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23.6.23

O parquinho de gato que rendeu uma obra

Em um mundo ideal, eu teria escrito "reforma" no título deste post, mas a realidade de quem tomou um golpe durante a construção da casa própria é que, dois anos e meio depois, seguimos em obra. E sempre que sobra um tempo no fim de semana com um troco esquecido na calça, Leo e eu tentamos resolver mais um enrosco de 2021, com tutoriais de Youtube.

O próximo da fila era a porta-contêiner do escritório em que escrevo estas linhas, entregue pela empresa picareta na lata, sem isolamento térmico como combinado, derretendo os integrantes do recinto no verão e congelando no inverno. E continuaria assim até 2024, se não batesse a urgência de desencantar o parquinho a tempo de a gangue, passada dos 16 anos, aproveitar.


Comprei isopor e PU para o recheio, um MDF grosso no vigésimo tom de verde de Gatoca e desenhei o projeto improvisando ferramentas. Leo serrou, parafusou, lixou — além de carregar o peso todo praticamente sozinho, porque meus 48 quilos não servem nem para figuração.




(Não apareço nas fotos, mas ralei junto!)


(E de longe ficou ótimo. rs)






Também trocamos por EVA o carpete das peças de madeira, doadas pela Vanessa Aguiar e a Laíze Damasceno ❤️, para facilitar a limpeza — e não cutucar a alergia, atualmente controlada pelo excesso de cortisol no organismo. Se as gatas destruírem, como fizeram com meu tapetinho de ioga, custa barato substituir.






E até comemorarei, porque, desde domingo, elas insistem em ignorar o esforço — físico, financeiro e emocional. Quem arrasou foi o colchão, que resolvi tirar da cama herdada da adolescência e botar direto no chão, para contemplar a artrose da Pufosa.


Talvez, o parquinho tenha saído tarde demais.

Mas vou tentar de novo no fim de semana, com sachê e catnip. :)

24.5.23

Aniversariantes do mês – maio de 2023

Na segunda-feira, as Gudinhas* fizeram 16 anos — quase um centenário em gatas!

Pimenta ganhou um lagartinho de catnip para parar de caçar os de verdade, passou o sábado das comemorações de nariz tampado e não deu a menor bola para o coitado. De madrugada, ele sumiu do balcão da cozinha, onde esperava por fotos melhores, e só foi encontrado dias depois embaixo do sofá, imundo, para desaparecer de novo.


Almejando poupar justamente esse sofá, repaginado, Jujuba ganhou um arranhador, que até agora não usou. Mas, como havia se rendido à versão de papelão, o acquablock segue intacto. E Keka, aquele parente difícil de presentear, ficou com o cone de sisal para ela.


Jujuba tentou roubar, então, o sachê da Pufosa e acabou se contentando com o sol no gatil, cortesia de São Pedro.




Já Pufosa descontou o sachê subtraído no patê da Pipoca.


E a ex-magrela nem reclamou, porque ganhou mais uma vida.


Foi o primeiro aniversário sem Guda, que deve ter repassado às filhas felinas o ensinamento da minha mãe humana: irmãos cuidam uns dos outros, porque são nossos melhores amigos.


P.S.: Ainda vou escrever sobre o novo cantinho dos bigodes, nosso primeiro arranhador (com passo a passo!) e a ressurreição da Pipoca. Tenham paciência. rs


*Novelinha: conheça a história das Gudinhas

Outros aniversários: 2022 | 2021 | 2020 | 2019 (especial Dia do Abraço) | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009

17.5.23

Se tivesse um reality show de Gatoca...

As adoções de gato diminuiriam drasticamente. Na mesma madrugada, por exemplo, Jujuba conseguiu vomitar metade do bebedouro no lavabo e escorreu tudo para baixo da privada. Enquanto Pufosa ejetou na sala uma quantidade considerável de ração digerida, em que Keka escorregou, andou pelas paredes, fez um Matrix no armário do escritório e se enfiou embaixo da cama.

Dez minutos de limpeza-CSI depois, descubro que ainda sobrou um tico. Quem enxerga onde?


Aproveito o post para agradecer os gateiros que apoiam este projeto na alegria e na tristeza, estreando no Gramado da Fama a Marina Fioretti, que pesquisava como aplicar soro subcutâneo e encontrou no Cluboca o acolhimento que faltou no veterinário, e a Valeria Werneck, mineira de Sete Lagoas, terra do Centro de Apoio ao Turista Presidente Juscelino Kubitschek, o CAT JK, que não tem absolutamente nada a ver com gatos.


Esse suporte permite que o blog continue ajudando bípedes e quadrúpedes, em uma jornada que já dura 16 anos, com ações on e offline. Quer se juntar aos despioradores de mundo também e participar do melhor grupo de WhatsApp da internet? Basta acessar o Catarse. :)

Um aperto especial para Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande...

...Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura, Ana Paula de Vilas Boas...

...Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida e Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim, Elisângela Dias, Amanda Herrera, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba e July Grafe!

14.4.23

Conheça sua maquininha de matar: audição | EG #18

Não, não é para ouvir a gente reclamando do sofá arranhado ou fofocar com os irmãos que os gatos têm uma superaudição. A maioria de suas características está relacionada à detecção de presas, tornando-a uma ferramenta tão importante para a caça quanto o tato e a visão.

Imaginem uma faixa de 10,5 oitavas, a mais ampla dos carnívoros. E, embora guardemos capacidade semelhante no extremo mais grave da escala, os bichanos conseguem escutar sons muito mais agudos, como a cigar box guitar que Leo fez para brincar com a Catarina os guinchos de um rato — cerca de 1,6 oitava acima do nosso limite.


Isso porque o ouvido externo dos peludos aumenta as frequências, além de possuir o formato ideal para canalizar sons mais difíceis de identificar para o canal auditivo.

E a habilidade de movimentar as orelhas independentemente? Vocês já pararam para pensar nas vantagens? Não importa se for de presa, predador ou filhote em busca da mãe, eles rastreiam com precisão a origem de um barulho. E, girando cada orelha em quase 180 graus, também percebem aproximações por trás.

Fisiologia e anatomia esmiuçadas, no próximo capítulo desta série inspirada em O Encantador de Gatos, livro do Jackson Galaxy, analisaremos como e o que nossas maquininhas de matar favoritas costumam caçar na natureza.

(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer se tornar apoiador também? Dá uma fuçada nas recompensas da campanhaaqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes quase 16 anos de projeto. ❤)


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: Bichanos dormem menos do que parece (estreia no dia 15 de setembro!)

31.3.23

2 anos de casa nova, menos 3 gatos

Eu sei que escolhi vir morar no interiorrr para os bigodes terem de volta um gramadinho no fim da vida — que acabou virando gramadão. E que gatos de 15 e 16 anos não atravessariam uma década. Mas sou de humanas, deem um desconto pelas linhas salgadas. Entre os cuidados com a Clara, o Mercv e a Guda, sobrou pouco tempo para curtir.


Continuamos, inclusive, sem porta no banheiro — existe estresse pós-traumático de obra? Até paguei por um toldo contra o alagamento da lavanderia, só que o gênio instalou um modelo que vaza água quando chove, deixa a casa escura nos dias de sol e faz barulho com o vento. Talvez, meta uma cortina de miçangas entre a privada e o quarto.

Já as plantas não podem reclamar: cresceram quase tanto quanto o mato, floriram de todas as formas, renderam caipirinha, moqueca, cupcake. E a gangue também aproveitou — o gatil improvisado, o gatil oficial, as escapadas do gatil (privilégio de quem não conseguiria mais alcançar a rua).

Ainda restam seis.

Decidi embrulhar o passado em contact e acquablock para recomeçar com outras cores. Mas pega leve, Universo!










17.3.23

Gatos, por Salvador Dalí

Escorridos, desencaixados, inusitados, eles protagonizam cenas bizarras e oníricas, com invejável qualidade plástica.


Rosa Meditativa


Metamorfose de Narciso


A Persistência da Memória


Natureza-Morta Viva


A Desintegração da Persistência da Memória

24.2.23

Um dia normal em Gatoca, com ataque de pterodátilos

Às 2h, acordo com gritos aleatórios da Pufosa na sala. Mal adormeço e Pipoca vomita um poltergeist — apelido que dei para a modalidade giratória, em que o conteúdo da boca vai sendo arremessado para longe. Micro-ondas informa que perdi o melhor corticoide da madrugada limpado a cozinha com cheiro de azedo. Às 4h, é a vez de Chocolate esgoelar, só que, diferente da Pufosa, persistentemente. Coloco sua almofada de joaninha dentro da caixa de papelão para esquentar.

Meia hora depois, Keka resolve brigar com um gato invasor, de que só vi o rabo pardo desaparecendo pelo muro. Alguém derruba o potinho de ração do suporte às 5h30. Desisto de dormir às 6h30, com Pufosa botando para fora, bem na porta do quarto, toda a ração renal do recinto, ingerida enquanto eu tentava dormir. Adianto o café da manhã do resto da gangue, em jejum forçado, pensando na privação de sono como estratégia de tortura.

Com a compreensão de mundo prejudicada e depois de nove rodadas de patê na seringa para a Guda, um pterodátilo sombreia a casa, faz tremer o telhado e rouba da Chocolate o troféu de pulmões mais potentes.



Ressurgiu do cretáceo, aliás, o Gramado da Fama, com a paraibana Arina Alba e a paulistana July Grafe, que adotou o blog antes dos gatos! ❤


Esse apoio faz toda a diferença para produtores de conteúdo que não trabalham com publicidade porque prezam pela independência. Para se juntar aos despioradores de mundo (e participar do grupo de WhatsApp mais acolhedor e divertido da internet), basta acessar o Catarse — nossa jornada é longa e só pretendo parar na ONU. :)

Obrigada pela companhia, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo...

...Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura...

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2.2.23

Desafio: qual é a série do seu gato?

Com dez gatos, dá para lançar o Emmy de Gatoca — sim, eu incluí estrelas que não brilham mais na terra porque são estrelas, oras! E tem bigode que merece mais de um seriado, sorry. Ficam as sugestões para os humanos, já que se tratam de algumas das minhas séries favoritas. :)

Fofo, engraçado, totalmente sem jeito com as meninas e me considerando um porto-seguro, Mercv ficaria dividido entre Atypical e The Big Bang Theory. Simba, que chegou com as orelhas comidas de briga, sem castrar e virou mocinho, embora apegado aos prazeres mundanos, amaria Lucifer. A sagacidade da Clara para fugir de casa, nos primórdios sem telas, a faria maratonar Lupin e Sherlock com o bloquinho de anotações.

Guda, às voltas com a educação de cinco filhas de personalidades complicadas, só poderia ser fã de Modern Family. Chocolate, que compartilha com ela uma rotina de amor e ódio, assistiria resmungando Grace and Frankie. Pimenta, batizada pela Mariana de Devedora Temedora, alternaria entre La Casa de Papel e Family Business.

Uma gata como Pufosa, que come mais do que cabe na barriga, vomita e come de novo (o das irmãs também!), não perderia Community. Pipoca, desabrochando conforme crescia, depois de quase morrer várias vezes, fez a jornada do herói da Anne with an E. Keka, arisca e com cara de mal-humorada, mas doce por dentro, se identificaria com Wandinha.


Ao falhar na missão de me arrancar um braço, em 2013, Jujuba trocaria Dexter por Only Murders in the Building, mais moderna e com menos sangue. Vocês provavelmente me associariam com Call me Kat, acertei? E o Gatoca tem um quê de The Good Place — entendedores entenderão. 😂

Contem nos comentários as séries dos bichanos de vocês!

30.12.22

Arranhador de papelão para gatos vale a pena?

Confesso que relutei. Esse arranhador custa tão caro que parcelam em três vezes. E é feito de recurso abundante no lixo reciclável! Mas Guiga Müller jurou no Cluboca que os gatos amam, o preço estava reduzido a um quarto durante a Black Friday e eu precisava mesmo de um presente de Natal para os bigodes — por isso o post está saindo só agora.


Abro um parêntese para explicar que Cluboca é o grupo de apoiadores do Gatoca, onde gateiros do Brasil inteiro compartilham dicas preciosas como essa — e colo e risadas. Tem depoimentos do pessoal aqui e, se quiserem despiorar o mundo com a gente (2023 promete!), basta assinar o Catarse. Fecha parêntese.

A primeira reação da gangue foi um acinte: Guda encarou o presente por alguns segundos, desviou e meteu as garras no sofá.


Com o tempo, porém, todo mundo acabou se entregando. E os arranhadores também servem de cama, função preferida até agora, e ringue de luta, o uso favorito da Chocolate.




A base de borracha prende bem no chão, além de ter cores elegantes, coisa rara em produtos para pets. O papelão é resistente, dá para virar o lado e, quando detonar de vez, comprar apenas o refil, igualmente uma fortuna — não, não ganhei um centavo pela propaganda, rs. E, como vocês vão perguntar o nome da loja nos comentários, é a carioca Zee Dog.


P.S.: A clássica retrospectiva sobe no começo de 2023, para aproveitar energias melhores. :)

28.7.22

Gato correndo loucão: 3 causas que eu desconhecia!

Todo gateiro um dia vai se deparar com um bichano que resolve atravessar a casa correndo do nada, como se anunciassem promoção de sachê. Eu vejo isso aqui há quase 17 anos e nunca perde a graça — Keka anda pelas paredes, Guda mergulha de barriga embaixo da cama e Jujuba finca a bandeira imaginária na última prateleira da sala, atropelando as irmãs na descida.


Mas só recentemente descobri que essa loucura tem método e pode ser sinal de alerta. A causa mais comum leva o nome pomposo de Períodos Frenéticos de Atividade Aleatória, o que significa, no populacho, que o gato desembesta a correr para queimar a energia acumulada ao longo do dia, como uma resposta quase involuntária do corpo — sim, faltou brincadeira.


Se ele já passou dos dez anos, porém, vale uma conversa com o veterinário, porque a outra suspeita é de hipertireoidismo, uma alteração hormonal que acelera o metabolismo, provocando problemas cardíacos, gastrintestinais e renais, e demanda tratamento medicamentoso para controle ou cirurgia.

O diagnóstico pede exames laboratoriais, principalmente dosagem hormonal de T4. Mas estes sintomas dão uma pista do quadro: perda de peso mesmo comendo mais, a hiperatividade constatada nos ralis, vômitos frequentes, problemas na pelagem, aumento na ingestão de água e no volume de xixi, agressividade.

Há, ainda, um terceiro motivo: a hiperestesia, síndrome rara caracterizada por sensibilidade extrema na pele e um conjunto de comportamentos obsessivos, como mordedura, lambedura e vocalização excessivas, perseguição ao próprio rabo, corridas ou pulos fora de controle — o animal pode apresentar também dilatação das pupilas, ondulações no lombo e até espasmos musculares.

A doença não tem origem clara nem cura, mas medicação aliada a brincadeiras e enriquecimento ambiental devolvem a qualidade de vida. Essa dica vale para qualquer bicho, aliás — tirando a parte do remédio, claro.

E não preciso comentar que às vezes os bigodes enlouquecem só porque estão perseguindo um insetinho que a gente não viu ou escutaram um som que ouvidos humanos não captam, né?

14.7.22

Como é um abraço felino? | EG #11

Impossível não lembrar daquelas fotos de animais com bracinhos, já viram? — desculpa, Keka! 😂


Mas gatos abraçam sem usar as patas, virando de barriga para cima (com as garras guardadas, claro). Por ser uma posição extremamente vulnerável, trata-se de uma bela demonstração de confiança, o que não significa permissão para meter a mãozona lá.


Se soar como ameaça, a mordida ou o arranhão certamente virão, porque essa também é uma posição de defesa, embora de bichanos pouco interessados em arrumar treta, já que deixa os dentes e as quatro patas a postos para proteção. E, no caso dos filhotes, podem entender como um convite à brincadeira.

No livro O Encantador de Gatos, que inspirou esta série, financiada pelos apoiadores (quem quiser despiorar o mundo com a gente basta clicar aqui! ❤️), Jackson Galaxy lista outras posturas corporais importantes para entender seu amigo.

Trégua: como os ancestrais dos bigodes não eram uma espécie social, eles não têm sinais claros de apaziguamento. Costumam resolver conflitos, portanto, se evitando ou com comportamentos defensivos — um deles explicado anteriormente, o outro parecendo menores (e menos ameaçadores) ao encolher ombros e patas e apontar as orelhas para trás. Podem até atacar, encurralados, mas só como última opção.

Amizade: ocorre por meio de um cheiro único para o grupo e de sinais como o rabo erguido. A roladinha é comum na presença dos mais velhos, de fêmeas no cio ou em resposta ao catnip.

Relaxamento: peludo que boceja e se alonga está tranquilão. Ao deitar com as patas embaixo do corpo (e as "armas" escondidas), no estilo "pão de forma", ele mostra que não tem a intenção de fugir ou se defender. Mas também vale a esfinge, com as patas dianteiras esticadas diante do corpo — frequentemente acompanhada por olhos "bêbados".

Tensão: notem que o relaxamento se difere do agachamento, em que o bichano fica parcialmente encolhido ou apoiado nas patas dianteiras, uma posição tensa, em provável sinal de dor.

Chateação: faz com que eles arrepiem os pelos e adotem uma postura expansiva para parecerem maiores — o clássico gato de Halloween, sabem? Em estado de alerta, estão dispostos a se defender se necessário.

Ataque: patas esticadas, rabo arrepiado e traseiro erguido indicam que é melhor correr.


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: Bichanos dormem menos do que parece (estreia no dia 15 de setembro!)

6.7.22

Vida com gatos (pendurados) #9

Já pesquisaram as caraterísticas de um bom travesseiro? Primeiro, depende da posição em que se dorme: de barriga para cima pede uma espessura mais fina para evitar curvar demais o pescoço, de lado demanda uma altura equivalente à distância entre os ombros e a base do pescoço. Há também que se considerar a resistência do material. E o tipo — mais ou menos quente, ortopédico, confortável, só que propício a causar alergias.

Isso se você for humano, claro.

Para os gatos, basta pendurar a cabeça em qualquer superfície:








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