que alcançou 194 compartilhamentos. Mas foi pelo Instagram que Cristine Busch indicou o grupo "Cachorro Perdido em SP, capital", onde encontrei este cartaz, já de volta a Sorocaba, divulgado apenas 53 minutos antes — e com uma única curtida, no fim do feed:


O maratonista era uma cachorra! Telefonei para a Camila na hora, dividi a experiência do Gatoca com fugas, publiquei um texto caprichado no mesmo grupo do Facebook, que alcançou mais 222 compartilhamentos, e de tempos em tempos curtia cada um deles para que Nina ficasse sempre visível. Domingo virou quarta-feira de cinzas.

Às 14h45, depois de três insônias e duas gastrites, chegou a tão esperada notícia: a bichinha havia entrado no quintal de uma casa no Planalto Paulista (!), exausta, e a família a reconheceu pelos nossos apelos nas redes sociais! Camila, com quem eu conversei durante todo esse período, a estava hospedando para que Ana Paula, a verdadeira tutora, curtisse o carnaval em Natal. E é claro que a coitada bateu no aeroporto e pegou o avião de volta.

O vídeo do reencontro das duas emociona até paralelepípedo:


Mas tinha mais! A história de adoção da Nina fez valer cada minuto do esforço coletivo para recuperá-la:

Eu me mudei para São Paulo em janeiro, mas trouxe a Nina não faz nem duas semanas. Ela estava ficando na casa da minha mãe, em Minas mesmo. Vim para trabalhar, sou engenheira. Nina deu cria na rua da casa em que eu morava, há uns quatro anos, de seis filhotinhos. A menina que morava comigo encontrou-os no meio do mato, mas ninguém conseguia chegar perto, porque ela é muito medrosa. Saía correndo toda vez. Você viu como ela corre! É assim com todo mundo, traumatizada.

Essa menina e eu resolvemos levar os filhotes para casa, contra a vontade das outras, que moravam com a gente. Coloquei, então, todo mundo na garagem, deixei o portão aberto e, quando a Nina entrou para ficar junto, fechei. E foi assim que a resgatei. Doei os filhotes e acabei adotando-a porque ninguém iria querer uma cachorra tão medrosa, que não gosta nem de carinho.

Paguei consulta com adestradores, tratei o medo dela com medicação. Comigo ela é quase uma cachorra normal. Das outras pessoas, não chega nem perto. Acho que nem era cachorra de rua, porque eles geralmente são carentes, acostumados com pessoas ao redor. Acredito que ela tinha um dono e era maltratada para sentir esse medo gigante de humanos.

Por isso fiquei desesperada quando ela fugiu. Ela tem muito medo de carros, de barulho, de sombras até. Imagino o desespero em ficar perdida nas ruas movimentadas de São Paulo. Disse para minha mãe hoje que isso me fez ver quanta gente boa ainda existe neste mundo!

Muita gente se dispôs a ajudar, muita gente se preocupou — claro que encontrei também pessoas que me desanimavam, que falavam que ela devia estar morta, que riam quando eu confessava meu desespero.

O amor da Nina é o mais puro que já conheci, porque ela me ama sem querer nem ao menos um carinho.



Por isso eu insisto, há quase 13 anos, no poder que a gente tem juntos! E que cada ação importa, mesmo uma curtida em redes sociais. Na semana que vem, aliás, compartilharei as dicas de seis experiências bem-sucedidas para recuperar cachorros e gatos perdidos — ou tutores. rs

Seguimos coladinhos? ❤️

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26.2.20

Carnaval de Cinzas: Bloco dos Enfermos

Hoje é dia de ressaca para quem pulou e bebeu o feriado. E de começar a quaresma para os cristãos, que em algum momento abrirão mão da carne para se empanturrar de bacalhau. Eu, que não tenho religião, sou vegana e curti o Carnaval cuidando de cinco gatos doentes, só quero que pare de chover para voltar a abrir as janelas.

Pufosa andou dando umas vomitadas e retomamos a medicação para a doença renal. Pipoca, também renal, parou de comer de novo e, além do remédio, recebeu reforços de patê na seringa. A alergia persistente da Pimenta seguiu acrescentado novas cores e texturas às paredes da casa. Clara vira e mexe encrenca com o carcinoma e passou boa parte do tempo de colar elisabetano.

A novidade foi o abscesso do Mercv. Mais especificamente na glândula ad-anal, do lado esquerdo. O excesso de lambedura na região, para um gato não muito asseado, chamou a atenção e a quantidade de pus que saiu do buraquinho deveria demandar duas bundas. Agora, ele está jururu, com febre e depilado.

Os apoiadores acabaram de receber "Carnaval em Gatoca", aliás, a superproducinha tragicômica de fevereiro. E em março vai rolar o segundo encontro virtual — sugiram datas! Para ajudar o projeto a crescer, ganhar recompensas e transformar vidas (humanas e animais), basta clicar aqui. Todo realzinho faz diferença! Estou animada para começar a série nova — faltam só 12%! :)))


Guda revezando a enfermagem comigo

21.2.20

Vocês salvaram meu carnaval!

Toda vez que as coisas começam a dar errado em cadeia, eu leio os comentários de vocês, vejo os nomes no Catarse, lembro das vidas transformadas. Quando a humanidade parece inviável, vocês me provam o contrário. E eu persevero. A cada piora na insuficiência renal da Pipoca, no carcinoma da Clara ou na alergia da Pimenta, encontro aqui acolhimento — de desconhecidos-amigos. 💜

Neste feriado de carnaval, confesso que não estava muito para confetes e serpentinas. Mas a Amanda Midori apoiou o Gatoca de Londrina, no Paraná, e a Karine de Cabedelo, na Paraíba. Teve ainda a Fabiana Ribeiro, aqui de Sorocaba, dona do primeiro "cat café" do Brasil, o Café com Gato, que a gente visitou antes mesmo de se mudar. E Pufosa entrou no gramado para agradecer!


Obrigada também Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo...

...Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Roberta Roque Baradel, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças e Lorena da Fonseca, por não deixarem o pandeiro cair!

Para quem está chegando no bloguinho agora, o Gatoca resiste, educando, conscientizando e mobilizando corações pelos animais em tempos sombrios, graças a um financiamento continuado. É possível contribuir com qualquer valor e ainda ganhar recompensas! — assinaturas a partir de R$ 15, por exemplo, dão acesso ao nosso "netflix", com vídeos exclusivos (já vai sair o de fevereiro!).

Despioradores de mundo, uni-vos!

20.2.20

Bebedouro para gato que não toma água!

Há seis anos, eu descobri o milagre do Gatolino, o único bebedouro elétrico que os bigodes se dignaram a usar. E eles são queridinhos até hoje em Gatoca. Mas, como toda casa sempre tem um espírito de porco, Clara prefere chacoalhar o potinho manual para tomar água em movimento — e essa água vai escorrendo pelo chão até encontrar o pé da cama, onde se transforma em ferrugem.

Na Black Friday do ano passado, vocês já vão entender a demora do post, Taciane Ribeiro compartilhou um modelo de bebedouro gringo, que eu jamais compraria, pela metade do preço e resolvi arriscar — meu surto capitalista se resumiu a ele e um livro para as enteadas (e existe gente que diz que filho precisa sair da barriga).

Primeiro, o produto chegou com peças faltando. Depois, eu fui à loja para trocar e esqueci a caixa na sala. Aí, o carro ficou um mês no funileiro porque, não contei aqui, conseguiram bater em mim parada. Vencidos os contratempos, bebedouro funcionando a toda eletricidade, os bigodes se dividiram, então, em dois grupos:

Os que sentiam medo do presente e os que o encaravam com desprezo — os apoiadores do projeto receberam os registros de "Autoestima em Xeque", a superproducinha de janeiro. rs


Eu estava quase desistindo de reabastecer o trambolho quando vi Mercv finalmente esfregando a língua no chuveirinho — e foi exatamente essa dinâmica que duvidei que funcionaria. Depois dele, veio Pipoca, a lavadora de patas. E até Clara se rendeu à modernidade!

Ficam, portanto, três lições: algum modelo agradará seu gato, mesmo que você já tenha tentado vários. Bichanos possuem um tempo próprio, persista. E, o disco quebrado (ainda dá para usar essa gíria?), mantê-los hidratados é essencial para evitar problemas renais, já que a umidade da ração não passa de 10%, enquanto o corpo da presa que eles caçariam na natureza concentra 70% de água — infos importantes no pé do post.




Não deixe de ler:

:: Doença renal, pelo maior especialista em gatos do Brasil
:: 7 dicas que podem salvar seu amigo
:: Diagnóstico renal não significa sentença de morte
:: Sobrevida de 11 anos (e contando)!
:: 9 sinais de doença que a gente não percebe
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:: A importância de ter potes variados
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:: Pele flácida: velhice ou desidratação?
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:: Soro fisiológico, ringer ou ringer com lactato?
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:: O desafio da alimentação natural
:: Quando a alimentação natural não dá certo
:: Ração úmida mais barata para gato renal
:: Seu pet não come ração úmida (patê, sachê, latinha)?
:: Como ensinar o bichano a amar ração úmida natural
:: Truque para quem não come ração úmida 'velha'
:: Ração em molho: nós testamos!
:: Alimentação de emergência para animal desidratado
:: Suco para gato debilitado que não aceita comida
:: Calculadora de ração felina, seca e úmida
:: Cuidado com alimentação forçada!
:: Como deixar o patê lisinho (para seringa!)
:: Suporte para comedouro pode cessar vômitos
:: Gato vomitando: 4 dicas que ninguém dá
:: Diarreia em bichanos: o que fazer?
:: Quando e como usar fralda
:: Gastrite causada por problemas renais
:: Luto: gatos sentem a morte do amigo? O que fazer?

14.2.20

Aniversariante do mês – fevereiro de 2020

No Valentine’s Day, o Dia dos Namorados gringo, os casais trocam bombons, flores, perfumes. Eu ganhei uma gata! E nem foi do namorado. Tentei entregá-la no pet shop onde adotei a Clara, mas é claro que, na minha vez, não tinha vaga. Isso faz 13 anos! Chocolate* ostentava a maior parte do nariz rosa. E, conforme o gênio se pôs a encardir, o coração marrom ganhou forma.

O amor é assim: usa delicadezas para te convencer a abraçar o estranho do outro.


*Novelinha: conheça a história da Chocolate

Outros aniversários: 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

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12.2.20

Diarreia em gatos: o que fazer?

Guda está com diarreia e eu achei que era um bom gancho para escrever este post. Foi só abrir o editor de texto, aliás, que ela entrou no banheiro para o registro fotográfico — quando a gente escolhe o caminho certo, o Universo conspira! rs

A primeira coisa que se deve fazer é observar se a diarreia persiste. Casos isolados costumam se resolver sozinhos, já os recorrentes precisam de investigação. E o veterinário certamente perguntará coisas como consistência, quantidade e cor, então vale fotografar — eu tenho uma coleção de cocôs no computador!

Além do aspecto pastoso ou líquido, as fezes podem conter muco (uma espécie de catarro), sangue escuro (do estômago ou começo do intestino) ou vivo (aquele vermelhão, do final do intestino). E o animal tende a dar outras pistas do problema. Entre os principais sinais estão: apatia, cansaço, perda de apetite e peso, flatulência, urgência ou esforço para defecar, febre, dor, vômitos.

Mas o que causa diarreia? Basicamente tudo! Estresse, medicamentos, mudança na dieta, alergia ou intolerância alimentar, ingestão de porcarias e substâncias ou plantas tóxicas, infecções bacterianas ou virais, vermes e protozoários, câncer e tumores no trato digestivo, inflamação no intestino, doenças autoimunes e hepáticas.

O quadro atual da Guda se deve à insuficiência renal. E Pipoca protagonizou as piores diarreias da casa em 2014, com uma colite provocada por ingestão de cândida — novatos, cliquem no link antes de me xingar. O tratamento varia de acordo com a enfermidade e o histórico do peludo. Mas é essencial mantê-lo hidratado, sob risco de morte.

Como as redes sociais sabotam o alcance de conteúdo que envolve grana, vou reforçar aqui que o Gatoca está em campanha para estrar uma série nova, com dicas e curiosidades (ilustradas!) da bíblia "O Encantador de Gatos", escrita por Jackson Galaxy e Mikel Delgado, especialistas em comportamento felino. Vejam os detalhes e as recompensas novas!

Apoiem projetos independentes de mundo melhor! ❤️


Guda fazendo projeções sobre o cenário político e econômico do país

7.2.20

Série nova: dicas do livro "O Encantador de Gatos"

Leo me deu essa bíblia dos gateiros no ano passado e eu, que achava que não tinha mais muita coisa a aprender sobre o assunto, me vi rabiscando e fazendo orelhas no pobre livro como criança em oficina de artes. Em "O Encantador de Gatos", Jackson Galaxy e Mikel Delgado, especialistas em comportamento felino, explicam de forma didática e divertida como entender a natureza dos bichanos para resolver tanto problemas simples quanto mais complexos.


Como nossa vida bandida é corrida, quero poupar o trabalho de vocês de ler as quase 400 páginas, compartilhando aqui no Gatoca uma seleção das informações mais importantes e curiosas, com fotos e, talvez, vídeos dos bigodes para ilustrar. Para conseguir produzir esse conteúdo mensalmente, tem meta nova no Catarse, nosso financiamento continuado!

Se a gente alcançar até o fim do mês, já publico o primeiro post no comecinho de março. Assinaturas acima de R$ 15 ainda dão acesso ao "netflix" do projeto, com superproducinhas exclusivas. Os detalhes todos estão aqui. Divulguem a campanha em suas redes sociais para que bípedes e quadrúpedes vivam cada vez mais em harmonia — missão do Gatoca há 12 anos e meio. ❤️

6.2.20

Quando os gatos te levam à tabacaria

— Tudo bem, moço? Vocês vendem aquele limpador de cachimbo peludinho?
— Para fazer o boneco do Toy Story?
— Oi?
— O Garfinho, do Toy Story 4! As mães estão procurando bastante.
— E eu tenho cara de quem faz bonequinho com criança? É para limpar o bebedouro dos gatos.




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31.1.20

Ano novo, tecnologia nova! — gatos velhos

Vocês não têm noção: eu produzi um manifesto pelo lápis e papel na faculdade — tudo bem que faz 22 anos, mas a gente já entregava os trabalhos impressos naquela época. Como destino é um treco irônico, comecei a carreira jornalística justamente no Terra, sem saber abrir dois navegadores ao mesmo tempo, porque escrevi a melhor redação. E pouca coisa mudou de lá para cá.

Sim, tenho um blog, um canal (abandonado) no Youtube, perfis em três redes sociais. Só que a agenda que organiza essas coisas todas ainda é de papel. E muitos rascunhos de texto também. Acontece que o Gatoca coleciona leitores que desafiam minhas limitações. rs

No ano passado, Marina Kater me convenceu a usar o Zoom, um aplicativo de videoconferência, para o primeiro encontrinho virtual dos apoiadores do projeto. E foi tão bacana que vai rolar outro em breve! — para participar do nosso financiamento continuado (e ver as metas ambiciosas, recompensas novas, vídeo do Mercv filhote), é só clicar aqui.

Michele Strohschein sugeriu o Telegram e eu finalmente criei um canal! Quem quiser receber o +Gatoca por lá, com infos de bastidores que nem sempre vem para cá, basta instalar o aplicativo no celular e entrar por este link. Diferente do WhatsApp, só eu posso mandar mensagens (duas por semana, no máximo) e os números de telefone ficam ocultos.

O que é mais um byte para esta jornalista quarentona que está quase topando ler no Kindle? Pois Aline Fagundes me apresentou ao PicPay, uma espécie de carteira digital, e agora vocês também podem ajudar o projeto nesse formato. Para transferir qualquer valor, procurem @bialevischi — ainda estou pesquisando como criar assinaturas (demorei dez dias para tirar a foto do cadastro).

Quem tiver outras sugestões guarde para o segundo semestre. rs

29.1.20

Seu bicho mastiga tudo que vê pela frente?

Simba era fã de papelão. Do sabor do papelão! Rasgava com os dentes e mastigava pedacinho por pedacinho, como se degustasse uma iguaria. A compulsão passou antes que eu ouvisse falar em síndrome de pica. Caracterizada pela ingestão frequente de coisas não comestíveis, a doença pode provocar irritação, intoxicação, asfixia, traumatismo dentário e até perfuração no trato gastrointestinal.

Encabeçando as principais causas, está a má alimentação. O bicho procura os nutrientes que faltam ao organismo, geralmente fibras e minerais, devorando sacolas, tecidos e papéis que encontra pela casa. Mas enfermidades como anemia, diabetes e FIV (aids felina), situações estressantes, discussões familiares, falta de atividades estimulantes e genética (oi, siameses!) também podem influenciar.

O tratamento não inclui castigos, já que os animais não têm nossa capacidade de compreensão de mundo. E não adianta investir em cheiros desagradáveis, porque novos objetos serão descobertos. O segredo é mesmo comprar ração de boa qualidade, brincar com seu amigo pelo menos uma vez por dia, entreter os bichanos com prateleiras e arranhadores, e os cachorros com passeios pelo bairro. E, para garantir, sumir com produtos tóxicos.


* Texto escrito para o Yahoo!

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24.1.20

O gato mais figura do universo!

Você espera a semana inteira pelo dia da leitura na rede — privilégios do interior. Escolhe um livro de 600 páginas para provar que as redes sociais não derreteram seu cérebro. Ajeita num banquinho a garrafa de água, assim não precisa levantar, e o rolo de papel higiênico para a alergia dos gatos — que são nove. Dá aquela última olhada no celular. #guilty

As 108 histórias vão se desdobrando sem nenhuma resolução. A jornalista do título morreu mesmo. O único movimento que seu corpo, que passou a economizar nas piscadas, faz é virar as páginas. Você até sente uns arranhões suaves, mas ignora. Outra pessoa será assassinada. Quando a garra belisca a carne, seus olhos instintivamente se deslocam para a criatura felina. Nesta posição:

22.1.20

Três presentes históricos!

Quando você tem um projeto que atravessa a década (12 anos e meio, para ser mais exata), recebe mensagem da Marianna Ulbrik contando que via a mãe ler os posts, se formou veterinária anestesista e hoje acompanha o Gatoca também. Encontra e-mails trocados em 2010 com a Cristina Rebouças, que naquela época tocava o Gatinhos de Salvador.

Ainda serve de referência para a Lorena da Fonseca, que sabia de cor o texto sobre toxoplasmose do blog e ficou indignada com a entrevista equivocada do presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia para o Drauzio Varella, quando preparava a aula do Núcleo de Consciência Negra, na Universidade de São Paulo (USP).

Essas queridas estrelaram o Gramado da Fama de dezembro com a Clara, mostrando que o melhor presente (de Natal, férias, Dia Mundial do Disco Voador) é investir no despioramento do mundo — antes que não sobre nada. Janeirão, aliás, o mês da conta negativa, está sem apoiador novo!


Clara tem um carcinoma avançado e segue acompanhada pela vet

Vejam as recompensas do nosso financiamento continuado! Assinaturas a partir de R$ 15, por exemplo, dão acesso ao "netflix" do Gatoca, com vídeos exclusivos. Sexta-feira estreia o segundo! ─ não esqueçam de cadastrar no catálogo de endereços o e-mail do Catarse (contato@catarse.me) e o meu (bialevischi@yahoo.com.br) para as mensagens não caírem na caixa de spam!

Obrigada Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo...

...Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Roberta Roque Baradel, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo e Paulo André Munhoz, por seguirem juntinho em 2020! ❤

17.1.20

Pandora veio me visitar!

Ela descasava no gramado da Rose, ao lado da Zelda, sua amada arqui-inimiga (que também já partiu), e, quando me via chegar, levantava com dificuldade para fazer a festa de sempre — capricornianos são pé-no-chão até sonhando. Acordei perplexa e fui confirmar no celular: 17 de janeiro de 2020, sua 11ª primeira primavera!

Há exatos 11 anos, a gente aportava na casa da Rose e do Detlev, depois de uma jornada exaustiva — com quase morte, gaiolinha no veterinário, doação para o Brooklin, parto e morte dos bebês, ameaça de eutanásia (que nem contei aqui), devolução, sítio em São Roque (uma roubada, da qual também poupei vocês).

E Pandora ganhou um recomeço de cinema, compartilhado visita a visita neste blog — até que nos mudamos de vez para Sorocaba. Nessa década, que passou tão rápido, ela não economizou gratidão. Em forma de pulos desequilibradores, lambidas, cabeçadas, colos desengonçados, se achando gato.

Hoje, sou eu quem agradece as "notícias". Em algum lugar, distante do coração amassado, está tudo bem.


Epopeia da Pandora:

:: Caixa de esperança
:: Casa de esperança
:: Nascimento da ninhada
:: Morte da ninhada
:: Devolução
:: Boletim - 28 de novembro
:: Boletim - 1º de dezembro
:: Boletim - 8 de dezembro
:: Sítio temporário
:: Doação de conto de fadas
:: Primeira primavera
:: Segunda primavera
:: Festa em Sorocaba
:: Terceira primavera
:: Quarta primavera
:: Quinta primavera
:: Sexta primavera
:: Sétima primavera
:: Oitava primavera
:: Nona primavera (atrasada), com vídeo!
:: Décima (e última) primavera
:: Fim

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14.1.20

Sobre coalas e lápis de cor

Eu já contei aqui que meus irmãos cresceram pedindo um cachorro aos nossos pais, enquanto eu não fazia a menor questão de ter um bicho de estimação — pelo contrário: sentia um misto de medo e nojinho quando os peludos dos nossos amigos pulavam em mim. E eles sempre pulavam, mesmo que houvesse outras 20 opções no recinto.

Acontece que os incêndios recentes na Austrália me fizeram lembrar que eu sonhava era com um coala! Não porque eles parecessem extremamente fofos, comessem folhinhas de eucalipto ou vivessem agarrados com seus filhotes. Mas porque habitavam as caixas de lápis de cor, uma das minhas maiores riquezas de infância.

Aos poucos, a gente vai destruindo a natureza, os animais, nossa capacidade de criar futuros.


Coalinha órfão encontra refúgio em Asha, na madrugada australiana de 2018, para enfrentar os 5ºC

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