Apesar de trabalhar há mais tempo como freelancer do que empregada, eu tenho uma coleção de ex-chefes queridos. De um deles (na verdade, uma), ganhei um traveisseirinho de camomila que os bigodes logo dominaram. Chocolate ama aquele travesseirinho! Passa o dia deitada sobre as bolotas vermelhas, até sair com cheiro de calmaria ― só o cheiro.
Acontece que o sono da pequena encrenqueira deve ser uma releitura da vida real e, dia sim, dia não, ela despenca da prateleira levando o travesseirinho junto. Aterrissa de pé e me olha com um misto de susto e vergonha, enquanto eu a encaro incrédula por mais uma soneca enfartante. Que se repetirá depois de amanhã.
13.4.16
8.4.16
Do barro para a cama com cobertor
Gatoca fez um mutirão de castração no DER há um ano, que se desdobrou em 31 posts (alguns tristes, outros engraçados, vários emocionantes) e nove bichanos doados ― as histórias estão todas no fim do texto. Faltava Pretinha. Um mês após a cirurgia, eu a encontrei quase morta numa das ladeiras de terra da favela. O tratamento durou longas quatro semanas e a pretolina continuou me recebendo com festa ― os animais dão aula de gratidão ao ser humano.
Aí, veio o primeiro lar temporário, a devolução por causa de um erro veterinário, o segundo lar temporário, com piriri durante o percurso (da gata, não meu), mais 255 dias de espera pela família oficial. E ela tomou forma no final de fevereiro! Soaria estranho usar "apareceu" para os pais da Fernanda Abreu, dona do segundo LT, né?
Tudo começou com a sugestão do vet de adotarem uma amiga para Kiara se distrair e parar de arrancar os próprios pelos ― a outra opção seria apelar ao Prozac. E, no dia 27, Pretinha rumou para a casa telada em Santana, recém-batizada de Lizzy, um personagem de anime (aqueles desenhos japoneses de olhos gigantes).
A adaptação compreendeu quatro bípedes, que se apaixonaram instantaneamente, e quatro quadrúpedes, que ainda se estranham: Kiki não curtiu muito a novidade, mas abandonou a cutucação e os cachorros seguem tentando entender o pé de gato que brotou no jardim.
Quando eu recebi a foto abaixo, lembrei da pequena tomando chuva nas vielas avermelhadas e sorri salgado. A vida pode ser doce.
Leiam também:
:: Panfletagem por uma causa nobre
:: Inscrição em três etapas - parte 1
:: Inscrição em três etapas - partes 2 e 3
:: Protetor é quem cuida
:: Mutirão de castração é para os fortes
:: Se há uma chance, Gatoca é a favor
:: Da favela para Hollywood!
:: Mutirão de castração é para os fortes - parte 2
:: O primeiro de nove!
:: Sementes
:: Adoção platônica
:: Adoção Gremlin
:: Quase famosos
:: Ossos e um coração partidos
:: Felicidade que nunca chega
:: Descanso merecido
:: Para bater recordes de bilheteria!
:: A arte de enxugar gelo
:: Quando a coisa fica preta
:: Desfecho frustrante
:: Refilmagem
:: Os últimos de nove
:: Favela com emoção
:: Conscientização: o trabalho por trás dos holofotes
:: Ossos e um coração colados
:: NeverEnding Story
:: De Hollywood para o Japão
:: De Hollywood para os palcos
:: Halloween da sorte 2015
:: De Richard Gere para os braços do Pepê
:: Black Friday fracassada
Aí, veio o primeiro lar temporário, a devolução por causa de um erro veterinário, o segundo lar temporário, com piriri durante o percurso (da gata, não meu), mais 255 dias de espera pela família oficial. E ela tomou forma no final de fevereiro! Soaria estranho usar "apareceu" para os pais da Fernanda Abreu, dona do segundo LT, né?
Tudo começou com a sugestão do vet de adotarem uma amiga para Kiara se distrair e parar de arrancar os próprios pelos ― a outra opção seria apelar ao Prozac. E, no dia 27, Pretinha rumou para a casa telada em Santana, recém-batizada de Lizzy, um personagem de anime (aqueles desenhos japoneses de olhos gigantes).
A adaptação compreendeu quatro bípedes, que se apaixonaram instantaneamente, e quatro quadrúpedes, que ainda se estranham: Kiki não curtiu muito a novidade, mas abandonou a cutucação e os cachorros seguem tentando entender o pé de gato que brotou no jardim.
Quando eu recebi a foto abaixo, lembrei da pequena tomando chuva nas vielas avermelhadas e sorri salgado. A vida pode ser doce.
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:: Felicidade que nunca chega
:: Descanso merecido
:: Para bater recordes de bilheteria!
:: A arte de enxugar gelo
:: Quando a coisa fica preta
:: Desfecho frustrante
:: Refilmagem
:: Os últimos de nove
:: Favela com emoção
:: Conscientização: o trabalho por trás dos holofotes
:: Ossos e um coração colados
:: NeverEnding Story
:: De Hollywood para o Japão
:: De Hollywood para os palcos
:: Halloween da sorte 2015
:: De Richard Gere para os braços do Pepê
:: Black Friday fracassada
5.4.16
Gatos não sentem sabores doces!
Podem segurar a vontade de dividir o ovo de Páscoa com os bichanos. Antes de qualquer coisa, porque chocolate é tóxico para animais. Isso quer dizer que o fígado dos peludos não metaboliza direito a teobromina, presente em maior quantidade nas cascas e bombons escuros, podendo causar contrações musculares, taquicardia, vômitos e diarreia ― bichos menores correm risco de morte!
Depois, porque os bigodes não curtirão como a gente o gostinho açucarado pascoal. Apesar da domesticação de cerca de 5 mil anos, eles continuam sendo carnívoros restritos: preferem sua parte em proteína animal, dispensando nosso amado carboidrato como fonte de energia.
Essa incapacidade de sentir sobremesas, segundo a revista Scientific American, se deve a um gene. Pequenos e grandes felinos não têm uma parte do DNA existente no gene Tas1r2, responsável, junto com o Tas1r3, por gerar as proteínas que formam os receptores de sabores doces na língua.
Agora, quem explica a paixão da Clara e do Mercv por mamão?
* Texto escrito para o Yahoo!
Depois, porque os bigodes não curtirão como a gente o gostinho açucarado pascoal. Apesar da domesticação de cerca de 5 mil anos, eles continuam sendo carnívoros restritos: preferem sua parte em proteína animal, dispensando nosso amado carboidrato como fonte de energia.
Essa incapacidade de sentir sobremesas, segundo a revista Scientific American, se deve a um gene. Pequenos e grandes felinos não têm uma parte do DNA existente no gene Tas1r2, responsável, junto com o Tas1r3, por gerar as proteínas que formam os receptores de sabores doces na língua.
Agora, quem explica a paixão da Clara e do Mercv por mamão?
* Texto escrito para o Yahoo!
1.4.16
Curso de homeopatia para animais!
Seis dos dez bigodes aqui de casa têm doença renal, vocês sabem. Quando saiu o resultado do hemograma, depois de chorar em posição fetal, eu troquei a ração de todo mundo pela versão terapêutica e Simba odiou, lembram? Perdeu quase meio quilo em duas semanas. A nova marca, mais palatável, fez sucesso, mas provocou intolerância alimentar no leãozinho, que já tratava a infecção de pele highlander há mais de ano.
Resolvi, então, arriscar a homeopatia, por indicação de duas amigas queridas. A diarreia desapareceu em 38 dias e as feridas na pele, que na verdade eram causadas pelo próprio gato, estressado com as obras intermináveis do nosso novo bairro, em três meses ― embora ele ainda tenha recaídas leves.
Criada pelo alemão Samuel Hahnemann, a homeopatia atua na energia vital, tratando o ser, bípede ou quadrúpede, não a doença. O medicamento, portanto, leva em consideração essência e particularidades do indivíduo naquele momento de vida. Sem restrições, é especialmente indicada para convulsão, diabetes, tumores cancerígenos, alterações comportamentais e doenças virais como cinomose, rinotraqueite, FIV (aids felina) e FeLV (leucemia felina).
Os glóbulos, diluídos em água, não possuem cheiro nem sabor, facilitando a administração oral (basta usar uma seringa). Para as feras, vale apelar ao borrifador, já que o simples ato de inspirar as gotículas possibilita o contato com as mucosas.
Quem ficou curioso não pode perder a segunda aula da veterinária Maria Eugênia Carretero, com renda revertida à ONG Natureza em Forma, que cuida de mais de 400 bichos no centro de São Paulo ― informações abaixo. Eu participei da primeira, no dia 19 deste mês, e saí com 11 páginas de anotações, uma lista privilegiada de material para leitura e empolgação que há muito tempo não sentia em um curso. Vale cada minuto e muito mais do que R$ 20! :)
Serviço
Datas: 9 de abril, 14 de maio e 18 de junho.
Horário: das 9h às 12h.
Valor: R$ 20, revertidos para a ONG Natureza em Forma.
Endereço: Matilha Cultural - rua Rego Freitas, 542, Centro, São Paulo (metrô República).
Inscrição online: goo.gl\eeinwZ
Contato: maru.veterinaria@gmail.com
Minha coleção de frasquinhos já dobrou! rs
Resolvi, então, arriscar a homeopatia, por indicação de duas amigas queridas. A diarreia desapareceu em 38 dias e as feridas na pele, que na verdade eram causadas pelo próprio gato, estressado com as obras intermináveis do nosso novo bairro, em três meses ― embora ele ainda tenha recaídas leves.
Criada pelo alemão Samuel Hahnemann, a homeopatia atua na energia vital, tratando o ser, bípede ou quadrúpede, não a doença. O medicamento, portanto, leva em consideração essência e particularidades do indivíduo naquele momento de vida. Sem restrições, é especialmente indicada para convulsão, diabetes, tumores cancerígenos, alterações comportamentais e doenças virais como cinomose, rinotraqueite, FIV (aids felina) e FeLV (leucemia felina).
Os glóbulos, diluídos em água, não possuem cheiro nem sabor, facilitando a administração oral (basta usar uma seringa). Para as feras, vale apelar ao borrifador, já que o simples ato de inspirar as gotículas possibilita o contato com as mucosas.
Quem ficou curioso não pode perder a segunda aula da veterinária Maria Eugênia Carretero, com renda revertida à ONG Natureza em Forma, que cuida de mais de 400 bichos no centro de São Paulo ― informações abaixo. Eu participei da primeira, no dia 19 deste mês, e saí com 11 páginas de anotações, uma lista privilegiada de material para leitura e empolgação que há muito tempo não sentia em um curso. Vale cada minuto e muito mais do que R$ 20! :)
Serviço
Datas: 9 de abril, 14 de maio e 18 de junho.
Horário: das 9h às 12h.
Valor: R$ 20, revertidos para a ONG Natureza em Forma.
Endereço: Matilha Cultural - rua Rego Freitas, 542, Centro, São Paulo (metrô República).
Inscrição online: goo.gl\eeinwZ
Contato: maru.veterinaria@gmail.com
Minha coleção de frasquinhos já dobrou! rs
30.3.16
If it fits, I sit
E, se não cabe, a gente dá um jeitinho. Ainda convida a família para compartilhar.
Gudas na caixa do modem (!), por Leo Eichinger ♥
Gudas na caixa do modem (!), por Leo Eichinger ♥
Categorias:
Gatoca,
Guda,
Gudinhas,
Keka,
Vale a pena ler de novo
25.3.16
Páscoa sem sacanear os animais
Atualizado em 12 de abril de 2017
Todo ano, a história se repete: criança chora porque quer um coelhinho na Páscoa, os pais compram sem saber que são bichos mais ariscos, que roem as coisas para frear o crescimento dos dentes e comem as próprias fezes (mas só as da madrugada), e toca ONG arrumar espaço, entre cães e gatos, para encaixar as novas vidas abandonadas.
O primeiro alerta deste texto, portanto, é: nunca tomem decisões assim por impulso. E, se vocês realmente sonham com um amigo diferente, ADOTEM. A Canto da Terra e a Associação Natureza em Forma têm vários dentuços esperando a chance de recomeçar em São Paulo. E o Santuário das Fadas, no Rio de Janeiro, mais alguns ― indiquem outras ONGs nos comentários. ;)
Para quem achou melhor investir nos coelhos de chocolate, vale conferir os ingredientes das embalagens (eles são listados em ordem decrescente de quantidade): quanto mais cacau, menos vacas e bezerros sofreram para produzir o leite usado na receita ― sim, o tratamento é extremamente cruel. Neste site, há opções nacionais e importadas, com e sem soja, e até à base de alfarroba, um substituto menos calórico do cacau.
Sobre a bacalhoada, nem preciso comentar, né?
Citronela, Camomila e mordidinhas de amor
* Texto escrito para o Yahoo!
Todo ano, a história se repete: criança chora porque quer um coelhinho na Páscoa, os pais compram sem saber que são bichos mais ariscos, que roem as coisas para frear o crescimento dos dentes e comem as próprias fezes (mas só as da madrugada), e toca ONG arrumar espaço, entre cães e gatos, para encaixar as novas vidas abandonadas.
O primeiro alerta deste texto, portanto, é: nunca tomem decisões assim por impulso. E, se vocês realmente sonham com um amigo diferente, ADOTEM. A Canto da Terra e a Associação Natureza em Forma têm vários dentuços esperando a chance de recomeçar em São Paulo. E o Santuário das Fadas, no Rio de Janeiro, mais alguns ― indiquem outras ONGs nos comentários. ;)
Para quem achou melhor investir nos coelhos de chocolate, vale conferir os ingredientes das embalagens (eles são listados em ordem decrescente de quantidade): quanto mais cacau, menos vacas e bezerros sofreram para produzir o leite usado na receita ― sim, o tratamento é extremamente cruel. Neste site, há opções nacionais e importadas, com e sem soja, e até à base de alfarroba, um substituto menos calórico do cacau.
Sobre a bacalhoada, nem preciso comentar, né?
Citronela, Camomila e mordidinhas de amor
* Texto escrito para o Yahoo!
23.3.16
Morte de vida nova!
Nós ficamos apaixonadas pela Catrina e queremos adotá-la mesmo se der positivo para FeLV no segundo exame! Percebemos que tudo que ela precisa para estar saudável é carinho e proteção. Ela traria brilho para nosso apartamento e nós lhe daríamos uma família. Eu trabalho em casa, Catrina ficaria o tempo todo comigo. Laís termina a faculdade no meio do ano e, provavelmente, emendará um mestrado.
Não pretendemos deixar de morar juntas, pelo menos não em um futuro próximo. Estamos aqui em São Paulo há seis anos, temos uma vida bem estável. E, se a gente se separasse, brigaríamos para ver quem continuaria com ela. Jamais a devolveríamos. Como dissemos a você, temos dois gatos na casa dos nossos pais, no interior, ambos pegos da rua. Sabemos das responsabilidades.
Quanto à dificuldade de escolher por outra vida, tudo o que posso dizer é que aqui ela seria tratada com muito amor e tudo de melhor!
Eu sempre publico as cartinhas enviadas depois da adoção, mas este post não poderia começar de outra forma. Depois de três lares temporários, duas doações fracassadas e o resultado "fraco positivo" para leucemia felina, a maré de azar da vesgolina finalmente acabou. Ela foi morar com a Lara e a Laís Razza, para reinar exclusiva no apartamento de janelões privilegiados da Paulista ― as irmãs telaram só para recebê-la. :)
La Muerte tem passado boa parte do tempo enfurnada no armário, por causa do barulho das manifestações, e insiste nas brincadeiras joselitas. Mas as meninas esbanjam paciência (mesmo acordadas religiosamente às 5h30, por causa da rotina da família anterior) e já iniciaram o tratamento homeopático para estresse e medo.
Hoje é dia de festa no céu ― e na terra também!
Epopeia da Catrina, La Muerte na busca por um lar:
:: Como tudo começou
:: Notícias da Morte
:: Lar temporário do lar temporário
:: Morte quer vida nova!
:: Chuchuia
:: Onde Está Catrina?
:: A gata mais azarada de Gatoca
Não pretendemos deixar de morar juntas, pelo menos não em um futuro próximo. Estamos aqui em São Paulo há seis anos, temos uma vida bem estável. E, se a gente se separasse, brigaríamos para ver quem continuaria com ela. Jamais a devolveríamos. Como dissemos a você, temos dois gatos na casa dos nossos pais, no interior, ambos pegos da rua. Sabemos das responsabilidades.
Quanto à dificuldade de escolher por outra vida, tudo o que posso dizer é que aqui ela seria tratada com muito amor e tudo de melhor!
*
Eu sempre publico as cartinhas enviadas depois da adoção, mas este post não poderia começar de outra forma. Depois de três lares temporários, duas doações fracassadas e o resultado "fraco positivo" para leucemia felina, a maré de azar da vesgolina finalmente acabou. Ela foi morar com a Lara e a Laís Razza, para reinar exclusiva no apartamento de janelões privilegiados da Paulista ― as irmãs telaram só para recebê-la. :)
La Muerte tem passado boa parte do tempo enfurnada no armário, por causa do barulho das manifestações, e insiste nas brincadeiras joselitas. Mas as meninas esbanjam paciência (mesmo acordadas religiosamente às 5h30, por causa da rotina da família anterior) e já iniciaram o tratamento homeopático para estresse e medo.
Hoje é dia de festa no céu ― e na terra também!
Epopeia da Catrina, La Muerte na busca por um lar:
:: Como tudo começou
:: Notícias da Morte
:: Lar temporário do lar temporário
:: Morte quer vida nova!
:: Chuchuia
:: Onde Está Catrina?
:: A gata mais azarada de Gatoca
18.3.16
Vocabulário da riqueza
(Há que se começar de algum lugar, não é mesmo?)
Eu sempre quis usar a palavra "folguista". Pois acabo de me tocar que aqui em casa temos uma escala de folguistas para cobrir a ausência do Mercvrivs no colo: Chocolate fica com os dias quentes, Pipoca com as madrugadas, Simba com a corridinha ao banheiro e Clara com as tardes de faxina ― o que torna o processo todo docemente complicado.
Eu sempre quis usar a palavra "folguista". Pois acabo de me tocar que aqui em casa temos uma escala de folguistas para cobrir a ausência do Mercvrivs no colo: Chocolate fica com os dias quentes, Pipoca com as madrugadas, Simba com a corridinha ao banheiro e Clara com as tardes de faxina ― o que torna o processo todo docemente complicado.
16.3.16
Sétima primavera
A festa de aniversário de doação da Pandora é o Natal de Gatoca. Eu começo a contagem regressiva dois meses antes, compro presente, capricho no prato que dividirá a mesa com quitutes da culinária alemã e este ano até arrisquei ir de vestido para ser carimbada pela cachorrada. De seus estimados 13 anos, Pan completou sete em uma família de filme, incluindo bípedes, quadrúpedes e o jardim com piscina, cada vez mais distante da história de terror que nos uniu.
E São Pedro, que frequenta o mesmo stand-up de arpa de Chicão, nos brindou com uma comemoração ensolarada até o último latido. Teve chacoalhada frenética de rabinho (não, ela não esquece), cavocada escondida no canto favorito do gramado (já careca), parabéns com bolo de três andares ― e nós herdamos um terço! A cama e o carrinho improvisado com toalha foram construídos pelo Detlev para a Pretinha, irmã canina que não consegue mais andar sozinha.
Alguém duvida que dias ainda mais incríveis aguardam a grisalhice da nossa pantera?
Epopeia da Pandora:
:: Caixa de esperança
:: Casa de esperança
:: Nascimento da ninhada
:: Morte da ninhada
:: Devolução
:: Boletim - 28 de novembro
:: Boletim - 1º de dezembro
:: Boletim - 8 de dezembro
:: Sítio temporário
:: Doação de conto de fadas
:: Primeira primavera
:: Segunda primavera
:: Festa em Sorocaba
:: Terceira primavera
:: Quarta primavera
:: Quinta primavera
:: Sexta primavera
E São Pedro, que frequenta o mesmo stand-up de arpa de Chicão, nos brindou com uma comemoração ensolarada até o último latido. Teve chacoalhada frenética de rabinho (não, ela não esquece), cavocada escondida no canto favorito do gramado (já careca), parabéns com bolo de três andares ― e nós herdamos um terço! A cama e o carrinho improvisado com toalha foram construídos pelo Detlev para a Pretinha, irmã canina que não consegue mais andar sozinha.
Alguém duvida que dias ainda mais incríveis aguardam a grisalhice da nossa pantera?
Epopeia da Pandora:
:: Caixa de esperança
:: Casa de esperança
:: Nascimento da ninhada
:: Morte da ninhada
:: Devolução
:: Boletim - 28 de novembro
:: Boletim - 1º de dezembro
:: Boletim - 8 de dezembro
:: Sítio temporário
:: Doação de conto de fadas
:: Primeira primavera
:: Segunda primavera
:: Festa em Sorocaba
:: Terceira primavera
:: Quarta primavera
:: Quinta primavera
:: Sexta primavera
10.3.16
O mundo que deixaremos para nossos filhos
Vizinho reclama dos bigodes. Neste exato momento, meu apartamento fede a frango frito ― vindo do vizinho, claro, porque sou vegetariana há quase uma década. Lição aprendida: bichos mortos cheiram melhor do que os vivos.
9.3.16
Sorte de principiante
A primeira resgatinha de Gatoca veio de brinde com um rolo de tela de aço galvanizado. Ficou três dias no banheiro da nossa antiga casa e, sem questionário de adoção nem vistoria, rumou para o novo lar. Francisco e Laura, amigos da Mari, começavam sua família e precisavam de uma imperatriz. Recém-batizada de Carlota, Pituquinha logo foi castrada, vacinada e passou a curtir a paisagem quadriculada da Pompeia pelas telas, que o casal instalou por iniciativa própria.
Quase oito anos depois, tendo aprendido a fazer o negócio direito, eu recebi o convite para visitá-los no apartamento de quartos extras. A família, que já era completa, ganhou mais duas meninas: Helena, com 2 anos e meio, e Teresa, de minúsculos 8 meses. E, enquanto eu tirava esta foto, fiquei pensando na capacidade da vida de transformar nossos limões em limonadas.
Quase oito anos depois, tendo aprendido a fazer o negócio direito, eu recebi o convite para visitá-los no apartamento de quartos extras. A família, que já era completa, ganhou mais duas meninas: Helena, com 2 anos e meio, e Teresa, de minúsculos 8 meses. E, enquanto eu tirava esta foto, fiquei pensando na capacidade da vida de transformar nossos limões em limonadas.
Categorias:
Coração de pudim,
Vale a pena ler de novo
4.3.16
3.209 dias depois...
(Leiam ao som de "Hallelujah", do Jeff Buckley.)
A história de Gatoca ganhou um novo marco! Eu consegui dar remédio para a Jujuba! Na boca. Por 15 noites. Sem sair mutilada.
A história de Gatoca ganhou um novo marco! Eu consegui dar remédio para a Jujuba! Na boca. Por 15 noites. Sem sair mutilada.
2.3.16
Coerência e pequenos prazeres da vida
Se você não quer que o bigode suba na mesa quando tem visita almoçando em casa, não deve deixá-lo subir nunca ― os animais não entendem regras mutantes. Para que Mercv sofra menos nos devezenquandários banhos por causa da seborreia, eu tenho permitido, então, que fique empoleirado no box enquanto tiro a nhaca matinal.
Durante a lavagem do cabelo, ele toma coragem. Conforme o sabonete desliza pelo corpo, vai descendo as patinhas pela lateral interna do que foi, um dia, uma banheira. E, quando alcanço os pés, assisto ao figura sentado no chão rústico, com a água batendo na bunda e recuando, como se estivesse na praia. Felizão.
Durante a lavagem do cabelo, ele toma coragem. Conforme o sabonete desliza pelo corpo, vai descendo as patinhas pela lateral interna do que foi, um dia, uma banheira. E, quando alcanço os pés, assisto ao figura sentado no chão rústico, com a água batendo na bunda e recuando, como se estivesse na praia. Felizão.
26.2.16
A gata mais azarada de Gatoca
Ninguém sabe como Catrina foi parar no gramado do predinho do Leo. Mas, se essa história não começa com abandono, certamente tem como protagonistas tutores irresponsáveis, que permitiram o passeio sem volta pelo bairro. E, em menos de dois meses, La Muerte rodou por três lares temporários ― a primeira oferta não conta, porque a pessoa conseguiu nos enrolar por semanas e, acreditem, mudar de ideia.
Do apartamento da dona Sônia, a vesgolina precisou sair em cinco dias, porque ela voltaria de viagem com os cachorros. No do Jubão, ficou um mês de janelas fechadas, já que o proprietário não permite telar. No da Marina, a coisa ia bem até Micolina resolver atacá-la do nada e a convivência se transformar em um festival de fuzzz (que segue até hoje).
Aí, vieram as doações fracassadas. Primeiro para a zona norte: família fofa e casa grande, mas com muro baixo, que não impediria o acesso à rua ― e toca voltar com a gata torrando no sol para a Vila Mariana, engolindo a frustração. Depois, para a zona leste: casa grande também e dois irmãozinhos felinos, mas o exame de sangue deu "fraco positivo" para FeLV e a vesgolina perdeu de novo, além da viagem, a chance de ganhar um lar.
Sim, leucemia felina merece um parágrafo à parte. Nós fizemos a coleta no laboratório mais próximo (que não era tão próximo assim) e esperamos duas horas pelo resultado no quartinho da futura-ex-adotante, La Muerte dentro da caixa de transporte, eu sentada no chão. E, enquanto Dr. Lauro explicava que havia demorado para enxergar o tracinho que transformaria nossas vidas e sugeria um repeteco do teste em 30 dias, meu coração pausou.
Causada por um vírus, a FeLV enfraquece o sistema imunológico, mas pode ser assintomática e até curável, dependendo da resistência orgânica do animal. Catrina está ótima, só que o estresse de morar com o inimigo não favorece o quadro. E, se saudável coleciona tantas desfelicidades, imaginem doente! Quem topa me ajudar a reescrever este exame?
Epopeia da Catrina, La Muerte na busca por um lar:
:: Como tudo começou
:: Notícias da Morte
:: Lar temporário do lar temporário
:: Morte quer vida nova!
:: Chuchuia
:: Onde Está Catrina?
Do apartamento da dona Sônia, a vesgolina precisou sair em cinco dias, porque ela voltaria de viagem com os cachorros. No do Jubão, ficou um mês de janelas fechadas, já que o proprietário não permite telar. No da Marina, a coisa ia bem até Micolina resolver atacá-la do nada e a convivência se transformar em um festival de fuzzz (que segue até hoje).
Aí, vieram as doações fracassadas. Primeiro para a zona norte: família fofa e casa grande, mas com muro baixo, que não impediria o acesso à rua ― e toca voltar com a gata torrando no sol para a Vila Mariana, engolindo a frustração. Depois, para a zona leste: casa grande também e dois irmãozinhos felinos, mas o exame de sangue deu "fraco positivo" para FeLV e a vesgolina perdeu de novo, além da viagem, a chance de ganhar um lar.
Sim, leucemia felina merece um parágrafo à parte. Nós fizemos a coleta no laboratório mais próximo (que não era tão próximo assim) e esperamos duas horas pelo resultado no quartinho da futura-ex-adotante, La Muerte dentro da caixa de transporte, eu sentada no chão. E, enquanto Dr. Lauro explicava que havia demorado para enxergar o tracinho que transformaria nossas vidas e sugeria um repeteco do teste em 30 dias, meu coração pausou.
Causada por um vírus, a FeLV enfraquece o sistema imunológico, mas pode ser assintomática e até curável, dependendo da resistência orgânica do animal. Catrina está ótima, só que o estresse de morar com o inimigo não favorece o quadro. E, se saudável coleciona tantas desfelicidades, imaginem doente! Quem topa me ajudar a reescrever este exame?
Epopeia da Catrina, La Muerte na busca por um lar:
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:: Morte quer vida nova!
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23.2.16
Aniversariante do mês - fevereiro de 2016
Teve bolo de chocolate, balas de coco e balões de gás hélio. Mentira! Essa foi a festinha da minha enteada, bem no dia do aniversário da Chocolate* (domingão, 14). E eu queria escrever que a comemoração da gata do nariz de coração ficou para o fim de semana seguinte, mas o tempo nos atropelou com seus imprevistos amargos. Apertei, então, a pequena à noite e agradeci a São Francisco pelos 9 anos de ranhetice que o tempo não consegue amargar.
*Novelinha: Conheça a história da Chocolate
Outros aniversários: 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008
*Novelinha: Conheça a história da Chocolate
Outros aniversários: 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008
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