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28.11.24

Renovação que veio de fininho

Tem gente que é incompetente para o descanso. Eu havia prometido um respiro neste fim de ano, depois de quase meia década de mortes felinas em sequência, para retomar os projetos com força total em 2025. E, quando me dei conta, estava com a casa virada do avesso. Tudo começou com a caminha da Chocolate, intocada desde abril, porque me faltou coragem para doar.

E como já teria de abrir espaço no depósito de jardim, resolvi rever todas as coisas guardadas ao longo da jornada com gatos ― porque poderia esfriar, ou esquentar, ou resgatar de novo uma ninhada, ou precisar de mais banheiros. Levei até a ONG que castrou o Intrú e nem fotografei porque não percebi o movimento que se iniciava.


Aí, Leo sugeriu uma ida ao Ceagesp para repor as plantas que não sobreviveram à rotina entre alarmes ― ele cuidando dos pais e eu, dos velhinhos quadrúpedes. Peguei a estrada determinada a recomprar a cinerária prateada que secou junto com a gangue e voltei com cristas-de-galo que, se crescerem como imagino, farão um pôr de sol no gatil ― Intrú ajudou com os vasos de fora, como não se nota na imagem anterior.


Mari pediu, então, para procurar na papelada que deixou comigo, antes de se mudar para a Itália, seus diplomas e históricos escolares. E aproveitou para desapegar dos livros e das roupas que já haviam vindo de Sorocaba para cá. A coleção do Sherlock Holmes entreguei na biblioteca da cidade, pequena, mas gracinha. E as obras de espiritualidade estou dividindo entre os amigos menos céticos.


As peças sociais poderiam ser vendidas no shopping, já que minha irmã não compartilha a estratégia de usar até virar pijama, depois jogar no reciclável porque não aceitariam nem como doação. Só que antes de qualquer destino preciso descobrir como tirar macha de botão que esverdeou o tecido ou de calça colorida que estampou a clara.


E lavar de novo a leva do varal que quebrou, para delírio do Intrú.



Tenho compartilhado mais registros do cotidiano nos stories do Instagram, porque vocês disseram que querem ver ― e talvez contribua para a fidelização da comunidade (já disse que odeio os algoritmos?).


Ainda deve rolar um bate e volta para Campinas, porque também consegui substituir, nesta Black Friday, os pneus que me obrigavam a dirigir com aventura pela Raposo. Perguntei ao mecânico se dava para saber a data da última troca, já que não me lembrava mais, e fiquei chocada com a resposta: 2008. Comprei o Focus em 2011.

2 comentários:

Aline Silpe disse...

Realmente, você andou dando trabalho pros anjos da guarda todos com esses pneus! 😅 Que seja um final de ano sossegado em Gatoca!

Vanessa Araújo disse...

Tive um surto desses de arrumação e desapego aqui. Entre realocações, doações e descarte, liberei uma estante de 2,5 de altura por 0,90 de largura. Mexi nas gavetas do escritório, mais um saco de lixo. Ia partir pro quarto, mamãe morreu e perdi o rumo da vida. Mas a partir de segunda, se o calor carioca deixar, retomo a arrumação. Tudo sob a supervisão dos estagigatos