Nestas quase duas décadas de gateira, Mercvrivs foi filho único por apenas quatro meses. E, em um ano e meio, eu, que não gostava de animais, já havia juntado dez gatos ― mais nove temporários compartilharam simultaneamente a casa com eles (sem contato direto), além de dois cachorros (Marley no quintal e Pandora no veterinário, depois no hotelzinho).
Isso quer dizer que estou acostumada a trapezistas, cuspidores de fogo, mágico serrando a ajudante ao meio, não a saber de quem são todos os cocôs, xixis, vômitos e espirros de madrugada. Ou a cuidar de um único ser vivo, sem outros três doentes demandando. Muito menos a comprar um brinquedinho 100% fracassado porque não pôde ser repassado.
P.S.: vi essas molinhas no canal de um veterinário espanhol e, com o tigrinho xófen dele, elas fazem o maior sucesso. Guardei para testar com o Intrú, quando ele não morar mais em um chão de grama ― e elas conseguirem rolar.
Gatoca
Educação, sensibilização e mobilização pelos animais
13.11.24
Vou te receitar um Cluboca do Livro!
Neste 2024 de tantas perdas, o Gatoca conseguiu juntar dois band-aids para a alma: literatura e gatos. O Cluboca do Livro pretende ser um espaço seguro e acolhedor para viver outras histórias, cair na risada junto, se emocionar. Nosso grupo no WhatsApp já tem 25 integrantes e o primeiro encontro (por videoconferência) está agendado para o dia 8 de dezembro, um domingo, às 17h.
Jujuba encarou com desconfiança a transformação do dom de seu povo em mercadoria, mas Vou te Receitar um Gato, best-seller japonês de Syou Ishida, foi indicado pela Cora Rónai, gateira e jornalista das antigas, na coluna d'O Globo.
Ainda dá tempo de participar, basta assinar a recompensa de R$ 15 no Catarse, providenciar sua versão favorita da obra (em papel ou digital) e escolher uma bebida (chimarrão, suco verde, chá de cogumelo, drink com guarda-chuvinha) para acompanhar o bate papo.
Jujuba encarou com desconfiança a transformação do dom de seu povo em mercadoria, mas Vou te Receitar um Gato, best-seller japonês de Syou Ishida, foi indicado pela Cora Rónai, gateira e jornalista das antigas, na coluna d'O Globo.
Ainda dá tempo de participar, basta assinar a recompensa de R$ 15 no Catarse, providenciar sua versão favorita da obra (em papel ou digital) e escolher uma bebida (chimarrão, suco verde, chá de cogumelo, drink com guarda-chuvinha) para acompanhar o bate papo.
6.11.24
Saudade
Ainda não acredito que você e Jujuba, as irmãs mais ariscas da ninhada parida em casa, ficaram por último ― 17 anos e 5 meses e meio, no seu caso. E que a frajolinha assustada que criou asas para grudar no teto de tela, em Sorocaba, quando o entregador passou com as telhas pelo quintal, terminaria no colo. Ronronando.
Leo dizia que você tinha cara de brava, mas a culpa era do cavanhaque. Você sofria de timidez ― aparecia pouco no blog e, mesmo assim, virou folder, lembra? Gostava de ficar no modem quentinho durante o inverno e embaixo do edredom no calor de 32ºC.
Em Araçoiaba, porém, brilhou ― para além do pelo impecável. Com 16 anos, enfrentava a ponte bamba do parquinho vertical (que nos rendeu uma obra) para procurar croquetes, ganhando o apelido geriátrico de Cocreta. Caçou seu primeiro insetinho (pobre grilo). E aprendeu a miar na porta do quarto quando perdeu metade da família biológica.
Aqui também sofreu o ataque do Intrú no gatil e tudo desandou. Entre o abscesso de agosto de 2023 e os vômitos de sangue (as diarreias explosivas viriam depois), comecei o rascunho desta despedida. O arquivo marcava 28 de fevereiro!
Como no dia em que escapou da mordida do Marley andando pelas paredes de São Bernardo, hábito "Matrix" que levaria contigo em todas as nossas mudanças de cidade, você fugiu da morte desviando pelas paredes metafóricas de 2024 ― enterrou Chocolate e Pimenta, que nem ruins estavam, apesar de renais.
E demandou uma jornada quase integral de cuidados, que eu constatava sempre que recebia o relatório do celular ― Youtube para as tarefas mecânicas, WhatsApp para conversar com o veterinário, alarmes para encaixar a rotina em blocos de 40 minutos (os intervalos das seringadas de comida).
Se o ataque do Intrú acelerou sua partida, ele se redimiu emprestando a energia que faria falta à Jujuba, porque você passou a dividir a porta de vidro da lavanderia com o gorducho ― só que do lado certo. E Jujuba acolhia seu 1,7 kg nas madrugadas.
Em um momento, a derrota parecia iminente, no outro você ressuscitava para perseguir um lagartinho no terreno. Desencanei da alopatia, do soro e enchi o armário do lavabo, aquele cujo barulho te fazia vir correndo, com sachês gordurentos, que segui batendo no blender ― dá para acreditar que não aceitava bem a ração úmida antes?
E assim você foi apagando no seu tempo ― a doença renal crônica não conseguiu te desidratar, deixar o hálito fétido ou roubar o apetite amarelando as mucosas. Mas causou um déficit metabólico que tornou os nutrientes da última semana inúteis.
Insegurança na caminhada, xixi fora do banheiro (que você já confundiu com restaurante!), meio pacote de fraldas de bebê ― e miadinhos (que agora me desmontam como alucinação auditiva) para virar de lado no sofá, ganhar mais comida ou uma forcinha com o cocô.
Ontem de manhã, quando o sol rasgou uma trégua nos dias chuvosos, senti que estava esperando para se despedir do jardim. E testemunhei uma última ressurreição:
Você travou a boca para o sachê favorito, conquistou o direito de dormir na cama com minha alergia a gatos (Jujuba de vigília na porta) e, às 2h, amolecida no meu peito exausto, esticou determinada os bracinhos para o alto, como se abraçasse alguém, depois apertou-os contra minha mão.
Leo dizia que você tinha cara de brava, mas a culpa era do cavanhaque. Você sofria de timidez ― aparecia pouco no blog e, mesmo assim, virou folder, lembra? Gostava de ficar no modem quentinho durante o inverno e embaixo do edredom no calor de 32ºC.
Em Araçoiaba, porém, brilhou ― para além do pelo impecável. Com 16 anos, enfrentava a ponte bamba do parquinho vertical (que nos rendeu uma obra) para procurar croquetes, ganhando o apelido geriátrico de Cocreta. Caçou seu primeiro insetinho (pobre grilo). E aprendeu a miar na porta do quarto quando perdeu metade da família biológica.
Aqui também sofreu o ataque do Intrú no gatil e tudo desandou. Entre o abscesso de agosto de 2023 e os vômitos de sangue (as diarreias explosivas viriam depois), comecei o rascunho desta despedida. O arquivo marcava 28 de fevereiro!
Como no dia em que escapou da mordida do Marley andando pelas paredes de São Bernardo, hábito "Matrix" que levaria contigo em todas as nossas mudanças de cidade, você fugiu da morte desviando pelas paredes metafóricas de 2024 ― enterrou Chocolate e Pimenta, que nem ruins estavam, apesar de renais.
E demandou uma jornada quase integral de cuidados, que eu constatava sempre que recebia o relatório do celular ― Youtube para as tarefas mecânicas, WhatsApp para conversar com o veterinário, alarmes para encaixar a rotina em blocos de 40 minutos (os intervalos das seringadas de comida).
Se o ataque do Intrú acelerou sua partida, ele se redimiu emprestando a energia que faria falta à Jujuba, porque você passou a dividir a porta de vidro da lavanderia com o gorducho ― só que do lado certo. E Jujuba acolhia seu 1,7 kg nas madrugadas.
Em um momento, a derrota parecia iminente, no outro você ressuscitava para perseguir um lagartinho no terreno. Desencanei da alopatia, do soro e enchi o armário do lavabo, aquele cujo barulho te fazia vir correndo, com sachês gordurentos, que segui batendo no blender ― dá para acreditar que não aceitava bem a ração úmida antes?
E assim você foi apagando no seu tempo ― a doença renal crônica não conseguiu te desidratar, deixar o hálito fétido ou roubar o apetite amarelando as mucosas. Mas causou um déficit metabólico que tornou os nutrientes da última semana inúteis.
Insegurança na caminhada, xixi fora do banheiro (que você já confundiu com restaurante!), meio pacote de fraldas de bebê ― e miadinhos (que agora me desmontam como alucinação auditiva) para virar de lado no sofá, ganhar mais comida ou uma forcinha com o cocô.
Ontem de manhã, quando o sol rasgou uma trégua nos dias chuvosos, senti que estava esperando para se despedir do jardim. E testemunhei uma última ressurreição:
Você travou a boca para o sachê favorito, conquistou o direito de dormir na cama com minha alergia a gatos (Jujuba de vigília na porta) e, às 2h, amolecida no meu peito exausto, esticou determinada os bracinhos para o alto, como se abraçasse alguém, depois apertou-os contra minha mão.
31.10.24
4 explicações para os fantasmas que seu gato vê
Eu costumo brincar que se uma criatura do além resolver me assombrar, vai precisar se esforçar mais do que os bigodes, que passaram quase duas décadas fazendo barulhos estranhos e parando em posições bizarras ― Jujuba agora deu para conversar com a parede, mas ela tem 17 anos e meio. rs
A justificativa que todo gateiro conhece para esses comportamentos aparentemente inexplicáveis dos bichanos é inseto, primeiro tópico da nossa listinha. Mas o veterinário espanhol Carlos Gutierrez, do canal Mascotas y Familias Felices, pontua também outras causas, que achei interessante trazer neste Dia das Bruxas.
Vibrações misteriosas
Os felinos conseguem detectar movimentos sutis, como correntes de ar, porque seus bigodes e sobrancelhas possuem vasos sanguíneos e terminações nervosas. Isso permite que notem a presença de um passarinho ou uma borboleta que ainda não entraram no nosso radar.
Audição supersônica
Sua capacidade auditiva muito mais desenvolvida do que a nossa, aliada à habilidade de girar as orelhas na direção do som, possibilita escutar frequências que o ouvido humano nem sonha em captar.
Surdez seletiva
Sim, seu gato te ignora de propósito. Esse poder de isolar ruídos de fundo, a que estão acostumados, para focar nos novos faz com que prestem atenção apenas no que interessa ― provavelmente algo para o qual a gente não daria a menor bola.
Câmera lenta
Por quanto tempo você olharia uma preguiça atravessando a rua? Pois é assim, em slow motion, que os peludos enxergam movimentos super-rápidos para nós, como o bater das asas de um beija-flor ― uma vantagem na natureza, já que permite se antecipar a possíveis ataques. Uma janela, para eles, dificilmente é apenas uma janela.
E por que as esquisitices acontecem sempre à noite, hora favorita dos fantasmas? Porque os bichanos são crepusculares, ou seja, ficam mais ativos ao cair da noite, nossas luzes atraem mais insetos e as sombras que eles produzem ainda criam efeitos mágicos.
Os estudos que embasaram o vídeo estão em inglês e espanhol, por isso não linkei no texto. Mas seguem abaixo:
:: The advantages of a tapered whisker
:: Effects of continuous noise backgrounds on rate response of auditory nerve fibers in cat
:: El mundo en "cámara lenta" de los animales pequeños
:: Chasing perception in domestic cats and dogs
A justificativa que todo gateiro conhece para esses comportamentos aparentemente inexplicáveis dos bichanos é inseto, primeiro tópico da nossa listinha. Mas o veterinário espanhol Carlos Gutierrez, do canal Mascotas y Familias Felices, pontua também outras causas, que achei interessante trazer neste Dia das Bruxas.
Vibrações misteriosas
Os felinos conseguem detectar movimentos sutis, como correntes de ar, porque seus bigodes e sobrancelhas possuem vasos sanguíneos e terminações nervosas. Isso permite que notem a presença de um passarinho ou uma borboleta que ainda não entraram no nosso radar.
Audição supersônica
Sua capacidade auditiva muito mais desenvolvida do que a nossa, aliada à habilidade de girar as orelhas na direção do som, possibilita escutar frequências que o ouvido humano nem sonha em captar.
Surdez seletiva
Sim, seu gato te ignora de propósito. Esse poder de isolar ruídos de fundo, a que estão acostumados, para focar nos novos faz com que prestem atenção apenas no que interessa ― provavelmente algo para o qual a gente não daria a menor bola.
Câmera lenta
Por quanto tempo você olharia uma preguiça atravessando a rua? Pois é assim, em slow motion, que os peludos enxergam movimentos super-rápidos para nós, como o bater das asas de um beija-flor ― uma vantagem na natureza, já que permite se antecipar a possíveis ataques. Uma janela, para eles, dificilmente é apenas uma janela.
E por que as esquisitices acontecem sempre à noite, hora favorita dos fantasmas? Porque os bichanos são crepusculares, ou seja, ficam mais ativos ao cair da noite, nossas luzes atraem mais insetos e as sombras que eles produzem ainda criam efeitos mágicos.
Os estudos que embasaram o vídeo estão em inglês e espanhol, por isso não linkei no texto. Mas seguem abaixo:
:: The advantages of a tapered whisker
:: Effects of continuous noise backgrounds on rate response of auditory nerve fibers in cat
:: El mundo en "cámara lenta" de los animales pequeños
:: Chasing perception in domestic cats and dogs
27.10.24
Um ano do gato que eu não sabia que precisava
Olhando para uma das muitas cicatrizes feitas pela falta de noção dos bigodes, me toquei que o único gato que me atacou dez vezes não deixou marca nenhuma ― quer dizer, tenho um rasgo no braço de tentar fechar a porta da lavanderia antes de ele conseguir entrar, mas a incompetência foi toda minha.
O frajola de patinhas de elefante chegou como Intruso, batendo primeiro na Keka, ao invadir o gatil, depois na Pimenta, que aproveitou um descuido do Leo para sair no terreno. Virou Intrú quando passei vergonha para castrá-lo. E agora me olha com vergonha sempre que troco Intrusinho por Frufruzinho ― os caninos e as garras finalmente se limitaram aos ratinhos.
E lagartinhos.
E pererecas.
E passarinhos.
E um coelho, que ninguém sabe como escalou 2 m de muro.
E quase que o Airbnb de saruês.
Outubro, mês do nascimento do Mercv (que já não está mais por aqui) e da partida do Simba, precisava de um desempate. E eu precisava de um respiro na rotina puxada de doença e morte da gangue idosa. Quando sento derrotada lá fora, ele me remonta ganhando cafuné de boca aberta, amassando pãozinho no colo, babando no cobertor.
Ou me faz rir usando a casinha do jeito errado, tomando água pendurado no balde, disfarçando as estratégias de caça fracassadas, roubando meu tapetinho de ioga.
E esta piscadela de malandro carioca?
Não tem tempo ruim com quem transforma pedra em travesseiro. O gorducho ainda me obriga a exercitar a flexibilidade porque se encasqueta com algo, ninguém demove. Bateu 6,1 kg (o dobro da época do resgate!) depois que descobriu uma fonte de comida porcaria no bairro ― digo porcaria porque a criatura passou a rejeitar a ração úmida natural. E só emagreceu (500 g) quando tive a ideia de misturar o molho da Pet Delícia na ração seca super premium.
Muita gente acha que protetor doa os bichos de que não gosta e não há impressão mais equivocada. É preciso amar para reconhecer que o outro merece mais ― uma casa em que a FeLV não impeça de morar do lado de dentro, com aquecimento nas madrugadas frias, brinquedinho livre de formigas, sem riscos de atropelamento.
Enquanto esse dia não chega, ele tem salvo os meus ❤️ ― obrigada, madrinhas, pela acolhida dupla!
O frajola de patinhas de elefante chegou como Intruso, batendo primeiro na Keka, ao invadir o gatil, depois na Pimenta, que aproveitou um descuido do Leo para sair no terreno. Virou Intrú quando passei vergonha para castrá-lo. E agora me olha com vergonha sempre que troco Intrusinho por Frufruzinho ― os caninos e as garras finalmente se limitaram aos ratinhos.
E lagartinhos.
E pererecas.
E passarinhos.
E um coelho, que ninguém sabe como escalou 2 m de muro.
E quase que o Airbnb de saruês.
Outubro, mês do nascimento do Mercv (que já não está mais por aqui) e da partida do Simba, precisava de um desempate. E eu precisava de um respiro na rotina puxada de doença e morte da gangue idosa. Quando sento derrotada lá fora, ele me remonta ganhando cafuné de boca aberta, amassando pãozinho no colo, babando no cobertor.
Ou me faz rir usando a casinha do jeito errado, tomando água pendurado no balde, disfarçando as estratégias de caça fracassadas, roubando meu tapetinho de ioga.
E esta piscadela de malandro carioca?
Não tem tempo ruim com quem transforma pedra em travesseiro. O gorducho ainda me obriga a exercitar a flexibilidade porque se encasqueta com algo, ninguém demove. Bateu 6,1 kg (o dobro da época do resgate!) depois que descobriu uma fonte de comida porcaria no bairro ― digo porcaria porque a criatura passou a rejeitar a ração úmida natural. E só emagreceu (500 g) quando tive a ideia de misturar o molho da Pet Delícia na ração seca super premium.
Muita gente acha que protetor doa os bichos de que não gosta e não há impressão mais equivocada. É preciso amar para reconhecer que o outro merece mais ― uma casa em que a FeLV não impeça de morar do lado de dentro, com aquecimento nas madrugadas frias, brinquedinho livre de formigas, sem riscos de atropelamento.
Enquanto esse dia não chega, ele tem salvo os meus ❤️ ― obrigada, madrinhas, pela acolhida dupla!
23.10.24
Natureza selvagem como a gata
Aqui, ninguém compra calça jeans rasgada para acompanhar a moda ― a gente usa até rasgar organicamente. E de que adianta ter um gatil poser, com grama aparadinha, se Jujuba é roots? Eu ainda posso usar a estratégia do (des)prefeito de São Paulo e culpar as chuvas pelo crescimento mais rápido das sementes do que damos conta de cortar.
Ração, latinha e escovação, no entanto, estão em dia ― assim como as dez rodadas de comida na seringa para a Keka, que também aproveita a parte proibida do terreno. Quem compartilha com elas esta versão selvagem do Gramado da Fama é a tutora de outro idoso, a Caroline Rocha ― Nicolau chegou aos 16 anos demandando cuidados intensivos e ela queria "trocar com gente em jornadas parecidas e empatia especial por também serem pessoas de gatos".
No Cluboca, a paulistana foi acolhida pelos apoiadores maravilhosos do Gatoca, que não canso de agradecer: Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Fernanda Leite Barreto...
... Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura...
...Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim, Elisângela Dias, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Sandra Malacrida, Vera e Gabriela Fromme, Lucia Trindade e Aline Silva, um aperto a distância! 🤗
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp? Ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivo — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos de projeto. ❤)
Ração, latinha e escovação, no entanto, estão em dia ― assim como as dez rodadas de comida na seringa para a Keka, que também aproveita a parte proibida do terreno. Quem compartilha com elas esta versão selvagem do Gramado da Fama é a tutora de outro idoso, a Caroline Rocha ― Nicolau chegou aos 16 anos demandando cuidados intensivos e ela queria "trocar com gente em jornadas parecidas e empatia especial por também serem pessoas de gatos".
No Cluboca, a paulistana foi acolhida pelos apoiadores maravilhosos do Gatoca, que não canso de agradecer: Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Fernanda Leite Barreto...
... Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura...
...Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim, Elisângela Dias, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Sandra Malacrida, Vera e Gabriela Fromme, Lucia Trindade e Aline Silva, um aperto a distância! 🤗
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp? Ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivo — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos de projeto. ❤)
18.10.24
Gatificação: arranhar sem destruir a casa| EG #33
Seu coração acelera quando o gato bota as garras para fora perto do sofá? Esse hábito de arranhar objetos pode ser um estorvo para nós, humanos, mas é essencial aos peludos, porque permite que alonguem os músculos das costas e do peito, desestressem e se livrem das camadas soltas de unha.
Arranhões ainda marcam posse e ajudam a misturar o cheiro deles ao nosso e de outros animais, indicando que compartilhamos o mesmo território ― assim como a gente deixa a casa com a nossa cara usando móveis, quadros e lembranças, os bichanos decoram o ambiente com sinais visuais e olfativos, que gostam de manter frescos. Isso dá a sensação de segurança.
O que você precisa é descobrir a melhor forma de substituir o sofá, perfeito para a função pelo material, estrutura firme e localização em espaço socialmente significativo ― além de ter o cheirinho da família. Sim, essas características podem se unir em um arranhador pensado exclusivamente para felinos!
Na hora de escolher, Jackson Galaxy, autor de O Encantador de Gatos, livro que inspira esta série, aconselha a considerar os seguintes critérios:
Formato
Seu amigo prefere superfícies horizontais, como tapetes, ou verticais como a lateral do pobre do sofá? ― há aqueles que não fazem distinção.
Tamanho
O peludo precisa conseguir se esticar e sentir que o arranhador não vai cair na cabeça dele ― se balançar, o sofá ganha.
Textura
Sisal, juta, madeira, cortiça, carpete, papelão ou qualquer material em que ele enfie a unha tende a funcionar. Ofereça opções ou copie o que já está destruído.
Localização
Não adianta esconder o arranhador na lavanderia, onde não fica ninguém. Lembra que osgat bichanos marcam objetos socialmente significativos? Melhor ainda se tiver vários modelos espalhados pela casa.
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp? Ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivo — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos de Gatoca. ❤)
CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: E dormem menos do que parece
CAPÍTULO 23: Qual é o arquétipo do seu bichano?
CAPÍTULO 24: Identifique os lugares de confiança dele
CAPÍTULO 25: Gato medroso: faça do esconderijo casulo!
CAPÍTULO 26: 13 curiosidades felinas
CAPÍTULO 27: Existe bichano dominante (ou alfa)?
CAPÍTULO 28: A importância dos três Rs para um gato
CAPÍTULO 29: Três Rs: o jeito infalível de brincar
CAPÍTULO 30: Três Rs: como alimentar a gatitude
CAPÍTULO 31: Três Rs: limpeza e sono felinos
CAPÍTULO 32: Gatificação: um lugar para onde voltar
CAPÍTULO 34: Gatificação: planejamento urbano (estreia no dia 15 de novembro!)
Arranhões ainda marcam posse e ajudam a misturar o cheiro deles ao nosso e de outros animais, indicando que compartilhamos o mesmo território ― assim como a gente deixa a casa com a nossa cara usando móveis, quadros e lembranças, os bichanos decoram o ambiente com sinais visuais e olfativos, que gostam de manter frescos. Isso dá a sensação de segurança.
O que você precisa é descobrir a melhor forma de substituir o sofá, perfeito para a função pelo material, estrutura firme e localização em espaço socialmente significativo ― além de ter o cheirinho da família. Sim, essas características podem se unir em um arranhador pensado exclusivamente para felinos!
Na hora de escolher, Jackson Galaxy, autor de O Encantador de Gatos, livro que inspira esta série, aconselha a considerar os seguintes critérios:
Formato
Seu amigo prefere superfícies horizontais, como tapetes, ou verticais como a lateral do pobre do sofá? ― há aqueles que não fazem distinção.
Tamanho
O peludo precisa conseguir se esticar e sentir que o arranhador não vai cair na cabeça dele ― se balançar, o sofá ganha.
Textura
Sisal, juta, madeira, cortiça, carpete, papelão ou qualquer material em que ele enfie a unha tende a funcionar. Ofereça opções ou copie o que já está destruído.
Localização
Não adianta esconder o arranhador na lavanderia, onde não fica ninguém. Lembra que osgat bichanos marcam objetos socialmente significativos? Melhor ainda se tiver vários modelos espalhados pela casa.
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp? Ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivo — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos de Gatoca. ❤)
CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: E dormem menos do que parece
CAPÍTULO 23: Qual é o arquétipo do seu bichano?
CAPÍTULO 24: Identifique os lugares de confiança dele
CAPÍTULO 25: Gato medroso: faça do esconderijo casulo!
CAPÍTULO 26: 13 curiosidades felinas
CAPÍTULO 27: Existe bichano dominante (ou alfa)?
CAPÍTULO 28: A importância dos três Rs para um gato
CAPÍTULO 29: Três Rs: o jeito infalível de brincar
CAPÍTULO 30: Três Rs: como alimentar a gatitude
CAPÍTULO 31: Três Rs: limpeza e sono felinos
CAPÍTULO 32: Gatificação: um lugar para onde voltar
CAPÍTULO 34: Gatificação: planejamento urbano (estreia no dia 15 de novembro!)
11.10.24
Saruoca: o dia em que Intrú desmantelou um Airbnb
Quando Intrú encasqueta com um bichinho, não tem ração, carinho ou brinquedinho que tire o foco. E foi assim que ele se plantou ao lado do buraco que conecta a fiação elétrica da nossa casa ao poste de luz, esquecido aberto pelo Leo no último domingo.
Na escuridão do interior, enxerguei um ratinho lá no fundo, fiz uma barricada para protegê-lo durante a madrugada e Leo jogou uma banana antes de ir para São Paulo, na manhã seguinte, que desapareceu quase instantaneamente.
Sozinha com o gato e o rato, que na verdade era um saruê, apelei à Defesa Civil (199). Das 10h24 às 11h11, o agente Barros pescou folhas, fios, um filhote, o pai, a mãe e outro filhote acoplado na bolsinha!
Eu participei com interjeições, água e amoras. A família sortuda rumou para o centro de reabilitação de Araçoiaba da Serra, onde passará por exames para mapear o total de bebês, paridos ou não.
O gorducho nem se importou com a movimentação. Mas, à noite, lamentou a partida do jantar.
Na escuridão do interior, enxerguei um ratinho lá no fundo, fiz uma barricada para protegê-lo durante a madrugada e Leo jogou uma banana antes de ir para São Paulo, na manhã seguinte, que desapareceu quase instantaneamente.
Sozinha com o gato e o rato, que na verdade era um saruê, apelei à Defesa Civil (199). Das 10h24 às 11h11, o agente Barros pescou folhas, fios, um filhote, o pai, a mãe e outro filhote acoplado na bolsinha!
Eu participei com interjeições, água e amoras. A família sortuda rumou para o centro de reabilitação de Araçoiaba da Serra, onde passará por exames para mapear o total de bebês, paridos ou não.
O gorducho nem se importou com a movimentação. Mas, à noite, lamentou a partida do jantar.
9.10.24
Gatoca lança um clube do livro diferente!
Com os cuidados que os bigodes idosos andam demandando e o dinheiro tão apertado quanto o coração, não viajo há mais de cinco anos ― nem bate e volta para a praia. E o que tem salvado meus dias são os livros. Sem sair de casa, posso investigar assassinatos com outros velhinhos, dançar balé em Paris, ser roteirista de programa de TV, dormir num quarto que se molda ao meu humor ― essa talvez não fosse uma boa ideia agora. rs
Na maioria das vezes, nem gasto nada porque aproveito o acervo da Biblion, do Skeelo (que vem no plano de celular) e as promoções agressivas de e-book da Amazon (precisa garimpar). Achei, então, que seria legal compartilhar esse passatempo com quem também gosta de gato.
O Cluboca do Livro nasceu no nosso grupo de apoiadores, como um espaço para viver outras histórias, cair na risada junto, se emocionar e culpar o clima seco. Mas ganhará um puxadinho exclusivo, dentro da comunidade do Gatoca. E vocês podem participar só dele, assinando a recompensa de R$ 15 no Catarse. A única exigência, além de providenciar o livro, é escolher uma bebida para acompanhar o bate papo ― vale chimarrão, suco verde, chá de cogumelo, drink com guarda-chuvinha. :)
Começaremos por Vou te receitar um gato, best-seller japonês de Syou Ishida, que não está na foto porque ainda não comprei. Foi uma indicação da Cora Rónai, em sua coluna n'O Globo sobre healing literature, a "literatura de cura" surgida com a pandemia para quem não aguentava mais o clima de fim de mundo, cheia de livrarias, bibliotecas, cafés, lojinhas de conveniência e felinos.
E fiz questão de estabelecer um tempo de leitura é generoso (dois meses), porque todo mundo já se massacra para cumprir outros cronogramas. No começo de dezembro, então, a gente se encontra por videoconferência ― fiquem de olho no e-mail automático que o Catarse envia com o link para entrar no grupo!
Na maioria das vezes, nem gasto nada porque aproveito o acervo da Biblion, do Skeelo (que vem no plano de celular) e as promoções agressivas de e-book da Amazon (precisa garimpar). Achei, então, que seria legal compartilhar esse passatempo com quem também gosta de gato.
O Cluboca do Livro nasceu no nosso grupo de apoiadores, como um espaço para viver outras histórias, cair na risada junto, se emocionar e culpar o clima seco. Mas ganhará um puxadinho exclusivo, dentro da comunidade do Gatoca. E vocês podem participar só dele, assinando a recompensa de R$ 15 no Catarse. A única exigência, além de providenciar o livro, é escolher uma bebida para acompanhar o bate papo ― vale chimarrão, suco verde, chá de cogumelo, drink com guarda-chuvinha. :)
Começaremos por Vou te receitar um gato, best-seller japonês de Syou Ishida, que não está na foto porque ainda não comprei. Foi uma indicação da Cora Rónai, em sua coluna n'O Globo sobre healing literature, a "literatura de cura" surgida com a pandemia para quem não aguentava mais o clima de fim de mundo, cheia de livrarias, bibliotecas, cafés, lojinhas de conveniência e felinos.
E fiz questão de estabelecer um tempo de leitura é generoso (dois meses), porque todo mundo já se massacra para cumprir outros cronogramas. No começo de dezembro, então, a gente se encontra por videoconferência ― fiquem de olho no e-mail automático que o Catarse envia com o link para entrar no grupo!
4.10.24
Por que ver vídeo de gatinho faz bem à saúde?
Da próxima vez que você for surpreendido rindo alto com alguma peripécia felina na internet, pode alegar que está mantendo a saúde em dia. A afirmação é do veterinário espanhol Carlos Gutierrez, que repercutiu um estudo da Universidade de Indiana, feito em 2015, com 1 mil espectadores de vídeos de gatos.
Os cientistas concluíram que esse tipo de conteúdo aumenta o bem-estar, porque provoca mais emoções positivas, principalmente alegria, diminui a ansiedade e a tristeza, já que ajuda a esquecer o estresse e os problemas do cotidiano, e ao final do processo ainda dá aquela turbinada na energia e na vitalidade.
Há quem considere até uma alternativa à terapia com animais, principalmente para crianças que têm alergia. No Japão, constataram também que os trabalhadores ficavam mais focados e atentos. Mas os benefícios se perdem quando a gente usa para procrastinar, causando o efeito o contrário de culpa e sentimento de perda de tempo. Dizem. rs
Os cientistas concluíram que esse tipo de conteúdo aumenta o bem-estar, porque provoca mais emoções positivas, principalmente alegria, diminui a ansiedade e a tristeza, já que ajuda a esquecer o estresse e os problemas do cotidiano, e ao final do processo ainda dá aquela turbinada na energia e na vitalidade.
Há quem considere até uma alternativa à terapia com animais, principalmente para crianças que têm alergia. No Japão, constataram também que os trabalhadores ficavam mais focados e atentos. Mas os benefícios se perdem quando a gente usa para procrastinar, causando o efeito o contrário de culpa e sentimento de perda de tempo. Dizem. rs
2.10.24
Entardecer (e amor na seringa)
Keka engordou 200 g. Essa informação, assim jogada, dificilmente terá o impacto desejado se vocês não souberem que a frajola passou dos 17 anos, avançada na doença renal crônica, e chegou a 1,7 kg com as diarreias explosivas ― que já conseguimos reverter.
Sim, ela está velhinha e cada vez mais fraca, mas ainda mia na porta do quarto para ganhar um carinho se me ouve ir ao banheiro de madrugada, arrisca umas lambidas no sachê que bato para dar na seringa, pede para passear no terreno ― e ressuscita para caçar um lagartinho. rs
Eu trabalho em casa, décadas antes de ser modinha, e posso oferecer esse cuidado enquanto ela quiser receber ― já escrevi sobre o difícil equilíbrio de tratar animais que ainda preservam uma essência selvagem e por que escolho sempre a abordagem menos invasiva. Também alertei sobre os riscos da alimentação forçada.
Mas acho que ficou faltando falar sobre como as seringadas de comida deram (e ainda dão) uma qualidade de vida melhor para a gangue na velhice, porque garantem a hidratação, sem precisar recorrer ao soro subcutâneo (gatos ariscos!), e amenizam outros estragos da doença renal, como a gastrite.
Para Jujuba, que está bem, faço um patê com as latinhas da Pet Delícia ― dicas para deixar lisinho aqui. Para a Keka, que não pode ficar de estômago vazio, senão vomita sangue, alterno no blender sachês de peru e peixe branco ― os únicos que têm parado na barriga. E até suco de maçã testei com a Chocolate, quando não aceitava mais o resto.
Esse é meu limite. Apesar de a comida na seringa chamar "alimentação forçada", não soco goela abaixo. Com o peludo sentado ou deitado de barriga para baixo, dou doses pequenas (às vezes, 1 ml) e bem devagar, enquanto ele vai lambendo e engolindo sozinho ― encaixo a seringa na lateral da boca, nunca no fundo. E, se o pequeno cospe ou trava os dentes, suspendo.
Na pancinha deles cabe, confortavelmente, 20 ml por vez e a digestão demora cerca de 40 minutos. Mas um bichano debilitado dificilmente conseguirá comer tudo isso, então, comece com menos. Para a Keka, tem funcionado fazer dez rodadas de 14 ml por dia, somando 140 ml. Jujuba, que ainda devora a ração seca, só recebe um reforço úmido com quatro rodadas de 20 ml ― de manhã, na hora do almoço, à tarde e à noite.
De novo: sei o privilégio que é trabalhar em casa. Qualquer alimentação úmida, porém, que vocês puderem incluir no cardápio ajuda. Em qualquer idade, inclusive. As seringadas servem para esse estágio de paladar seletivo. :)
Sim, ela está velhinha e cada vez mais fraca, mas ainda mia na porta do quarto para ganhar um carinho se me ouve ir ao banheiro de madrugada, arrisca umas lambidas no sachê que bato para dar na seringa, pede para passear no terreno ― e ressuscita para caçar um lagartinho. rs
Eu trabalho em casa, décadas antes de ser modinha, e posso oferecer esse cuidado enquanto ela quiser receber ― já escrevi sobre o difícil equilíbrio de tratar animais que ainda preservam uma essência selvagem e por que escolho sempre a abordagem menos invasiva. Também alertei sobre os riscos da alimentação forçada.
Mas acho que ficou faltando falar sobre como as seringadas de comida deram (e ainda dão) uma qualidade de vida melhor para a gangue na velhice, porque garantem a hidratação, sem precisar recorrer ao soro subcutâneo (gatos ariscos!), e amenizam outros estragos da doença renal, como a gastrite.
Para Jujuba, que está bem, faço um patê com as latinhas da Pet Delícia ― dicas para deixar lisinho aqui. Para a Keka, que não pode ficar de estômago vazio, senão vomita sangue, alterno no blender sachês de peru e peixe branco ― os únicos que têm parado na barriga. E até suco de maçã testei com a Chocolate, quando não aceitava mais o resto.
Esse é meu limite. Apesar de a comida na seringa chamar "alimentação forçada", não soco goela abaixo. Com o peludo sentado ou deitado de barriga para baixo, dou doses pequenas (às vezes, 1 ml) e bem devagar, enquanto ele vai lambendo e engolindo sozinho ― encaixo a seringa na lateral da boca, nunca no fundo. E, se o pequeno cospe ou trava os dentes, suspendo.
Na pancinha deles cabe, confortavelmente, 20 ml por vez e a digestão demora cerca de 40 minutos. Mas um bichano debilitado dificilmente conseguirá comer tudo isso, então, comece com menos. Para a Keka, tem funcionado fazer dez rodadas de 14 ml por dia, somando 140 ml. Jujuba, que ainda devora a ração seca, só recebe um reforço úmido com quatro rodadas de 20 ml ― de manhã, na hora do almoço, à tarde e à noite.
De novo: sei o privilégio que é trabalhar em casa. Qualquer alimentação úmida, porém, que vocês puderem incluir no cardápio ajuda. Em qualquer idade, inclusive. As seringadas servem para esse estágio de paladar seletivo. :)
27.9.24
Remédio manipulado para gato: quando vale a pena?
Biscoito, xarope, molho, pó, calda, pasta oral, gel transdérmico: o universo dos remédios manipulados para animais parece saído dos livros do Harry Potter e eu não fazia a mais remota ideia até precisar dividir um comprimido imune à divisão para a Keka. Conversei, então, com duas farmácias aqui de São Paulo para entender as vantagens e no Cluboca, com as apoiadoras que enfrentam os felinos, levantei as desvantagens.
É inegável que manipular um medicamento na dose exata prescrita pelo veterinário, sem necessidade de fracionamento, ajuda bastante. Não ter sabor horrível, daqueles que disparam a babação, também. Mas flavorizantes como bacon, avelã, cereja e beijinho funcionam melhor com cachorro ― nesse caso, a farmácia que usa palatabilizantes por espécie me convenceu mais. E dá para pedir sem sabor, disfarçando no petisco com que o peludo já está acostumado.
Existem, ainda, opções sem açúcar, corantes e conservantes para animais com restrições ou necessidades especiais. Já os sites que dizem que a versão manipulada pode ficar até 30% mais barata do que as tradicionais, pois não tem patente nem gerará desperdício, estão comparando com os remédios pet, que custam bem mais caro do que os equivalentes humanos.
Os valores, aliás, mudam de acordo com o princípio ativo (precisa perguntar se a farmácia trabalha com ele), a miligramagem e a quantidade (no limite da validade de cada formato). Como teste, solicitei um orçamento de mirtazapina 1 mg, metade do comprimido de Mirtz 2 mg, que sempre me dava um baile para cortar ― na verdade, eu almejava um quarto, mas acabei desistindo e ministrando em dias alternados.
As cápsulas manipuladas saem realmente mais barato. Em pasta o preço aumenta entre 10% e 20% ― até dez doses costumam vir em sachês individuais e acima disso, em uma espécie de seringa. Já para o gel transdérmico, que merece um parágrafo exclusivo, vocês desembolsarão uns 30% a mais. Xarope só não ganha da cápsula e biscoito é o mais salgado. Vale ressaltar que todos os formatos exigem receita veterinária e tratamentos longos compensam mais financeiramente.
Escrevi lá em cima que o gel transdérmico merecia um parágrafo exclusivo, né? Pois um monte de remédios (contei 59) e vitaminas (E, D, A e K) tomados via oral podem ser manipulados para passar na pele! ― com absorção mais rápida, menor irritação e toxicidade sistêmica. Keka não precisa mais da mirtazapina, mas este post pode salvar a vida dos tutores de gatos ariscos.
:: Onde encontrar
Não vou citar as farmácias porque não se trata de um post patrocinado. Mas elas têm unidades em todo o Brasil e na internet vocês conseguem pesquisar a mais próxima. Para identificar se são confiáveis, verifiquem a autorização de funcionamento na Anvisa (precisa do CNPJ) e confirmem pelo site ou embalagens dos produtos o registro do farmacêutico responsável no Conselho Regional de Farmácia (CRF).
:: Gateiras avaliam
Já usei cápsula, xarope e pasta oral. Cápsula acho bom porque dá pra manipular pequena. Xarope é para dar na boca com seringa ― tipo o de framboesa humano, só que com cheiro de ração (imagino que gosto também). Funcionava ok para minha gata, ela odiava menos. E manipulo gabapentina em pasta oral, sabor "para gatos". Nico ama e acha que é um petisco, até me lembra quando está na hora. Teve um tempo em que eu misturava no Churu e foi sucesso também.
Carolina Rocha
Fiz remédios em biscoito para Luna, a cachorra, com sabor de picanha, acho. Devia ser muito bom, pois ela comia com gosto e o Fly, que come cápsula como se fosse petisco, tentava roubar.
Liliane Molina
Pedi pra manipular a gabapentina para os três em pasta sabor de bacon. Não adiantou nada, eles nem ligaram. E tive de passar nas patinhas para lamberem. Ficaram com cheiro de bacon com sachê.
Fernanda Barreto
Nunca manipulei nos outros formatos, só o tradicional, com sabor de carne. Parece um biscoitinho e usei com cachorro mesmo. Aqui, em Santos, tem muitos lugares que vendem, isso pesa na diferença de preço.
Bárbara Santos
Trabalhei anos com manipulação e só faço para os meus gatos quando a dosagem não permite usar o industrializado ou quando o veterinário prescreve uma fórmula. Claro que cada bicho é um universo, mas eu, pessoalmente, acho que essas opções são pensadas mesmo para cachorros.
Paula Melo
Prefiro cápsula e comprimido. Xarope pode até funcionar, mas meus gatos sofriam menos com as cápsulas.
Viviane Silva
Às vezes, a fórmula transdérmica é o único jeito de dar medicação para um gato arisco. E só na manipulação mesmo ― pela forma, não pelo sabor. Lembrando que uma vet de São Paulo prescreveu uma vez uma pastinha manipulada que superfuncionava para os gatos dela, mas para a minha não rolou.
Elisângela Batista
Encomendo a mirtazapina em gel, que a pele absorve. É caro mesmo. Antes, dava gabapentina quando a Tapioca precisava ir ao veterinário, mas bem pontual. Mandava fazer o remédio líquido, com sabor de carne ou frango. Ela não gostava do mesmo jeito, mas eu dava na seringa, uma quantidade bem pequena, então era tranquilo.
Lorena Fonseca
É inegável que manipular um medicamento na dose exata prescrita pelo veterinário, sem necessidade de fracionamento, ajuda bastante. Não ter sabor horrível, daqueles que disparam a babação, também. Mas flavorizantes como bacon, avelã, cereja e beijinho funcionam melhor com cachorro ― nesse caso, a farmácia que usa palatabilizantes por espécie me convenceu mais. E dá para pedir sem sabor, disfarçando no petisco com que o peludo já está acostumado.
Existem, ainda, opções sem açúcar, corantes e conservantes para animais com restrições ou necessidades especiais. Já os sites que dizem que a versão manipulada pode ficar até 30% mais barata do que as tradicionais, pois não tem patente nem gerará desperdício, estão comparando com os remédios pet, que custam bem mais caro do que os equivalentes humanos.
Os valores, aliás, mudam de acordo com o princípio ativo (precisa perguntar se a farmácia trabalha com ele), a miligramagem e a quantidade (no limite da validade de cada formato). Como teste, solicitei um orçamento de mirtazapina 1 mg, metade do comprimido de Mirtz 2 mg, que sempre me dava um baile para cortar ― na verdade, eu almejava um quarto, mas acabei desistindo e ministrando em dias alternados.
As cápsulas manipuladas saem realmente mais barato. Em pasta o preço aumenta entre 10% e 20% ― até dez doses costumam vir em sachês individuais e acima disso, em uma espécie de seringa. Já para o gel transdérmico, que merece um parágrafo exclusivo, vocês desembolsarão uns 30% a mais. Xarope só não ganha da cápsula e biscoito é o mais salgado. Vale ressaltar que todos os formatos exigem receita veterinária e tratamentos longos compensam mais financeiramente.
Escrevi lá em cima que o gel transdérmico merecia um parágrafo exclusivo, né? Pois um monte de remédios (contei 59) e vitaminas (E, D, A e K) tomados via oral podem ser manipulados para passar na pele! ― com absorção mais rápida, menor irritação e toxicidade sistêmica. Keka não precisa mais da mirtazapina, mas este post pode salvar a vida dos tutores de gatos ariscos.
:: Onde encontrar
Não vou citar as farmácias porque não se trata de um post patrocinado. Mas elas têm unidades em todo o Brasil e na internet vocês conseguem pesquisar a mais próxima. Para identificar se são confiáveis, verifiquem a autorização de funcionamento na Anvisa (precisa do CNPJ) e confirmem pelo site ou embalagens dos produtos o registro do farmacêutico responsável no Conselho Regional de Farmácia (CRF).
:: Gateiras avaliam
Já usei cápsula, xarope e pasta oral. Cápsula acho bom porque dá pra manipular pequena. Xarope é para dar na boca com seringa ― tipo o de framboesa humano, só que com cheiro de ração (imagino que gosto também). Funcionava ok para minha gata, ela odiava menos. E manipulo gabapentina em pasta oral, sabor "para gatos". Nico ama e acha que é um petisco, até me lembra quando está na hora. Teve um tempo em que eu misturava no Churu e foi sucesso também.
Carolina Rocha
Fiz remédios em biscoito para Luna, a cachorra, com sabor de picanha, acho. Devia ser muito bom, pois ela comia com gosto e o Fly, que come cápsula como se fosse petisco, tentava roubar.
Liliane Molina
Pedi pra manipular a gabapentina para os três em pasta sabor de bacon. Não adiantou nada, eles nem ligaram. E tive de passar nas patinhas para lamberem. Ficaram com cheiro de bacon com sachê.
Fernanda Barreto
Nunca manipulei nos outros formatos, só o tradicional, com sabor de carne. Parece um biscoitinho e usei com cachorro mesmo. Aqui, em Santos, tem muitos lugares que vendem, isso pesa na diferença de preço.
Bárbara Santos
Trabalhei anos com manipulação e só faço para os meus gatos quando a dosagem não permite usar o industrializado ou quando o veterinário prescreve uma fórmula. Claro que cada bicho é um universo, mas eu, pessoalmente, acho que essas opções são pensadas mesmo para cachorros.
Paula Melo
Prefiro cápsula e comprimido. Xarope pode até funcionar, mas meus gatos sofriam menos com as cápsulas.
Viviane Silva
Às vezes, a fórmula transdérmica é o único jeito de dar medicação para um gato arisco. E só na manipulação mesmo ― pela forma, não pelo sabor. Lembrando que uma vet de São Paulo prescreveu uma vez uma pastinha manipulada que superfuncionava para os gatos dela, mas para a minha não rolou.
Elisângela Batista
Encomendo a mirtazapina em gel, que a pele absorve. É caro mesmo. Antes, dava gabapentina quando a Tapioca precisava ir ao veterinário, mas bem pontual. Mandava fazer o remédio líquido, com sabor de carne ou frango. Ela não gostava do mesmo jeito, mas eu dava na seringa, uma quantidade bem pequena, então era tranquilo.
Lorena Fonseca
25.9.24
Assisti ao Intrú quase ser atropelado!
Não, gato ir para a rua não é liberdade, nem romântico, nem bucólico. Eu escrevi uma dúzia de posts aqui no blog falando sobre guarda responsável, telas nas janelas, riscos de briga, transmissão de doenças como FIV e FeLV, envenenamento, atropelamento. Só que nunca imaginei que fosse viver esse pesadelo em primeira pessoa.
FeLV Intrú já tem, por isso mesmo não posso colocá-lo para o lado de dentro da porta de vidro da lavanderia, com minhas velhinhas. Quatro anos de vadiagem antes de descobrir Gatoca, porém, me deram o falso conforto de que ele jamais se jogaria na frente de um carro. Mas voltemos ao café da manhã em que o gorducho não apareceu cantarolando.
Chamei, cuidei da Jujuba e da Keka, reguei as plantas, fiz almoço, trabalhei e no fim da tarde saí para caminhar, quando o encontrei rolando na calçada de terra de um vizinho que fica na ponta extrema do nosso quarteirão ― do quarteirão mesmo, não da rua. Primeiro, dei risada: então é por isso que o infeliz sempre chega vermelho! Depois, apontei o celular para filmar nosso encontro inusitado.
O coitado fugiu antes de me reconhecer, só então veio pedir carinho e não demorou um minuto e meio para a tragédia só não se consumar porque no interior as pessoas tendem a parar para os animais ― principalmente se uma louca espreme os pulmões asmáticos no grito.
Voltei para casa segurando 6,1 kg de frajola com as garras atacando o ar, porque ele ficou completamente desorientado. E o botei no chão apenas quando percebi que reconheceu nosso portão ― mal dava para ver as patinhas se mexendo na corrida. Um susto triplo, porque Chicão certamente foi arrancado de sua pregação para os passarinhos.
Epopeia do Intruso
:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
FeLV Intrú já tem, por isso mesmo não posso colocá-lo para o lado de dentro da porta de vidro da lavanderia, com minhas velhinhas. Quatro anos de vadiagem antes de descobrir Gatoca, porém, me deram o falso conforto de que ele jamais se jogaria na frente de um carro. Mas voltemos ao café da manhã em que o gorducho não apareceu cantarolando.
Chamei, cuidei da Jujuba e da Keka, reguei as plantas, fiz almoço, trabalhei e no fim da tarde saí para caminhar, quando o encontrei rolando na calçada de terra de um vizinho que fica na ponta extrema do nosso quarteirão ― do quarteirão mesmo, não da rua. Primeiro, dei risada: então é por isso que o infeliz sempre chega vermelho! Depois, apontei o celular para filmar nosso encontro inusitado.
O coitado fugiu antes de me reconhecer, só então veio pedir carinho e não demorou um minuto e meio para a tragédia só não se consumar porque no interior as pessoas tendem a parar para os animais ― principalmente se uma louca espreme os pulmões asmáticos no grito.
Voltei para casa segurando 6,1 kg de frajola com as garras atacando o ar, porque ele ficou completamente desorientado. E o botei no chão apenas quando percebi que reconheceu nosso portão ― mal dava para ver as patinhas se mexendo na corrida. Um susto triplo, porque Chicão certamente foi arrancado de sua pregação para os passarinhos.
Epopeia do Intruso
:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
20.9.24
Gatificação: um lugar para onde voltar | EG #32
Na natureza, o território de um felino equivale a seis ou sete quarteirões, que precisam ser compensados quando a gente decide dividir com eles um "apertamento" ― se o mundo externo do Gato Essencial diminuir, enquanto o interno permanece igual, surgirão brigas, móveis destruídos, xixi fora da caixa.
O enriquecimento ambiental ou gatificação, como chama Jackson Galaxy, autor do livro que inspira esta série, permite construir um espaço que satisfaça as necessidades dos peludos de forma criativa, distribuindo marcações olfativas e explorando o universo vertical, sem ofender o senso estético dos donos da casa.
E tudo começa com o acampamento de base, coração do território do seu amigo. Trata-se de um porto-seguro para onde ele sempre pode retornar, minimizando o estresse em situações como mudança, obra, apresentação de um novo animal ou membro da família humana, chegada de visitas e emergências em geral.
Ao contrário do senso comum, ele deve ficar num cômodo em que os tutores passem bastante tempo, um lugar socialmente significativo, não na lavanderia, no porão ou na garagem ― e, em caso de apresentação, fora do quarto com que os veteranos estão acostumados.
E precisa de marcadores de território, ou seja, objetos em que os bichanos podem deitar, se esfregar ou arranhar para deixar seu cheiro, como caminhas, arranhadores e caixas de areia. Eles ajudam a estender esse território conforme o gato vai se acostumando com o resto da casa ― ao mudar os marcadores para ambientes próximos, sinalizamos que eles também fazem parte do seu lar.
Como saber quando o pequeno está pronto para expandir o acampamento? Quando ele demonstrar tranquilidade, explorando o espaço de rabo para cima, comendo e bebendo água normalmente, e usando os marcadores de cheiro.
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer se tornar apoiador também? Dá uma fuçada nas recompensas da campanha — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos de projeto. ❤)
CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: E dormem menos do que parece
CAPÍTULO 23: Qual é o arquétipo do seu bichano?
CAPÍTULO 24: Identifique os lugares de confiança dele
CAPÍTULO 25: Gato medroso: faça do esconderijo casulo!
CAPÍTULO 26: 13 curiosidades felinas
CAPÍTULO 27: Existe bichano dominante (ou alfa)?
CAPÍTULO 28: A importância dos três Rs para um gato
CAPÍTULO 29: Três Rs: o jeito infalível de brincar
CAPÍTULO 30: Três Rs: como alimentar a gatitude
CAPÍTULO 31: Três Rs: limpeza e sono felinos
CAPÍTULO 33: Gatificação: arranhar sem estragos (estreia no dia 18 de outubro!)
O enriquecimento ambiental ou gatificação, como chama Jackson Galaxy, autor do livro que inspira esta série, permite construir um espaço que satisfaça as necessidades dos peludos de forma criativa, distribuindo marcações olfativas e explorando o universo vertical, sem ofender o senso estético dos donos da casa.
E tudo começa com o acampamento de base, coração do território do seu amigo. Trata-se de um porto-seguro para onde ele sempre pode retornar, minimizando o estresse em situações como mudança, obra, apresentação de um novo animal ou membro da família humana, chegada de visitas e emergências em geral.
Ao contrário do senso comum, ele deve ficar num cômodo em que os tutores passem bastante tempo, um lugar socialmente significativo, não na lavanderia, no porão ou na garagem ― e, em caso de apresentação, fora do quarto com que os veteranos estão acostumados.
E precisa de marcadores de território, ou seja, objetos em que os bichanos podem deitar, se esfregar ou arranhar para deixar seu cheiro, como caminhas, arranhadores e caixas de areia. Eles ajudam a estender esse território conforme o gato vai se acostumando com o resto da casa ― ao mudar os marcadores para ambientes próximos, sinalizamos que eles também fazem parte do seu lar.
Como saber quando o pequeno está pronto para expandir o acampamento? Quando ele demonstrar tranquilidade, explorando o espaço de rabo para cima, comendo e bebendo água normalmente, e usando os marcadores de cheiro.
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer se tornar apoiador também? Dá uma fuçada nas recompensas da campanha — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos de projeto. ❤)
CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: E dormem menos do que parece
CAPÍTULO 23: Qual é o arquétipo do seu bichano?
CAPÍTULO 24: Identifique os lugares de confiança dele
CAPÍTULO 25: Gato medroso: faça do esconderijo casulo!
CAPÍTULO 26: 13 curiosidades felinas
CAPÍTULO 27: Existe bichano dominante (ou alfa)?
CAPÍTULO 28: A importância dos três Rs para um gato
CAPÍTULO 29: Três Rs: o jeito infalível de brincar
CAPÍTULO 30: Três Rs: como alimentar a gatitude
CAPÍTULO 31: Três Rs: limpeza e sono felinos
CAPÍTULO 33: Gatificação: arranhar sem estragos (estreia no dia 18 de outubro!)
13.9.24
Oficina de escrita 'hot' para gateiras!
Tudo começou com a sugestão, no nosso grupo de apoiadores, de transformar o conteúdo do Gatoca em livro ― formato que já experimentei em 2016, com o Manual do Gateiro de Segunda Viagem, antes de e-book ser modinha. E terminou com a Lorena Fonseca elucubrando se os bichanos já acompanhavam humanos ao banheiro no Antigo Egito.
Entre as duas coisas (e o desafio dos boletos), comentei que escreveria um romance hot, abrindo os bytes para a conversa mais surreal do Cluboca. Bárbara lamentou não levar o dom, porque "tem gente ganhando seis dígitos com esse tipo de literatura". E Aline Fagundes prontamente apresentou a solução: "Pensa que os personagens são gatos! Passaram-se horas de gritos, unhadas vorazes e mordidas calientes sob o luar. A língua indo e vindo, alcançando lugares inimagináveis".
Regina Haagen pontuou, então, que essa aspereza poderia acrescentar uma pegada BDSM (bondage, dominação, sadismo e masoquismo) e já anunciou o protagonista: "Vejo grandes possibilidades no rabão do Pingu" ― o pequeno da Vanessa Araújo tem realmente um rabo avantajado. E Liliane Molina tratou de monetizar a ideia, criando a oficina que dá título ao post ― "primeira e única do gênero".
Tudo brincadeira, claro, mas rendeu risadas molhadas, no sentido inocente da expressão, num momento em que eu estava precisando muito. Essa comunidade, não canso de repetir, é a maior riqueza do projeto. Se você quiser não escrever romances hot com a gente ou estiver precisando trocar o aspirador de pó, basta clicar aqui.
Vale dizer que, em um grupo com duas dezenas de participantes mais ativos, 10% levaram bigodes ao motel. Roxana, nome fictício para preservar a identidade da leitora, viajou de carro do Rio de Janeiro até Brasília e acabou parando para dormir com os peludos na cama redonda. Já Paulina resgatou o felino no próprio motel, deixando na portaria para pegar na saída. E quem não se identifica com Nicolette, que tinha seu desempenho julgado por Mia?
O cabaré está on, sim, Simone!
Entre as duas coisas (e o desafio dos boletos), comentei que escreveria um romance hot, abrindo os bytes para a conversa mais surreal do Cluboca. Bárbara lamentou não levar o dom, porque "tem gente ganhando seis dígitos com esse tipo de literatura". E Aline Fagundes prontamente apresentou a solução: "Pensa que os personagens são gatos! Passaram-se horas de gritos, unhadas vorazes e mordidas calientes sob o luar. A língua indo e vindo, alcançando lugares inimagináveis".
Regina Haagen pontuou, então, que essa aspereza poderia acrescentar uma pegada BDSM (bondage, dominação, sadismo e masoquismo) e já anunciou o protagonista: "Vejo grandes possibilidades no rabão do Pingu" ― o pequeno da Vanessa Araújo tem realmente um rabo avantajado. E Liliane Molina tratou de monetizar a ideia, criando a oficina que dá título ao post ― "primeira e única do gênero".
Tudo brincadeira, claro, mas rendeu risadas molhadas, no sentido inocente da expressão, num momento em que eu estava precisando muito. Essa comunidade, não canso de repetir, é a maior riqueza do projeto. Se você quiser não escrever romances hot com a gente ou estiver precisando trocar o aspirador de pó, basta clicar aqui.
Vale dizer que, em um grupo com duas dezenas de participantes mais ativos, 10% levaram bigodes ao motel. Roxana, nome fictício para preservar a identidade da leitora, viajou de carro do Rio de Janeiro até Brasília e acabou parando para dormir com os peludos na cama redonda. Já Paulina resgatou o felino no próprio motel, deixando na portaria para pegar na saída. E quem não se identifica com Nicolette, que tinha seu desempenho julgado por Mia?
O cabaré está on, sim, Simone!
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