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16.11.08

Marley no cinema!

Alguém seria capaz de escolher um nome mais perfeito para o nosso cão indoável?! rs

http://cinema.uol.com.br/ultnot/multi/2008/11/13/0402326CC0913326.jhtm?marley--eu-0402326CC0913326


P.S.: Quem topa assistir a pré-estréia comigo? :)

13.11.08

Casa de esperança

Enquanto eu pensava num jeito poético de começar esse post, recebi dois e-mails de leitores querendo participar da vaquinha da Pandora e achei melhor optar pela objetividade: parem os depósitos! A conta do veterinário foi quitada e sobrou dinheiro até para o ultra-som (com 20% de desconto, graças à Drª. Raquel). Como o pessoal da clínica suspeitava, nossa pantera está mesmo grávida!

As bolinhas de pêlo (cinco ou seis) medem 9 cm, se mexem feito dancing flowers e devem dar as caras em dez dias. Eu nunca fiquei tão prostrada em frente a um computador, aliás. Assistir aquelas mini-vértebras enfileiradas e os coraçõezinhos batendo acelerados me encheu de emoção. Pan, no entanto, acho que trocaria tudo por um punhado de grama para esvaziar a bexiga.


De banho tomando, nós rumamos para o Brooklin, onde a família Plank aguardava ansiosa a chegada da princesa. Paula soube do abandono pela Fabi, presidente do Mopi, e não teve dúvidas de que se tratava da sua futura cachorra. Só faltava convencer o Bob, um border collie de 16 anos, também resgatado das ruas.


O primeiro contato entre os peludos pareceu promissor, com direito a rabinho balançando da parte dele e uma exibição tímida de dentes da parte dela. Agora, os filhotes poderão vir ao mundo em paz e talvez até integrar a matilha dos Plank, antigo sonho da jornalista, inspirado na coleção de corgis da rainha Elizabeth II.


Desfecho mais que perfeito, se eu não tivesse visto o focinho da minha fiel escudeira espremido entre as grades do portão para se despedir. Eita coração de pudim!... :\

P.S.: Obrigada pelo empenho fantástico de vocês na divulgação da Pandora! E também pela ajuda com as despesas. Vou respondendo os e-mails aos poucos, nos intervalos dos subfrilas. :)

11.11.08

Caixa de esperança

Chega uma hora em que a gente se vê obrigado a estabelecer critérios objetivos para socorrer a infinidade de animais cujos olhares de súplica acompanham nossos passos desconcertados pela rua. Doentes, cegos, estropiados e panacas girando em círculo no meio da avenida valem resgate. Os demais têm de se contentar com um punhado de comida, algum carinho no pêlo emaranhado e meia dúzia de lágrimas disfarçadas.

Ontem de manhã, desovaram esta pastora belga na encruzilhada aqui de casa feito um artefato de macumba. Imensa de grávida, a coitada passou o dia jogada na calçada, como se estivesse morta, despertando nas pessoas que tropeçavam em suas patas a mesma compaixão da bituca de cigarro. Dizem que ela só levantou a cabeça para abocanhar, com sacola e tudo, as salsichas que eu comprei na barraca de cachorro-quente.


Mesmo atolada de trabalho, eu perdi a tarde tentando encontrar-lhe um abrigo provisório (sem dez bigodes e um Marley encrenqueiro preso ao poste). Quando começou a chover, porém, não agüentei imaginá-la submersa, convenci dois transeuntes a colocarem seus 35 quilos de barriga dentro carro e nós rumamos para a clínica veterinária mais próxima. A gestação da criatura parece avançada, embora não dê para descartar totalmente a possibilidade de piometra.

Dr. N. aceitou cuidar dela, no máximo, até sexta-feira, por causa do feriado. Eu já deixei um cheque de R$ 258, incluindo a consulta (R$ 60), o banho (R$ 40), os vermífugos (R$ 18) e as quatro diárias da hospedagem (R$ 35 cada) – o Frontline havia sobrado da doação da Merial. Preciso saber, então, se alguém topa acolher a futura família após esse período. Diferente do nosso cão indoável, Pandora é super quieta, doce, obediente. E de raça européia! Sem contar que a experiência de assistir ao nascimento de uma ninhada arrepia a alma.


Outra pergunta importante: vocês se comprometem a divulgar os filhotes incansavelmente até que todos encontrem um lar decente, além participar da vaquinha das vacinas e das castrações? Em caso de silêncio generalizado ou de respostas negativas, minha metade capricorniana racional autorizará o aborto sem a menor culpa. Para estar vivo não basta respirar.


Obs: Esta última foto é de hoje, provando que ração de qualidade, atendimento veterinário e um tico de amor transformam qualquer sapo em príncipe. Quem quiser ajudar com as despesas, aliás, eis o número das contas:

BB
Beatriz Levischi
Ag: 1561-X
C/c: 6830905-8

Itaú
Textrina Serviços Ltda. ME
Ag: 0185
C/c: 08360-7


Epopeia da Pandora:

:: Caixa de esperança
:: Casa de esperança
:: Nascimento da ninhada
:: Morte da ninhada
:: Devolução
:: Boletim - 28 de novembro
:: Boletim - 1º de dezembro
:: Boletim - 8 de dezembro
:: Sítio temporário
:: Doação de conto de fadas
:: Primeira primavera
:: Segunda primavera
:: Festa em Sorocaba
:: Terceira primavera
:: Quarta primavera
:: Quinta primavera
:: Sexta primavera
:: Sétima primavera
:: Oitava primavera
:: Nona primavera (atrasada), com vídeo!
:: Décima (e última) primavera
:: Fim
:: Pandora veio me visitar!

8.11.08

Adestramento, faça chuva ou faça sol

Nós não pretendemos ficar com o Marley. Mas o fato é que ele continua aqui e a situação beira o insuportável. São quase três meses de trabalho com o barulho ensurdecedor da fera tentando derrubar a porta da sala, quase três meses de idas ao ortodontista sem escovar os dentes porque não deu para entrar em casa, quase três meses desenterrando partes do carro do jardim para abrir o portão da garagem sem risco de fuga, quase três meses de passeios torturantes (para ambas as partes).

Quem acredita que eu não estou investindo energia suficiente para encontrar-lhe um lar decente, sinta-se convidado a colaborar. Há cartazes da criatura espalhados pelo ABC inteiro, anúncios no Vida de Cão, Cachorro Perdido, Sampa Online, dúzias de amigos repassando os apelos (as ONGs, infelizmente, só investem na doação dos seus resgatados). Quando converso com alguém, de chefe de redação a garçom de restaurante, arrumo sempre um jeito de contar a história do figura. Todo mundo acha lindo, mas ninguém quer o enrosco. Exatamente como acontece aqui no blog. Por isso, inclusive, penso que o adestramento vale a pena.

Só que os dois profissionais para quem ofereci a parceria recusaram o "desafio". Se a Juju agilizar mesmo o contato com o Alexandre Rossi, agradeço de joelhos. E a vaquinha fica como plano B – sugiro que os interessados em participar já mandem um e-mail para bialevischi@yahoo.com.br, indicando o valor da contribuição mensal (o treinamento deve durar um semestre). Marley não merece ser descartado feito um sapato velho, de novo, porque teve o azar de nascer cachorro. Dessa vez, vocês pegaram pesado.

6.11.08

Mulher à beira de um ataque de nervos

Para comemorar os 26 anos da Mariana, João e eu decidimos lhe dar de presente uma assinatura da Superinteressante. O primeiro exemplar chegou hoje, juntinho com o aniversário. As folhas pareciam brilhantes, lisinhas, com cheiro de novas. Escrevi "pareciam", porque nosso cão indoável conseguiu estourar a caixa do correio e o que nós recolhemos do jardim foram dezenas de retalhos molhados de texto. Quase três meses de tentativas frustradas de educá-lo depois, eu jogo a toalha!

Ninguém agüenta mais as mordidas, a correspondência triturada, os passeios arrastados, as coisas quebradas na garagem, as fugas desembestadas, as roupas sempre sujas, o sufoco para entrar e sair de casa, as retaliações aos bigodes. Marley toma conta da gente como um leão, tem um faro absurdo, aprende o que interessa com a maior facilidade. Mas precisa querer usar tudo isso para o bem. E eu preciso urgentemente de voluntários para participar da vaquinha mensal do adestrador. Dez indivíduos contribuindo com R$ 30? Trinta com R$ 10? Alguém se habilita, peloamordedeus?

5.11.08

Semana de combate a pulgas e carrapatos

Até o dia 9, quem morar na grande São Paulo e comprar Frontline ajudará a desparasitar também os focinhos e bigodes desovados no Centro de Controle de Zoonoses. É que 10% do dinheiro arrecadado durante a campanha da Merial será revertido em produtos para o CCZ-SP. Eu não estou ganhando um centavo pelo post, mas conheço bem a situação deprimente daquelas vidas. Se puderem, colaborem! :)

4.11.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa! – parte 6

Dois anos depois

O tempo voou como nos filmes de roteiro mal costurado e o comportamento arisco do Simba deu lugar a uma placidez quase incômoda, de quem confia cegamente no coração de seus raptores. Não tardou para o esconde-esconde tímido nos caixotes de leite virar pega-pega alucinado, brincadeira de cordinha, caça-ração. Seus miados, porém, continuaram lembrando aquelas sinetas de loja de periferia, em que o vendedor nunca está no balcão. Bastava o telefone tocar, aliás, para que o tagarela se pusesse a participar animado da conversa.

Dia 17 de setembro agora, comemoramos seu segundo aniversário em Gatoca com uma verdadeira orgia gastronômica: todas as opções de comida humana e canina que o leãozinho adora integravam o cardápio. Ele não perdeu o medo de vassoura, cinto e saco de lixo. Nem o jeito misterioso de olhar. Como um cachorro adestrado, ainda vem correndo se alguém bate na perna. E sempre me espera voltar da rua rolando de um lado para o outro no tapete, com as patinhas de camurça dobradas. Mas a cabeça finalmente resolveu ficar proporcional ao resto do corpo – ou um tico menor. rs

* FIM *


Capítulo anterior: Um é pouco, dois é bom, três vira festa! – parte 5

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31.10.08

Simba com gás

Uma das vantagens da vida de freelancer é decidir viajar em plena quinta-feira-dia-de-nada, passar horas conversando com a Amanda em Piracaia, morrer de inveja da obediência da Maya (uma pastora alemã duas vezes maior que o Marley), testar os dons maternais com a pequena Alice e descobrir que Simba arrumou um jeito mais saudável de colaborar com o orçamento doméstico do que trazer passarinhos depenados para o jantar.

28.10.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa! – parte 5

Infância tardia

Aos três anos de idade, segundo estimativa do veterinário, Simba tomava leite no potinho com a empolgação dos personagens de desenho animado. Chorava doído se Mariana o esquecia para fora do quarto. E mordia quando a gente menos esperava. Seu miado tagarela lembrava uma criança pentelha na fase dos "porquês".

Desafio

Passar o remédio contra pulgas nos três peludos só foi possível depois de trancá-los no jardim de inverno da sala e descer o dedo no spray, tentando acertar barrigas, costas e cabeças, enquanto os desesperados corriam em círculos. Nem as madrugadas escapavam da bagunça:


*continua*

Capítulo anterior: Um é pouco, dois é bom, três vira festa! – parte 4

24.10.08

Três anos passaram voando!

No dia 24 de outubro de 2005, o amor desceu à Terra disfarçado de bigode. E eu, que nunca pensara em ter um animal de estimação, seria incapaz de imaginar a revolução que aquele frajolinha utinguense de olhos verdes provocaria em nossas vidas. Essa novela só estréia em dezembro, após o período de desmame, quando o pequeno Mercvrivs aportou em Gatoca trazendo mil cores, cheiros e sons.

Mas eu precisava contar que a programação de festividades do seu terceiro aniversário promete varar a madrugada! Já teve colo de mãe, requeijão, ratinho novo exclusivamente dele por dois minutos e meio, brincadeira de caçar ração, água da torneira para refrescar. Saio agora, com o coração apertado, mas volto a tempo de dormir abraçadinho. :)

22.10.08

Tecla SAP

Eu já havia respondido nos comentários, mas para evitar outros ataques desnecessários, resolvi explicar o post TPM neste espaço bem visível e de forma didática: Marley passeava animado na calçada quando a velha decidiu atravessar a rua com o neto na direção dele. Como criança é sem noção e vem para cima, toda estabanada, achei melhor alertá-la sobre a sociabilidade duvidosa do nosso cão-indoável. Meu comentário simpático, porém, ganhou uma réplica grosseira e arrogante, escorada nos cabelos brancos. Justamente por não me julgar superior, concedi-me o direito dos demais mortais de extravasar o mau humor guardado para ocasiões especiais. Preciso desenhar?

P.S.: Antes de criar nova polêmica, quero deixar claro que adoro crianças! E velhinhas educadas. rs

21.10.08

TPM

― Ei, dona! É melhor a senhora continuar do outro lado da rua, porque parece que meu cachorro não gosta muito de criança...
― Se você não consegue controlar seu animal, você que mude o percurso!
― Ótimo! Já que a senhora não se importa de voltar para casa com os restos do seu neto nessa sacola de supermercado, nenhuma de nós duas precisa trocar de calçada.

Claro que a velha girou nos calcanhares rapidinho. E praguejando.

20.10.08

Em duendes até posso acreditar...

Cansei de ouvir que medicar cachorro é fácil, porque eles engolem qualquer coisa sem mastigar. Abri, então, uma exceção no supermercado veg da semana, comprei o menor pacote de salsicha da geladeira e em cada pedacinho escondi um comprimido de vermífugo para o Marley (o peso da criatura exigia duas drágeas e meia).

Empolgado, nosso cão-indoável saiu correndo com a primeira guloseima na boca, cuspiu na garagem, tornou a comer e reapareceu na janela da sala, pedindo mais. O processo se repetiu com a segunda. E com a terceira. Desconfiada do ritual, achei melhor checar a "samambaia" de perto. E lá estavam os três pontos brancos de remédio, cuidadosamente separados sobre o piso cinza. Da salsicha, nem poeira!

17.10.08

Tentativa 5.682!

Resolvi seguir o conselho da dona Cachorreira Militante e, como última esperança, experimentar os florais de Saint Germain com o Marley: patiens para situações de pressão, goiaba para medos, leucantha para insegurança e imaturidade, arnica silvestre para ferimentos emocionais/psicológicos, unitatum para rejeição, verbena para "mandonismo", obstinação, tensão, agitação e necessidade constante de atenção, sergipe para disciplina, mangífera para acalmar.

A terapeuta responsável pela manipulação tomou a liberdade, ainda, de acrescentar amygdalus, para minimizar o ciúme dos bigodes. Quando o figura mastigou a colherinha de plástico e engoliu, porém, fiquei em dúvida se realmente conseguiremos transformá-lo num cão equilibrado.

16.10.08

Quem ama, continua protegendo

Em outubro de 2007, quando os leitores do Gatoca não passavam de três integrantes familiares e alguns amigos piedosos, a Merial acreditou no projeto e doou uma caixa cheinha de Frontlines para ajudar os esqueletinhos da dona Lourdes. Ontem, com o blog dez vezes mais acessado, chegou pelo correio uma nova embalagem de papelão. Dessa vez, para despulgar os bigodes e nosso cão-indoável: 12 pipetas de gato + 2 de cachorro + 1 vidrão de spray, vindos de Campinas. Só quem tem um animal de estimação sabe o valor dessa parceria. Obrigada, Marta! :)