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23.5.25

+Gatoca: o boletim que vai mudar sua vida!

Espera, você não tem gato nem considera adotar um? Então pode pular este post. Para todas as outras pessoas, a promessa do título continua valendo. Há 18 anos, o Gatoca compartilha informações que salvam vidas e que não se encontram fácil na internet porque não interessam às grandes empresas do mercado pet.

Os 1,9 mil textos juntam a experiência de quem dividiu casa e coração com dez bigodes (e algumas dezenas de temporários, incluindo cachorros e uma pomba), enfrentou os desafios da velhice (16, 17, 18 anos) e entende mais de doença renal (o pesadelo dos gateiros) do que muito veterinário por aí ― não que isso seja um privilégio. 😂


Para qualquer dúvida felina que surgir, basicamente, o blog tem um post ― e uma comunidade maravilhosa, com quem também aprendo, tanto nos comentários quanto no grupo do WhatsApp. Conteúdo produzido por gente de verdade, coisa rara ultimamente. E com fotos de verdade, inclusive as que sobrepõem peludos no mesmo almofadão.

Como jornalista, porém, tem me desanimado profundamente precisar cuspir fogo, enquanto equilibro o monociclo na corda-bamba e jogo bolinhas ao alto para agradar o deus-algoritmo ― vocês seguem o projeto nas redes sociais, querem receber nossas dicas, dar risada com os bastidores, se emocionar nas despedidas e os infelizes não entregam!


Na Era da inteligência artificial, logo nem com os buscadores poderemos contar mais. O +Gatoca nasceu em 2019 justamente para cortar esses atravessadores, na contramão do excesso de informações vazias, incentivando o consumo consciente, ativo, sem pressa ― e as conexões autênticas, claro.

Agora, ele está de cara nova, no Substack, uma rede mais orgânica, direcionada a quem gosta de ler e escrever, sem chamar três parágrafos de textão. Lá, vocês encontrarão notas com uma pegada mais irônica, como nos tempos de Facebook. E o boletim segue por e-mail, no formato tradicional ― dependendo do número de assinantes, pretendo incluir uma seção nova com curadoria de links.

Totalmente grátis, para guardar para consulta, porque garanto que vocês ainda precisarão do tutorial/gambiarra/macete em questão um dia. E a parte mais legal: quem trouxer mais assinantes ganhará esta caneca do Mercv ilustrada pela Marina Kater, que garanto não conversar em bytes, um chaveiro da Lina Gatolina, o cartão-postal relíquia da gangue e um caderninho de anotações nada afetado.


Convidem os amigos pelas próprias redes sociais, por e-mail, WhatsApp, qualquer canal em que consigam acessar o link deste post. E, se você chegou por indicação, basta preencher seu e-mail na janelinha laranja abaixo e as infos do amigo no formulário do Google. Sim, eu recompensarei esse trabalho sorteando uma caneca do Mercv para os novatos também!


A campanha termina no dia 20 de junho ― querem que eu vá divulgando pelos stories do Instagram quem está na frente?

Valendo! 😊

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Bastidores da sessão de fotos:

― Intrú, empresta seu nariz rosinha para divulgar a campanha do boletim novo?
― Tenho uma ideia melhor! E se eu fingir que estou caçando esses dois insolentes, sem absolutamente nenhuma intenção real de rasgar o jornal?
― Acho que as redes sociais vão gostar mais da sua versão fofa...
― Então vou fazer cara de merda.

22.5.25

Jujuba fez 18 anos, azedinha-doce!

Ela nunca foi a favorita por motivos de: arisquice. Nem parecia a aposta mais óbvia de sobrevivente da temporada original do Gatoca ― dizem que estresse faz mal à saúde, não? Mas gostei da explicação da Guebis, tutora do Snow (e da Flea, no coração), de que os encardidos vivem mais para compensar os cafunés que deixaram de ganhar antes.


Jujuba ronronou pela primeira vez, inclusive, aos 13 anos, quando boa parte dos gatos domésticos já teria batido as patas. E cada dia em que o carinho-playcenter ralentava considerei uma conquista. Agora, superamos barreiras no intervalo de uma tarde ― isso porque enchi uma bexiga pequena. O tubarão, com dentes, precisou de duas semanas.



Eu sei, bexigas não são o melhor presente para um gato. Dezoito anos, no entanto, achei que mereciam ― nunca comemorei com bolo, cantoria, decoração temática. Se a pequena fosse humana, aliás, poderia dirigir o trator que ganhamos da prefeitura!


Espero que esteja conseguindo compensar a falta da família felina, amorzinho. Mas não se sinta obrigada a nada, viu? ❤️


*Novelinha: conheça a história das Gudinhas

Outros aniversários: 2024 | 2023 | 2022 | 2021 | 2020 | 2019 (especial Dia do Abraço) | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009

14.5.25

Gatificação: mundo vertical e autoestradas | EG #35

Para invadir Gatoca, Intrú teve de ultrapassar 2 m de muro. E a maioria dos gatos-almofada que vivem em nossas casas se divertiria explorando o ambiente do chão ao teto, porque são escaladores naturais. Nem precisa de parquinho elaborado ― mas, se puder, invista! Qualquer superfície longe do chão, de cadeira a topo de estante, pode virar paisagem vertical.


Se conseguir criar um caminho entre os móveis, permitindo que os peludos transitem por eles sem descer, mais legal ainda. Segundo Jackson Galaxy, autor de O Encantador de Gatos, livro que inspira esta série, uma autoestrada bem-construída conta com:

Faixas múltiplas
Elas possibilitam o acesso de vários bichanos ao circuito vertical, sem tumulto.

Rampas de acesso
Servem para entrar e sair da brincadeira.

Destinos e paradas de descanso
São lugares onde seu amigo passará mais tempo, contemplando o entorno, como nos poleiros, ou tirando um cochilo, por exemplo, em uma caminha no alto do armário.

Devem-se evitar, portanto, as seguintes armadilhas:

Vias apertadas
Passagens com menos de 20 cm de largura (e sem rotas alternativas) tendem a gerar confusão, porque dificultam a travessia simultânea.

Áreas inalcançáveis
Em caso de emergência ou visita de rotina ao veterinário, vocês não conseguirão pegar a criatura ― do malabarismo para limpar nem preciso falar, né?

Pontos de conflito
No post sobre planejamento urbano antitreta, explico em detalhes como contornar as zonas de emboscada e pontos mortos.

Não, Intrú não subiu na árvore. Ele prefere cimento. rs


(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivoaqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes quase 18 anos de Gatoca. ❤)


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: E dormem menos do que parece
CAPÍTULO 23: Qual é o arquétipo do seu bichano?
CAPÍTULO 24: Identifique os lugares de confiança dele
CAPÍTULO 25: Gato medroso: faça do esconderijo casulo!
CAPÍTULO 26: 13 curiosidades felinas
CAPÍTULO 27: Existe bichano dominante (ou alfa)?
CAPÍTULO 28: A importância dos três Rs para um gato
CAPÍTULO 29: Três Rs: o jeito infalível de brincar
CAPÍTULO 30: Três Rs: como alimentar a gatitude
CAPÍTULO 31: Três Rs: limpeza e sono felinos
CAPÍTULO 32: Gatificação: um lugar para onde voltar
CAPÍTULO 33: Gatificação: arranhar sem destruir a casa
CAPÍTULO 34: Gatificação: planejamento urbano antitreta
CAPÍTULO 36: Gatificação: necessidades especiais (estreia no dia 20 de junho de 2025)

9.5.25

Cluboca do Livro: quando o assassino não é o gato

Eu queria uma história de mistério/policial para estrear o gênero na próxima leitura do Cluboca do Livro e cheguei a pensar em A Última Casa da Rua Needless, da estadunidense Catriona Ward, porque tem uma gata narradora. Mas li antes de sugerir, pois, apesar do burburinho, não conhecia a autora e achei meio pesado ― já teremos clássicos do terror no Halloween.

Descobri, então, Um Gato Entre Pombos, da Agatha Christie, que é uma expressão idiomática, sem bichanos efetivamente, e o grupo topou para não restringir tanto as opções ― vale também ilustração do peludo na capa ou presença na vida real do escritor. A rainha do crime ainda vem da Inglaterra, país inédito no nosso clube, além de quebrar a hegemonia dos autores homens.

Oitenta romances e contos publicados, com quatro bilhões de exemplares traduzidos para mais de 100 idiomas, ficando atrás apenas da Bíblia e de Shakespeare, está bom para vocês? Pode não ser a melhor atuação do detetive Hercule Poirot, mas certamente renderá uma boa diversão. Tenho aproveitado para ler na rede, em companhia do Intrú, por causa da fonte pequena demais para quem está acostumada a configurar letra-cartaz no Kindle. rs


E do que se trata o livro? De Meadowbank, uma escola para filhas de ricos e poderosos da alta sociedade britânica, onde, graças a uma de suas fundadoras, Miss Bulstrode, escândalos nunca acontecem. Até que a professora de educação física aparece morta ― por culpa dos próprios segredos ou protegendo alguém. E, conforme a investigação avança, fica claro que assassino ainda não terminou.

O encontro para conversar sobre a leitura ocorrerá no terceiro domingo de junho, dia 15, das 16h às 19h, pelo WhatsApp. Para participar, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando os links abaixo, uma porcentagem vem para a gente. :)

- Um Gato Entre Pombos, impresso da HarperCollins
- Um Gato Entre Pombos, e-book da L&PM
- Qualquer item adquirido na Amazon partindo deste link ajuda o projeto

Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov
:: Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman

7.5.25

Agressividade em gatos por frustração?

Sim, existe e eu senti na pele. Depois que os hormônios da guerra se viram obrigados a deixar o corpo com a castração, Intrú nunca mais havia me atacado. Mas aí ele descobriu o gostinho de entrar em casa, primeiro aproveitando as frestinhas de janela que a gente esquecia abertas, depois trabalhando com o Leo no estúdio, e para a cama da Seila foi um passo.

Agora, a criatura se recusa a dormir no chalé, do lado de fora (FeLV+). Passou até a se esquivar dos carinhos. E no feriado de 1º de maio, quando voltou para cá porque tinha cachorro hospedado na Seila e ainda apliquei o vermífugo, que tentou tirar rolando na terra, o rebelde pulou com as duas mãozinhas no meu rosto ― a esquerda furou, a direita arranhou e tchan, tchan, tchan, tchan! 😂


Não, ele não fica sozinho no estúdio, gente. Leo liberou, quando viu que não subia nas coisas nem destruía nada. Só que o gordinho quer companhia.



Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!

2.5.25

Pode uma caminha substituir toda uma família?

Se Jujuba soubesse falar, fundaria o Movimento dos sem Montinho. Acostumada a dormir soterrada por outros oito gatos (Chocolate se recusava a participar), viu o amontoado peludo sofrer perdas drásticas nos últimos dois anos e, desde que a Keka morreu, em novembro, não tem mais uma fonte sequer de calor quadrúpede para trocar.

Muito antes de as temperaturas baixarem, já sonorizava nossas madrugadas com uma miação sofrida ― parte pela solidão, parte pela idade (quase 18 anos!). Decidi, então, comprar uma caminha fechada, na esperança de emular acolhimento e, seguindo as regras da física, manter a pequena aquecida.

Podia ter escolhido um modelo tradicional, mas, nessas raras oportunidades da vida, o mais barato era justamente o mais legal: um tubarão!


A caminha chegou em 9 de abril e Jujuba saltou direto na bocarra dentuça, enquanto eu estava filmando ― qual é a chance de isso acontecer duas vezes? Lavei o bicho para ficar com o cheirinho da nossa casa e, graças ao sol araçoiabano e ao material importado, depois do almoço já peguei a criatura encolhida lá dentro.


Esgotada a sorte de principiante, porém, ela nunca mais quis saber da novidade ― testei os dois lados da almofada: o liso, que pela cor imita melhor uma língua, e o peludinho, que usa o mesmo material azul da parte externa do tubarão. Até uma semana atrás, quando a carente finalmente tomou coragem de deitar e relaxar.


O lance da física funcionou ― fazia tempo que suas orelhas não ficavam tão quentinhas! Mas os lamentos noturnos continuam.

Não, uma caminha não pode substituir uma família.