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14.12.17

Doença renal: há vida pós-coração partido

Muita gente vem parar aqui no blog por causa dos diários que eu escrevi durante o estágio terminal da insuficiência do Simba ― para encarar de um jeito mais leve a despedida, me forçar a enxergar as pequenas coisas boas no meio do turbilhão, lembrar que fiz tudo que podia quando batesse a clássica culpa.

Foram 33 dias bem difíceis: rápidos para a vida virar lembrança, sem textura nem cheiro, intermináveis entre medicações, soro e alimentação forçada. Mas a primeira vez que meu coração se partiu por essa doença foi com a Pipoca, há cinco anos e meio. E ela continua desfilando sua arisquice por aqui ― sobreviveu, inclusive, a uma colite.

Sim, a ração é especial, a branquela come patê toda manhã para aumentar a umidade da dieta, toma água na seringa, homeopatia, repete o hemograma com função renal anualmente. E sei que, a qualquer momento, reviverei aquele filme de terror. Enquanto isso, porém, enxergo o coração partido passeando animado pela casa e sorrio.

Cada animal reage de um jeito ― não antecipem o luto. Este exato momento, do cafuné com olhos fechados, da corridinha desajeitada, do sono barulhento, é só o que importa.



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6 comentários:

Jorge disse...

Olá. Vi o seu post por indicação do Facebook. Mando forças pra vc. Perdi minha gatinha de 6 anos para um linfoma há 3 semanas e aos poucos me recupero. Ainda tenho sonhos e a vejo com o canto do olho nos locais em que costumava dormir. Não consegui ler os diários, pois me lembram os meses finais de minha Polly. É difícil, a gente não perde a fé de que vai conseguir salvar a todos. O que importa é quanto viveram enquanto estavam conosco. Boa sorte e que seu coração seja curado :) Parece que você tem bastante ajuda felina aí.

Anônimo disse...

É isso mesmo, sofremos a pior dor em cada perda, porém somos obrigados a superar para cuidar dos outros que temos

Luciene Sales disse...

Bom dia! Eu infelizmente já perdi alguns gatinhos para esta doença e tive um susto com os meus dois meninos, com uréia e creatinina elevadas. Comecei a "atirar" para todos os lados e encontrei uma nutricionista que cuida de gatos, que pediu para eu fazer um exame chamado SDMA (entre outros que a veterinária nunca pediu). Eu li na internet que ele é mais confiável para diagnosticar doença renal. Os dois gatinhos estão dentro do resultado que eles consideram normal, ou sejam não tem a doença renal. O que melhor aceitou a Alimentação Natural, no último exame de sangue já estava com a creatinina normal, só a uréia um pouquinho elevada, mas como eles são umas onças para tirar sangue, o stress pode ter alterado o resultado. O outro que ainda come ração (renal) ainda tem elas alteradas, mas a nutricionista disse que pode ser outros motivos. Talvez fosse o caso de você tentar este exame com a Pipoca. Se você quiser trocar mais experiências, sinaliza aqui no seu blog que eu entro em contato. Abraços e afagos nas suas crianças.

Beatriz Levischi disse...

Tenho nove gatos para me tirarem da cama nos dias cinzas, Jorge. Sinto muito pela Polly! :\

Não conhecia esse exame, Luciene. A vet dos bigodes disse que é novo e ainda pode sofrer alterações. Mas gostei da dica. :) Eles são tratados com homeopatia e, infelizmente, não aceitaram a alimentação natural.

Anônimo disse...

Oi! Sou a pessoa que postou sobre o gatinho com fiv! Vc não tem noção de como me ajuda. Reli agora o post sobre como dar água para gatos, depois de três seringadas parece que o gatinho se animou, levantou e bebeu água sozinho. Pequenas vitórias. ♥️

Beatriz Levischi disse...

Ganhei o dia com seu comentário! Pequenas vitórias, em doenças complicadas, devem ser comemoradas. Mandando boas vibrações para vocês dois!