Simba não é amarelo. E de leão também não tem nada. Diferente da maioria dos gatos aqui do bairro, não quer saber de sair de casa. Passa a maior parte do tempo meditando na fruteira de três prateleiras, prática que destoa de sua forma esbelta. Foi presente do namorado da Renata, mãe da Nenê, para Tata, sua tia. As duas moram no mesmo terreno, com outra parente. Eu sempre confundo as campainhas.
Sansão não puxou o irmão adotivo. Adora uma rua. E uma boa briga. Vira e mexe aparece com a cabeça machucada e unhas enfiadas pelo corpo. Certa vez, tomou uma paulada de gente que quase encerrou sua carreira. Tata não tinha dinheiro para levá-lo ao veterinário e tratou o estrago quase que xamanicamente. A história do peludo começou em Ribeirão Pires, quando sua mãe resolveu dar cria dentro do carro da família.
*continua*
Capítulo anterior: Unidos por um bisturi - parte 1
Um comentário:
Me parte o coração essa coisa de cria como pode.
As pessoas poem filhos no mundo e vão empurrando com a barriga. Pegam animais e vão também empurrando com a barriga.
E mesmo nós que assumimos mais do que podemos, pela razão de não conseguir por a cabeça em paz no travesseiro se ignorar um animal. Acabamos empurrando com a barriga.
Não vejo solução. :(
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