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5.8.13

Já ouviu falar em CED?

Você não mora em um casarão nem está a fim de arrumar confusão com a família, mas fica se coçando de vontade de ajudar os bigodes e focinhos que vivem nas ruas toda vez que lê um post sobre as aventuras do coração de pudim aqui no Gatoca? Foi por isso que eu aceitei o convite da Kuka Fischer e da Otávia Mello para participar do I Encontro Nacional de CED.

Eu até sabia que a sigla significava "captura, esterilização e devolução animal". Só que precisava de mais argumentos para convencer os leitores deste blog (e a mim mesma) a praticar a última parte. Seis anos colecionando doações de comercial de margarina fazem a gente torcer o nariz à ideia que alguns bichos nunca terão uma família. Mas é a mais pura verdade. Não existem lares para todos. E nem todos (leia-se "os ariscos") querem um lar.

E lá rumei eu ao centrão para assistir às palestras da Maria Quideroli, idealizadora do projeto Operação Gato de Rua (SC), da Fernanda Conde, veterinária especializada em castração precoce, da Neide Ortêncio Garcia, funcionária do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo, do Feliciano Filho, deputado estadual (com direito a conversa do lado de fora), e da Otávia, amiga e fundadora do Felinos Urbanos (MA).

Entre a latinha de Jesus, presente do Maranhão, e os cupcakes coloridos do lanche de encerramento, muita coisa bacana foi dita. Com o olhar de jornalista, eu fiz então este resumo sobre o que um novato cheio de vontade de mudar o mundo precisa saber para transformar teoria de CED em prática. Relatos de veteranos nos comentários são bem-vindos.

Por que castrar

Nos últimos seis anos, a população humana cresceu 3,6%, a canina 60% e a felina 152%. Logo, logo, vai ter mais bicho do que pessoas no planeta. Passando fome e frio. A solução está na castração por saturação. É preciso esterilizar, segundo Feliciano, entre 75% e 85% dos animais de um bairro e, só depois, partir para outro. Enquanto o poder público se omite, nós podemos quebrar o galho fazendo nossa parte.

Como proceder

Primeiro, você vai precisar de uma armadilha ― animais de colônia dificilmente vêm no colo. O ideal é que ela seja acionada manualmente, para o bicho não fugir sem pisar no gatilho e para evitar a captura de gambás, lagartos e outras criaturas que não integram nosso público-alvo. Depois, deve-se escolher para atuar um lugar de abandono frequente, como parques, cemitérios ou construções abandonadas.


Prepare a armadilha com uma comida atrativa, espere o peludo entrar, leve-o para casa e dê ração antes do período de jejum. No dia seguinte, se o veterinário disser que está tudo bem, ele pode ser castrado com a técnica do gancho, criada pelo Werner Payne, que tem um pós-operatório tranquilo, pois o corte é minúsculo, e não precisa de retorno para tirar os pontos.

Não esqueça de pedir o cortinho na orelha, para identificar que aquele animal já foi esterilizado e não sofra com novas capturas. A devolução pode ser feita após 24h, no local de origem, porque o bicho estará medicado com antibiótico, anti-inflamatório e analgésico de efeito prolongado. Deixe potes de comida e água, para ajudar no pós-operatório.

Exceções

Animais domiciliados que vivem soltos são devolvidos para os (ir)responsáveis ― sim, eles também entram na dança! Bigodes e focinhos doentes ou dóceis não devem voltar para a rua. O primeiro grupo precisa de tratamento e o segundo pode realizar o sonho da casa própria. Edward, Flea, Snow e os bebês do cemitério de Santos não me deixam mentir. Peça ajuda aos amigos com a divulgação.

Fêmeas barrigudas darão mais dor de cabeça. Se você resolver soltar, logo a bichinha estará prenhe outra vez e não vai querer entrar na armadilha. Se resgatar e esperar o nascimento dos filhotes, corre-se o risco de a mãe rejeitar a cria (e até comer os pequenos) por estresse. A decisão pela castração imediata dependerá de um veterinário que tope e de internação, já que a recuperação demora mais tempo.

Colônias que sofrem com envenenamento, atropelamento, fome e maus-tratos precisam ser remanejadas. Escolha uma área verde ou uma construção abandonada, com a permissão dos donos ou responsáveis, claro, que tenha fonte de alimento e água, pouco tráfego e vizinhos amigáveis. O local pode ou não ser habitado por outros bichos ― basta colocar os novatos longe até rolar a adaptação.

Sopa no mel!

Quer pegar mais segurança? Comece o trabalho em uma comunidade carente. Elas são a origem dos animais de rua, já que as famílias costumam não ter o mínimo nem para elas mesmas, e o manejo contará com a colaboração dos donos dos peludos ― um contato de confiança, para sensibilizá-los, facilitará bastante a vida.

Antes de colocar a mão na massa, faça um levantamento dos bichos que vivem no local (sexo, idade, condição de saúde). Invista na conscientização dos moradores sobre a importância da cirurgia, incentivando a castração precoce. E não deixe de separar uma grana para os bigodes e focinhos que precisam de tratamento para poderem ser operados.

Também vale a pena atuar no controle de zoonoses, doenças transmitidas a seres humanos ― vermífugo e vacinação são essenciais nesses lugares. Outra coisa importante é pedir para o responsável assinar um termo escrito de comprometimento com a cirurgia e de responsabilidade pelo animal, evitando futuros perrengues.


Cliquem na imagem para ver a galeria de fotos do evento

26.7.13

Doem compaixão!

Dormindo com duas blusas, meias reforçadas, edredom e cobertor, eu tenho demorado séculos para conseguir pegar no sono. Imaginem os animais que congelam nas ruas. Qualquer paninho pode salvar uma vida! Deem uma vasculhada nos armários e participem da V Campanha do Agasalho para Cães e Gatos, organizada pelo AUG. As informações estão neste post. :)

23.7.13

Gata filósofa?

Estou começando a achar que a Pimenta quer trocar de profissão...

18.7.13

Meu melhor amigo pode ser vegetariano?

Preocupada com a saúde, o planeta e a exploração animal, cada vez mais gente tem se tornado vegetariana. Saiba se esse estilo de vida pode se estender também aos bichos de estimação

Como os gatos evoluíram para consumir praticamente presas, têm dificuldade de aproveitar os nutrientes de origem vegetal. E precisam de mais proteína, aminoácidos e ácidos graxos do que os cachorros, além de taurina, responsável pela saúde dos olhos e do coração, que é encontrada apenas na carne.

Já os focinhos podem adotar a dieta vegetariana sem problema, porque são considerados onívoros oportunistas: seu organismo se adapta para obter os nutrientes essenciais a partir de vários alimentos. "Basta elaborar um cardápio balanceado, que compense as limitações e supra suas necessidades", explica a veterinária nutricionista Sylvia Angélico. Confira as dicas da especialista.

:: Como introduzir a nova dieta
Acrescente os alimentos indicados nas receitas aos poucos. A estratégia ajuda os sentidos e o organismo do cachorro a se acostumarem gradativamente com os novos cheiros, sabores e ingredientes. Se você optar pela ração, misture 1/3 da nova e 2/3 da antiga no primeiro dia, metade de cada uma no segundo e 2/3 da nova e 1/3 da antiga no terceiro.

:: Alerta!
Não dê uva, passas, cebola, chocolate, macadâmia e pimenta ao animal. E, se constatar qualquer alteração, leve-o ao veterinário. Diarreia, vômito e coceira persistentes podem sinalizar alergia. O profissional tentará identificar os alimentos suspeitos para excluí-los da dieta.

:: Refeição turbinada

Para acrescentar nutrientes extras ao cardápio do seu cão, prepare a receitinha do veterinário norte-americano Richard Pitcairn

Ingredientes:
- 2 xícaras de levedura de cerveja em pó
- 1 xícara de grânulos de lecitina
- 1/4 de xícara de pó de fucus
- 2 colheres (sopa) de pó de casca de ovo
- 1/4 de colher (chá) de ascorbato de sódio (opcional)
(Compre em lojas de produtos naturais ou peça a prescrição de um veterinário de confiança para manipular.)

Modo de fazer:
Misture todos os ingredientes e ofereça diariamente uma colher de café rasa para cães de porte pequeno, uma colher de chá rasa para cães de porte médio e uma colher de sobremesa rasa para cães de porte grande. O pó deve ser polvilhado sobre a comida fria, para que o calor não anule suas propriedades nutricionais.


* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.

16.7.13

Vida com aventura

Quer testar seu reflexo, agilidade e coordenação motora? Passe atrasado por dez gatos, carregando uma coleção de sacolas desajeitadas. Eles se espalharão com precisão bussolar ao longo do percurso, prevendo, inclusive, os desvios que você fará para não pisar em nenhum rabo. E, quando suas pernas trêmulas estiverem quase alcançando a porta sem terem atingido ninguém, a criatura mais kamikaze do grupo resolverá cruzar o recinto a galope, provocando um sorteio de humano, pelos, roupas e compras de supermercado.

11.7.13

Mistérios do cérebro felino

Pipoca tem uma lógica própria: quando me vê entrar no quarto à noite, hora de dormir, corre para o quarto do fundo para não ser levada para o quarto do fundo.

9.7.13

Uma vontade

Apertar até não sobrar pelo sobre pelo. :)


5.7.13

Só para iluminados

Meditar no Tibete é fácil. Eu quero ver o Dalai-Lama acalmar a mente em Gatoca, com cinco bigodes querendo colo e outros cinco brigando por causa do único cantinho de sol do quintal.

3.7.13

Quiz

Quem adivinha como eu curti o domingão chuvoso?

a) Dormindo para emendar o sábado na segunda.
b) Assistindo a um seriado novo embaixo das cobertas.
c) Tirando o atraso do namoro com chantilly.
d) Respondendo 152 comentários deste blog, acumulados desde o fim de março.

P.S.: Se você ficou falando sozinho esse tempo todo, me desculpe. As coisas estão caóticas por aqui. :\

29.6.13

Sexto quase-aniversário do Gatoca

Blogueira má! Blogueira má! Blogueira má! É assim, como o Dobby de Harry Potter, que eu estou me sentindo neste mês de déficit de posts. A vida anda de cabeça para baixo e eu precisaria descobrir o segredo da mitose para dar conta de tudo ― e para dar ao Mercvrivs o colo 24/7 com que ele tanto sonha.

Como sou uma pessoa terapeutizada, porém, hoje colocarei minhas limitações no colo, direi a elas que tudo vai ficar bem e me permitirei curtir os seis anos de criação do layout do Gatoca. Sim, este blog coleciona datas festivas, porque eu demorei 42 dias para tomar coragem de publicar o primeiro texto, que se chamava Teste (reparem na URL). rs

A comemoração oficial rolará em agosto, com direito a comes e bebes, histórias bigodísticas e risadas não alcoolizadas para quem estiver dirigindo. E nós não aceitaremos desculpas envolvendo vergonha e sinônimos. Preparem-se, portanto, para sair da concha! :)


Veja as festinhas anteriores: 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

26.6.13

Bom dia, Cinderela

Gatoca é cheia de barulhos. Armários rangem feito ponte levadiça de castelo, música de gosto duvidoso ecoa pelo corredor, um teclado de computador metralha a tarde até escurecer. Mas existem apenas três sons que despertam bigodes e focinho do sono profundo. Pipoca não pode ouvir o clique do interruptor do meu quarto de manhã que se põe a gritar na porta para recepcionar calorosamente minha cara amassada.

Mike se requebra inteiro quando um bombom é desembrulhado a quilômetros de distância, crente que o docinho não poderá ter outro destino que não seu estômago. E todo o recinto entra em festa se, sem querer, eu encostar nos potinhos das guloseimas devezemquandárias ao enxugar a louça ― nesse caso, será preciso esperar o clamor animal cessar para conseguir deixar a cozinha.


20.6.13

Inveja

Guda preocupada com o futuro do país.

13.6.13

9 cuidados básicos que evitam doenças sérias

Eles não levam ninguém à falência e garantem que bigodes e focinhos continuem colorindo nossos dias por mais tempo

1) Comprar ração de boa qualidade
Por quê?
Ração barata contém conservantes e sódio além da conta, substâncias que estimulam a formação de cristais.
A atitude previne...
- Urolitíase: presença de cálculos no trato urinário, que podem virar cistite nas fêmeas e obstruir a uretra dos machos, matando o animal em 72 horas por insuficiência renal.

2) Controlar as guloseimas
Por quê?
Petiscos em excesso e comida gordurosa ou muito temperada engordam e afetam o fígado, que funciona como um filtro do organismo.
A atitude previne...
- Obesidade: acúmulo de gordura no corpo, que pode causar diabetes, problemas nas articulações, doenças cardiovasculares e até alterações neurológicas.
- Lipidose hepática: concentração de gordura no fígado, comum em gatos e rara em cães, que pode levar à morte.

3) Oferecer água sempre fresca
Por quê?
Beber bastante água ajuda a manter os rins trabalhando direito.
A atitude previne...
- Insuficiência renal: alteração na capacidade de filtragem do órgão, que passa a reter ureia e creatinina (compostos tóxicos) e a eliminar água, vitaminas e proteínas. O agravamento da doença pode provocar pressão alta, infecções do trato urinário, úlceras na boca e no estômago e até matar.

4) Vermifugar
Por quê?
Animais que têm acesso à rua podem se contaminar com ovos, cistos ou larvas de vermes como a tênia.
A atitude previne...
- Verminose: infecção do intestino provocada por parasitas que retardam o crescimento do bicho, prejudicam a absorção de nutrientes, facilitam a perda de sangue e de proteínas e ainda favorecem o aparecimento de outras doenças.

5) Vacinar anualmente
Por quê?
Peludos imunizados vivem mais e não passam doenças infecciosas para seus donos.
A atitude previne...
Um combo de dores de cabeça:
- V10 (cães): cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa, adenovirose, coronavirose, parainfluenza e leptospirose (Leptospira canicola, Leptospira grippotyphosa, Leptospira icterohaemorrhagiae e Leptospira pomona).
- Quádrupla (gatos): panleucopenia, rinotraqueíte, calicivirose e clamidiose.
- Antirrábica (cães e gatos): raiva (zoonose causada por um vírus que afeta o sistema nervoso, matando o bicho em menos de uma semana).

6) Castrar a partir dos cinco meses
Por quê?
Esterilizar filhotes antes do primeiro cio evita infecções e o desenvolvimento de tumores.
A atitude previne...
- Piometra: infecção uterina provocada por bactérias, que pode levar à óbito.
- Câncer de mama e próstata: proliferação desordenada de células de qualquer tecido do organismo, prejudicando o funcionamento dos órgãos comprometidos. Se a doença for detectada após produzir metástase, a morte é inevitável.

7) Jamais medicar por conta própria
Por quê?
O uso indiscriminado de remédios pode envenenar e até cegar o animal.
A atitude previne...
- Intoxicação: série de efeitos sintomáticos causados pela ingestão ou contato com substâncias tóxicas.
- Catarata: opacidade do cristalino, lente interna dos olhos, que impede a passagem da luz à retina, prejudicando a visão.

8) Manter os dentes limpos
Por quê?
Tártaro gera um ambiente propício para o desenvolvimento de bactérias, que podem chegar ao coração pela corrente sanguínea.
A atitude previne...
- Endocardite: mau funcionamento do músculo cardíaco, provocado por microorganismos que tendem a obstruir o fluxo sanguíneo arterial de órgãos vitais. A forma infecciosa da doença mata em questão de dias.

9) Estimular a prática de exercícios físicos
Por quê?
Sobrepeso causa complicações articulares.
A atitude previne...
- Artrite: inflamação decorrente do mau posicionamento da junta, ponto em que um osso se encontra com outro, atrapalhando a locomoção.


* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.

11.6.13

Gentoca

A maioria das peripécias relatadas neste blog tem bigodes como protagonistas ― com destaque aos esqueletinhos da dona Lourdes. Mas os leitores antigos certamente se lembram que já passaram por Gatoca sete focinhos (Beatriz, Costelinha, Pingo, Geada e Caramelo, Marley e Pandora), um sanhaço e uma pomba especialista em cocos aéreos.

O que eu nunca imaginei é que teria de resgatar uma criança. Ou quase. Tudo aconteceu muito rápido: namorado ao volante, eu olhava distraída a paisagem que corria pela janela, quando avistei um menininho correndo sozinho pela calçada. Ele parou o carro instantaneamente, eu caminhei em direção ao pequeno, para não assustá-lo, e quase enfartei ao vê-lo virar para a rua, onde um caminhão aumentava de tamanho na velocidade da luz.

Segurei o aventureiro pelo braço no minuto em que a mãe saiu de casa desesperada gritando seu nome. O irmão mais velho havia esquecido o portão aberto e ela só sentiu falta do mais novo quando ele já estava no alto do morro. Pelo jeito, São Francisco anda ampliando sua área de atuação. E sacou que sempre pode contar comigo. Eu só não sei o que faria com um filhote de gente.

4.6.13

Notícia triste: pingando os is

Nestes 18 dias, desde que eu publiquei o post sobre a suspensão dos resgates em Gatoca, não faltaram demonstrações de carinho de vocês. Até terapia junguiana gratuita me ofereceram! Mas parece que alguns pontos precisam ser melhor explicados. Segue, então, uma listinha e, se ainda restarem dúvidas, não se acanhem em compartilhá-las nos comentários. :)

1) Os temporários agravam minhas crises
O organismo demora para se acostumar ao novo "alérgeno". Animais resgatados da rua precisam ficar isolados dos outros, geralmente em lugares pequenos, com pouca circulação de ar. E quanto mais gatos em casa, pior a alergia. Palavra de quem já cuidou de 19 bichanos ao mesmo tempo.

2) Banho não rola
Já não seria fácil ensaboar dez bigodes fofos semanalmente ― principalmente porque eu ganho dinheiro escrevendo, não pilotando chuveirinhos. Imaginem, então, enfiar as Gudinhas embaixo d'água. Pipoca amansou com o problema renal, mas as irmãs continuam bichos do mato.

3) Tratamentos alternativos são lentos
Eu acredito em um monte de coisa. E não desisti de tentar. Mas, na hora em que o ar para de entrar nos pulmões, só a injeção de corticoide na veia resolve. Quem nunca dirigiu até o hospital achando que não vai dar tempo de chegar dificilmente conseguirá imaginar a sensação de pânico.

4) Mesmo assim, eu não vou doar os bigodes
Pelo menos não enquanto puder me manter de pé com os remédios. Tomo o que for necessário, faço exames periodicamente, passo em consulta com todo o corpo clínico da Beneficência Portuguesa se precisar. No dia em que o último coração felino parar de bater sozinho (assim espero!), eu penso na hipótese de adotar um filhote de urso ou um elefantinho.

5) A ajuda jornalística segue
Eu continuarei a publicar dicas aqui no blog, a inspirar os leitores novatos a construírem um mundo melhor para bípedes e quadrúpedes, a produzir matérias (ou guias inteiros) que ensinem marinheiros de primeira viagem a cuidarem decentemente de seus animais de estimação, a escrever, editar e revisar textos para o Adote um Gatinho, ONG em que sou voluntária.

Só não sei o que farei quando cruzar com o próximo par de olhos assustados.

30.5.13

Paradoxo

Na próxima encarnação, eu quero ser um gato meu.

23.5.13

Mais aniversariantes do mês - maio de 2013

Ontem as Gudinhas* completaram seis anos em Gatoca, com hora do nascimento coletivo anotada para fazer mapa astral. Mas a única que caprichou na produção (notem o bobe de orelha!) e se animou a dar uma voltinha no quintal foi a Pimenta. O resto das vovozinhas de espírito comemoraram o aniversário em casa mesmo, sob, sobre ou ao lado das cobertas.










*Novelinha: conheça a história das Gudinhas

Outros aniversários: 2012 | 2011 | 2010 | 2009

20.5.13

Aqueça uma vida!

Pare tudo que você está fazendo e olhe para o lado. Por acaso tem um peludo aí enfiado nas cobertas antes mesmo de o inverno chegar? Pois milhares de bigodes e focinhos menos sortudos congelarão nas ruas este ano. Encolhidos em buracos, caixas de papelão, terrenos baldios, cemitérios e até em abrigos de protetoras humildes, muitos deles chegam a morrer de frio.

Para amenizar essa crueldade, em 2009 as meninas do AUG criaram a Campanha do Agasalho para Cães e Gatos, que já arrecadou mais de 7,3 mil camas, tapetes, cobertores e roupinhas. Você pode colaborar doando qualquer paninho que seu amigo não use mais ou comprando um novo baratinho. Basta entregar em um dos 29 postos conveniados.

O de São Bernardo, monitorado por mim, fica na Clínica Veterinária Dr. Nivaldo Albolea, localizada na Av. Kennedy, 140, Jardim do Mar. E quem mora fora de São Paulo deve procurar a organização não governamental mais perto de sua residência. Ajude um coração a bater quentinho. Ou dois, três, quatro...

17.5.13

Notícia triste

Nestes sete anos e meio, eu nunca neguei socorro a um par de olhos assustados. Nem quando faltou grana, nem quando faltou tempo, nem quando faltou espaço, nem quando faltou coração. Mobilizei um exército, amansei feras, tratei doenças variadas, socializei bichos do mato, acordei de madrugada para dar mamadeira. E tomei mais de 5 mil comprimidos de corticoide (dois por dia, todo dia) para amenizar as crises respiratórias ― sim, eu tenho alergia a gatos. E asma.

Só que um remédio deixou de ser suficiente. E, no início deste ano, depois de virar outra madrugada no hospital, eu passei a usar cinco, acompanhada por uma trupe de otorrino, pneumologista e alergologista. Fiz rinoscopia, prova de função pulmonar, tomografia, 24 exames de sangue. E brigo semanalmente para não doar os bigodes, chamados de "alérgenos". Os médicos não entendem que eles são minha dose de sorriso diária.

Não, a homeopatia não funcionou, nem o do-in, nem a yoga, nem a terapia. E, com a alma partida, eu admito que precisarei arrumar outra forma de continuar ajudando os peludos que ainda não tiveram a sorte de encontrar suas famílias de comercial de margarina. Por mim, pelas pessoas que me amam e, principalmente, pelos habitantes fixos de Gatoca, que não merecem ficar órfãos de uma mãe que já é órfã de pai e mãe.

Posso contar com o apoio de vocês? Ideias, aliás, são mais do que bem-vindas.


Mercv no meu colo, em dezembro de 2005, de onde ele nunca mais saiu


Leia também: Notícia triste: pingando os "is"

14.5.13

Aniversariantes do semestre - 2013

A última moda em Gatoca, vocês já devem ter percebido, é esquecer aniversário. Desta vez, Clara* foi presenteada com uma solene ignorada de 34 dias.

E, para a Guda* não ficar com ciúme, eu deixei seus seis anos de resgate passarem em branco por uma semana inteirinha.

Como duas caipiras, claro que elas não gostaram da ideia.


*Novelinhas: conheça as histórias da Clara e da Guda

Outros aniversários da Pli: 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008
Outros aniversários da Gugu: 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

10.5.13

Gatoca em estado de alerta

Desde que "Tocando em Frente" tocou por livre e espontânea vontade no computador aqui de casa, os bigodes passaram a se misturar com a mobília. Por acaso uma metaleira não pode se emocionar ouvindo Almir Sater?

7.5.13

Massageie seu amigo

Patrícia Possa, adestradora da Cão Cidadão, explica os benefícios da massagem em animais e ensina o jeito certo de fazer. O peludo e seu bolso agradecem

:: 5 motivos irresistíveis

1) Ajuda a relaxar
Quando nós sentimos alguma dor ou desconforto físico, logo pensamos em uma massagem, certo? E a estratégia tem efeito terapêutico turbinado, porque também desestressa o "massagista".

2) Estreita laços
Durante a sessão, você curte seu bicho de estimação e mostra a ele que o amor de vocês resiste às correrias do dia a dia.

3) Previne doenças
Investigar o corpo do animal ajuda a descobrir possíveis distúrbios e evitar que eles piorem com socorro especializado.

4) Facilita às idas ao veterinário
Cães e gatos que recebem massagem se acostumam ao toque e à manipulação e não oferecem resistência ao exame clínico.

5) Remedia problemas existentes
Na Inglaterra, há até uma clínica de massagem para cachorros que trata problemas de locomoção, a Canine Massage Therapy Centre.

:: Como fazer

Inicie com um afago
O processo inteiro deve ser divertido e confortável, permitindo que, com o hábito, o bicho relaxe e se entregue. Gatos geralmente ronroram e alguns cães até emitem aqueles sons de: "Hum, que delicia!".

Intensifique o carinho
Ele deve virar uma massagem investigativa. Para isso, apalpe a cabeça, o corpo, a barriga, as pernas, as patas e o rabo do animal. Sinta a pele, os pelos, os músculos e os ossos. Com jeitinho, observe os ouvidos, o focinho, a boca e os dentes.

Fique atenta às reações
Elas indicarão se houver alguma coisa errada. Caso o peludo demonstre incômodo, desconforto ou qualquer tipo de dor, procure um veterinário de confiança.

Ofereça repeteco
Quanto mais massagem, melhor você conhecerá seu melhor amigo fisicamente, além de descobrir os locais em que ele gosta de ser tocado e que tipo de carinho mais lhe agrada. Aproveite os fins de semana para isso.


Kiwi curtindo a massagem especial de Gatoca

* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.

3.5.13

Coisas que só os bigodes peludos são capazes

Esconder uma lesma morta na barriga.


Para ampliar, cliquem na imagem

1.5.13

E viva o trabalho voluntário!

Como jornalista, freelancer e compradora de ração para dez bigodes, eu geralmente labuto nos feriados. E, neste 1º de Maio, cá estou ouvindo os festejos do Paço Municipal em frente ao computador. O que os carteiras-assinadas não sabem é que eu também tenho motivos para comemorar: há 14 horas, as curtidas da fan page do Gatoca no Facebook alcançaram quatro dígitos.

Isso quer dizer que, pelo menos, 1 mil pessoas se divertem com as histórias dos peludos, aprendem a cuidar melhor de seus amigos quadrúpedes, choram escondido a cada vida transformada e, não raramente, se empolgam a ajudar também. Eis o trabalho mais gratificante que existe, porque é pago com batidas de coração que nunca desvalorizam.

26.4.13

Raio-x: insuficiência renal

Não precisa ser vidente para acertar a causa da morte de seis em cada dez bigodes. Basta chutar insuficiência renal. Muito gateiro, porém, desconhece que essa doença silenciosa pode afetar o funcionamento dos rins de seus melhores amigos. Surpresa com a falta de informação geral, a Carol Toledo sugeriu um post aqui no blog sobre o assunto. E as veterinárias Marcela Malvini Pimenta e Marianna Pantano responderam nossas perguntas prontamente. Tirem suas dúvidas, espalhem para os amigos, compartilhem experiências nos comentários. :)

O que caracteriza insuficiência renal?
Uma alteração na capacidade de filtragem dos rins, que passam a reter ureia e creatinina (compostos tóxicos) e eliminar água, vitaminas e proteínas. Quando essa alteração ocorre de forma súbita, recebe o nome de doença renal aguda (DRA). Se o processo for gradual, chama-se doença renal crônica (DRC).

Quais são as principais causas?
A causa mais comum da insuficiência renal crônica é o envelhecimento do bicho. Já a insuficiência renal aguda costuma estar ligada a fatores isquêmicos, infecciosos ou tóxicos, como a ingestão de determinadas plantas e medicamentos.

Por que tantos gatos sofrem do tipo crônico?
Porque a capacidade de absorção de seus rins é maior, fazendo com que eles bebam menos água, essencial para expelir toxinas e prevenir inflamações, infecções e cálculos renais. A urina fica, então, mais concentrada e passa a sobrecarregar o órgão. Há, ainda, a propensão de algumas raças para o desenvolvimento da doença, como no caso dos persas.

Quais são os sintomas?
O animal perde o apetite, emagrece rapidamente, passa a tomar água em excesso e faz xixi (clarinho) a todo momento. Desidratação, vômitos, prisão de ventre e mucosas pálidas também podem integrar o pacote. Muitas vezes, porém, a insuficiência renal crônica evolui sem alarde.

E os riscos?
O agravamento da doença tende a provocar infecções do trato urinário, úlceras na boca e no estômago, pressão alta que leva à cegueira e até morte.

Como se diagnostica?
O diagnóstico é feito com exame físico, em que o veterinário avalia a presença de dor, o tamanho, a forma e a textura dos rins, exames laboratoriais (de sangue e urina) e de imagem (radiografia e ultrassom). Mas raramente identifica-se o problema na fase inicial, por causa da ausência de sintomas.

E como trata?
É preciso manter o bicho hidratado, adotar uma dieta com baixo nível de proteínas e, se necessário, realizar sessões de fluidoterapia, para diluir as substâncias indesejáveis do sangue. Quando parte significativa do órgão foi comprometida, porém, resta apenas a opção de controlar a doença ― transplantes têm taxas enormes de rejeição e condenariam os doadores à morte, já que a chance de sobrevivência com um único rim é praticamente nula.

Há cura?
A insuficiência renal crônica é irreversível. Mas o tratamento adequado pode evitar ou desacelerar sua evolução e as complicações sistêmicas, proporcionando uma boa qualidade de vida por meses ou até anos.

Dá para prevenir?
Além de levar o animal ao veterinário anualmente, é imprescindível estimulá-lo a beber mais líquido. Ofereça água sempre limpa e fresca, em recipientes largos e rasos (reparem no plural!), porque os bichanos não gostam de encostar os bigodes nas laterais. E alterne a ração seca com sachês e latinhas, opções úmidas. Insuficiência renal aguda se previne mantendo medicamentos, plantas tóxicas e produtos químicos longe do alcance dos peludos, além de impedir o acesso à rua.


Pipoca no dia da descoberta da doença, quadro revertido duas semanas depois

24.4.13

Exclusivo!

Pimenta, carinhosamente apelidada de Devedora Temedora, foi flagrada pelas lentes de Gatoca refletindo antes de aprontar. Imprimam esta imagem e colem na geladeira como lembrete de que há esperança para nosso planetinha azul.

19.4.13

Dedo verde... para digitar

Oi! Meu nome é Beatriz e eu estou há 840 dias sem assassinar uma planta. Sim, eu nunca mais comprei plantas. Não, o ciclâmen da cozinha foi presente e anda meio desanimado, mas vai sobreviver. Por causa dos dez bigodes, aliás, a cozinha é o único lugar aqui de casa que consegue ter vaso, terra, folhas e flor integrando o mesmo conjunto.

Como pode alguém que cuidou de 78 gatos, cachorros e aves (incluindo uma pomba!) não se acertar com pás e regadores? E como pode ― vou mais além ― alguém convidar essa pessoa para escrever sobre o assunto??? Características, curiosidades, usos medicinais, dicas de plantio, técnicas de cultivo... tudo recheado de latim. E grego!

Eu já fiz reportagem em presídio, aprendi a programar sem entender nada de internet, criei sites com financiamentos de sete dígitos, escrevi livro sobre educação em terra de analfabetos funcionais, revisei revistas japonesas, convenci a Hebe a abraçar a causa animal, falei de castração em um guia de bichos comercial, virei madrugadas lutando contra tablets (e designers), editei aplicativo para smartphone em quatro dias, ganhei o 38º Prêmio Abril de Jornalismo competindo com a Veja.

Mas dessa vez bateu um frio na barriga. Minhas Plantas é o maior portal de jardinagem do país. E a Carol está apostando todas as sementes na minha habilidade com as letrinhas. Prestigiem, tirem suas dúvidas sobre o universo verde, arrisquem novas receitas, divirtam-se com as crônicas do blog, ouçam o programa na Rádio Globo SP, deem orquídeas de presente. E torçam por mim.


Para ampliar, cliquem na imagem

16.4.13

Estratégia rasteira

Apelar a loiras gostosas, em poses sensuais, para levantar a audiência é o fim da picada! Vocês não acham?

12.4.13

O amor acontece

E não escolhe cor, sexo, tamanho da pança.

5.4.13

Bicho é tudo de bom!

Você duvida? A gente selecionou 10 motivos para te convencer. Que tal abrir um espacinho no seu coração para um animal abandonado?

1) Funciona como calmante
Interagir com cães ou gatos de estimação baixa os níveis de cortisol, hormônio do estresse, e estimula a liberação de endorfina e dopamina, neurotransmissores que aumentam a sensação de bem-estar. Pesquisas ainda comprovam que a presença de um peludo deixa as tarefas do dia a dia mais agradáveis, aliviando a pressão.

2) Turbina nossa capacidade de amar
Mulheres que adotam filhotes passam a produzir mais ocitocina, o hormônio do amor. É ele que enche as mamães de alegria quando dão à luz o bebê ou quando amamentam o pequenino. Talvez por isso casais com bichos briguem menos.

3) Ajuda a economizar nos remédios
Donos de bigodes e focinhos vão menos ao médico e, consecutivamente, precisam tomar menos remédios. Quando ficam doentes, os cachorreiros ainda saem do hospital antes. Reclamar menos de pequenos problemas de saúde e saber aproveitar a vida são outras vantagens.

4) Blinda o coração
A sensação de responsabilidade e companheirismo proporcionada pelos pets diminui o nervosismo e dilata os vasos sanguíneos, reduzindo a pressão sanguínea e o risco de ataque cardíaco em 30%. Quem tem um cão para chamar de seu também acaba se exercitando mais.

5) Afasta a depressão
Não existe solidão com um quadrúpede por perto. Suas gracinhas aumentam os níveis de serotonina em nosso organismo, ajudando a combater crises de depressão. Idosos em contato com cães e gatos abandonam o isolamento, tornando-se mais ativos e sociáveis.

6) Equivale à terapia
Na década de 1950, a psiquiatra alagoana Nise da Silveira já usava os bichanos em tratamentos terapêuticos. Em vez de lobotomia, eletrochoque e outras técnicas agressivas, ela apelava a eles para reverter casos de esquizofrenia, prática que lhe rendeu projeção internacional.

7) Multiplica as amizades
Alguém duvida que passear com um cachorro a tiracolo facilita aproximações? Segundo estudo inglês, pessoas que saem com seus cães fazem mais amizades ao longo do percurso do que as que caminham sozinhas.

8) Educa a molecada
No contato diário com um animal, as crianças aprendem a controlar impulsos, entre eles a agressividade. Ter um cão ou um gato ajuda a lidar com fatos da vida, como nascimento, reprodução e morte, além de reforçar a autoestima. Para os tímidos, os bichos ainda servem como veículo de comunicação. Até o rendimento escolar melhora!

9) Combate alergias
Meninos e meninas que crescem com um mascote apresentam 50% menos chances de desenvolver reações alérgicas a fungos e poeira, porque a exposição ao pólen e outros alérgenos que os bichos de estimação trazem nas patas fortalece o sistema imunológico.

10) Acaba com a insônia e ameniza dores
O ronrom dos bigodes altera o estado de alerta das ondas cerebrais, ajudando a gente a dormir. E sua frequência, entre 25 e 50 hertz, é a mesma utilizada na medicina esportiva para acelerar cicatrizações e recuperar lesões.


* Texto escrito para a revista Viva! Mais, da Editora Abril.

2.4.13

Pensamentos de sala de espera

"Se eu fingir que a mamãe não existe, não estarei aqui, logo, não precisarei passar na consulta com o veterinário", Pimenta.


"Eu não matei, não roubei, não me candidatei à Comissão de Direitos Humanos sendo ku klux kan e vim parar no corredor da morte. Mundo injusto...", Chocolate.

29.3.13

Suspiros pascoais

Eu não sou carola, não substituo bife por bacalhau na Sexta-Feira Santa, já que não como carne o ano inteiro, e me recuso a pagar uma fortuna por um ovo industrializado com gosto de chocolate hidrogenado. Mas dessa vez resolvi comemorar a Páscoa encomendando umas guloseimas da Maira, gateira coração de pudim que sonha em ganhar a vida fazendo a nossa mais doce, afinal, a ideia é recomeçar ― e dar a chance de os outros recomeçaram, não?


P.S.: Se você ficou com água na boca, nem clique no cardápio!

26.3.13

Diálogo educativo

― Nhéééééééé!
― Chega, Chocolate!
― Nhéééééééééééééééé!
― Não pode ser tão encrenqueira assim.
― Nhééééééééééééééééééééééééé!
― Só você quem sofre desse jeito...
― Nhéééééééééééééééééééééééééééééééé!
― Veja meu exemplo.
― ...

22.3.13

Combo canino: amor e diversão

Mike é uma criatura adoravelmente maluca: rosna para os amigos imaginários, bate a cabeça nas janelas acompanhando (do lado de fora) nosso trajeto dentro de casa, quase cai tentando olhar para a bunda quando solta um pum barulhento. Eu não consigo entender por que, em dois anos e meio, ninguém quis adotá-lo. Olhe esta carinha!

Se você deu um sorriso, compartilhe este post. :)

Mike não merece ser o cachorro do quintal...

20.3.13

A quarta primavera

Conforme os anos passam, meu cabelo encurta e a duração das festinhas de aniversário da Pandora em Sorocaba estica. A edição de 2013 venceu o sol, dando uma bela desamassada neste coração de pudim surrado. Para quem chegou agora, a pantera protagonizou uma das histórias de transformação mais bonitas deste blog. E, a cada foto recebida por e-mail, me faz lembrar que milagres existem.


Cumprimentando os convidados


Felicidade em cachorro


Parabéns duplo


Primeiro pedaço de bolo


Noite arrasadora


Epopeia da Pandora:

:: Caixa de esperança
:: Casa de esperança
:: Nascimento da ninhada
:: Morte da ninhada
:: Devolução
:: Boletim - 28 de novembro
:: Boletim - 1º de dezembro
:: Boletim - 8 de dezembro
:: Sítio temporário
:: Doação de conto de fadas
:: Primeira primavera
:: Segunda primavera
:: Festa em Sorocaba
:: Terceira primavera

14.3.13

Habemus gatum!

Mercvrivs ficou chateado de saber que o primeiro papa que decidiu mudar de nome ao ser eleito, em 533, era seu xará. E apareceu na varanda de Gatoca para explicar aos fiéis que não tem motivos para se esconder. Em seu papado, haverá respeito às diferenças, muito sachê de salmão e dez horas, pelo menos, de sesta após o almoço. Que Francisco se inspire no santo italiano protetor dos animais e siga esse exemplo.

12.3.13

Coceira...

...por novos desafios profissionais. Você tem um projeto incrível e precisa de uma jornalista maluca? Deixe mensagem após o bip.


Ilustração de Blanca Gómez

8.3.13

Divirta seu amigo com ideias recicladas

Elas não custam nada, são fáceis de fazer e ainda ajudam a poupar o meio ambiente. Seu bicho vai amar!

Quem nunca deixou uma nota no pet shop para ver o peludo brincar com o embrulho ou as fitas do presente de aniversário? Sorte nossa que os animais sabem valorizar as pequenas coisas da vida. Aproveitando esse desprendimento de coração, a gente ensina você a entreter seu cão, turbinar o cafofo do gato, botar os filhotes para gastar energia e incentivar todo mundo a caçar ração... sem colocar a mão no bolso!

:: Cães

Material:
- 1 folha de cartolina
- 1 blusa de lã velhinha
- 1 caixa de alfinetes
- Meias usadas
- Caneta
- Tesoura
- Agulha e linha
Passo a passo:
- Desenhe um osso na cartolina.
- Recorte e prenda na blusa de lã, para usar como molde.
- Recorte a blusa no formato do osso e repita o processo em outro pedaço do tecido.
- Costure as duas partes, deixando um buraco para encher com as meias usadas.
- Não esqueça de fechar o buraco.

:: Gatos

Material:
- Caixas de papelão de tamanhos diferentes
- Cobertores ou almofadas
- Caneta
- Tesoura
Passo a passo:
- Na frente de cada uma das caixas, faça um desenho fofo.
- Recorte os desenhos ― quanto menor a abertura, mais quentinhos ficarão os cafofos.
- Dentro, coloque almofadas ou cobertorzinhos.

:: Filhotes

Material:
- 1 caixa de papelão com cerca de 6 centímetros de altura
- 1 rolo de papel alumínio
- Caneta
- Estilete
Passo a passo:
- Use um copo americano para desenhar círculos na tampa da caixa.
- Recorte todos os círculos.
- Faça duas bolinhas de papel alumínio e coloque dentro da caixa.

:: Bicharada

Material:
- 1 garrafa pet de tamanho compatível com o seu amigo
- 1 punhado de ração
- Faca
Passo a passo:
- Esquente a faca, para evitar que as rebarbas do plástico cortem a boca do animal.
- Faça buracos nas laterais da garrafa pet ― os buracos não podem ser grandes demais, permitindo que a ração saia toda de uma vez, nem pequenos demais, causando frustração pela guloseima inatingível.
- Coloque a ração e tampe bem.

:: Invente outros brinquedos

Confira o tempo que cada material demora para se decompor na natureza e inspire-se a dar fins mais criativos para seu lixo doméstico

Papel – de 3 a 6 meses
Pano – de 6 meses a 1 ano
Filtro de cigarro – mais de 5 anos
Madeira pintada – mais de 13 anos
Náilon – mais de 20 anos
Metal – mais de 100 anos
Alumínio – mais de 200 anos
Plástico – mais de 400 anos
Vidro – mais de 1 mil anos
Borracha - indeterminado

FONTE: Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)


* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.

5.3.13

Mais Gatoca!

Você adora as fotos do blog, ainda que pequeninas? Dá risada lendo as crônicas dos bigodes, se emociona com as aventuras do coração de pudim e morre de curiosidade de saber o que rola nos bastidores? Desistiu de comentar, porque as limitações da ferramenta (e a vida corrida desta jornalista) atrasam as respostas? Curta a página do Gatoca no Facebook! Quando nós conquistarmos 1 mil fãs, absolutamente nada acontecerá. :)

1.3.13

Aniversariante do mês - fevereiro de 2013

Não, o título do post não está errado. Os seis anos da Chocolate em Gatoca passaram batido e eu só lembrei de comemorar 15 dias depois, quando vi suas orelhas carecas de rejeição ― embora o veterinário insista em chamar de fungo.

De presente, a pequena ganhou um spray de miconazol novinho, que, seguindo a tradição, não precisará dividir com ninguém. Toda vez que eu viro as costas, sinto que os bigodes apontam para ela e riem.


Outros aniversários: 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008