Foi um ano de fazer caber. A
saudade do Simba na rotina da casa. O sonho de
mudar para Sorocaba no orçamento de jornalista freelancer. Nove gatos no
gramadinho decorativo do quintal. A missão de deixar o mundo melhor no intervalo das
notícias desanimadoras.
Em 2017,
Gatoca conscientizou milhares de leitores sobre a importância de adotar uma
duplinha, de não cair na
armadilha da aparência, de experimentar a
alimentação natural, de insistir na
ração úmida (com dicas supimpas de adaptação), de aplicar
soro subcutâneo em renais, de não
antecipar o luto, porque cada bicho reage à doença de um jeito.
Também ensinou a acertar no
brinquedo e no
arranhador, usar os
poderes do alecrim, recuperar
gato perdido,
se livrar dos pelos (ou parte deles), respeitar
lagartixas, evitar
vômitos, não surtar com
micose, escolher o
melhor granulado higiênico (com a avaliação de 119 leitores!), socializar
bichanos ariscos (ou muito medrosos), comprar
tecido à prova de garras,
telar residência.
E mobilizou corações de pudim para que a Confraria dos Miados e Latidos quitasse um
boleto salgado de veterinário, a Celebridade Vira-Lata engordasse o
cofrinho dos mutirões, iniciativas que não recebem apoio do governo ganhassem visibilidade no
Dia de Doar e o carnaval carioca um dia
desista das plumas.
Feijão e Luigi, que tinham perdido a primeira família, finalmente se adaptaram no apartamento da Gláucia e do Ricardo.
Harry Potter e Luke Skywalker ganharam cuidados especiais do Eric e seus (agora) 7 anos. E a campanha dos
super-heróis do DER conseguiu lares para
Wolverine, Tempestade e
Mulher-Hulk ― devolvida e readotada, história que ainda preciso contar aqui.
Matilde e as
super-heroínas seguem esperançando:
contato@gatoca.com.br.
O
gato sem boca viajou até a zona norte para entrar na faca, com sucesso. As habilidades de padeiro de
ZéZo lhe renderam
emprego vitalício no colo do Theo. E a
familinha de ferais que Gabi e Julio herdaram na mudança foi quase toda castrada ― outro post (tragicômico) pendente.
Uma retrospectiva sincera há que registrar também a impotência. Nestes 12 meses, nós
levantamos R$ 1.240 para ajudar a pagar a UTI da Pretinha, mas ela não resistiu à
segunda hepatose. Brother (
ex-queletinho da dona Lourdes) perdeu a
batalha para o linfoma e deixou um terrário-aconchego de lembrança. E o
filhote do motor do carro realmente desapareceu.
Esticando cada vez mais os parágrafos do projeto para abraçar humanos, já que não existe mundo melhor se a gente continuar pensando compartimentado, rolou em março, no Centro Cultural São Paulo, uma
roda de conversa com adolescentes e, em abril, o
curso "disruptivo" para meninos e meninas dos abrigos da Lapa expandida ― aproveitem e leiam o
texto libertador de Natal!
E o Universo retribuiu tudo isso com
paz,
dias ensolarados e parcerias queridas. Pet Delícia doou
432 latinhas de patê e nos credenciou para a pré-estreia do
documentário "Gatos". Gatolino mandou pelo correio um
bebedouro-ostentação e transformou a
Keka em folder. Redes 2000 blindou a casóca com
53 metros de tela, serviço que custaria mais de R$ 2 mil.
Rosana Rios ainda presenteou a
vencedora do concurso
Guardião Felino com seu livro novo. Marina Kater-Calabró me presenteou com a
caneca mais maravilhosa de toda a galáxia. Deus/Gaia/Shiva/Buda/Alá presenteou
Chocolate,
Catrina,
Clara,
Guda,
Gudinhas,
Pandora, Mercv (
1 e
2) e esta empreitada (
1 e
2) com mais um ano de existência. \o/
E os bigodes presentearam vocês com as clássicas peripécias:
1,
2,
3,
4,
5,
6,
7,
8,
9,
10,
11,
12 e
13 ― agora também em vídeos, no
Instagram Stories!
Lições de vida. E amor que não precisa de esforço para fazer caber:
1 e
2.
Pode vir abundante, 2018, que a gente arruma um espacinho.
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