Gatoca

Educação, sensibilização e mobilização pelos animais

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Mostrando postagens com marcador Intrú. Mostrar todas as postagens
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23.7.25

Mágico contra menu sanduíche e um gato chamado Pó

Eu sabia que a versão para celular do Gatoca era pobre: uma linguiça de posts, que não dava a real dimensão do projeto ― empreitada de quase duas décadas, com ações offline também. Mas, quando Leo criou o design e meu irmão programou, em 2015, isso não importava, porque os smartphones ainda tinham de comer muita bateria para substituir os acessos por computador.

O tempo passou, a gente mudou de cidade duas vezes (de São Bernardo para Sorocaba e depois, Araçoiaba), enterrou nove gatos e agora a molecada não faz a menor ideia de por que alguns de nós insistem em digitar num trambolho com pouca mobilidade ― trambolho que considero parte da minha identidade, aliás. Junto com a pouca mobilidade.

Pois há mais de ano tento inserir no mobile um menu sanduíche (ou hambúrguer), aquele dos três tracinhos empilhados, para quem prefere o blog na palma da mão poder buscar os posts por data (desde 2007!), categoria, mais lidos ou séries. Ficar por dentro das iniciativas e dos parceiros do projeto. Consultar os links de ONGs bacanas para adoção e as formas de nos apoiar ― pelo Catarse ou sem gastar um centavo.

Cheguei a pensar que precisaria de um programador em Phyton, por causa de uns arquivos perdidos no servidor. Mas o que faltava era alguém que considerasse o Gatoca importante o suficiente para virar a madrugada lutando com as limitações do Blogger. Apesar de Beto (Spinelli) programar em Phyton também. E tirar da manga outras mágicas, como o isolamento térmico da casinha do Intrú.


(A mágica da foto é do Leo)

Beto é um amor de 25 anos que só trocou de prateleira. E precisou conhecer a Sil para vir para o lado peludo da força, já que eu não gostava de gatos. Juntos, eles adotaram o Pozinho, ao final de uma escalada com esse nome em Pindamonhangaba ― e a criatura nada desgastada consegue ter irmãs ainda mais espirituosas: a Gorfi e a Milho.


O mínimo que eu podia fazer para agradecer era colocar o programador-físico-aventureiro no Gramado da Fama, né? Além de divulgar o trabalho incrível do Caramelo Biônico, em que ele mistura inteligência artificial, eletrônica e arte (apaixonem-se pelo Zoltron!).


Sigo com a batalha tecnológica para incluir o clássico campo de busca por palavra-chave. Mas só amanhã.

*

Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada na nossa campanha! ❤️

11.7.25

Um Gato entre os Pombos: encontro 'Cluboca do Livro'

Agatha Christie tem personagens planos, com enredos poucos críveis? Totalmente. Ainda assim, garante a pipoca amanteigada. Imaginem criar não apenas um, mas meia dúzia de detetives com trejeitos únicos, Hercule Poirot e Miss Jane Marple entre os mais famosos, para desvendar crimes em 80 romances e contos, sendo mulher, no século 20 (de 1920 a 1976)!

A própria vida da escritora guarda um mistério digno de livro: quando o marido, que já estava com outra mulher, pede o divórcio, seu Morris Cowley verde é encontrado no barranco de um lago no Reino Unido, com os faróis acesos, uma mala, um casaco de pele e a carteira de motorista vencida. Agatha passa, então, 11 dias desaparecida, mobilizando 15 mil voluntários, entre escoteiros, mergulhadores e pilotos de avião.


Companheira de trabalho

Até que a encontram em um hotel, a quatro horas e meia dali, com um nome falso, alegando sofrer amnésia. Há quem culpe o acidente de carro, aqueles que acreditam em vingança arquitetada contra o marido infiel e a hipótese de que tudo não passou de um golpe publicitário para aumentar as vendas de O Assassinato de Roger Ackroyd, lançado semanas antes.

A gente se encontrou no fim de junho, porém, para discutir Um Gato Entre os Pombos, com motivação revelada e mortes, no plural. A história começa na revolução de Ramat, uma cidade fictícia no Oriente Médio, e acaba em Meadowbank, escola britânica para meninas ricas, onde malfeitores dignos do Monty Python se alternam na tentativa de roubar meia dúzia de pedras preciosas.


Lembrar de tirar foto antes de ficar roxa, a gata dormir e o povo se evadir

Sim, tem orientalismo, machismo e conservadorismo, afinal se trata de um livro de 1959. Mas justamente por ser um livro de 1959 é que a gente se surpreende quando a autora contrapõe esse ranço da época pela boca de personagens mais progressistas ― acho que só o preconceito contra as francesas sobra sem defesa. rs

Nossa conversa partiu da Guerra Fria, passando pelo feminismo, capitalismo tardio como projeto, desafios da educação, direitos da criança e do adolescente, e terminou com Viviane Silva promovendo Poirot a sommelier de joelho ― eu trouxe como referência os podcasts Pra que serve a escola?, do Atila Iamarino com Diana Gonçalves Vidal, e Paulo Freire: trajetória e legado na educação brasileira, do Icles Rodriges com Joana Salém Vasconcelos.

De joelho não entendo muita coisa. Espero ter compensado com a indicação de um clássico de detetive pouco conhecido por aqui, que satiriza justamente essas fórmulas prontas dos livros de investigação: O Mistério dos Chocolates Envenenados, escrito pelo inglês Anthony Berkeley. E volto para contar quando a obra de agosto (ou outubro, rs) for decidida.


Companheiro de leitura no jardim


Para viver outras histórias, cair na risada junto, se emocionar e culpar o clima seco, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando nosso link da Amazon (para qualquer produto, aliás), uma porcentagem vem para o projeto. :)


Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov
:: Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman

4.7.25

Intrú conseguiu morar dentro de casa ― parcialmente

Ele continua tendo FeLV, Jujuba continua tendo 18 anos, mas o frajola é obstinado e mudou seu destino quando botou na cabeça que merecia mais do que o chalé comprado pelas madrinhas: as temperaturas baixando e o chantagista dormindo no chão de terra sob o nosso contêiner ― Seila deve roncar! Até que Leo liberou o estúdio para tentar uma adaptação indoor.


Os primeiros dias Intrú passou com a cara colada na porta de vidro, olhando para a gente.


Depois, acostumou a ficar sozinho, só que se recusa a usar o banheiro para o seu objetivo original ― como não está com verme nem desnutrido, culpo o estresse.


Somos obrigados, então, a deixar a porta aberta. Com vento, na chuva, batendo 5ºC à noite ― a janela que dá para fora do gatil é alta. Leo improvisou uma cobertura de lona e eu fiz esta gambiarra com gancho de vaso e sacola de supermercado para manter o vão na menor largura em que o gorducho consiga passar.


Ainda sobra o dilema da comida. Toda madrugada, quando Jujuba me acorda à espera do sachê, atravesso o gramado congelando para levar a ração úmida dele. Mas no domingo, por exemplo, passarei o dia fora. E, qualquer coisa que coloco no pote, a criatura, praticamente de volta aos 6 kg, come de uma vez.

Um gato obeso dentro de casa já pode desenvolver diabetes, problemas nas articulações, doenças cardiovasculares e alterações neurológicas. Na rua, com carros desatentos, pessoas cruéis e animais briguentos, os riscos se acumulam.

Pensei em comprar um comedouro automático, daqueles que a gente programa o horário das refeições, sabem? Mas não custa barato e fico receosa de perder a batalha da alimentação úmida ― como já lidamos com a leucemia felina, tento evitar a insuficiência renal.

O que vocês fariam no meu lugar? Certeza mesmo que ninguém quer adotar um gato cheio de personalidade, com patinhas de elefante? rs


Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!
:: Agressividade por frustração?
:: Garoto propaganda do boletim +Gatoca
:: Um gato que quebra expectativas (e outras coisas)

29.6.25

18º quase-aniversário do Gatoca e bastidores

Houve uma época em que eu passava janeiro inteiro comemorando meu aniversário ― almoço fora com o namorado, barzinho com os amigos para conversar, jogatina com a galera de espírito jovem. Gatoca mantém a tradição dos dois aniversários, porque é engraçado ter criado o blog e demorado seis semanas para juntar coragem de escrever o primeiro post, mas faz tempo que não rola uma festança.

Hoje, por exemplo, a vontade é de aproveitar o dia como a Jujuba: encolhida no sol.


Ou como o Intrú: esticado no sol.


Nossa jornada, porém, coleciona marcos importantes, que não podiam passar em branco: 1.884 posts, e-book, mutirão de castração, oficina com crianças, roda de conversa com adolescentes, canal no YouTube, websérie felina, loja colaborativa, boletim, Gatonó, edital do Condeca com a prefeitura de Sorocaba — os links estão neste post.

Espero voltar em 10 de agosto com menos blusas e mais animação. 😂

Festinhas anteriores: 2024 | 2023 | 2022 | 2021 | 2020 | 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

25.6.25

Quando a nostalgia escapa do passado

Eu não queria estudar na ETE, do mesmo jeito que não pretendia trabalhar no Banco do Brasil. Só que era nerd demais para não passar entre os primeiros colocados do vestibulinho (viva a redação!) e, anos depois, no concurso público. O curso técnico, porém, diferente do colégio de bacana para onde haviam mudado as amigas de infância, foi a maior escola de vida que tive.

Não, não consegui estágio em processamento de dados, por isso o Banco do Brasil. E também não segui carreira lá, para desgosto da família, porque aos 9 anos já havia decidido pelo jornalismo. Mas guardo com carinho na lembrança os arco-íris de canudo cruzando a praça de alimentação do Metrópole, nossas peças em teatro de verdade, Rosinha se escondendo das fotografias na cortina, as viagens de troleibus para o Masp.

E até o dia em que chamei o Peruquinha, de geografia, para tirar uma dúvida e assisti mortificada à cola cair em câmera lenta do meio das folhas da prova ― odeio geografia. Para não parecer que chamávamos todos os professores no diminutivo, tinha o Valtão, de matemática, que fazia bolinhas de catota e o Renatão, de história, que partia giz na guilhotina em miniatura para jogar na gente. Como era o nome mesmo do professor que dormia no meio da explicação?

Além de material para décadas de crônicas, a ETE me deu amigas de recarga vitalícia ― quando estou triste, abro nosso grupinho no WhatsApp. Eli já havia vindo de São José dos Campos carregando no ônibus copos delicados de presente e tomate confit para o almoço. Na Páscoa, comprou ovo vegano. Ainda me incluiu no plano familiar do Duolingo.


Porto Seguro, 1997

Tentei agradecer convidando-a para o Cluboca do Livro e recebi um e-mail do Catarse com a assinatura dela. O mínimo que podia fazer era tirar Intrú do descanso pós-descanso para acompanhá-la no Gramado da Fama. 💚



A criatura mais engraçada (embora viva querendo me repassar esse troféu) se junta aos apoiadores mais maravilhosos, que garantem a sobrevida deste projeto. 🤗

Obrigada, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande...

...Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura, Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Elisângela Dias...

...Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Erika Urakawa, Vera e Gabriela Fromme, Lucia Trindade, Aline Silva, Caroline Rocha, Sara Gonçalves, Soraia Mancilha, Celina Matsuda e Paula Martinez!

Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada na nossa campanhaaqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 18 anos de Gatoca. ❤️

18.6.25

Um gato que quebra expectativas (e outras coisas)

Às 19h do dia 30 de maio, recebo uma foto do Intrú afundado no cobertor vermelho da Seila, com o desejo de um fim de semana aconchegante. Uma hora e 15 minutos depois, ele está miando aqui na porta, onde não pode entrar, deitar na cama nem passar um fim de semana aconchegante.


Para ampliar, cliquem na imagem

Mesmo tendo duas casas, aliás, o cara de pau continua arrumando confusão na rua. Na sexta-feira retrasada, apareceu com um galo na cabeça que virou abscesso, me fazendo arriscar os dedos para limpar com Dakin.


Já cicatrizando

E, no último domingo, interrompeu nossa maratona de seriados para bater boca com um gato branco que resolveu invadir o terreno que ele invadiu primeiro. Correu atrás do coitado até quebrar na raiz um resto de árvore com os quilos extras de Pet Delícia.



Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!
:: Agressividade por frustração?
:: Garoto propaganda do boletim +Gatoca

23.5.25

+Gatoca: o boletim que vai mudar sua vida!

Atualizado em 20 de junho para esticar o prazo da campanha

Espera, você não tem gato nem considera adotar um? Então pode pular este post. Para todas as outras pessoas, a promessa do título continua valendo. Há 18 anos, o Gatoca compartilha informações que salvam vidas e que não se encontram fácil na internet porque não interessam às grandes empresas do mercado pet.

Os 1,9 mil textos juntam a experiência de quem dividiu casa e coração com dez bigodes (e algumas dezenas de temporários, incluindo cachorros e uma pomba), enfrentou os desafios da velhice (16, 17, 18 anos) e entende mais de doença renal (o pesadelo dos gateiros) do que muito veterinário por aí ― não que isso seja um privilégio. 😂


Para qualquer dúvida felina que surgir, basicamente, o blog tem um post ― e uma comunidade maravilhosa, com quem também aprendo, tanto nos comentários quanto no grupo do WhatsApp. Conteúdo produzido por gente de verdade, coisa rara ultimamente. E com fotos de verdade, inclusive as que sobrepõem peludos no mesmo almofadão.

Como jornalista, porém, tem me desanimado profundamente precisar cuspir fogo, enquanto equilibro o monociclo na corda-bamba e jogo bolinhas ao alto para agradar o deus-algoritmo ― vocês seguem o projeto nas redes sociais, querem receber nossas dicas, dar risada com os bastidores, se emocionar nas despedidas e os infelizes não entregam!


Na Era da inteligência artificial, logo nem com os buscadores poderemos contar mais. O +Gatoca nasceu em 2019 justamente para cortar esses atravessadores, na contramão do excesso de informações vazias, incentivando o consumo consciente, ativo, sem pressa ― e as conexões autênticas, claro.

Agora, ele está de cara nova, no Substack, uma rede mais orgânica, direcionada a quem gosta de ler e escrever, sem chamar três parágrafos de textão. Lá, vocês encontrarão notas com uma pegada mais irônica, como nos tempos de Facebook. E o boletim segue por e-mail, no formato tradicional ― dependendo do número de assinantes, pretendo incluir uma seção nova com curadoria de links.

Totalmente grátis, para guardar para consulta, porque garanto que vocês ainda precisarão do tutorial/gambiarra/macete em questão um dia. E a parte mais legal: quem trouxer mais assinantes ganhará esta caneca do Mercv ilustrada pela Marina Kater, que garanto não conversar em bytes, um chaveiro da Lina Gatolina, o cartão-postal relíquia da gangue e um caderninho de anotações nada afetado.


Convidem os amigos pelas próprias redes sociais, por e-mail, WhatsApp, qualquer canal em que consigam acessar o link deste post. E, se você chegou por indicação, basta preencher seu e-mail na janelinha laranja abaixo e as infos do amigo no formulário do Google. Sim, eu recompensarei esse trabalho sorteando uma caneca do Mercv para os novatos também!


A campanha, que terminaria no dia 20 de junho, foi estendida até 30 de julho, porque a dengue me deixou fora do mundo digital.

Valendo – parte 2! 😂

*

Bastidores da sessão de fotos:

― Intrú, empresta seu nariz rosinha para divulgar a campanha do boletim novo?
― Tenho uma ideia melhor! E se eu fingir que estou caçando esses dois insolentes, sem absolutamente nenhuma intenção real de rasgar o jornal?
― Acho que as redes sociais vão gostar mais da sua versão fofa...
― Então vou fazer cara de merda.

14.5.25

Gatificação: mundo vertical e autoestradas | EG #35

Para invadir Gatoca, Intrú teve de ultrapassar 2 m de muro. E a maioria dos gatos-almofada que vivem em nossas casas se divertiria explorando o ambiente do chão ao teto, porque são escaladores naturais. Nem precisa de parquinho elaborado ― mas, se puder, invista! Qualquer superfície longe do chão, de cadeira a topo de estante, pode virar paisagem vertical.


Se conseguir criar um caminho entre os móveis, permitindo que os peludos transitem por eles sem descer, mais legal ainda. Segundo Jackson Galaxy, autor de O Encantador de Gatos, livro que inspira esta série, uma autoestrada bem-construída conta com:

Faixas múltiplas
Elas possibilitam o acesso de vários bichanos ao circuito vertical, sem tumulto.

Rampas de acesso
Servem para entrar e sair da brincadeira.

Destinos e paradas de descanso
São lugares onde seu amigo passará mais tempo, contemplando o entorno, como nos poleiros, ou tirando um cochilo, por exemplo, em uma caminha no alto do armário.

Devem-se evitar, portanto, as seguintes armadilhas:

Vias apertadas
Passagens com menos de 20 cm de largura (e sem rotas alternativas) tendem a gerar confusão, porque dificultam a travessia simultânea.

Áreas inalcançáveis
Em caso de emergência ou visita de rotina ao veterinário, vocês não conseguirão pegar a criatura ― do malabarismo para limpar nem preciso falar, né?

Pontos de conflito
No post sobre planejamento urbano antitreta, explico em detalhes como contornar as zonas de emboscada e pontos mortos.

Não, Intrú não subiu na árvore. Ele prefere cimento. rs


(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivoaqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes quase 18 anos de Gatoca. ❤)


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: E dormem menos do que parece
CAPÍTULO 23: Qual é o arquétipo do seu bichano?
CAPÍTULO 24: Identifique os lugares de confiança dele
CAPÍTULO 25: Gato medroso: faça do esconderijo casulo!
CAPÍTULO 26: 13 curiosidades felinas
CAPÍTULO 27: Existe bichano dominante (ou alfa)?
CAPÍTULO 28: A importância dos três Rs para um gato
CAPÍTULO 29: Três Rs: o jeito infalível de brincar
CAPÍTULO 30: Três Rs: como alimentar a gatitude
CAPÍTULO 31: Três Rs: limpeza e sono felinos
CAPÍTULO 32: Gatificação: um lugar para onde voltar
CAPÍTULO 33: Gatificação: arranhar sem destruir a casa
CAPÍTULO 34: Gatificação: planejamento urbano antitreta
CAPÍTULO 36: Gatificação: necessidades especiais (estreia no dia 20 de junho de 2025)

9.5.25

Cluboca do Livro: quando o assassino não é o gato

Atualizado em 14 de junho de 2025, porque a data do encontro mudou

Eu queria uma história de mistério/policial para estrear o gênero na próxima leitura do Cluboca do Livro e cheguei a pensar em A Última Casa da Rua Needless, da estadunidense Catriona Ward, porque tem uma gata narradora. Mas li antes de sugerir, pois, apesar do burburinho, não conhecia a autora e achei meio pesado ― já teremos clássicos do terror no Halloween.

Descobri, então, Um Gato Entre Pombos, da Agatha Christie, que é uma expressão idiomática, sem bichanos efetivamente, e o grupo topou para não restringir tanto as opções ― vale também ilustração do peludo na capa ou presença na vida real do escritor. A rainha do crime ainda vem da Inglaterra, país inédito no nosso clube, além de quebrar a hegemonia dos autores homens.

Oitenta romances e contos publicados, com quatro bilhões de exemplares traduzidos para mais de 100 idiomas, ficando atrás apenas da Bíblia e de Shakespeare, está bom para vocês? Pode não ser a melhor atuação do detetive Hercule Poirot, mas certamente renderá uma boa diversão. Tenho aproveitado para ler na rede, em companhia do Intrú, por causa da fonte pequena demais para quem está acostumada a configurar letra-cartaz no Kindle. rs


E do que se trata o livro? De Meadowbank, uma escola para filhas de ricos e poderosos da alta sociedade britânica, onde, graças a uma de suas fundadoras, Miss Bulstrode, escândalos nunca acontecem. Até que a professora de educação física aparece morta ― por culpa dos próprios segredos ou protegendo alguém. E, conforme a investigação avança, fica claro que assassino ainda não terminou.

O encontro para conversar sobre a leitura ocorrerá no último sábado de abril, dia 28, das 16h às 19h, pelo WhatsApp. Para participar, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando os links abaixo, uma porcentagem vem para a gente. :)

- Um Gato Entre Pombos, impresso da HarperCollins
- Um Gato Entre Pombos, e-book da L&PM
- Qualquer item adquirido na Amazon partindo deste link ajuda o projeto

Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov
:: Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman

7.5.25

Agressividade em gatos por frustração?

Sim, existe e eu senti na pele. Depois que os hormônios da guerra se viram obrigados a deixar o corpo com a castração, Intrú nunca mais havia me atacado. Mas aí ele descobriu o gostinho de entrar em casa, primeiro aproveitando as frestinhas de janela que a gente esquecia abertas, depois trabalhando com o Leo no estúdio, e para a cama da Seila foi um passo.

Agora, a criatura se recusa a dormir no chalé, do lado de fora (FeLV+). Passou até a se esquivar dos carinhos. E no feriado de 1º de maio, quando voltou para cá porque tinha cachorro hospedado na Seila e ainda apliquei o vermífugo, que tentou tirar rolando na terra, o rebelde pulou com as duas mãozinhas no meu rosto ― a esquerda furou, a direita arranhou e tchan, tchan, tchan, tchan! 😂


Não, ele não fica sozinho no estúdio, gente. Leo liberou, quando viu que não subia nas coisas nem destruía nada. Só que o gordinho quer companhia.



Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!

30.4.25

História de filme: a vida dupla de Intrú!

Eu sempre suspeitei dos sumiços do Intrú. Mas ele acabava voltando para dormir na casinha com isolamento térmico, em seu cobertor favorito ― andava bem carente, aliás. Até que, na última semana, começou a aparecer apenas para jantar. E as madrugadas frias de Araçoiaba da Serra me fizeram acreditar que só podia ter trocado Gatoca por uma casa em que o deixassem entrar.

Leo chegou a ver um frajola reinando entre cachorros, há dois quarteirões daqui ― estava de carro, por isso não parou. Na segunda-feira, tratei, então, de aproveitar a caminhada para procurar a família bastarda. Não, não era a dos cachorros, porque todo mundo que acompanha histórias de detetive sabe que nenhum roteirista entrega um caso assim, de mão beijada.

Mas o senhor simpático também havia enxergado um frajola na vizinha e lá fui eu tocar outra campainha. Uma vez, duas, três, nada. Sobe a música de suspense. Eis que uma pug velhinha sai andando com dificuldade e entrega que havia gente na sala. Visivelmente desconfiada da investigação, Seila me leva até o quarto, onde o meliante encara ambas com igual desprezo, sem ruborizar.



A chácara fica exatamente no trecho da avenida em que quase registrei seu atropelamento, lembram? Isso já faria o cinema vir abaixo. Acontece que esse longa metragem está apenas começando, caro espectador. E Intrusinho escolheu justamente a casa com as neves-da-montanha que me fizeram querer morar neste bairro, em 27 de maio 2020:


Foi em 2020 também que ele deu as caras por lá, nosso primeiro plot twist: a segunda família somos nós! Impossível de capturar por pessoas sem experiência mesmo com gatos fofos, o gorducho, na época magrelo, comia e corria. Até que Seila se mudou para Santa Cataria, em 2023, e repassou ao inquilino a missão, claramente fracassada, de alimentar a fera. Restou a Chicão guiá-lo para cá, cruzando a avenida, o caminho menos intuitivo.

Em janeiro de 2024, poucas semanas depois da castração (trabalhamos com aventura!), ela voltou e sofreu um ataque tão feio que o jardineiro buscou uma foice para matar a criatura incompreendida do nariz rosado. Vocês têm noção de quantas famílias não impediriam? Mas Seila impediu, mesmo sem coragem de encostar no encardido até hoje ― fui eu que incentivei o cafuné tímido da foto.

Uma história em que vilões e heróis se alternam. Nessa outra vida, ironicamente, Intrú se chama Shanti, "paz" em sânscrito, porque Seila também faz ioga e se inspirou em um curso de culinária... vegana!


Dá para acumular mais coincidências bizarras? Em filme sempre dá. Nas noites de chuva em que o cara de pau não aparece, ela e a filha chamam no portão, passando a mesma vergonha que a gente aqui. Final feliz? Não, por culpa do plot twist derradeiro: a família faz hotelzinho para cachorros e é por isso que, exceção feita à pug tortinha, ele prefere ficar em Gatoca.

Um gato com duas casas, que continua efetivamente sem nenhuma ― não desistam da divulgação?

Ao menos agora conseguimos combinar melhor os cuidados. Lá, ele come peixe e churrasco sem tempero, toma leite de aveia, assiste à TV e dorme na cama quentinha durante a baixa temporada. Aqui, segue tendo sua casinha de fuga, esnobando ração super premium e Pet Delícia, recebendo tratamento veterinário e carinho sem restrições, caçando qualquer ser vivo que ouse invadir seu espaço, os 1 mil m² do lado de fora da lavanderia.


Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?

18.4.25

Lado errado?

Intrú dorme comigo no quarto. Do lado de fora.


Trabalha comigo no escritório. Do lado de fora.


Almoça comigo na sala de jantar. Do lado de fora.


Cuida do jardim com o Leo. Do lado de dentro.



Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
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:: Um post mal-humorado fofo de Natal
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:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho

11.4.25

Quatro anos de casa nova-velha, sem blog

Foi em 31 de março, mas eu não tinha como contar aqui, pois a Hostinger, empresa que hospeda o Gatoca, conseguiu nos deixar 27 dias fora do ar, por causa de um boleto que vencia no sábado e o banco jogou o pagamento para segunda-feira, respaldado tanto pela Lei 7089/83 quanto pelo Código Civil, no Art. 132 ― e comigo apelando por e-mail, Procon até parar no Juizado Especial Cível.

Ufa! Eu precisava muito botar isso para fora, desculpem. Quando chegou o aviso de que apagariam todo o conteúdo do servidor, no último sábado, vi 18 anos de projeto indo para o lixo ― o painel que me permitia acessar os arquivos já estava zerado, como se a gente nunca tivesse existido por lá. Quanto vale uma gastrite, seu juiz?

Agora, sim, a comemoração! No aniversário de 2024, eu disse que a gente havia instalado a lendária porta do banheiro, né? Mas a verdade é que, como faltava o batente do lado de dentro, Leo tirou para pintar tudo junto e, entre uma morte e outra de gato, mais um ano e meio se passou ― vocês também se perguntam para onde vai esse tempo, que parece tão lento quando se olha de dentro?

O desfecho da epopeia ocorreu em 23 de março e pedia registro, né? Spoiler alert: a gente ainda não sabia que a porta não cumpriria sua função a contento.


E esse foi o grande feito dos últimos 365 dias em Araçoiaba da Serra ― junto com os surtos de arrumação, doação, jardinagem e a visita de amigas cultivadas há três décadas. Isso porque na lista dos fatos esquecíveis estão a morte inesperada da Pimenta, apesar de velhinha, e as partidas esperadas, mas igualmente tristes, da Chocolate e da Keka, deixando Jujuba sozinha pela primeira vez em 17 anos e meio ― Jujuba, a gata que me rendeu uma escarificação e agora não desgruda.


Por falar em grude, outra transformação produzida ao longo desses 12 meses foi a do Intrú, que não perde uma oportunidade de ganhar carinho, inclusive quando me vê desmontada da caminhada ― e ainda espera uma casa onde possa morar do lado de dentro da porta de vidro lavanderia.


Termino este retorno de brasileiro-que-não-desiste-nunca com dois pedidos:

🚨 Divulguem aos amigos os links do Gatoca que permitem comprar no Petz (com 10% de desconto!), na Amazon, na Shopee e agora também no Mercado Livre, revertendo uma parte do valor ao projeto. Como a Hostinger derrubou o blog 17 horas depois que publiquei o post, ninguém viu ― e perdemos as vendas justo do Dia do Consumidor. 😢

🚨 Esse período todo inacessível prejudicou também a indexação no Google dos textos que ajudavam gatos doentes, principalmente renais, e acolhiam seus tutores, como mostra o relato que Aline compartilhou recentemente no Cluboca. Bora fazer uma força-tarefa para que eles voltem a aparecer nos resultados de busca? Preciso que vocês interajam com os posts que redivulgarei nas redes sociais ao longo das próximas semanas. 😊


Para ampliar, cliquem na imagem

Obrigada! Obrigada! Obrigada! ❤️

14.3.25

Como apoiar o Gatoca sem gastar um centavo!

Atualizado em 10 de abril de 2025

Antigamente, só os ricos podiam financiar pinturas e esculturas da própria cara e fazer filantropia enquanto mantêm a população na miséria. Agora, vocês conseguem comprar a ração dos bigodes no Petz com 10% de desconto, ainda ajudar o Gatoca a seguir na luta contra os algoritmos das redes sociais e a inteligência artificial do Google para educar e mobilizar corações pelos animais.

Ou trocar na Amazon aquele aspirador que só falta tossir os pelos da bicharada de volta e patrocinar a criação do primeiro card game do projeto. Dá até para renovar o guarda-roupa (bípede e quadrúpede) na Shopee, garantindo a vida boa do Intrú ― que ainda espera sua família definitiva. Se quiser algo do Mercado Livre, aliás, escreve por aqui ou pelo Instagram que incluo na vitrine!

Ao usar nossos links para adquirir qualquer produto em um desses parceiros, uma porcentagem da sua compra é automaticamente revertida para deixar o mundo melhor ― de 7% no Petz (também válido com o cupom GATOCA) até 16% no ML, dependendo do item.

Não custa nada a mais para vocês e faz toda a diferença para a gente ― só para manter o blog no ar vão, anualmente, R$ 300 de servidor + R$ 40 do domínio nacional + R$ 90 do domínio gringo (sim, nós cultivamos grandes ambições, rs).

Ah! O incompetente do Bezos não consegue rastrear que a compra vem do Gatoca se abrir no aplicativo. Para ter certeza, vale copiar e colar o link num navegador em que dê para enxergar em alguma parte da url gigante: gatoca07-20.

Obrigada! Obrigada! Obrigada! ❤️

7.3.25

Cluboca do Livro: gato sueco dribla velho rabugento

Em Gatoca seria "gato rabugento dribla velha nada sueca" ― a foto não me deixa mentir. A boa notícia que acompanha as mordidas empolgadas, aliás, é que Intrú se recuperou da gastrite, inflamação intestinal ou qualquer revertério que tenha me feito pensar que ele morreria antes de ganhar uma casa.


Voltando ao livro, Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman, me abraçou durante os cuidados intensivos da despedida da Keka e é tão deliciosamente escrito que, ao concluir a leitura em e-book, acabei comprando também a versão impressa, só para poder grifar inteirinha e mandar para minha sogra, igualmente precisada de um intervalo de vida.


A gente ri da rabugice de Ove, que acredita estar cercado por idiotas, se emociona com as brechas que os vizinhos novos conseguem abrir entre as tentativas frustradas de abreviar uma existência sem sentido após a morte da esposa e torce o tempo inteiro pelo gato ― mais do que isso não posso contar! Se deem de presente esse afago na alma, mesmo fora do Cluboca do Livro.

Tem filme fofo também com o Tom Hanks, em que o personagem foi rebatizado de Otto, mais norte-americano, e no Brasil se chama O Pior Vizinho do Mundo, para manter a linha editorial da Sessão da Tarde. Mas não chega aos pés do texto do Backman ― quem descreve a passagem dos anos em modelos de carro? Depois desse, devorei Minha Avó Pede Desculpas e já botei na lista Gente Ansiosa.

O encontro para conversar sobre a leitura ocorrerá no segundo domingo de abril, dia 13, das 16h às 19h, pelo WhatsApp. Para participar, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando os links abaixo, uma porcentagem vem para a gente. :)

- Um Homem Chamado Ove, em papel
- Um Homem Chamado Ove, em e-book
- Qualquer item adquirido na Amazon partindo deste link ajuda o projeto

Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov

28.2.25

Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa

Na terça-feira retrasada, quando Intrú não saiu da casinha esgoelando pelo café da manhã, eu ri ― quem vai para a gandaia na segunda não tem boletos a pagar! Jujuba, como uma boa velha insone, começara a sinfonia às 6h e já passava das 10h. Acontece que ele vive do lado de fora, com uma infinidade de opções gastronômicas e assustadora competência em caçá-las, e demorei para perceber que alguma coisa estava errada.


O gorducho continuou rejeitando a comida e foi ficando cada vez mais prostrado, até chegar ao ponto de me deixar fazer carinho na barriga ― nem dava mais para chamar de gorducho, aliás, porque ao 1 kg intencional que ele emagrecera durante três meses, a balança indicava que haviam se somado mais 400 g involuntários, em apenas 13 dias.


Se tem uma coisa que o cara de pau nunca perdeu foi o apetite. Mesmo quando voltava machucado de briga, manco de queda ou com teia de aranha no cabelo. E ele não apresentava nenhum desses sintomas ― nem salivação por intoxicação. O veterinário pediu exames de sangue, mas, ainda que eu conseguisse contornar os rosnados, temia que o peludo sumisse, traumatizado, como no pós-cirúrgico da castração.

Começamos, então, o tratamento para gastrite e/ou inflamação intestinal, baseados no enjoo que ele demonstrava ao cheirar a ração e na diarreia amarela florescente. Mas existia a chance de ser linfoma, causado pela FeLV ― sim, o pequeno tem leucemia felina, por isso não pode entrar em casa (e insisto, há quase um ano e meio, para vocês ajudarem na divulgação).

Acordei várias noites pensando que nunca mais o encontraria, se resolvesse se esconder pelo bairro para morrer ― dá gastrite também cuidar de gato que vai para a rua! Virei vários dias oferecendo comida na seringa, água, remédio. Na última segunda, o frajola finalmente lambeu a Pet Delícia batida de colherinha. E já anda arriscando umas apavoradas nos bichinhos.


O paladar seletivo, porém, persiste, assim como a diarreia ― o coitado passa a manhã enfezado até conseguir desenfezar. E não faz nem quatro meses que a Keka morreu. 😕


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:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
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:: Quase grudinho
:: Lado errado?

14.2.25

Um gato que só falta tocar a campainha!

Intrú apareceu em casa que era só cabeça, virou só barriga, época em que se punha a gritar de cima do muro quando voltava da rua para a gente ajudar a descer, e finalmente alcançou o peso ideal, com músculos torneados e gordurinhas bem-localizadas. Mas isso não significa que o coitado precise se esforçar, certo?


Agora, ele se posiciona no portãozinho e grita: "Mulher, cheguei!".



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:: Férias do Intrú
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