Sempre que tinha oportunidade, inclusive, descontava na Sofia, uma gatinha renal que não podia ficar nervosa, muito menos tomar remédio. Quando o brucutu presenteou a coitada com uma mordida cruel na barriga, eu achei melhor desistir da adaptação. Frustrados, Tito e Débora escreveram o depoimento abaixo, para que o peludo ao menos ganhe uma outra chance.
A gente sabe que não será fácil encontrar uma família sem bichos, que queira começar por um ronronento temperamental. E que more em um lugar espaçoso. E que não possua crianças inconseqüentes ou velhinhos indefesos entre seus integrantes. Mas vamos continuar procurando, porque Jake não merece ver mais um ano passar pela janela do quartinho.
Um dia, conversando, nós concluímos que cabia mais um membro em nossa família, composta por duas gatinhas adotadas. E, pensando em dar um irmãozinho a elas, entramos no site do AUG para procurar um peludo com uma história que nos fizesse querer ajudá-lo. Foi quando nos deparamos com o Jacob, paixão GG à primeira vista!
Você, que está lendo estas linhas atrás de um bigode carinhoso, cheio de energia e de vontade de viver, pode comemorar. A busca acabou! Jake tem traumas e necessidades, como nós, adora uma comidinha roubada e nem sempre curte pessoas grudadas em seu cangote, enchendo-o de carinho. Mas faz muita questão de estar perto da gente.
Com um pouco de amor e paciência, você descobrirá um gatão querido e apaixonante, capaz de esquentar os pés mais gelados e de receber com farra quem chega em casa após um dia longo de trabalho. "Jorge", tomara que sua família de comercial de margarina chegue logo.
Saudade...
Tito e Débora
