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4.3.11

Tendências bizarras

A última moda em Gatoca é fazer bobe na orelha.

28.2.11

A segunda primavera

Sábado, de Biscrok na bolsa e câmera fotográfica na mão, Mariana e eu pegamos a estrada rumo a Sorocaba para o tão esperado almoço de aniversário da Pandora. Nos últimos 365 dias, ela só ganhou alguns quilos. Mas sua transformação de saco de lixo em princesa belga continua na lista das mais impressionantes de Gatoca. E a fiel escudeira não esquece mesmo de mim.

10 de novembro de 2008

26 de fevereiro de 2011

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24.2.11

Rifa "emprestada"

Por questões espaciais, financeiras e de saúde, eu resolvi dar uma freada nos temporários, vocês devem ter percebido. Isso não significa que Gatoca fechou para balanço. Existem muitas formas de ajudar, como a gente cansa de comentar aqui no blog. As caronas, as matérias de conscientização, as divulgações dos encalhadinhos do AUG e os mutirões de castração do Cats of Necropolis continuam. Esse mês rolou até doação de sangue.

E, para socorrer justamente o Branco, está no ar a primeira rifa de 2011! Toda a grana arrecadada será usada para cobrir as despesas com a UTI do Provet, que já ultrapassam os R$ 1,7 mil – e parece que novas intervenções virão, porque estenose esofágica dá trabalho. Os bigodes famosos custam R$ 15, só que vocês terão muito mais chances de ganhar. E os prêmios estão matadores.

Branco quer viver. Mas precisa de nós.

21.2.11

Entrecorte

Olá, meninas...

Há alguns anos, adotei uma gatinha com vocês. O nome dela era Satie. Ela era especial em tantos aspectos, principalmente na aparência: por causa de um câncer de pele, ela não tinha as orelhas. Quando chegou aqui em casa, Satie era toda assustada e medrosa. Isso nunca mudou. Mas ela e meu pai desenvolveram um laço muito grande de carinho e amizade. Ele era o único que podia chegar perto dela. Uma vez, lembro-me que escrevi para o blog contando sobre ela. Hoje, porém, venho com a infeliz notícia de seu falecimento.

Para que todos saibam: ela sempre foi muito amada e querida, e sua partida vai deixar muitas saudades. Beijos a todas e OBRIGADA por terem me ajudado a encontrar uma amiga de TANTOS bons momentos.


Essa mensagem foi enviada pela Letícia para o Adote um Gatinho, mas eu quis dividir com vocês, porque Satie era um dos esqueletinhos da dona Lourdes, a velhinha maluca que me levou a descobrir a proteção animal em 2007 e a contrair uma dívida eterna de coração com o AUG.

Quando eu revi essa foto da branquela na casa nova, confesso que meu dia escureceu. Mas logo ouvi a Susan dizendo que é preciso focar nas vidas para as quais a gente fez a diferença e deixei a tristeza encontrar espaço na engrenagem que nos encoraja a continuar.

Apesar da existência relâmpago, Satie (junto com seus 31 amigos) me transformou em uma pessoa melhor. Espero que no céu dos bigodes ela tenha as orelhinhas de volta para ganhar muitos cafunés de São Francisco.

17.2.11

7 mitos sobre adoção de cães e gatos

Bicho de raça aprende mais rápido? Telar as janelas é bobeira? A castração judia do animal? Descubra a verdade por trás dessas e outras lendas antes de escolher seu amigo de quatro patas

Quem decide adotar uma criança pensa logo em um recém-nascido, loirinho e de olhos azuis, como os das capas de revista. Com os animais a coisa não foge ao padrão. As pessoas preferem os filhotes, peludos, clarinhos, perfeitos. E se esquecem de que nós somos diferentes, assim como os bichos.

"O importante é descobrir o companheiro ideal para você, levando em consideração o temperamento, não a aparência", ensina Fabiana Pino, representante do Movimento dos Protetores Independentes. Confira abaixo os sete principais mitos sobre o assunto.

1) Animais de raça são melhores
Em testes realizados por pesquisadores estrangeiros, os cachorros sem raça definida (SRD) é que se mostraram mais inteligentes, apresentando melhor noção de espaço e resolvendo desafios com mais facilidade. Bichos que vivem nas ruas também ficam mais resistentes a doenças, enquanto as fêmeas com pedigree estão sujeitas a cruzar com parentes próximos, gerando filhotes portadores de problemas de saúde variados.

2) Adultos dão mais trabalho
Quem passou fome, frio e medo por tantos anos sabe reconhecer o valor de uma casa e tem um senso de gratidão imenso pela família que lhe deu abrigo. Bigodes e focinhos adultos já estão socializados, com tamanho e comportamento definidos. Costumam ser mais tranquilos, obedientes e independentes que os filhotes, além de se adaptarem rapidamente ao ambiente e às pessoas. Ah! Eles raramente destroem as coisas.

3) Dois aprontam em dobro
Você já ouviu dizer que cabeça vazia é oficina do diabo? A bicharada concorda com o ditado e tende a dar uma folga (para você e os móveis da casa) se tiver um amigo da mesma espécie. Com companhia, eles ficam mais seguros e felizes, dificilmente entram depressão e se divertem sem depender dos humanos. Termina a agitação, a falta de apetite e os miados e latidos excessivos.

4) Cães e gatos se odeiam
A internet está aí para provar que os desenhos animados nem sempre correspondem à realidade. Em uma busca rápida, você encontrará uma porção de vídeos dos peludos dormindo abraçados ou fazendo bagunça juntos. Tudo depende da personalidade dos animais envolvidos e de como os donos realizam a apresentação – principalmente se eles já forem crescidinhos.

5) Castrar é maldade
Eis o maior tabu relacionado à adoção. Há quem acredite que castrar deixa o bicho bobo, gordo e preguiçoso, que se trata de um ato cruel, que vai contra as leis da natureza. Será que largar a ninhada na rua é menos cruel? A esterilização não serve apenas para impedir crias indesejadas: ela também aumenta a expectativa de vida e reduz os riscos de infecções e o aparecimento de tumores, além de acabar com as demarcações de território. A cirurgia é simples, rápida e indolor.

6) Animais substituem brinquedos
O ursinho de pelúcia do seu filho tem necessidades e interesses próprios, dá trabalho por 20 anos e te obriga a gastar dinheiro com ração e veterinário? Então, tire essa ideia da cabeça! Bigodes e focinhos são seres vivos e sensíveis, não bonecos que a gente descarta quando ficam velhos. E dependem de cuidados, já que não cozinham a própria comida, não tomam ônibus até o hospital e não puxam a descarga para se livrar do coco.

7) Telar as janelas é frescura
Ao contrário do que imagina o senso comum, gatos caem de prédios perseguindo borboletas ou, simplesmente, porque perderam o equilíbrio. E se arrebentam inteiros! Na maioria das vezes, não há segunda chance (muito menos sete). Bichos que passeiam sozinhos pela rua também correm riscos: eles podem ser envenenados por vizinhos descontentes, atropelados por motoristas apressados, contaminados por doenças sérias. O planeta anda caótico demais para acreditarmos no mito da liberdade animal, né?

:: Abrigos não são lugares perfeitos
- Eles não recebem incentivos do governo, vivem superlotados e dependem de doações sobreviver.
- Por mais boa vontade que os voluntários tenham, fica difícil dar atenção, carinho, guloseimas e brinquedos para todo mundo.
- Em populações numerosas de cães e gatos as brigas se tornam constantes.
- Quando um animal pega uma doença contagiosa, o grupo inteiro se contamina e o controle vira um inferno.


* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.

14.2.11

Aniversariante do mês – fevereiro de 2011

Hoje Chocolate* completa quatro anos de cabritice em Gatoca. Para comemorar, teve brincadeira de bola...


...comilança...


...e furto de petisco, porque, para variar, a geniosa não queria dividir os presentes com ninguém.


*Novelinha: Conheça a história da Chocolate

Outros aniversários: 2010 | 2009 | 2008

10.2.11

Muso inspirador

Quando a matéria é de bichos, Mercv pula no monitor e as frases vão se completando como mágica.


Nossa parceria dá tão certo que esse texto será capa de AnaMaria. ;)

7.2.11

Um lar para chamar de seu

Vira-e-mexe o Gatoca conta a história de um bigode ou focinho alvo de maus tratos. Mas essa é a primeira vez que eu vejo um peludo sofrer por "excesso de zelo". Britney ficou surda porque sua dona resolveu dobrar a quantidade de remédio prescrita pelo veterinário, para garantir que a otite não voltaria. E, como um brinquedo quebrado, ainda acabou abandonada.


Aos 8 meses, sua jornada (azarada) impressiona. A frajolinha do nariz pintado já morou em uma ONG de animais especiais, na casa de uma criança alérgica, no apartamento do Agostinho (onde está até agora). Acontece que Lily não gostou nada de ganhar uma amiga felina. E com essa cara a tigresa tem recusado os ratinhos de feltro, os sachês de salmão e os carinhos do Fábio.


Como Agostinho não integra o grupo de pessoas que empurram o problema para o próximo, do jeito que empurraram para ele, muito menos curte a prática de arremesso de bicho na lixeira, me pediu ajuda para encontrar uma família de comercial de margarina para a boneca. Se ela não aparecer, as geniosas serão obrigadas a conviver.


Vocês acham, porém, que faltará pretendente para uma filhotona peluda, carinhosa e apaixonada por bolinhas de meia? Olhem só a festa que ela fez enquanto eu tentava tirar as fotos deste post. :)


Para ampliar, cliquem na imagem

3.2.11

Doação de sangue: um ato de amor

Quando Patricia me ligou pedindo ajuda para o Branco, que não podia operar a estenose esofágica sem uma transfusão sanguínea, por causa da anemia severa, eu não pensei meia vez. Enfiei Mercv, Clara e Simba no carro e saí dirigindo feito louca rumo a Moema. Com uma sinfonia de miados e meu coração retumbando no peito, nós aportamos na UTI, para encontrar um gato transparente, de pelo, nariz, e almofadinhas.


O Leãozinho não chegou a fazer o teste de compatibilidade, por culpa do histórico (arriscado) de brigas na época da rua, e o sangue do primogênito deu reação.


Mas a peluda de ferro de Gatoca pôde salvar a vida do amigo. Suas veias fininhas lhe renderam uma série de picadas e manchas roxas nos braços e no pescoço.


Branco, porém, ganhou mais uns dias para tentar reverter o mycoplasma – vocês acharam que o estreitamento do esôfago era o único problema?

Como funciona a doação

- O bigode deve pesar mais de 5 quilos, ser saudável e, de preferência, bonzinho.
- Para testar a compatibilidade, retira-se 1,5 ml de sangue, com o animal acordado mesmo.
- O resultado demora cerca de três horas.
- Se não der reação, rola a coleta, limitada a 7% do peso do bicho.
- Embora o procedimento seja rápido, a anestesia facilita a vida de todos os envolvidos - e o quadrúpede só recebe alta quando passa o efeito.
- Já a transfusão pode se estender por longas quatro horas. Mas não há necessidade de sedação, porque o peludo tende a estar suficientemente debilitado para protestar.

31.1.11

O dia em que os bigodes quase embarcaram...

...para o Uzbequistão. Meu carro novo-velho acabava de completar uma semana na garagem. (O termo "novo-velho" significa que ele era novo só para mim.) Eu havia acordado às 7h e não parara de correr um minuto, entre a faxina, o banco, o almoço, o supermercado, a lavação de roupa, o posto de gasolina... e o trabalho.

Na terceira vez em que voltei da rua, exausta, pingando e com dor de cabeça, esqueci um dos vidros abertos. E assim ele passou a madrugada, curtindo o ventinho gelado de São Bernardo. Quando abri a porta, na manhã seguinte, minhas pernas dobraram sozinhas e as lágrimas puseram-se a saltar com raiva dos olhos, sem esperar qualquer comando do cérebro em choque.

Dez gatos haviam transformado anos de esforço em parquinho: tapetes mijados, bancos desfiados, assentos sujos de barro do jardim, pelo por todos os lados, inclusive nos buraquinhos inacessíveis. Eu perdi três horas tentando limpar o estrago e amaldiçoando São Francisco por ter colocado o primeiro integrante da gangue felina no meu caminho.

Agora, quando olho os furos de unha que sobreviveram no estofado, sei o tamanho exato do meu amor por Gatoca: ele dá a volta em Júpiter e sobra troco.

P.S.: Esse post não tem foto por motivos óbvios.

28.1.11

Dois é melhor do que um

Essa máxima vale para todas as coisas boas da vida, certo? Então por que seria diferente com os animais? Ao contrário do que o senso comum acredita, dois peludos dão menos trabalho, porque fazem companhia um para o outro, divertindo-se sem depender dos humanos. Acaba a agitação, a destruição da casa (não se você tiver uma gangue, que fique claro!), a falta de vontade de comer, os miados e latidos de madrugada.

De parzinho, bigodes e focinhos se sentem mais seguros e felizes, raramente entrando em depressão quando os donos saem para trabalhar ou resolvem emendar o feriadão na praia. E a despesa não aumenta tanto assim. Existem coisas, ainda, que um bicho só aprende com o outro. Clara Luz, a segunda adoção de Gatoca, por exemplo, ensinou Mercvrivs a brincar sem tirar pedaço, retribuindo as mordidas e unhadas ignorantes, coisa que a gente jamais faria, né?

Nos comentários deste post você certamente descobrirá outros benefícios. Gateiros e cachorreiros leitores, ajudem quem continua em dúvida a abrir o coração para uma duplinha. ;)

25.1.11

Votação cancelada!

Os concursos do Gatoca têm o objetivo de divertir, não incentivar a competição. Eu podia escolher os vencedores sozinha, mas acho muito mais legal dividir essa decisão com vocês, leitores, que partilham as conquistas e tropeços do projeto desde 2007.

Dessa vez, porém, a coisa desandou e a brincadeira do Uzbequistão virou uma disputa de quem coleciona mais amigos. Depois de pensar muito, eu resolvi então encerrar a votação e dar o guia ao terceiro lugar, com o relato da chuva de atum na cozinha – seguida de dança de comemoração sobre a pizza.

Se os corações que batem pelos animais entrassem em sincronia, as ações de proteção seriam muito mais efetivas.

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P.S.: Quando passar a chateação, eu conto a peripécia que me deixou com vontade de fazer as malinhas dos bigodes.

21.1.11

Filho de peixe...

Dizem que, conforme o tempo passa, os bichos vão ficando mais parecidos com seus donos. Pois quando eu peguei Mercv dormindo todo torto pela primeira vez, não pude conter o riso. É exatamente nessa posição desconjuntada que eu costumo acordar de manhã.

18.1.11

Vitamina C e cama

Tudo começou com um espirro tímido, que logo virou uma sinfonia. E Clara, que nunca ficara doente em cinco anos de Gatoca, passou o domingo debaixo das cobertas... com sua arqui-inimiga Chocolate! Gripe felina em dose dupla.

Ontem, Dr. E. examinou as peludas, mas só a pequena tomou injeção de anti-inflamatório, por causa do catarro acumulado no peito – o sistema imunológico da gata de ferro já estava dando conta do recado. Agora, toca polvilhar levedo de cerveja na ração da galera.

5 esclarecimentos sobre gripe:
- Existe gripe sem coriza e secreção nos olhos – quanto mais forte o organismo, menor o estrago.
- Geralmente, o sistema imunológico do bicho expulsa a doença sozinho.
- Animais vacinados tendem a sofrer menos com a enfermidade.
- Antibiótico combate as infecções secundárias, não o vírus.
- Já o anti-inflamatório serve para amenizar os sintomas.


P.S.: A votação do concurso do Uzbequistão continua valendo!

15.1.11

Peripécias dignas de Uzbequistão

Os leitores do Gatoca têm peludos tão criativos e ousados na hora de aprontar que eu vou pedir ajuda, de novo, para escolher o vencedor do concurso de janeiro. Deem seu voto na enquete ao lado (abaixo do "quem somos"). Lembrando que vale a peripécia mais cabeluda - e que elas precisaram ser mutiladas, por causa do espaço miserável.