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1.11.13

Blindagem de presente

Antes de pensar se valia a pena comprar o micro-ondas com grill, a geladeira frost free ou o aspirador de pó sem saco coletor, eu já havia tirado todas as medidas das janelas do apertamento para orçar a instalação das telas ― bicho feliz não tem acesso aos perigos da rua. E liguei direto para a Redes 2000, empresa que atende mais gateiros do que famílias com crianças pequenas.


Edmundo não só doou as telas para o projeto como mandou também três meninos fofos, o Aurélio, o Cleiton e o Milton, para fazer o serviço cuidadoso. E na basculante do banheiro e nos vitrôs da cozinha, pontos impossíveis de telar por fora, eles colocaram limitadores, que impedem a passagem do cabeção do animal.




Daqui, os bigodes só saem para a próxima casa ― com jardim, por favor, São Francisco.

28.10.13

Mudança com gatos (e sanidade)

No dia de trazer os bigodes para a casa nova, São Pedro colaborou com sol e céu azul. As Gudinhas fizeram manha, mas acabaram entrando resignadas na caixa de transporte. E eu achei graça da sinfonia de miados ao longo do trajeto, porque havia dormido todas as oito horas a que um ser humano tem direito e sobrou tempo até para a meditação. Chegando ao apertamento, as caras eram de curiosidade. Muita coisa diferente para narigar. E não demorou para que cada membro da gangue encontrasse seu cantinho entre o box e o tanque de lavar roupa ― extremos do imóvel de abundantes 60 metros quadrados.

Esse foi o relato que eu imaginei escrever para vocês durante o interminável quebra-quebra da reforma. E nem uma palavrinha sequer pôde ser reaproveitada (motivo da minha ausência por aqui). O dia 14 de outubro passou voando, da faxina ao supermercado. E, quando eu consegui buscar os bigodes, exausta, já estava escurecendo. Pimenta não ofereceu resistência. Mas Jujuba retalhou meu braço fugindo da caixa de transporte e o pânico se instalou no recinto, rendendo uma hora de caçada e viagens parceladas de carro. Se me contassem o que se sucederia, eu teria pego o retorno.

Os ingratos odiaram o apertamento. Puseram-se a brigar uns com os outros e a destruir e sujar com as patas de barro do antigo jardim tudo que o Leo e eu levamos 12 meses para construir. Só o Mercv não participou da arruaça, porque precisou ser tirado à força da caixa de transporte na manhã seguinte ― para se enfiar embaixo do fogão, de onde não conseguia sair sozinho. Eu fiquei tão nervosa que espalmei as mãos na parede e amarguei a semana sem força para apertar nada. De madrugada, Pipoca gritava. Loucamente. Sem parar. E a habilidade de raciocinar foi me abandonando.


Eu pensei em desistir, me matar, matar os dez gatos. Mas acabei enviando aos amigos um pedido de ajuda com o título: "Estou vivendo no inferno". E comprei tampões de ouvido. O mundo se tornou cor-de-rosa! Descansada, sem a cabeça doendo e o coração trovejando no peito, eu pude dar aos pequenos o tempo que eles precisavam para descobrir as vantagens do apertamento e se acostumar com a nova rotina ― além do espaço menor, a ração não fica mais à vontade por causa da Pipoca, que tem insuficiência renal, e a própria Pipoca, quase um ano e meio de apartheid depois, virou uma intrusa para o grupo.


Minha principal ocupação passou a ser caçar dissidentes e tentar integrá-los na panelinha mais receptiva. Sim, os bigodes se dividiram em guetos: a galera da cama (um em cada ponta!), da almofada 1 e da almofada 2 ― a estante, pintada especialmente para eles, foi sumariamente rejeitada e no colo do Mercvrivs só cabe o Mercvrivs. Pipoquinha continua bufante, principalmente com as irmãs. E eu ainda gasto um tempão borrifando fuços para ver se os infelizes entendem que não podem subir na pia da cozinha. Mas não sinto mais vontade de chorar até parar de respirar (o que não é difícil para uma asmática). E fiz esta listinha para poupar vocês do sufoco que a gente enfrentou:

– Mudem durante o dia ― à noite tudo fica mais difícil, inclusive os humores.
– Levem paninhos e objetos com o cheiro dos peludos.
– Tenham paciência.
– Providenciem caixas de papelão e outros esconderijos.
– Ofereçam guloseimas ou espalhem brinquedinhos pela casa.
– Tenham paciência.
– Deem uma ajuda na adaptação com florais, homeopatia ou feromônio.
– Exercitem o desapego ― das coisas materiais, não dos gatos.
– Tenham paciência.
– Usem tampões de ouvido na hora de dormir.
– Cultivem amigos para dizer que tudo vai ficar bem.

23.10.13

Menos "umbeagle", mais coração

Desde que o homem aprendeu a criar as ferramentas que o colocaram no topo da cadeia alimentar, os animais são sacaneados. O caso dos beagles do Instituto Royal só despertou comoção porque eles têm carinhas fofas ― qualquer adulto (simpatizante ou não da causa) há de concordar comigo. Acontece que bichos "não fofos" também sentem dor, medo, tristeza. Assinar petição de internet não muda nada na vida de ninguém. Mas cada um de nós pode rever meia dúzia de hábitos e abrir mão de prazeres que estão longe do imprescindível. Por compaixão.

1) Compre produtos de empresas que não testam em animais
Cãezinhos apertáveis como os de São Roque só entram na última etapa dos experimentos de toxidade. Ratos e coelhos sofrem muito mais em nome da ciência. Vários testes são desnecessários e para a maioria há métodos alternativos. Sem contar que a "sutil" diferença entre nossos organismos tira do mercado anualmente 30% dos medicamentos, que não causaram problema nos bichos. Leia a entrevista com Ray Greek, assista à conversa com George Guimarães e consulte no site da PEA as empresas amigas dos animais.

2) Seja vegetariano
Você provavelmente abriria mão do bifinho se tivesse de caçar seu próprio almoço, certo? Pois os animais criados em cativeiro enfrentam uma vida infinitamente mais miserável do que os selvagens. E uma morte ainda pior. Paul McCartney garante que, se os abatedouros possuíssem paredes de vidro, todo mundo se tornaria vegetariano. Inúmeras matérias comprovam isso ― compartilho aqui as da Super e da Trip, mais leves, para não chocar ninguém. Comece experimentando bons restaurantes vegs e participe da Segunda sem Carne. Ou assista aos vídeos do Instituto Nina Rosa.

3) Não use lã, couro, seda, pele, pena
Bois, aves, ovelhas, raposas, chinchilas e bichos-da-seda precisam muito mais deles do que nós. O casaco fofinho da Gisele passou a vida confinado em uma jaula. Sua blusa de lã foi tosquiada com pedaços de pele junto, porque os tosadores recebem por volume, trabalhando com pressa. Para retirar a seda, mergulha-se os casulos em água quente, matando as larvas. Cada bolsa e sapato da vitrine omite um assassinato com requintes de crueldade. Não faltam opções sintéticas (inclusive fashion!). E elas geralmente custam mais barato.

4) Adote seu próximo bicho de estimação
Amigo não se compra. E há milhares de animais na rua precisando de um lar ― o olhar de agradecimento deles vale mais do que qualquer pedigree, acredite. Quem paga por uma vida financia a exploração de matrizes ao esgotamento e tende a descartá-la quando perde a graça, dá trabalho, adoece ou envelhece. Por isso até você, que sonha com aquele peludo de raça, pode encontrá-lo em um abrigo, sem colocar a mão no bolso. Visite a ONG mais perto de sua casa.

5) Castre o pequeno antes do primeiro cio
A cirurgia não serve apenas para impedir crias indesejadas. Cães e gatos esterilizados ficam mais caseiros e carinhosos, param de fazer xixi em tudo para marcar território, têm menos chance de desenvolver câncer de mama, útero e próstata, vivem mais tempo ao nosso lado. Em várias cidades, dá para operar de graça. Informe-se!

17.10.13

Aderi à escarificação!

Porque é muito mico contar que a Jujuba retalhou meu braço fugindo da caixa de transporte, no dia de ir para a casa nova.

9.10.13

Computador à prova de gatos

Eu já escrevi aqui no blog que os bigodes têm um paladar peculiar (o tema rendeu até concurso, lembram?). E acho difícil algum leitor questionar a agilidade ímpar dos bichanos para destruição. Essas habilidades combinadas já me custaram três carregadores de celular. Da última vez, a bobeada durou o tempo de um xixi. E Pipoca mastigou o fio com tanto gosto que dava para ouvir do banheiro.

Pois adivinhem em que cômodo da casa nova a infeliz passará a noite inteira sozinha, já que precisa comer ração especial para renais? No escritório. Pausa dramática. Olhando a fiação do PC, eu lembrei de todas as vezes em que xinguei Jobs e seu Mac de acentuação bizarra. E cheguei a sentir ternura por criador e criatura embrulhando os mil cabos com o estoque de spiratudos da loja.

Mas este post pretende compartilhar uma dica bacana, não aumentar as vendas de lenço de papel: criados para organizar fios, os tais spiradutos também servem para protegê-los, perdendo apenas para as facas Ginsu ― deletem essa ultima informação e continuem achando que eu tenho 23 anos, por favor. Antes de sair de casa, chequem a metragem e espessura necessárias. E não esqueçam os peludos no recinto!

4.10.13

Para São Francisco, com amor

Dona Hérlia é uma senhora negra, de sorriso largo. Trabalha como diarista de manhã para poder cuidar dos netos à tarde. E tem duas gatas que adoram tomar sol na calçada, obrigando os pedestres a desviar. Dona Helena mora em uma das muitas construções inacabadas do meu novo bairro ― extensão de uma favela. Fumante, compensa nos adereços os dentes que lhe faltam na boca. E tem um rottweiler chamado Osíris, que julga sem balança quem pode atravessar o portão.

Nossas histórias se cruzaram por causa de um pretolino ronronante, que interrompeu minha caminhada até o marceneiro na semana passada, se atirando sobre os sapatos de barriga apontada para o alto. Preocupada com tamanha doçura dando sopa na rua, eu bati palmas na casa em frente e dona Hérlia apareceu de lenço no cabelo. Lázaro fora abandonado com uma ninhada inteira, cujo paradeiro ela desconhecia. E, por falta de grana, ainda não era castrado.


Surpresa de não precisar gastar meu latim explicando os benefícios da cirurgia, eu me despedi decidida a remediar essa situação. E consegui duas vagas para entrar na faca, por falta de uma. No domingo, saí então tocando as campainhas do entorno até encontrar a dona Helena, mãe da Carol, que também tinha um pretinho básico para operar, o Ganglere.


Nenhuma delas podia me acompanhar na via-sacra até São Paulo, mas ambas fizeram questão de oferecer ajuda com a gasolina. Eu recusei. Não há dinheiro no mundo que pague o prazer de andar pelo bairro sem tropeçar em farrapos de vida. Neste Dia de São Francisco, eis o meu presente ― que ele provavelmente já sabia que ganharia. :)

2.10.13

Aniversariante do mês - setembro de 2013

Simba completou uma década de vida no dia 17, entre a mudança para a casa nova e a cirurgia da Clarinha. O feito merecia comemoração em buffet, com presente importado do Butão, eu sei. Mas nem um ratinho de feltro vagabundo ele ganhou, porque minha cabeça estava tomada por caixas de papelão e o coração insistia em se espremer no canto no peito.

Pensam que o loiro ficou chateado? Que nada! Nas últimas semanas, ele tem se dividido entre mimar a amiga e me receber com a festinha que não ganhou quando a porta da rua se abre para mais uma sessão de cuidados-relâmpagos. Não vejo a hora de fechar a última porta de armário, com 33 anos de existência organizadinhos dentro, para resgatar meus bigodes...


*Novelinha: Conheça a história do Simba

Outros aniversários: 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008 | 2007

27.9.13

Clarastein

Com a cirurgia da última quarta-feira (que foi um sucessoobrigadasãofrancisco!), Clara migrou do universo dos quadrinhos para a literatura. E agora desfila por Gatoca exibindo sua barriga costurada de fazer inveja a Mary Shelley. Só não vale se voltar contra a criadora!

20.9.13

Kryptonita

Nestes sete anos e meio, Clara ganhou a fama de Super-Gata, sem precisar usar a calcinha por cima da legging. Nunca pegou um resfriado e, depois de castrada, só pisava no veterinário para tomar vacina ― tirando aquele Natal em que derrubaram a escada na coitada, arrancando-lhe o tampão de uma das almofadinhas. Esta semana, porém, parece que seus poderes enfraqueceram. E a pequena teve de ser operada às pressas para a retirada de um tumor.

Dr. E. disse que não valia a pena fazer biópsia porque removeu a bolota com folga, a chance de metástase é pequena e não receitaria quimioterapia. Mas eu fiquei arrasada mesmo assim. E morri de dó quando Pli voltou da anestesia sem entender nada, tropeçando nas próprias patas e errando pulos simples. Passei horas sentada no chão gelado da sala com ela no colo e a madrugada em claro tentando aconchegar sua inquietação.

Espero que essa HQ seja um fracasso de vendas e não tenha continuação.

13.9.13

Uruca virtual

Eu desejo, do fundo do meu coração de pudim, que esta sexta-feira 13 dê azar a todos os jornalistas que cegam, mutilam e matam gatos pretos indiretamente com seus textos preconceituosos.


Para ampliar, cliquem na imagem

Se vocês duvidam do bom agouro dos pretolinos, leiam a história do Chuvisco. :)

10.9.13

Reconhecimento em pipetas

Tem gente que gosta de receber livros pelo correio. Boa parte da mulherada curte desembrulhar cosméticos. Pois eu senti vontade de abraçar o carteiro quando ele entregou uma caixa de Frontlines, presente da Merial para despulgar os bigodes na casa nova. E melhor do que a economia de R$ 400, foi encontrar este cartão no fundo da embalagem:


Escritas a mão, as 27 palavras acima mostram que há corações de pudim nas grandes corporações brasileiras ― a Merial já fez outras doações ao projeto, lembram? E que os 78 animais socorridos, as centenas de horas de sono abreviadas e os incontáveis fins de semana passados no computador renderam ao Gatoca um prestígio que poucos blogs (dentro e fora da proteção) têm. Eba!

5.9.13

Terapia disfarçada de reforma

Nos últimos 12 meses, eu aprendi a quebrar parede, passar massa corrida, assentar tijolo, pintar teto, lixar porta. E consegui o milagre de mudar lembranças doídas com pouco tempo e grana ainda mais curta. Mas a maior surpresa da empreitada foi constatar o quanto eu mesma mudei.

Nos primeiros fins de semana, de moletom branco impecável, refazia cada coisa mil vezes e continuava achando ruim. Comprei pincéis em loja de artesanato para corrigir detalhes que só eu enxergava. Quando errava ― o que acontecia direto, já que trabalho com texto, não com trincha ―, chorava encolhida e me ameaçava desistir (quem precisa de inimigos?).


Conforme blusa e calça foram encardindo, passei a curtir a oportunidade de "reconstruir" os cantinhos da minha casa. Ela deveria ser um lugar feliz para bípedes e quadrúpedes, não meia dúzia de fotos em revista de papel brilhante. Cada defeito tem uma história, assim como minhas cicatrizes. E eu sou capaz de conviver com eles.

Agora, lavando as peças rotas pela última vez, sinto um orgulho danado do meu esforço extrajornalístico. E um amor que precisaria de mais dez corações para se espremer pelo Leo, que deu colo aos meus soluços e disse que tudo ficaria bem no dia em que a gente trocou a privada com a ajuda de um tutorial da internet.

Freud não explica, mas eu garanto que fazer a própria reforma vale cada gota de suor ― inclusive as que saem pelos olhos. A nova fase de crônicas deste blog promete. Providenciem a pipoca! :)

3.9.13

Sobre a arte de ganhar sem levar

Gente que precisa amargar a vida do outro para adoçar a sua não percebe que há mais potes melado no mundo do que vidas que se permitem amargar.


Aos 3,6 mil leitores do Gatoca, me desculpem por ter de ativar a moderação dos comentários depois de 6 anos defendendo a liberdade de expressão.

29.8.13

Fisioterapia também cura animais

Saiba tudo sobre o tratamento que faz cães e gatos sentirem menos dor e até recuperarem a habilidade de andar, sem precisar de remédio!

Xavier foi resgatado pelas meninas do Adote um Gatinho, no início do ano passado, com a coluna quebrada e uma lesão de medula quase total. O atropelamento em Jandira lhe rendeu uma cirurgia, alguns pinos e o diagnóstico de que ele dificilmente voltaria a andar.


Na casa da voluntária Daniela Xavier, porém, o peludo tentava levantar, subia a escada com as patinhas da frente, escalava a cama e, quando sonhava, mexia as patas traseiras como se estivesse correndo. Esses sinais fizeram a veterinária da ONG recomendar um tratamento combinado de fisioterapia e acupuntura.

Hoje, o bichano já consegue ficar em pé e dar meia dúzia de passos cambaleantes com sua fraldinha. A família que o adotou mora em Jundiaí, mas vem para São Paulo toda semana para não interromper as sessões milagrosas. Stella Sakata, veterinária especializada em fisioterapia, esclarece as principais dúvidas sobre o tratamento que pode mudar a vida do seu amigo também.


Em que casos a fisioterapia é recomendada?
Ortopédicos, como artrite, artrose, displasia coxofemoral e do cotovelo, luxação de patela, ganho de musculatura, consolidação óssea, reabilitação pós-operatória de fraturas, reparo de tendões, ligamentos e amputações. Neurológicos, como hérnia de disco, dor na coluna, paralisia, síndrome vestibular e da cauda equina e doenças virais. E para situações gerais, como controle da dor, redução de edemas, cicatrização de feridas, obesidade e doenças respiratórias.

Com que bichos ela obtém melhores resultados?
Com cães, gatos, cavalos... Eu atendo alguns animais silvestres também, como coelhos e macacos. Só em aves que não dá para fazer.

Quais são os benefícios do tratamento?
A fisioterapia consegue prevenir e curar lesões causadas por atividades realizadas diariamente pelo bicho, de forma não invasiva. Isso significa que é possível desinflamar, cicatrizar e tratar a dor sem o uso de medicamentos, poupando os rins, o fígado e outros órgãos.

E a recuperação é mais rápida?
Sempre.

Quanto tempo costuma demorar?
As sessões duram de 30 a 40 minutos, dependendo da patologia. E a recuperação total leva entre dez e 20 sessões. Quando o animal é muito velhinho, porém, o tratamento acaba se tornando contínuo, com manutenção semanal.

Existe alguma contraindicação?
A princípio, não. Mas o veterinário deverá avaliar o bicho para saber que conduta tomar e quais exercícios e aparelhos recomendar.

Dá para fazer em casa?
Sim, vários exercícios e alongamentos podem ser feitos em casa. O básico é o de sentar e levantar. Mas, se o animal estiver com dor, não vai conseguir. E, se o dono não souber manipular direito, acabará agravando o quadro, em vez de ajudar. Por isso deve-se consultar um especialista. Ele ensinará a forma correta de dar sequência ao tratamento fora do consultório.

:: Socorro paliativo

Casos agudos
Seu amigo acabou de operar, caiu da escada ou machucou o joelho? Faça gelo no lugar da lesão por 15 minutos, quatro vezes ao dia, durante quatro dias. A forma mais barata de compressa é colocar o gelo picado dentro de um saquinho de supermercado. E não se esqueça de usar uma toalha para evitar queimaduras.

Casos crônicos
Dores na coluna, por exemplo, necessitam de bolsa de água quente durante 10 minutos, uma ou duas vezes por dia, até passar o incômodo (que costuma ocorrer nos dias frios). Basta aquecer um tecido no micro-ondas ou encher uma garrafa pet com água morna.

* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.

27.8.13

Sexta festinha do Gatoca

Eu menti quando disse que havia chegado a hora de mobiliar a casa nova. Ainda faltava pintar cinco portas e nenhum ser humano, encarnado ou desencarnado, me convenceria de que essa tarefa aparentemente simples levaria duas semanas. Mas levou, porque a gente precisou desmontar os acabamentos todos, lixar a madeirada até encher os dedos de farpas e dar três demãos de fundo para esconder os restos de verniz, mais duas de tinta.

Por que eu estou falando de reforma no post sobre a comemoração dos seis anos de Gatoca? Porque se não fosse a comemoração dos seis anos de Gatoca, ninguém tirava meu corpo dolorido da cama. E valeu cada gemido de vértebra! Denise veio de avião para doar uma sacola de broches e chaveiros artesanais lindos de morrer (aguardem!). Natália, Arielly e Michele contaram peripécias fresquinhas dos bigodes que passaram por estas bandas. Alice arrancou sorrisos até dos garçons.

E eu abracei amigos que esticam meus horizontes, sem pagar a conta. Obrigada por mais um ano!


Cliquem na imagem para ver a galeria de fotos

Festinhas anteriores: 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008