E não me refiro apenas aos rituais de matriz africana. Celebrar a ressureição de Cristo na Páscoa matando o bacalhau também não faz o menor sentido. Nem abater bicho sem insensibilizar, em pleno século 21, como pregam o islamismo (halal) e o judaísmo (kosher).
Esta semana, a decepção será com o Tim Burton, que estreia sua versão cinematográfica para "Dumbo", o elefante eternizado pela Disney como fofo e alado, mas que teve uma existência miserável para divertir os visitantes do zoológico de Londres — separado ainda filhote da mãe, comia torta, se embebedava com whisky, colecionava lesões por carregar muito peso e morreu atropelado.
Liberdade religiosa, prazer gastronômico e entretenimento são importantes. Mas jamais deveriam sobrepor o direito à vida. Sim, nossas leis ainda consideram animais como "coisas" — apenas outro de nossos muitos atrasos. Isso não anula, porém, sua senciência. Porcos, vacas, cavalos, galinhas sentem medo, tristeza, dor. Pior: são conscientes disso.
E nossa consciência, cadê?

O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor. Quer fazer parte da transformação? www.catarse.me/apoiegatoca
3 comentários:
Pergunto sempre o que o animal tem a ver com a sua crença.
Nunca sabem responder.
Todos somos filhos de Deus, ninguém tem direito à tirar a vida de outrem, ainda mais quando esse alguém não tem opção de escolha.
Sou espírita, acredito em um Deus único, que ama a todos os seus filhos e não quer que nenhum seja sacrificado em beneficio de outros filhos, que se dizem, racionais.
Existem inclusive centros de umbanda que não realizam sacrifícios animais!
Postar um comentário