Primeiro, o drama dos coelhos. Se seu filho quer muito um amigo orelhudo, adotem. Como eles são animais mais ariscos, que roem as coisas para frear o crescimento dos dentes e comem o próprio cocô de madrugada, as ONGs costumam acolher vários depois do feriado. Só a Canto da Terra tem 20 peludos do ano passado esperando uma segunda chance ― indiquem outras organizações nos comentários!
O problema dos ovos se resolve com uma pesquisa rápida no Google. Tem opções de marcas grandes, versões artesanais feitas sob encomenda e até receitas para arriscar em casa. O único alerta é que "sem lactose" não significa vegano, pois dá para tirar a lactose do leite tradicional — leiam sempre os rótulos.
Aqui, cabe um parêntese sobre a indústria leiteira: toda criação para atender demandas estratosféricas é cruel. A ONG chilena "Elige Veganismo" produziu um documentário impactante sobre a inseminação invasiva das vacas, as mastites, a separação dos filhotes, a morte dos machos e a exploração das fêmeas, caso reste alguma dúvida. Fecha parêntese deprê.
E a bacalhoada? Bom, peixes sentem estresse e dor como qualquer animal. Mas sua Páscoa pode ter um banquete incrível com os outros mil ingredientes que o planeta oferece. Deem uma fuçada nos canais Presunto Vegetariano, da Paula Lumi, e Viewganas, da Bia Barneschi e da Mari Malagutti, meus favoritos.
E não se esqueçam do objetivo original da data, para além do forte apelo consumista, é celebrar a compaixão. 💕
O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor. Quer fazer parte da transformação? www.catarse.me/apoiegatoca