Sim, eu me considero mãe dos meus gatos.
Pausa para vocês reorganizarem as emoções.
Sinto por eles um amor maior do que por vários integrantes da família, protegeria a existência deles com meu peito rasgado, estruturei a rotina da casa e a carreira pensando nas dez criaturas miantes (agora nove) que me acompanham, economizo com tudo menos com a ração, abri mão de um universo de coisas nessa jornada.
E fiz isso por cada um dos 115 bichanos, oito cachorros e três aves que resgatei. E criei um projeto para que os filhos humanos de outras mulheres existam em um planeta mais decente — em breve, atuarei com eles. Gatoca prefere acolher. E escolhe com muito cuidado suas batalhas.
Se vocês querem brigar, foquem no capitalismo, que esvazia causas para vender produtos. Ou no patriarcado, que nos joga umas contra as outras, enquanto mantém seus privilégios intocados. Ou, ainda, nos políticos, que vêm limpando os pés em pautas importantes (garantia de futuro para as próximas gerações) de educação e meio ambiente.
O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor. Quer fazer parte da transformação? www.catarse.me/apoiegatoca