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10.1.24

Intrú e o que acontece com gato que vai para a rua

Quando bati o olho na versão terracota do Intrú, fiquei pensando: onde uma criatura que passa a maior parte do dia tomando banho se sujaria desse jeito? A resposta veio no primeiro carinho, em relevo: um corte de fora a fora nas costas mais vários machucados na cabeça, disfarçados entre os pelos.


O coração encolheu. Nunca tive gatos que vão para a rua, justamente porque eles podem levar a pior em brigas com outros gatos (e até cachorros), morrer atropelados ou envenenados por aquele vizinho que odeia bicho, pegar doenças sem cura como a FeLV ― um dos motivos pelos quais não posso colocar o frajola testado positivo para dentro de casa.

O barro demorou vários paninhos com sabonete neutro e água morna para sair ― como sempre, aproveitei o foco na comida e o coitado ficou receoso no começo, mas no final deixou esfregar até as orelhas. Pensem em um gato que nunca foi cuidado! Já as feridas persistem, uma semana depois e longe do reflorestamento da pelagem perdida.


Só não desanimei de vez porque hoje completam 44 dias da castração do encardido, exatamente quando a testosterona, hormônio responsável pela disputa por fêmeas e território, entra na meia-vida ― metade da concentração original, pela retirada dos testículos, até restar apenas os 10% que passarão a ser produzidos pelas glândulas adrenais.

O clássico xixi de marcação não o vejo fazendo há um tempo. Só que, sem uma família exclusiva (experiente, com enriquecimento ambiental e zero gato), o pequeno vai continuar morando do lado errado da porta de vidro da lavanderia, no mês dos temporais.



Epopeia do Intruso

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:: Nossos presentes de Natal, com penetra

4 comentários:

wcris disse...

Espero que essa adoção venha logo. "O tempo ruge e a Sapucaí é grande" como dizia um saudoso personagem de novela que assisti.

wcris disse...

Aqui veio morar um gato amarelo e branco que vivia pelos telhados. Chamei-o Indiana Jones. Peguei para castrar e tratar uma enorme ferida no pescoço. Pode ter sido uma mordida de cachorro. Depois do pós soltei. E quem queria voltar pros telhados? O sujeito foi se imiscuindo e ficou. Não achei adotante para adulto, e todos os empecilhos que bem conhecemos

Anônimo disse...

Me dá uma imensa tristeza

Anônimo disse...

Intrú, não faz isso com a gente!