Eis que Alice vem roçar em minhas pernas, desesperada por carinho, comprovando a tese. Nunca vi um felino capaz de fazer massinha no chão duro, enquanto caminha. Contaram-me que sobrara para trás num despejo, junto com a irmã e mais dez gatos, demorando uma eternidade para acostumar-se com a falta de sorte.
Um ano depois, sua triste sina parecia prestes a mudar, quando o casal de Sumaré que acabara de adotá-la resolveu devolvê-la porque era muito grudenta (!). Alice entrou em depressão, adoeceu, passou dias internada. Ao voltar para o abrigo, ficou separada dos demais habitantes provisórios, protegida de novas contaminações, mas nunca mais recuperou o peso perdido.
Ela adora gente, bolinhas, cafuné. Possui pelagem tricolor rara, olhos verdes e precisa urgentemente de um lar. Começa hoje em Gatoca a corrida rumo ao País das Maravilhas! Conversem com suas famílias, encaminhem o link deste post aos amigos, pensem em idéias mirabolantes. E sigam o Coelho Branco!
