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12.2.15

Detetive: solução do caso

Parecia um dia comum. Um almoço comum. Uma gata comum. Leo e eu conversávamos sobre o móvel para discos ― que não é tão comum assim, mas não desvirtuemos o rumo da história. Eis que Chocolate atravessa a cozinha correndo, salta na pia, pisoteia a travessa de comida e sai espalhando azeitonas pela parede, basculante, fogão, máquina de lavar. A comida era batalhoada, com meio vidro de azeite. E as patas, branquinhas, devidamente peludas.

Em sua defesa, a pequena alega que fugia da Guda, a verdadeira assassina de Gatoca. O caso ainda está sendo julgado, afinal, não se acusam mães de família todo dia. Vanessa Cabral acertou o local do crime (lá no Facebook) e Fernanda Uchoa, a arma da lambança. Ambas ganharão esta menção especial, porque toda a verba das investigações foi usada para recuperar a cor original da gata.

11.2.15

Detetive

Quem adivinha o assassino, a arma e o local do crime?


Obs.: Solução do caso aqui.

10.2.15

15 lições que os animais ensinam às crianças

Os veterinários Luciana Dechamps e Nivaldo Albolea explicam por que vale a pena realizar o sonho do seu filho de ter um bichinho de estimação

:: Cães

1) Amar incondicionalmente
Você pode ignorá-lo porque está atrasada ou dar uma senhora bronca ao encontrar o sapato favorito mastigado e ele continuará abanando o rabinho, sem ressentimento.

2) Ser fiel
Quando nós ficamos tristes, os cachorros costumam perceber antes de todo mundo. E, em vez de perder tempo falando abobrinhas, sentam-se coladinhos para mostrar que não estamos sozinhos.

3) Dividir
Querendo ou não, os pequenos logo se veem obrigados a compartilhar os brinquedos, um espaço no berço e, principalmente, a atenção dos pais com aquela criatura festeira.

4) Dizer a verdade
Cães não disfarçam os sentimentos. Se estão alegres, o corpo inteiro chacoalha. Quando se aborrecem, encolhem-se como se tentassem caber no bolso.

:: Gatos

5) Cuidar da higiene
Assim que acabam de comer, os bichanos lavam a boca e o focinho. Ao usarem o banheiro, enterram o xixi e o coco. O resto do dia, passam lustrando os pelos. E, como sua saliva tem propriedades que removem a sujeira, não precisam tomar banho como a gente. Gato acostumado desde filhote deixa até cortar as garras.

6) Respeitar os limites
Para um bigode, hora de brincar é hora de brincar e hora de descansar é hora de descansar. Eles também escolhem quando querem ganhar cafunés: se aproximam, se esfregam e pulam no colo sem cerimônia.

7) Gostar de si mesmo
Quando um gato se abandona, é porque está doente (xixi e coco fora da caixa sinalizam problemas clínicos ou comportamentais). Eles também têm seu tempo de perdão ― diferente dos cachorros, mais subservientes.

8) Aceitar as diferenças
Todo bichano é carinhoso, por mais que o senso comum pregue o contrário. Só que esse carinho precisa ser buscado a sua forma.

9) Ser independente
Bigodes se viram muito bem sem a presença dos donos, autonomia que não significa, de forma alguma, falta de amor.

:: Qualquer bicho

10) Trocar afeto
Existe coisa melhor nesta vida do que acariciar um animal de estimação e ser retribuída com um festival de ronrons e rabos balançantes?

11) Ter disciplina
Quando a gente coloca a ração no potinho, cães e gatos comem sem fazer manhã. E não pedem para assistir televisão na hora de dormir. Até o momento certo de passear eles sabem!

12) Comer direitinho
Não se pode dar qualquer porcaria para um bicho, sob o risco de provocar uma intoxicação feia.

13) Ser responsável
Tomar conta de um pet exige que tarefas rotineiras, como colocar comida e água fresca e limpar a sujeira, sejam religiosamente cumpridas.

14) Cuidar da saúde
Criança que acompanha seu melhor amigo ao veterinário aprende que também precisa ir ao médico.

15) Lidar com o envelhecimento e a morte
Em um ano, o animal fica mocinho. Passados dez, ele começa a envelhecer. E logo perde a visão, a audição, a facilidade de locomoção, a disposição física. Essa trajetória mostra que nossa vida também tem começo, meio e fim.

:: E os adultos também ganham!

Exemplo de ousadia
Salvo raríssimas exceções, nós, seres humanos, sentimos medo de mudanças. E continuamos em relacionamentos e trabalhos falidos por puro comodismo. Os gatos não! Eles sempre buscam experiências novas.

Incentivo para recomeçar
Além de alegrar a alma dos marmanjos, a empolgação de um cão ajuda a curar insônia, estresse, depressão, problemas cardíacos e outras doenças sérias.


Lilica Cartoon, que completa 1 ano hoje e ainda não ganhou um lar

* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.


Epopeia da família Cartoon:

:: Como tudo começou
:: Nasceram!
:: Comédia romântica que virou drama
:: Drama que virou romance
:: Bebês de chocolate
:: Bolão e batizado
:: Para matar de ternura
:: A primeira ida ao vet a gente nunca esquece
:: Castração da Sessão da Tarde
:: Família Cartoon em oferta: Lindinha
:: Família Cartoon em oferta: Lilica
:: Família Cartoon em oferta: Pedrita
:: Família Cartoon em oferta: Batatinha
:: Família Cartoon em oferta: Patti Maionese
:: Família Cartoon em oferta: Penélope Charmosa
:: Batatinha na telinha
:: Happy ending: Lindinha
:: Happy ending: Patti Maionese
:: Sad ending: Batatinha
:: Campanha "Cansei de Ser Gato sem Família"
:: A Volta dos que não Foram
:: Ostentação
:: Gatela

9.2.15

Quando a ciência desconhece o objeto de estudo

Os especialistas suspeitam que o hábito de afogar bolinhas e ratinhos no pote de água está ligado ao instinto natural dos felinos, que costumam guardar a sobra da caça na toca para ninguém roubar nem afastar outras presas com o cheiro. Quem já pegou o bigode no flagra, porém, há de discordar. Primeiro, porque alumínio e pelúcia não são materiais saborosos. Depois, porque o ritual lembra muito mais uma aula de natação, com braçadas animadas de um lado para o outro.

7.2.15

Recado do Mercv

"Pode dizer aos leitores do blog que hoje não vai ter post."

5.2.15

Do Baeta para o mundo

A castração dos bigodes baetenses foi um sucesso ― os sete viraram oito, porque conseguiram devolver o único filhotico doado. Agora, eles precisam de ajuda para ganhar famílias de verdade. A mamãe parideira e o Frankfurt continuarão com a Cátia, mas não podiam ficar de fora da galeria. Se você não entendeu nada, clique aqui. E depois espalhe para os amigos. :)


Atenas, fêmea, 2 meses e meio


Déli, fêmea, 2 meses e meio


Frankfurt, macho, 2 meses e meio


Liverpool, macho, 2 meses e meio


Sevilha, fêmea, 2 meses e meio


Paris, fêmea, 6 meses


Florença, fêmea, 6 meses


Mamãe Baeta, 2 anos e meio

Pequenas lesões, grandes estragos

Passar pela sala rubra antes de tomar o café da manhã se tornou comum em Gatoca. O primeiro episódio sanguinolento ficou insolúvel e o esguicho do segundo fez o veterinário suspeitar de garra arrancada pelo arranhador. Mas o terceiro não deixou dúvidas: Pimenta havia machucado o rabo. No amasso noturno, eu percebi a pontinha dividida e não consegui aparar a pelaria para enxergar melhor a desgraça.

Hoje cedo, nós corremos, então, à clínica. A bifurcação era, na verdade, um bolinho de pelo endurecido pelo sangue jorrado no corte, de causa ainda desconhecida. Dr. N. retirou o dread, desinfetou a região e receitou uma pomada para evitar infecção. E eu voltei para a casa pensando como os bigodes têm o dom de se destruir num cômodo praticamente vazio, em meia noite de sono.


P.S.: As fotos da família do Baeta ficaram para amanhã, por causa do susto.

4.2.15

Um pastel e sete gatos

Quarta tem feira no Baeta e os moradores podem almoçar vento frito. Eu até experimentei a versão de pizza, mas não fui até lá para isso. Meu objetivo era convencer a família da casa 77 a castrar mamãe esquálida e as duas ninhadas sobreviventes de várias que cruzaram as ruas movimentadas do bairro sem olhar para os lados. O pedido veio da Gatto de Bottas, que operou os bichanos aqui da comunidade em novembro e lembrou do projeto educativo do Gatoca.

Cátia atendeu a campainha desconfiada, ouviu os benefícios da cirurgia, folheou o Guia de Saúde do Pet, que escrevi para a revista Saúde, da Editora Abril, e, de repente, o portão estava cheio de bebês, trazidos pela filha em uma viagem só: três fêmeas e um machinho, com dois meses e meio, de derreter o coração. E, na sequência, duas frajolas maiores, de seis meses.

A castração de todo mundo ficou agendada para hoje, com oferta de carona reforçada, caso o filho não pudesse levar ou buscar a trupe. Assim que eu pisei na recepção da clínica, para fotografar os peludos e ajudar a doar, as meninas vieram perguntar sobre o feito. Queria ter respondido que foram os 16 anos trabalhando com educação e os sete e meio de proteção animal, mas a verdade é que Cátia só baixou a guarda quando contei que dividia o colo com dez bigodes.


P.S.: Amanhã subo as fotos da família para vocês divulgarem também. :)

2.2.15

Cocô fora da caixa

Atualizado em 3 de fevereiro de 2015

Eu entendo mais de xixi, confesso. Mas a Giovana Kraft escreveu pedindo ajuda e leitor do Gatoca nunca fica sem resposta ― ninguém até agora perguntou os números da loteria acumulada ou que futuro terá o país sem água e energia elétrica. Vale dizer que o bigode dela é filho único, fez vários exames e o veterinário não encontrou nenhum problema de saúde que causasse esse comportamento.

Encaminhei a mensagem, então, ao grupo de voluntários do AUG, que completou 12 anos de existência com 7 mil bichanos doados, e juntei as respostas nesta listinha de possíveis soluções (obrigada, Laraue Motta, Luciana Florence, Silvana Marques, Juliana Bussab, Carol Zanni, Mariana Dias, Lucy Cardia, Denise Granja, Fernanda Uchoa e Susan Yamamoto! :*):

Comece pelo granulado higiênico
Experimente outros tipos e marcas. Há opções à base de argila, de madeira, de sílica e até de sabugo do milho. A ONG também já cuidou de gatos que preferiam a caixinha forrada com jornal picado, para não precisar pisar nos grânulos.

Passe para o banheiro
Primeiro, troque de cômodo. O peludo pode não gostar da máquina barulhenta de lavar, por exemplo. Se não der certo, compre um modelo maior ou aberto/fechado. E não deixe de tentar o banheiro extra. Tem criatura, acredite, que se recusa a fazer o número um e o número dois no mesmo lugar.

Apele a um especialista em comportamento
Compulsão é uma das síndromes mais difíceis de se curar. O pessoal indicou unanimemente a Drª. Daniela Ramos, do Psicovet.

Susan alertou ainda que existem distúrbios complicados de detectar, como as enterites, em que o animal faz cocô várias vezes por dia, mais mole e fedido do que o normal, e frequentemente fora da caixa. O ideal, nesse caso, é insistir nos exames ou consultar outro veterinário.

Nos comentários, tem mais dicas. ;)

30.1.15

Vida com gatos #2

Você ganha um sabonete artesanal todo desenhado, espera o fim de semana para colocar no banheiro e, dois minutos depois, ele já está personalizado ― junto com a pia, a privada, a lixeira e as toalhas.

29.1.15

Outro motivo para a queda de pelos

No começo do mês, eu comentei aqui no blog que o Dr. N. havia sugerido passar hidratante na nuca da Pimenta, para fortalecer o folículo piloso e ajudar os pelos a crescerem de novo. Mas esqueci de contar que, se a lesão fosse no dorso (das escápulas para trás), na barriga ou bilateral (igual nos dois lados do corpo), poderia indicar problema hormonal.

Ele costuma se manifestar em animais com hipotireoidismo e fêmeas castradas, mesmo anos após a cirurgia, por causa da disfunção causada pela retirada dos ovários, uma espécie de menopausa. Não há risco para a saúde, exceto pelo hábito de lamber a clareira (que até tem uma penugem), ferindo a região. E o tratamento ocorre com remédio.

Fica o alerta: nem toda carequice é provocada por fungos, ácaros e bactérias.

Viramos abóbora

Eu, à meia-noite. Simba, uma hora depois de acordar.

28.1.15

Almofadinha que dá barato

Lembram do catnip em vaso que fez o maior sucesso com os bigodes? Pois a Sabor de Fazenda também vende almofadinhas recheadas da erva! Yone escolheu estas três estampas lindas para os peludos, de presente de aniversário ― o meu (rs). O êxtase dura de cinco a 15 minutos, sem efeitos colaterais. E, para voltar o efeito, basta dar um intervalo de duas horas. Reservem um espaço no varal para pendurar as almofadinhas completamente babadas!





26.1.15

Cárie sem chiclete

"Existem coisas que a gente vê uma vez na vida, outra na morte. E é claro que tinha de ser com você". Dr. N. soltou essa frase cheirando o bafinho do Mercv, no último sábado, e eu tentei encará-la como uma oportunidade de aprender ainda mais sobre o fantástico universo dos problemas bigodísticos. Se fosse só uma hiperplasia de gengiva, bastaria remover o tecido com uma gaze, fazer uma compressão forte sobre o local e passar um produto de higienização oral.

Acontece que embaixo dessa gengiva espaçosa tem uma depressão dentária, cujo motivo a ciência ainda não sabe precisar (nem prevenir). Conhecida como Lesão de Reabsorção Odontoclástica Felina (LROF), ou Cárie dos Felinos, a doença causa salivação, dificuldade de mastigar e perda de apetite. Mais da metade dos bichanos sofrerão com ela na velhice, mas o incômodo acaba passando batido porque sua detecção demanda radiografia intraoral, feita por especialistas.

A solução é a extração, já que os casos de restauração, com ou sem tratamento de canal prévio, não deram muito certo. Como Mercv não sente dor e ganhou 200 gramas de pancinha na virada do ano, eu decidi esperar mais um pouco. E deixo a dica para vocês: observem a dentição dos peludos de vez em quando.

23.1.15

Lógica única

― Cheire esta esponja.
― Argh, está podre! Mas não deu nem uma semana de uso...
― Eu não sinto nada, na verdade. Só achei estranho sair um líquido amarelo quando apertei no prato.

Com quatro banheiros gigantes e um tanque de bônus, os bigodes consideraram mais adequado fazer xixi na esponja. De. Lavar. Louça!