.
.

13.11.19

Maus-tratos animais, machismo e medo

Na minha rua de interiorrr, tem um senhor que passa as tardes sentado num banquinho instalado em frente à sua casa. E funcionários do correio que entregam as encomendas para qualquer pessoa quando você não está. Mesmo morando várias construções depois de mim, a ração dos bigodes parou lá. E o resgate me custou ficar sabendo que haviam batido em uma cachorrinha no cio.

Decorei o número da casa e o nome da tutora, também mãe do bêbado-agressor, e toquei a campainha no dia seguinte. Quem atendeu, porém, foi o cara. Sem abordar diretamente o assunto, ele já soltou que a cadela era safada e mentiu sobre a castração ─ com outro cão esmagando o focinho entre as grades do portão para sentir o cheiro dela no quintal dos fundos.

Ainda perguntou se eu trabalhava com costura (oi?) e se tinha marido. Despedi-me antes de mais um clichê-do-macho e confesso que estou juntando coragem para voltar. Se a tutora for quem penso, a cachorra é bem velhinha e não poderá encarar a cirurgia. O que a gente faz com um sujeito desses ─ sem provas para denunciar, filho da responsável pelo animal e praticamente seu vizinho? :\


Foto emprestada deste episódio, para preservar os envolvidos

O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor. Quer fazer parte da transformação? www.catarse.me/apoiegatoca

2 comentários:

Unknown disse...

Que dó dessa cadelinha...
Ivalu

AliceGap disse...

Família toda doente. A gente acha que "coitado" é o bicho de rua