Por causa da dobradinha trabalho-que-paga-as-contas e trabalho-que-enche-o-coração, eu deitei às 3h30 algumas vezes nos últimos meses. Mas só ontem saí da cama esse horário. A Anchieta estava vazia, muda, espelhando a lua cheia. Os bigodes nem se mexeram nos almofadões. Era dia de ajudar bigodes que não têm almofadões ― 300 agora e mais centenas deles ao longo de 2015.
Como patrimônio histórico do
Adote um Gatinho, fui promovida a coordenadora de vendas do Bazar de Natal: organizo mostruário, atendo o pessoal, passo cartão de débito/crédito, reponho estoque, conto dinheiro, resolvo pepinos, busco água, o que precisar. Não tenho pais para prestigiarem o evento, mas o namorado participa da montagem/desmontagem há dois anos e o irmão rala no stand há três. ♥
A cada rosto conhecido, a pressão sanguínea aumenta. Denise Canto, Maria Gracinda, Silvia Leonella Balloni, Ana Claudia S., Antoinette S. Mancilha, leitoras deste blog que driblaram a vergonha para me abraçar. Sara Criado, parceira no projeto
Um Post Por Dia para Salvar Vidas e nos futuros. Julio Cesar Lopes, meu contador que não gostava de gatos. Vera Gherardini, mãe da Bebel, que atravessou o cordão de isolamento empolgadíssima para me beijar.
Michele Bastos Naneti entrou para o time das voluntárias queridas, dominado pela Rosa Yukari, Carol Toledo, Denise Granja e Yone Sassa. Vilma Gradvol brigou comigo porque os
textos do calendário lhe roubaram lágrimas. Maira Bueno me deu os
cupcakes de cenoura com brigadeiro mais fodásticos do planeta e um saco gigante de biscoitos crocantes. Vitor Medina confessou que leu o
Gatoca de cabo a rabo para aprender a cuidar do filhote que adotou com a ONG.
As olheiras são de quem quase não dormiu. O sorriso deixa claro que eu faria tudo de novo.