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13.2.15

7 passos para se livrar das pulgas

Quem tem um bicho de estimação já se pegou guerreando contra esses insetos aparentemente imortais. Saiba como vencer a próxima batalha

Existem cerca de 1,9 mil espécies conhecidas de pulgas no mundo, que parasitam diversos animais. Mas as mais comuns, pelo menos nas cidades, são as que infestam cães, gatos e seres humanos. Quando picam, elas podem provocar reações alérgicas leves e até transmitir peste bubônica.

Como seu desenvolvimento compreende ovo, larva, pupa e inseto adulto, além de as criaturas pentelhas virem equipadas de fábrica para sobreviver em épocas difíceis (enquanto não surge um hospedeiro), exterminá-las muitas vezes se torna uma novela. Acerte na estratégia para não ser surpreendida por um novo surto.

:: Cuidados com o ambiente

1) Use aspirador de pó
Ele é essencial no controle da infestação, porque consegue sugar os ovos que entram nos vãozinhos, principalmente, dos tacos. Compre um modelo de potência alta, com pelo menos 1 mil watts, e capriche nos pisos, sofá, tapetes e lugares onde o animal costuma dormir.

2) Borrife inseticida
Quando terminar o faxinão, espirre inseticida no saco do aspirador, para eliminar as pulgas adultas, e jogue-o imediatamente no lixo.

3) Esterilize tudo
Depois da lavagem normal das roupas, cobertores e paninhos do seu melhor amigo, coloque-os para ferver por dez minutos.

4) Apele à dedetização
Em casos sérios de infestação, é melhor contratar uma empresa especializada em controle de pragas urbanas. A dedetização contra pulgas ocorre em duas etapas, com intervalo de 15 dias, por causa do ciclo de desenvolvimento citado anteriormente.

:: Cuidados com os animais

5) Despulgue todo mundo
Não importa que apenas um dos bichos pareça estar contaminado. Aplique o antipulgas em todos os bigodes e focinhos do recinto. A maioria dos produtos disponíveis no mercado tem efeito prolongado e, além de matar os insetos adultos, inibe seu crescimento. A dosagem varia conforme o peso do peludo.

6) Evite sabonetes e xampus antipulgas
Eles não possuem a duração estendida dos produtos em formato de pipeta ou spray e podem ser tóxicos para filhotes e animais idosos ou debilitados. Também não se deve usar talco, pois sua ingestão tende a causar intoxicação.

7) Consulte um veterinário
Muitos bichos são alérgicos à saliva da pulga e acabam manifestando coceiras intensas e lesões dermatológicas. Para eliminar o mal-estar, o profissional provavelmente receitará um medicamento antialérgico.

:: Entenda como a coisa funciona

Somente 5% das pulgas ficam no animal. Os outros 95% espalham-se pelo ambiente, na forma de ovo, larva ou pupa, podendo sobreviver por até um ano. Com a ajuda do calor e da umidade, principalmente nas estações mais quentes do ano, os ovos eclodem e viram larvas, que se fortalecem comendo poeira e detritos.

Quando essas larvas se transformam em pulgas adultas, passam a atacar os bichos em busca de alimento. Enquanto houver o sangue deles, você está protegida. Nas infestações sérias, porém, nem os seres humanos são poupados.

:: Dicas para prevenir

Fique de olho no animal
Se ele passar a se coçar e apresentar sujeirinhas pretas no pelo, provavelmente está com pulgas. Agir cedo impede infestações.
Aplique antipulgas regularmente
Para que o ciclo não recomece, recomenda-se reaplicar o remédio a cada 30 dias.
Mantenha a casa sempre limpa
Ou o mais limpo que sua rotina permitir.
Passe aspirador de pó com frequência
Três vezes por semana é o ideal. Mas duas já fazem uma baita diferença.


* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.

Leia também: 4 receitas caseiras contra pulgas

12.2.15

Detetive: solução do caso

Parecia um dia comum. Um almoço comum. Uma gata comum. Leo e eu conversávamos sobre o móvel para discos ― que não é tão comum assim, mas não desvirtuemos o rumo da história. Eis que Chocolate atravessa a cozinha correndo, salta na pia, pisoteia a travessa de comida e sai espalhando azeitonas pela parede, basculante, fogão, máquina de lavar. A comida era batalhoada, com meio vidro de azeite. E as patas, branquinhas, devidamente peludas.

Em sua defesa, a pequena alega que fugia da Guda, a verdadeira assassina de Gatoca. O caso ainda está sendo julgado, afinal, não se acusam mães de família todo dia. Vanessa Cabral acertou o local do crime (lá no Facebook) e Fernanda Uchoa, a arma da lambança. Ambas ganharão esta menção especial, porque toda a verba das investigações foi usada para recuperar a cor original da gata.

11.2.15

Detetive

Quem adivinha o assassino, a arma e o local do crime?


Obs.: Solução do caso aqui.

10.2.15

15 lições que os animais ensinam às crianças

Os veterinários Luciana Dechamps e Nivaldo Albolea explicam por que vale a pena realizar o sonho do seu filho de ter um bichinho de estimação

:: Cães

1) Amar incondicionalmente
Você pode ignorá-lo porque está atrasada ou dar uma senhora bronca ao encontrar o sapato favorito mastigado e ele continuará abanando o rabinho, sem ressentimento.

2) Ser fiel
Quando nós ficamos tristes, os cachorros costumam perceber antes de todo mundo. E, em vez de perder tempo falando abobrinhas, sentam-se coladinhos para mostrar que não estamos sozinhos.

3) Dividir
Querendo ou não, os pequenos logo se veem obrigados a compartilhar os brinquedos, um espaço no berço e, principalmente, a atenção dos pais com aquela criatura festeira.

4) Dizer a verdade
Cães não disfarçam os sentimentos. Se estão alegres, o corpo inteiro chacoalha. Quando se aborrecem, encolhem-se como se tentassem caber no bolso.

:: Gatos

5) Cuidar da higiene
Assim que acabam de comer, os bichanos lavam a boca e o focinho. Ao usarem o banheiro, enterram o xixi e o coco. O resto do dia, passam lustrando os pelos. E, como sua saliva tem propriedades que removem a sujeira, não precisam tomar banho como a gente. Gato acostumado desde filhote deixa até cortar as garras.

6) Respeitar os limites
Para um bigode, hora de brincar é hora de brincar e hora de descansar é hora de descansar. Eles também escolhem quando querem ganhar cafunés: se aproximam, se esfregam e pulam no colo sem cerimônia.

7) Gostar de si mesmo
Quando um gato se abandona, é porque está doente (xixi e coco fora da caixa sinalizam problemas clínicos ou comportamentais). Eles também têm seu tempo de perdão ― diferente dos cachorros, mais subservientes.

8) Aceitar as diferenças
Todo bichano é carinhoso, por mais que o senso comum pregue o contrário. Só que esse carinho precisa ser buscado a sua forma.

9) Ser independente
Bigodes se viram muito bem sem a presença dos donos, autonomia que não significa, de forma alguma, falta de amor.

:: Qualquer bicho

10) Trocar afeto
Existe coisa melhor nesta vida do que acariciar um animal de estimação e ser retribuída com um festival de ronrons e rabos balançantes?

11) Ter disciplina
Quando a gente coloca a ração no potinho, cães e gatos comem sem fazer manhã. E não pedem para assistir televisão na hora de dormir. Até o momento certo de passear eles sabem!

12) Comer direitinho
Não se pode dar qualquer porcaria para um bicho, sob o risco de provocar uma intoxicação feia.

13) Ser responsável
Tomar conta de um pet exige que tarefas rotineiras, como colocar comida e água fresca e limpar a sujeira, sejam religiosamente cumpridas.

14) Cuidar da saúde
Criança que acompanha seu melhor amigo ao veterinário aprende que também precisa ir ao médico.

15) Lidar com o envelhecimento e a morte
Em um ano, o animal fica mocinho. Passados dez, ele começa a envelhecer. E logo perde a visão, a audição, a facilidade de locomoção, a disposição física. Essa trajetória mostra que nossa vida também tem começo, meio e fim.

:: E os adultos também ganham!

Exemplo de ousadia
Salvo raríssimas exceções, nós, seres humanos, sentimos medo de mudanças. E continuamos em relacionamentos e trabalhos falidos por puro comodismo. Os gatos não! Eles sempre buscam experiências novas.

Incentivo para recomeçar
Além de alegrar a alma dos marmanjos, a empolgação de um cão ajuda a curar insônia, estresse, depressão, problemas cardíacos e outras doenças sérias.


Lilica Cartoon, que completa 1 ano hoje e ainda não ganhou um lar

* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.


Epopeia da família Cartoon:

:: Como tudo começou
:: Nasceram!
:: Comédia romântica que virou drama
:: Drama que virou romance
:: Bebês de chocolate
:: Bolão e batizado
:: Para matar de ternura
:: A primeira ida ao vet a gente nunca esquece
:: Castração da Sessão da Tarde
:: Família Cartoon em oferta: Lindinha
:: Família Cartoon em oferta: Lilica
:: Família Cartoon em oferta: Pedrita
:: Família Cartoon em oferta: Batatinha
:: Família Cartoon em oferta: Patti Maionese
:: Família Cartoon em oferta: Penélope Charmosa
:: Batatinha na telinha
:: Happy ending: Lindinha
:: Happy ending: Patti Maionese
:: Sad ending: Batatinha
:: Campanha "Cansei de Ser Gato sem Família"
:: A Volta dos que não Foram
:: Ostentação
:: Gatela

9.2.15

Quando a ciência desconhece o objeto de estudo

Os especialistas suspeitam que o hábito de afogar bolinhas e ratinhos no pote de água está ligado ao instinto natural dos felinos, que costumam guardar a sobra da caça na toca para ninguém roubar nem afastar outras presas com o cheiro. Quem já pegou o bigode no flagra, porém, há de discordar. Primeiro, porque alumínio e pelúcia não são materiais saborosos. Depois, porque o ritual lembra muito mais uma aula de natação, com braçadas animadas de um lado para o outro.

7.2.15

Recado do Mercv

"Pode dizer aos leitores do blog que hoje não vai ter post."

5.2.15

Do Baeta para o mundo

A castração dos bigodes baetenses foi um sucesso ― os sete viraram oito, porque conseguiram devolver o único filhotico doado. Agora, eles precisam de ajuda para ganhar famílias de verdade. A mamãe parideira e o Frankfurt continuarão com a Cátia, mas não podiam ficar de fora da galeria. Se você não entendeu nada, clique aqui. E depois espalhe para os amigos. :)


Atenas, fêmea, 2 meses e meio


Déli, fêmea, 2 meses e meio


Frankfurt, macho, 2 meses e meio


Liverpool, macho, 2 meses e meio


Sevilha, fêmea, 2 meses e meio


Paris, fêmea, 6 meses


Florença, fêmea, 6 meses


Mamãe Baeta, 2 anos e meio

Pequenas lesões, grandes estragos

Passar pela sala rubra antes de tomar o café da manhã se tornou comum em Gatoca. O primeiro episódio sanguinolento ficou insolúvel e o esguicho do segundo fez o veterinário suspeitar de garra arrancada pelo arranhador. Mas o terceiro não deixou dúvidas: Pimenta havia machucado o rabo. No amasso noturno, eu percebi a pontinha dividida e não consegui aparar a pelaria para enxergar melhor a desgraça.

Hoje cedo, nós corremos, então, à clínica. A bifurcação era, na verdade, um bolinho de pelo endurecido pelo sangue jorrado no corte, de causa ainda desconhecida. Dr. N. retirou o dread, desinfetou a região e receitou uma pomada para evitar infecção. E eu voltei para a casa pensando como os bigodes têm o dom de se destruir num cômodo praticamente vazio, em meia noite de sono.


P.S.: As fotos da família do Baeta ficaram para amanhã, por causa do susto.

4.2.15

Um pastel e sete gatos

Quarta tem feira no Baeta e os moradores podem almoçar vento frito. Eu até experimentei a versão de pizza, mas não fui até lá para isso. Meu objetivo era convencer a família da casa 77 a castrar mamãe esquálida e as duas ninhadas sobreviventes de várias que cruzaram as ruas movimentadas do bairro sem olhar para os lados. O pedido veio da Gatto de Bottas, que operou os bichanos aqui da comunidade em novembro e lembrou do projeto educativo do Gatoca.

Cátia atendeu a campainha desconfiada, ouviu os benefícios da cirurgia, folheou o Guia de Saúde do Pet, que escrevi para a revista Saúde, da Editora Abril, e, de repente, o portão estava cheio de bebês, trazidos pela filha em uma viagem só: três fêmeas e um machinho, com dois meses e meio, de derreter o coração. E, na sequência, duas frajolas maiores, de seis meses.

A castração de todo mundo ficou agendada para hoje, com oferta de carona reforçada, caso o filho não pudesse levar ou buscar a trupe. Assim que eu pisei na recepção da clínica, para fotografar os peludos e ajudar a doar, as meninas vieram perguntar sobre o feito. Queria ter respondido que foram os 16 anos trabalhando com educação e os sete e meio de proteção animal, mas a verdade é que Cátia só baixou a guarda quando contei que dividia o colo com dez bigodes.


P.S.: Amanhã subo as fotos da família para vocês divulgarem também. :)

2.2.15

Cocô fora da caixa

Atualizado em 3 de fevereiro de 2015

Eu entendo mais de xixi, confesso. Mas a Giovana Kraft escreveu pedindo ajuda e leitor do Gatoca nunca fica sem resposta ― ninguém até agora perguntou os números da loteria acumulada ou que futuro terá o país sem água e energia elétrica. Vale dizer que o bigode dela é filho único, fez vários exames e o veterinário não encontrou nenhum problema de saúde que causasse esse comportamento.

Encaminhei a mensagem, então, ao grupo de voluntários do AUG, que completou 12 anos de existência com 7 mil bichanos doados, e juntei as respostas nesta listinha de possíveis soluções (obrigada, Laraue Motta, Luciana Florence, Silvana Marques, Juliana Bussab, Carol Zanni, Mariana Dias, Lucy Cardia, Denise Granja, Fernanda Uchoa e Susan Yamamoto! :*):

Comece pelo granulado higiênico
Experimente outros tipos e marcas. Há opções à base de argila, de madeira, de sílica e até de sabugo do milho. A ONG também já cuidou de gatos que preferiam a caixinha forrada com jornal picado, para não precisar pisar nos grânulos.

Passe para o banheiro
Primeiro, troque de cômodo. O peludo pode não gostar da máquina barulhenta de lavar, por exemplo. Se não der certo, compre um modelo maior ou aberto/fechado. E não deixe de tentar o banheiro extra. Tem criatura, acredite, que se recusa a fazer o número um e o número dois no mesmo lugar.

Apele a um especialista em comportamento
Compulsão é uma das síndromes mais difíceis de se curar. O pessoal indicou unanimemente a Drª. Daniela Ramos, do Psicovet.

Susan alertou ainda que existem distúrbios complicados de detectar, como as enterites, em que o animal faz cocô várias vezes por dia, mais mole e fedido do que o normal, e frequentemente fora da caixa. O ideal, nesse caso, é insistir nos exames ou consultar outro veterinário.

Nos comentários, tem mais dicas. ;)

30.1.15

Vida com gatos #2

Você ganha um sabonete artesanal todo desenhado, espera o fim de semana para colocar no banheiro e, dois minutos depois, ele já está personalizado ― junto com a pia, a privada, a lixeira e as toalhas.

29.1.15

Outro motivo para a queda de pelos

No começo do mês, eu comentei aqui no blog que o Dr. N. havia sugerido passar hidratante na nuca da Pimenta, para fortalecer o folículo piloso e ajudar os pelos a crescerem de novo. Mas esqueci de contar que, se a lesão fosse no dorso (das escápulas para trás), na barriga ou bilateral (igual nos dois lados do corpo), poderia indicar problema hormonal.

Ele costuma se manifestar em animais com hipotireoidismo e fêmeas castradas, mesmo anos após a cirurgia, por causa da disfunção causada pela retirada dos ovários, uma espécie de menopausa. Não há risco para a saúde, exceto pelo hábito de lamber a clareira (que até tem uma penugem), ferindo a região. E o tratamento ocorre com remédio.

Fica o alerta: nem toda carequice é provocada por fungos, ácaros e bactérias.

Viramos abóbora

Eu, à meia-noite. Simba, uma hora depois de acordar.

28.1.15

Almofadinha que dá barato

Lembram do catnip em vaso que fez o maior sucesso com os bigodes? Pois a Sabor de Fazenda também vende almofadinhas recheadas da erva! Yone escolheu estas três estampas lindas para os peludos, de presente de aniversário ― o meu (rs). O êxtase dura de cinco a 15 minutos, sem efeitos colaterais. E, para voltar o efeito, basta dar um intervalo de duas horas. Reservem um espaço no varal para pendurar as almofadinhas completamente babadas!





26.1.15

Cárie sem chiclete

"Existem coisas que a gente vê uma vez na vida, outra na morte. E é claro que tinha de ser com você". Dr. N. soltou essa frase cheirando o bafinho do Mercv, no último sábado, e eu tentei encará-la como uma oportunidade de aprender ainda mais sobre o fantástico universo dos problemas bigodísticos. Se fosse só uma hiperplasia de gengiva, bastaria remover o tecido com uma gaze, fazer uma compressão forte sobre o local e passar um produto de higienização oral.

Acontece que embaixo dessa gengiva espaçosa tem uma depressão dentária, cujo motivo a ciência ainda não sabe precisar (nem prevenir). Conhecida como Lesão de Reabsorção Odontoclástica Felina (LROF), ou Cárie dos Felinos, a doença causa salivação, dificuldade de mastigar e perda de apetite. Mais da metade dos bichanos sofrerão com ela na velhice, mas o incômodo acaba passando batido porque sua detecção demanda radiografia intraoral, feita por especialistas.

A solução é a extração, já que os casos de restauração, com ou sem tratamento de canal prévio, não deram muito certo. Como Mercv não sente dor e ganhou 200 gramas de pancinha na virada do ano, eu decidi esperar mais um pouco. E deixo a dica para vocês: observem a dentição dos peludos de vez em quando.