.
.

25.3.16

Páscoa sem sacanear os animais

Atualizado em 12 de abril de 2017

Todo ano, a história se repete: criança chora porque quer um coelhinho na Páscoa, os pais compram sem saber que são bichos mais ariscos, que roem as coisas para frear o crescimento dos dentes e comem as próprias fezes (mas só as da madrugada), e toca ONG arrumar espaço, entre cães e gatos, para encaixar as novas vidas abandonadas.

O primeiro alerta deste texto, portanto, é: nunca tomem decisões assim por impulso. E, se vocês realmente sonham com um amigo diferente, ADOTEM. A Canto da Terra e a Associação Natureza em Forma têm vários dentuços esperando a chance de recomeçar em São Paulo. E o Santuário das Fadas, no Rio de Janeiro, mais alguns ― indiquem outras ONGs nos comentários. ;)

Para quem achou melhor investir nos coelhos de chocolate, vale conferir os ingredientes das embalagens (eles são listados em ordem decrescente de quantidade): quanto mais cacau, menos vacas e bezerros sofreram para produzir o leite usado na receita ― sim, o tratamento é extremamente cruel. Neste site, há opções nacionais e importadas, com e sem soja, e até à base de alfarroba, um substituto menos calórico do cacau.

Sobre a bacalhoada, nem preciso comentar, né?


Citronela, Camomila e mordidinhas de amor

* Texto escrito para o Yahoo!

23.3.16

Morte de vida nova!

Nós ficamos apaixonadas pela Catrina e queremos adotá-la mesmo se der positivo para FeLV no segundo exame! Percebemos que tudo que ela precisa para estar saudável é carinho e proteção. Ela traria brilho para nosso apartamento e nós lhe daríamos uma família. Eu trabalho em casa, Catrina ficaria o tempo todo comigo. Laís termina a faculdade no meio do ano e, provavelmente, emendará um mestrado.

Não pretendemos deixar de morar juntas, pelo menos não em um futuro próximo. Estamos aqui em São Paulo há seis anos, temos uma vida bem estável. E, se a gente se separasse, brigaríamos para ver quem continuaria com ela. Jamais a devolveríamos. Como dissemos a você, temos dois gatos na casa dos nossos pais, no interior, ambos pegos da rua. Sabemos das responsabilidades.

Quanto à dificuldade de escolher por outra vida, tudo o que posso dizer é que aqui ela seria tratada com muito amor e tudo de melhor!


*

Eu sempre publico as cartinhas enviadas depois da adoção, mas este post não poderia começar de outra forma. Depois de três lares temporários, duas doações fracassadas e o resultado "fraco positivo" para leucemia felina, a maré de azar da vesgolina finalmente acabou. Ela foi morar com a Lara e a Laís Razza, para reinar exclusiva no apartamento de janelões privilegiados da Paulista ― as irmãs telaram só para recebê-la. :)


La Muerte tem passado boa parte do tempo enfurnada no armário, por causa do barulho das manifestações, e insiste nas brincadeiras joselitas. Mas as meninas esbanjam paciência (mesmo acordadas religiosamente às 5h30, por causa da rotina da família anterior) e já iniciaram o tratamento homeopático para estresse e medo.

Hoje é dia de festa no céu ― e na terra também!



Epopeia da Catrina, La Muerte na busca por um lar:

:: Como tudo começou
:: Notícias da Morte
:: Lar temporário do lar temporário
:: Morte quer vida nova!
:: Chuchuia
:: Onde Está Catrina?
:: A gata mais azarada de Gatoca

18.3.16

Vocabulário da riqueza

(Há que se começar de algum lugar, não é mesmo?)

Eu sempre quis usar a palavra "folguista". Pois acabo de me tocar que aqui em casa temos uma escala de folguistas para cobrir a ausência do Mercvrivs no colo: Chocolate fica com os dias quentes, Pipoca com as madrugadas, Simba com a corridinha ao banheiro e Clara com as tardes de faxina ― o que torna o processo todo docemente complicado.

16.3.16

Sétima primavera

A festa de aniversário de doação da Pandora é o Natal de Gatoca. Eu começo a contagem regressiva dois meses antes, compro presente, capricho no prato que dividirá a mesa com quitutes da culinária alemã e este ano até arrisquei ir de vestido para ser carimbada pela cachorrada. De seus estimados 13 anos, Pan completou sete em uma família de filme, incluindo bípedes, quadrúpedes e o jardim com piscina, cada vez mais distante da história de terror que nos uniu.

E São Pedro, que frequenta o mesmo stand-up de arpa de Chicão, nos brindou com uma comemoração ensolarada até o último latido. Teve chacoalhada frenética de rabinho (não, ela não esquece), cavocada escondida no canto favorito do gramado (já careca), parabéns com bolo de três andares ― e nós herdamos um terço! A cama e o carrinho improvisado com toalha foram construídos pelo Detlev para a Pretinha, irmã canina que não consegue mais andar sozinha.

Alguém duvida que dias ainda mais incríveis aguardam a grisalhice da nossa pantera?



















Epopeia da Pandora:

:: Caixa de esperança
:: Casa de esperança
:: Nascimento da ninhada
:: Morte da ninhada
:: Devolução
:: Boletim - 28 de novembro
:: Boletim - 1º de dezembro
:: Boletim - 8 de dezembro
:: Sítio temporário
:: Doação de conto de fadas
:: Primeira primavera
:: Segunda primavera
:: Festa em Sorocaba
:: Terceira primavera
:: Quarta primavera
:: Quinta primavera
:: Sexta primavera

10.3.16

O mundo que deixaremos para nossos filhos

Vizinho reclama dos bigodes. Neste exato momento, meu apartamento fede a frango frito ― vindo do vizinho, claro, porque sou vegetariana há quase uma década. Lição aprendida: bichos mortos cheiram melhor do que os vivos.


9.3.16

Sorte de principiante

A primeira resgatinha de Gatoca veio de brinde com um rolo de tela de aço galvanizado. Ficou três dias no banheiro da nossa antiga casa e, sem questionário de adoção nem vistoria, rumou para o novo lar. Francisco e Laura, amigos da Mari, começavam sua família e precisavam de uma imperatriz. Recém-batizada de Carlota, Pituquinha logo foi castrada, vacinada e passou a curtir a paisagem quadriculada da Pompeia pelas telas, que o casal instalou por iniciativa própria.


Quase oito anos depois, tendo aprendido a fazer o negócio direito, eu recebi o convite para visitá-los no apartamento de quartos extras. A família, que já era completa, ganhou mais duas meninas: Helena, com 2 anos e meio, e Teresa, de minúsculos 8 meses. E, enquanto eu tirava esta foto, fiquei pensando na capacidade da vida de transformar nossos limões em limonadas.





4.3.16

3.209 dias depois...

(Leiam ao som de "Hallelujah", do Jeff Buckley.)

A história de Gatoca ganhou um novo marco! Eu consegui dar remédio para a Jujuba! Na boca. Por 15 noites. Sem sair mutilada.

2.3.16

Coerência e pequenos prazeres da vida

Se você não quer que o bigode suba na mesa quando tem visita almoçando em casa, não deve deixá-lo subir nunca ― os animais não entendem regras mutantes. Para que Mercv sofra menos nos devezenquandários banhos por causa da seborreia, eu tenho permitido, então, que fique empoleirado no box enquanto tiro a nhaca matinal.

Durante a lavagem do cabelo, ele toma coragem. Conforme o sabonete desliza pelo corpo, vai descendo as patinhas pela lateral interna do que foi, um dia, uma banheira. E, quando alcanço os pés, assisto ao figura sentado no chão rústico, com a água batendo na bunda e recuando, como se estivesse na praia. Felizão.

26.2.16

A gata mais azarada de Gatoca

Ninguém sabe como Catrina foi parar no gramado do predinho do Leo. Mas, se essa história não começa com abandono, certamente tem como protagonistas tutores irresponsáveis, que permitiram o passeio sem volta pelo bairro. E, em menos de dois meses, La Muerte rodou por três lares temporários ― a primeira oferta não conta, porque a pessoa conseguiu nos enrolar por semanas e, acreditem, mudar de ideia.

Do apartamento da dona Sônia, a vesgolina precisou sair em cinco dias, porque ela voltaria de viagem com os cachorros. No do Jubão, ficou um mês de janelas fechadas, já que o proprietário não permite telar. No da Marina, a coisa ia bem até Micolina resolver atacá-la do nada e a convivência se transformar em um festival de fuzzz (que segue até hoje).

Aí, vieram as doações fracassadas. Primeiro para a zona norte: família fofa e casa grande, mas com muro baixo, que não impediria o acesso à rua ― e toca voltar com a gata torrando no sol para a Vila Mariana, engolindo a frustração. Depois, para a zona leste: casa grande também e dois irmãozinhos felinos, mas o exame de sangue deu "fraco positivo" para FeLV e a vesgolina perdeu de novo, além da viagem, a chance de ganhar um lar.

Sim, leucemia felina merece um parágrafo à parte. Nós fizemos a coleta no laboratório mais próximo (que não era tão próximo assim) e esperamos duas horas pelo resultado no quartinho da futura-ex-adotante, La Muerte dentro da caixa de transporte, eu sentada no chão. E, enquanto Dr. Lauro explicava que havia demorado para enxergar o tracinho que transformaria nossas vidas e sugeria um repeteco do teste em 30 dias, meu coração pausou.


Causada por um vírus, a FeLV enfraquece o sistema imunológico, mas pode ser assintomática e até curável, dependendo da resistência orgânica do animal. Catrina está ótima, só que o estresse de morar com o inimigo não favorece o quadro. E, se saudável coleciona tantas desfelicidades, imaginem doente! Quem topa me ajudar a reescrever este exame?


Para ampliar, cliquem na imagem


Epopeia da Catrina, La Muerte na busca por um lar:

:: Como tudo começou
:: Notícias da Morte
:: Lar temporário do lar temporário
:: Morte quer vida nova!
:: Chuchuia
:: Onde Está Catrina?

23.2.16

Aniversariante do mês - fevereiro de 2016

Teve bolo de chocolate, balas de coco e balões de gás hélio. Mentira! Essa foi a festinha da minha enteada, bem no dia do aniversário da Chocolate* (domingão, 14). E eu queria escrever que a comemoração da gata do nariz de coração ficou para o fim de semana seguinte, mas o tempo nos atropelou com seus imprevistos amargos. Apertei, então, a pequena à noite e agradeci a São Francisco pelos 9 anos de ranhetice que o tempo não consegue amargar.


*Novelinha: Conheça a história da Chocolate

Outros aniversários: 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

18.2.16

Melhor furto felino: resultado!

Paty podia ter comprado qualquer pen-drive para armazenar os arquivos importantes de trabalho, as fotografias dos bigodes e a seleção de músicas para relaxar. Mas escolheu um de bichinho. Lola podia ter enterrado na caixa de areia qualquer brinquedo de sua coleção. Mas escolheu o pen-drive de bichinho também. E, depois de botarem os armários da casa abaixo, a surrupiada felina foi descoberta.

Se na época gerou frustração, hoje, revisitada, rendeu à tutora da meliante o Manual do Gateiro de Segunda Viagem, nosso primeiro e-book, e um vale-exames no Provet (hemograma, função hepática, função renal e urianálise)! Caso ela more fora de São Paulo, o vale ficará para a Alexy, segunda colocada do concurso com o furto de filhote recém-parido. :)

Paty, me manda seu endereço por e-mail: contato@gatoca.com.br?


Para ver a votação, cliquem na imagem
(As respostas completas estão aqui)

17.2.16

Dia Mundial do Gato: versão macarronada

Sim, a data comemorativa mais conhecida é a de 8 de agosto, mas hoje a gente pode apertar os bigodes em italiano! É que uma ONG de lá escolheu o dia 17 de fevereiro para lançar a campanha Todos Juntos Contra a Superstição e incentivar a adoção dos bichanos. Por aqui, a ignorância está finalmente perdendo espaço: o Brasil já tem 22,1 milhões de gatos, segundo o IBGE/Abinpet.

E esse número deve ultrapassar o de cães em menos de dez anos, já que os felinos combinam melhor com a vida maluca e os apertamentos da atualidade. Duas datas festivas parecem pouco para tanto amor? Pois em 29 de outubro rola o National Cat Day dos Estados Unidos e em 17 de novembro, o National Black Cat Day.

Em Gatoca, todo dia é deles. ♥


P.S.: Tem e-book para se dar de presente: Manual do Gateiro de Segunda Viagem!

12.2.16

Gatoca na Rádio Bandeirantes!

Era só um bate-papo sobre o Manual do Gateiro de Segunda Viagem no Manhã Bandeirantes (FM 90,9), com a Thays Freitas e o Marcelo Duarte, autor do Guia dos Curiosos. Eu acordei três horas e meia antes, fui ao banheiro duas vezes, respirei 200, meditei com taquicardia e esperei o celular tocar, de olhos vidrados na tela, uma eternidade. Os jornalistas fizeram a primeira pergunta e falei sem parar por dez minutos. Fim da entrevista. Jô Soares, se cuide!

10.2.16

Melhor furto felino: votação

Chegou a hora de escolher a surrupiada bigodística que ganhará o Manual do Gateiro de Segunda Viagem, nosso primeiro e-book, e um vale-exames no Provet (hemograma, função hepática, função renal e urianálise). Votem na enquete abaixo, com as respostas resumidas por falta de espaço, e cliquem aqui para se divertir com as versões completas.

8.2.16

Amor em andares

Mercv é o dono oficial do colo. E dele não arreda pé, mesmo que eu fique mudando de posição, que derrube comida em seu cabelo, que faça 40º C com sensação térmica de 46º C. Pipoca não conhece as leis de Newton. Nem as do bom senso. E nasce o beliche felino.