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6.9.19

Eutanásia: fazer ou não?

Lilian Rega doou o Snake para a irmã há seis anos. Recentemente, ele apareceu com um calombo no rosto, que foi diagnosticado como sarcoma, e a veterinária aconselhou a eutanásia, porque a doença tende a piorar em quatro meses. Só que o gatinho está comendo, dormindo e não-brincando normalmente, já que sempre foi uma criatura preguiçosa.

Arrasada, ela escreveu pedindo minha opinião e eu aproveito para levantar aqui algumas reflexões.

Veterinário não é vidente
Ninguém consegue dizer quanto tempo um animal ainda tem, porque cada organismo reage de um jeito — o que pode garantir uns meses (e até anos) extras ou roubar aqueles que já eram curtos.

Consulte outro profissional
Todo diagnóstico sério deve ser confirmado por, pelo menos, dois especialistas, como acontece com a gente. Até para poder escolher o melhor tratamento.

Cada dia importa
Quatro meses ainda são quatro meses, oras. Que o peludo pode ser amado, comer porcarias reguladas a existência inteira, aproveitar o sol, as plantas, os amigos, um último colo.

Só não vale sentir dor!
Independentemente do prognóstico, o animal precisa estar medicado para amenizar o mal-estar. E nunca perca de vista a qualidade de vida.

Por nós ou por eles?
A eutanásia vai aliviar o sofrimento do bichinho ou o seu? Essa é uma questão delicada, em que vale se demorar. Lembrando que eu abreviei a jornada do pequenino Conan, há nove anos, e resolvi esperar o tempo do Simba, em 2016, ambas imagens muito, muito tristes.

Tire forças do além
Não tem jeito bonito de morrer — nem despedida fácil. A única certeza é de que a gente precisa estar juntinho deles.

Um último esforço por quem se deu tanto. ❤


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3 comentários:

Patrícia Sloi Urbano disse...

Disse tudo Bia, nunca é fácil ve-los partir, já fiz eutanásia algumas vezes, mas sempre para evitar o sofrimento do animal.

wcris disse...

É sim uma reflexão necessária. Cada um tem seu contexto, o momento deles e o seu. Tomei a decisão de abreviar o sofrimento de Tiffany (com cancer de mama e IR ) há 10 anos. E esperei a partida de Docinho ( IR ) este ano. Ambas já idosas. Muito amadas toda a vida.

Anônimo disse...

Já passei por isso algumas vezes e se acontecer novamente (ainda tenho 11), vou fazer, porém só qdo o sofrimento não puder ser aliviado.
E que se dane o que eu vou sofrer depois.