Os especialistas suspeitam que o hábito de afogar bolinhas e ratinhos no pote de água está ligado ao instinto natural dos felinos, que costumam guardar a sobra da caça na toca para ninguém roubar nem afastar outras presas com o cheiro. Quem já pegou o bigode no flagra, porém, há de discordar. Primeiro, porque alumínio e pelúcia não são materiais saborosos. Depois, porque o ritual lembra muito mais uma aula de natação, com braçadas animadas de um lado para o outro.
7.2.15
5.2.15
Do Baeta para o mundo
A castração dos bigodes baetenses foi um sucesso ― os sete viraram oito, porque conseguiram devolver o único filhotico doado. Agora, eles precisam de ajuda para ganhar famílias de verdade. A mamãe parideira e o Frankfurt continuarão com a Cátia, mas não podiam ficar de fora da galeria. Se você não entendeu nada, clique aqui. E depois espalhe para os amigos. :)
Atenas, fêmea, 2 meses e meio
Déli, fêmea, 2 meses e meio
Frankfurt, macho, 2 meses e meio
Liverpool, macho, 2 meses e meio
Sevilha, fêmea, 2 meses e meio
Paris, fêmea, 6 meses
Florença, fêmea, 6 meses
Mamãe Baeta, 2 anos e meio
Pequenas lesões, grandes estragos
Passar pela sala rubra antes de tomar o café da manhã se tornou comum em Gatoca. O primeiro episódio sanguinolento ficou insolúvel e o esguicho do segundo fez o veterinário suspeitar de garra arrancada pelo arranhador. Mas o terceiro não deixou dúvidas: Pimenta havia machucado o rabo. No amasso noturno, eu percebi a pontinha dividida e não consegui aparar a pelaria para enxergar melhor a desgraça.
Hoje cedo, nós corremos, então, à clínica. A bifurcação era, na verdade, um bolinho de pelo endurecido pelo sangue jorrado no corte, de causa ainda desconhecida. Dr. N. retirou o dread, desinfetou a região e receitou uma pomada para evitar infecção. E eu voltei para a casa pensando como os bigodes têm o dom de se destruir num cômodo praticamente vazio, em meia noite de sono.
P.S.: As fotos da família do Baeta ficaram para amanhã, por causa do susto.
Hoje cedo, nós corremos, então, à clínica. A bifurcação era, na verdade, um bolinho de pelo endurecido pelo sangue jorrado no corte, de causa ainda desconhecida. Dr. N. retirou o dread, desinfetou a região e receitou uma pomada para evitar infecção. E eu voltei para a casa pensando como os bigodes têm o dom de se destruir num cômodo praticamente vazio, em meia noite de sono.
P.S.: As fotos da família do Baeta ficaram para amanhã, por causa do susto.
4.2.15
Um pastel e sete gatos
Quarta tem feira no Baeta e os moradores podem almoçar vento frito. Eu até experimentei a versão de pizza, mas não fui até lá para isso. Meu objetivo era convencer a família da casa 77 a castrar mamãe esquálida e as duas ninhadas sobreviventes de várias que cruzaram as ruas movimentadas do bairro sem olhar para os lados. O pedido veio da Gatto de Bottas, que operou os bichanos aqui da comunidade em novembro e lembrou do projeto educativo do Gatoca.
Cátia atendeu a campainha desconfiada, ouviu os benefícios da cirurgia, folheou o Guia de Saúde do Pet, que escrevi para a revista Saúde, da Editora Abril, e, de repente, o portão estava cheio de bebês, trazidos pela filha em uma viagem só: três fêmeas e um machinho, com dois meses e meio, de derreter o coração. E, na sequência, duas frajolas maiores, de seis meses.
A castração de todo mundo ficou agendada para hoje, com oferta de carona reforçada, caso o filho não pudesse levar ou buscar a trupe. Assim que eu pisei na recepção da clínica, para fotografar os peludos e ajudar a doar, as meninas vieram perguntar sobre o feito. Queria ter respondido que foram os 16 anos trabalhando com educação e os sete e meio de proteção animal, mas a verdade é que Cátia só baixou a guarda quando contei que dividia o colo com dez bigodes.
P.S.: Amanhã subo as fotos da família para vocês divulgarem também. :)
Cátia atendeu a campainha desconfiada, ouviu os benefícios da cirurgia, folheou o Guia de Saúde do Pet, que escrevi para a revista Saúde, da Editora Abril, e, de repente, o portão estava cheio de bebês, trazidos pela filha em uma viagem só: três fêmeas e um machinho, com dois meses e meio, de derreter o coração. E, na sequência, duas frajolas maiores, de seis meses.
A castração de todo mundo ficou agendada para hoje, com oferta de carona reforçada, caso o filho não pudesse levar ou buscar a trupe. Assim que eu pisei na recepção da clínica, para fotografar os peludos e ajudar a doar, as meninas vieram perguntar sobre o feito. Queria ter respondido que foram os 16 anos trabalhando com educação e os sete e meio de proteção animal, mas a verdade é que Cátia só baixou a guarda quando contei que dividia o colo com dez bigodes.
P.S.: Amanhã subo as fotos da família para vocês divulgarem também. :)
2.2.15
Cocô fora da caixa
Atualizado em 3 de fevereiro de 2015
Eu entendo mais de xixi, confesso. Mas a Giovana Kraft escreveu pedindo ajuda e leitor do Gatoca nunca fica sem resposta ― ninguém até agora perguntou os números da loteria acumulada ou que futuro terá o país sem água e energia elétrica. Vale dizer que o bigode dela é filho único, fez vários exames e o veterinário não encontrou nenhum problema de saúde que causasse esse comportamento.
Encaminhei a mensagem, então, ao grupo de voluntários do AUG, que completou 12 anos de existência com 7 mil bichanos doados, e juntei as respostas nesta listinha de possíveis soluções (obrigada, Laraue Motta, Luciana Florence, Silvana Marques, Juliana Bussab, Carol Zanni, Mariana Dias, Lucy Cardia, Denise Granja, Fernanda Uchoa e Susan Yamamoto! :*):
Comece pelo granulado higiênico
Experimente outros tipos e marcas. Há opções à base de argila, de madeira, de sílica e até de sabugo do milho. A ONG também já cuidou de gatos que preferiam a caixinha forrada com jornal picado, para não precisar pisar nos grânulos.
Passe para o banheiro
Primeiro, troque de cômodo. O peludo pode não gostar da máquina barulhenta de lavar, por exemplo. Se não der certo, compre um modelo maior ou aberto/fechado. E não deixe de tentar o banheiro extra. Tem criatura, acredite, que se recusa a fazer o número um e o número dois no mesmo lugar.
Apele a um especialista em comportamento
Compulsão é uma das síndromes mais difíceis de se curar. O pessoal indicou unanimemente a Drª. Daniela Ramos, do Psicovet.
Susan alertou ainda que existem distúrbios complicados de detectar, como as enterites, em que o animal faz cocô várias vezes por dia, mais mole e fedido do que o normal, e frequentemente fora da caixa. O ideal, nesse caso, é insistir nos exames ou consultar outro veterinário.
Nos comentários, tem mais dicas. ;)
Eu entendo mais de xixi, confesso. Mas a Giovana Kraft escreveu pedindo ajuda e leitor do Gatoca nunca fica sem resposta ― ninguém até agora perguntou os números da loteria acumulada ou que futuro terá o país sem água e energia elétrica. Vale dizer que o bigode dela é filho único, fez vários exames e o veterinário não encontrou nenhum problema de saúde que causasse esse comportamento.
Encaminhei a mensagem, então, ao grupo de voluntários do AUG, que completou 12 anos de existência com 7 mil bichanos doados, e juntei as respostas nesta listinha de possíveis soluções (obrigada, Laraue Motta, Luciana Florence, Silvana Marques, Juliana Bussab, Carol Zanni, Mariana Dias, Lucy Cardia, Denise Granja, Fernanda Uchoa e Susan Yamamoto! :*):
Comece pelo granulado higiênico
Experimente outros tipos e marcas. Há opções à base de argila, de madeira, de sílica e até de sabugo do milho. A ONG também já cuidou de gatos que preferiam a caixinha forrada com jornal picado, para não precisar pisar nos grânulos.
Passe para o banheiro
Primeiro, troque de cômodo. O peludo pode não gostar da máquina barulhenta de lavar, por exemplo. Se não der certo, compre um modelo maior ou aberto/fechado. E não deixe de tentar o banheiro extra. Tem criatura, acredite, que se recusa a fazer o número um e o número dois no mesmo lugar.
Apele a um especialista em comportamento
Compulsão é uma das síndromes mais difíceis de se curar. O pessoal indicou unanimemente a Drª. Daniela Ramos, do Psicovet.
Susan alertou ainda que existem distúrbios complicados de detectar, como as enterites, em que o animal faz cocô várias vezes por dia, mais mole e fedido do que o normal, e frequentemente fora da caixa. O ideal, nesse caso, é insistir nos exames ou consultar outro veterinário.
Nos comentários, tem mais dicas. ;)
30.1.15
Vida com gatos #2
Você ganha um sabonete artesanal todo desenhado, espera o fim de semana para colocar no banheiro e, dois minutos depois, ele já está personalizado ― junto com a pia, a privada, a lixeira e as toalhas.
29.1.15
Outro motivo para a queda de pelos
No começo do mês, eu comentei aqui no blog que o Dr. N. havia sugerido passar hidratante na nuca da Pimenta, para fortalecer o folículo piloso e ajudar os pelos a crescerem de novo. Mas esqueci de contar que, se a lesão fosse no dorso (das escápulas para trás), na barriga ou bilateral (igual nos dois lados do corpo), poderia indicar problema hormonal.
Ele costuma se manifestar em animais com hipotireoidismo e fêmeas castradas, mesmo anos após a cirurgia, por causa da disfunção causada pela retirada dos ovários, uma espécie de menopausa. Não há risco para a saúde, exceto pelo hábito de lamber a clareira (que até tem uma penugem), ferindo a região. E o tratamento ocorre com remédio.
Fica o alerta: nem toda carequice é provocada por fungos, ácaros e bactérias.
Ele costuma se manifestar em animais com hipotireoidismo e fêmeas castradas, mesmo anos após a cirurgia, por causa da disfunção causada pela retirada dos ovários, uma espécie de menopausa. Não há risco para a saúde, exceto pelo hábito de lamber a clareira (que até tem uma penugem), ferindo a região. E o tratamento ocorre com remédio.
Fica o alerta: nem toda carequice é provocada por fungos, ácaros e bactérias.
28.1.15
Almofadinha que dá barato
Lembram do catnip em vaso que fez o maior sucesso com os bigodes? Pois a Sabor de Fazenda também vende almofadinhas recheadas da erva! Yone escolheu estas três estampas lindas para os peludos, de presente de aniversário ― o meu (rs). O êxtase dura de cinco a 15 minutos, sem efeitos colaterais. E, para voltar o efeito, basta dar um intervalo de duas horas. Reservem um espaço no varal para pendurar as almofadinhas completamente babadas!
26.1.15
Cárie sem chiclete
"Existem coisas que a gente vê uma vez na vida, outra na morte. E é claro que tinha de ser com você". Dr. N. soltou essa frase cheirando o bafinho do Mercv, no último sábado, e eu tentei encará-la como uma oportunidade de aprender ainda mais sobre o fantástico universo dos problemas bigodísticos. Se fosse só uma hiperplasia de gengiva, bastaria remover o tecido com uma gaze, fazer uma compressão forte sobre o local e passar um produto de higienização oral.
Acontece que embaixo dessa gengiva espaçosa tem uma depressão dentária, cujo motivo a ciência ainda não sabe precisar (nem prevenir). Conhecida como Lesão de Reabsorção Odontoclástica Felina (LROF), ou Cárie dos Felinos, a doença causa salivação, dificuldade de mastigar e perda de apetite. Mais da metade dos bichanos sofrerão com ela na velhice, mas o incômodo acaba passando batido porque sua detecção demanda radiografia intraoral, feita por especialistas.
A solução é a extração, já que os casos de restauração, com ou sem tratamento de canal prévio, não deram muito certo. Como Mercv não sente dor e ganhou 200 gramas de pancinha na virada do ano, eu decidi esperar mais um pouco. E deixo a dica para vocês: observem a dentição dos peludos de vez em quando.
Acontece que embaixo dessa gengiva espaçosa tem uma depressão dentária, cujo motivo a ciência ainda não sabe precisar (nem prevenir). Conhecida como Lesão de Reabsorção Odontoclástica Felina (LROF), ou Cárie dos Felinos, a doença causa salivação, dificuldade de mastigar e perda de apetite. Mais da metade dos bichanos sofrerão com ela na velhice, mas o incômodo acaba passando batido porque sua detecção demanda radiografia intraoral, feita por especialistas.
A solução é a extração, já que os casos de restauração, com ou sem tratamento de canal prévio, não deram muito certo. Como Mercv não sente dor e ganhou 200 gramas de pancinha na virada do ano, eu decidi esperar mais um pouco. E deixo a dica para vocês: observem a dentição dos peludos de vez em quando.
23.1.15
Lógica única
― Cheire esta esponja.
― Argh, está podre! Mas não deu nem uma semana de uso...
― Eu não sinto nada, na verdade. Só achei estranho sair um líquido amarelo quando apertei no prato.
Com quatro banheiros gigantes e um tanque de bônus, os bigodes consideraram mais adequado fazer xixi na esponja. De. Lavar. Louça!
― Argh, está podre! Mas não deu nem uma semana de uso...
― Eu não sinto nada, na verdade. Só achei estranho sair um líquido amarelo quando apertei no prato.
Com quatro banheiros gigantes e um tanque de bônus, os bigodes consideraram mais adequado fazer xixi na esponja. De. Lavar. Louça!
22.1.15
Você sabe que São Francisco existe quando...
Esquece o açucareiro aberto em cima da mesa e nenhum bigode entra na cozinha. Toma um trança-pé de filhotes desenfreados e continua com todos os dentes na boca. O primogênito resolve brincar de adotecá sobre o teclado e o Word salva a última versão do seu trabalho.
Protetor solar para animais virou lenda
Eu já escrevi aqui no blog várias vezes que cães e gatos de pelo claro, principalmente nas orelhas e no nariz, devem passar longe do sol, por causa do câncer de pele. A frase seguinte sempre explicava que, se fosse inevitável, valeria usar protetor específico, vendido em pet shops. Ontem, porém, procurei em três lojas grandes e descobri que há meses o dito cujo sumiu das prateleiras.
Mandei um e-mail para a Pet Society, única fabricante do Brasil, e a Fernanda respondeu que o produto saiu de linha. O que fazer, então, para manter os peludos saudáveis no verão? O veterinário de uma das lojas consultadas sugeriu comprar protetor de criança e espalhar bem, para evitar que eles lambam tudo ― o de adulto eu já havia testado e causou irritação nos olhos.
Quem tem outras dicas?
Mandei um e-mail para a Pet Society, única fabricante do Brasil, e a Fernanda respondeu que o produto saiu de linha. O que fazer, então, para manter os peludos saudáveis no verão? O veterinário de uma das lojas consultadas sugeriu comprar protetor de criança e espalhar bem, para evitar que eles lambam tudo ― o de adulto eu já havia testado e causou irritação nos olhos.
Quem tem outras dicas?
20.1.15
Como sacanear um protetor em 4 passos
1) Lembre que ele existe só na hora de empurrar problemas, nunca para oferecer soluções.
2) Faça-o perder tempo esclarecendo mil dúvidas sobre o reino animal e adote com outra pessoa.
3) Responda pedidos de ajuda com intenções de oração, colocando São Francisco no meio, sem ajudar efetivamente.
4) Devolva um bicho feito sapato fora de moda.
2) Faça-o perder tempo esclarecendo mil dúvidas sobre o reino animal e adote com outra pessoa.
3) Responda pedidos de ajuda com intenções de oração, colocando São Francisco no meio, sem ajudar efetivamente.
4) Devolva um bicho feito sapato fora de moda.
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