Joyce Tsuchiya Melo se apaixonou pelo
Johnny Depp (quem não se apaixonaria?). No feriado de 1º de maio, ela e o Helder me acompanharam pelas vielas do DER para buscar o pequenino ― ainda levaram ração, areia, banheiro e um presente de embrulho caprichado para a Karol. Quem os recepcionou cheia de dengo, porém, foi a versão GG da
Halle Berry.
Não, a família não lhe deu um nome. E também não parecia fazer muita questão de ficar com a peluda, maior e menos engraçadinha do que a Helly Berry oficial, que desistiram de doar. Claro que eu concordei com a "troca". Conseguir um lar para
dois pretolinos em 20 dias equivale a ganhar na loteria da proteção animal.
Melhor ainda se a tutora for médica (com UBS de Heliópolis no currículo!), o apartamento telado ficar na Vila Clementino e vier com um cachorro chamado Niko e uma gatinha batizada de Penélope ― Samanta, a vaquinha da foto, escapou pela porta três dias antes e morreu atropelada na garagem do prédio, aos 9 anos, para a desolação de todo mundo.
No sábado, eu esperava receber notícias da adaptação dos quadrúpedes. E tive de ler três vezes a mensagem de que o casal pretendia voltar para adotar o Johnny Depp. Domingão, lá estávamos nós na favela de novo. E Johnny tornou a se distanciar do sonho da casa própria por causa da Catherine Zeta-Jones, uma das
filhotas ariscas, que não resistiu aos carinhos da Joyce.
Logo na primeira madrugada, a branquelinha escapou do confinamento e foi acordar o Helder, assistiu TV no colo e resmungou quando sobrou sozinha. Halle Berry GG já passeava confiante pelos cômodos, exceto o quarto, onde Penélope resolveu se entocar com seus 12 anos de rabugice. E Niko seguia não se importando com nenhuma das duas.
Quando perguntei se poderia divulgar a novidade no blog, Joyce não titubeou: "Daqui, elas não saem". E mandou um áudio da Catherine ronronando tão alto no colo do irmão que lembrava o foguetório do réveillon.
Para a festa ficar completa, faltam
cinco bebês ganharem uma família ―
Scarlett Johansson, infelizmente, desapareceu. E, como não é fácil escolher quem merece uma chance, pensem com carinho no Johnny, que já perdeu a dele duas vezes. O tigrinho promete retribuir com meiguice, caçada de ratinhos e aquela tombada de cabeça irresistível.
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