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18.11.09

Dicas de adaptação

Atualizado em 13 de julho de 2020, porque não se usa mais o reforço negativo do borrifador de água e da latinha de moedas

Uma vez por semana, alguém me escreve perguntando o que fazer ("peloamordedeus!") para facilitar o entrosamento entre bigodes veteranos e novato. Resolvi publicar as dicas aqui no blog, assim vocês podem palpitar também. Antes de qualquer coisa, é preciso esclarecer que quase nenhum bicho morre de amores por outro instantaneamente.

Isso significa que a adaptação leva um tempo e não adianta querer pular etapas. O novo hóspede deve ficar em um cômodo separado até se acostumar com a casa e com a família humana. Quando a ansiedade baixar, coloquem um paninho com o cheiro dos futuros amigos para ele sentir e dêem à turma algo com o cheiro dele também.

Em um segundo momento, deixem que os peludos se vejam pela janela ou por uma fresta da porta. Enquanto eles demonstrarem resistência, não vale a pena misturar. A troca de fuzzzzzzzz no primeiro contato é normal e integra o pacote. Para conter possíveis arranca-rabos, tenham a mão uma coberta — o "apagão" suspende a briga e vocês podem levar um dos encrenqueiros embrulhado para outro lugar.

Se a presença do "intruso" estiver associada a coisas boas, as chances de sucesso da empreitada aumentam. Distribuam guloseimas, brinquedos e carinhos sempre que rolar o cara-a-cara. Para encerrar o post, eis a lista dos erros cometidos com freqüência:

* Deixar o novato solto e os veteranos presos — além de terem de dividir as atenções e a comida com uma boca a mais, os coitados ainda perdem território?

* Fazer diferenciações que provoquem ciúme em um dos lados — vocês também descontariam a frustração no privilegiado, não descontariam?

* Desistir da adoção antes do período considerado mínimo para a adaptação — como escrevi no começo do texto, amor à primeira vista só existe no cinema.

225 comentários:

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Beatriz Levischi disse...

Sim para as duas perguntas. :)

Unknown disse...

Olá!Não consegui ler todos os comentários, talvez o meu caso já tenha solução.O meu namorado tem um gato de 2 anos e eu 1 de 1 ano, moramos em casas separadas e agora vamos morar juntos.A forma de adaptação é a mesma? Como posso proceder para familiariza-los e adapta-los ao novo lar?Muito obrigada desde já.

Beatriz Levischi disse...

É a mesma, sim, Regiane. Mas, antes de apresentá-los, deixem que eles se acostumem com a mudança de casa.

Anônimo disse...

Ola pessoal tenhu uma gatinha de um ano e faz 3 dias q adotei uma filhote de 2 meses so que nao consegui seguir as etapas de deixar a novata num comodo fechado poq ela chorava mtoooooo pois pra novata foi estranho poq sempre esteve numa casa mto movimentada e cheia de amiguinhos rs
ja a minha mais velha sempre foi mais sozinha e caseira so q agora com a novata ela nao quer mais entra dentro de casa so entra pra comer e ja sai , e fica preocupada procurando a filhote por toda parte e quando axa faz fuuuuz sem para a filhote tenta uma aproximacao amigavel mas minha mimi nao quer nem saber .. o que eu faco me ajudem nao quero precisar devolve a filhote , ja me apeguei rs

Beatriz Levischi disse...

O ideal é que você restrinja o acesso da veterana à rua ― por todos estes motivos: http://blog.gatoca.com.br/2012/03/telas-2-motivos-e-11-empresas.html. Adaptação com filhote flui mais fácil, logo ela estará brincando com a nova amiga.

Unknown disse...

Beatriz, tenho o zezinho há 2 anos e peguei a Frida que tem 2 meses ontem. Quando cheguei com ela os apresentei. Ela ficou super tranquila, e ele muito tenso. Fui trabalhar e os dois ficaram soltos com meu namorado. Quando voltei peguei ele no colo, fiz carinho como de costume. Depois fiz o mesmo com ela que ficou deitada comigo na minha cama enquanto ele tava na casinha dele em frente a cama. Depois disso ele tentou ataca-la e não me deixa mais chegar perto dele. Separei os dois mas sempre que ela mia ele fica apreensivo fazendo fuzz e ele ta com muita raiva de mim. Ainda não tem 24h que peguei a Frida mas to desesperada. Fico com pena dela isolada no banheiro e com muito medo dele me odiar pra sempre.

Beatriz Levischi disse...

Zezinho precisa entender que a Frida veio para somar, Jana. Siga as dicas do post, sem pena. Banheiro é palácio para filhotes ― coloque caminha, brinquedinhos e passe um tempo com a pequena. Guloseimas também ajudam. :)

Maria Thereza Assis disse...

Oi,
Tenho uma gata há 16 anos,castrada. Como ela vai agora morar com minha filha em outro estado, sugeri adotarmos um filhotinha para fazer companhia, pois ela e o marido trabalham o dia quase todo.
Enna(filhotinha)já chegou. Coloquei no banheiro com todas as dicas dada: comedor, água, cx de xixi, brinquedos etc...Ela já arranjou um lugar de esconder: entre a pia e o arremate de madeira, mas já esta dormindo na caixinha dela, com a porta aberta.
Meu problema é com a Tigresa. Ela já percebeu que tem outra gatinha em casa. Esta arredia. Não vem mais no meu colo pelo cheiro da Enna. chegou até a rosnar para mim.
No banheiro onde Enna esta é suite com meu quarto, então por um pequeno período eu a deixo correr pelo quarto e banheiro a vontade. Ela adora quando estou junto e fica em cima de mim o tempo todo. Tigresa não vê nada disso.
Na parte da tarde fico mais por conta da Tigresa.
Ela esta negando meu colo pelo cheiro da roupa.
Não vai mais dormir comigo.
Eu chamo. Ela cheira o quarto e sai. Cheguei até a trocar toda a roupa de cama mas mesmo assim ela não dormiu comigo.
Não sei dormir sem ela. Resultado: Bela Páscoa...sozinha e chorando o dia inteira por a gata não ter dormido comigo.
Por favor, me ajude, não quero que ela saia aqui de cada brigada comigo.
Estou muito triste e deprimida.

Beatriz Levischi disse...

Respire fundo, Maria Thereza. Adaptação com filhotes flui mais fácil. O ideal é que a novata fique fora do espaço favorito da Tigresa até que elas se acostumem com o cheiro uma da outra. Você está seguindo as dicas do post?

Luiz disse...

Resgatamos em nosso prédio o Thor um gato preto que deveria ter um quatro meses e muito carente como ele ficava sozinho o dia todo resolvemos adotar uma femeá a Sif a adaptação foi na hora não houve rejeição de nenhum dos dois lados, agora passado 6 meses estamos tentando introduzir Odin de quatro meses a que esta mais rejeitando e a Sif que é uma gata muito dócil, o Thor também rejeita mais através do blog pegamos ótimas dicas e vamos tentar. Detalhe o Thor sempre teve convivência pacifica com a Sif agora ele esta Fsssss para ela tentando intimida-la vamos ver os próximos capítulos.

Unknown disse...

Olá! Tenho um gatinho de 2 anos com problemas gastrointestinais, ele come ração especial e não pode de forma alguma comer ração comum, e gostaríamos de adotar um novo filhote. Mas não sei como faria para evitar que ele tenha contato com a ração do novo gatinho. Existe algum modo para isso?

Beatriz Levischi disse...

Vocês podem colocar a ração de manhã, esperar os peludos comerem (separados), recolher os potinhos e repetir o processo à noite. Aqui em casa, por causa do problema renal de uma parte dos bigodes, a ração não fica disponível o dia inteiro.

Amanda disse...

Socorro! Tenho duas irmãs que se amavam até ontem. Elas são castradas e estão com menos de 2 anos. Não consigo colocá-las juntas mais. De uma hora para outra se estranharam, acho que foi um caso de agressividade reversa. Como faço para juntar novamente as duas? Elas não chegaram a brigar de fato, mas é assustador! Uma está em um quarto e a outra em um banheiro e elas passam o dia e a noite chorando!

Beatriz Levischi disse...

O que você quis dizer com "agressividade reversa", Amanda? Há quanto tempo as irmãs estão se estranhando? Houve alguma mudança na rotina da casa?

Rafabear disse...

Bom dia!! Tenho uma persa chamada Sandy, tem dois anos, castrada (está comigo desde que nasceu). Quando Sandy tinha 10 meses eu adotei uma himalaio, foram 15 dias de adaptação, muitos rosnados, fuuzzz, pelos e patadas por todos os lados, mas depois disso viraram amigas, apesar da Sandy sempre querer ser a dominadora. Acontece que a himalaio foi roubada e de lá pra cá Sandy viveu sozinha. Hoje Sandy com 2 aninhos resolvi adotar uma amiga, e há 12 dias estou com uma persa exótica LUA! voltei a fazer a adaptação, cheiros debaixo da porta, petiscos, Lua ficou dentro do meu quarto enquanto Sandy dominada a casa toda. Após 8 dias deixei elas se conhecerem através de uma tela, Sandy a hostilizou, bufou, rosnou, fez cara feia pra mim.. Lua é muito medrosa, se esconde debaixo de camas, atrás de sofás (quero tirar esse hábito dela!). Estou apelando aos Bios Florais (Estresse, SOS, Adaptação Novo Lar), coloco nas águas de ambas 6 gotas de cada, sendo que na Sandy consigo introduzir via oral tbm (Gata vai ficar super ZEN, rsrsrs...), tbm aplico spray de CatNip nas camas e brinquedos, coloco 6 gotas de essência de baunilha na nuca delas e comprei o Feliway difusor.
Essa ultima noite esqueci a porta do quarto de Lua aberto, dormi, acordei de madrugada e me deparei com ambas se olhando e encarando. Não houve agressão física, mas Sandy continua rosnando... Acredito que em breve, mais alguns dias estarão amigas, pois se fosse para se matarem já teriam feito uma com a outra, afinal, passaram a noite inteira soltas, claro, METROS LONGE, mas soltas. Fui trabalhar e quando voltei continuavam vivas hehehehe...
Bom, hoje fazem 12 dias de adaptação, Lua continua medrosa, arisca, nem perto de mim se chega. Sandy continua curiosa, faz fuuzz, rosna, mas não ataca. E assim estamos levando a vida... Mas tenho Fé que em breve estarão dormindo juntinhas, ou até mesmo JUNTINHAS COMIGO!!
Parabéns pelo blog!! Realmente é de grande ajuda para nós gateiros de primeira viagem!!!

Beatriz Levischi disse...

Que legal, Rafa! Fico feliz. :)

Dê um tempo para a Lua desabrochar. Forçar a aproximação só deixa o animal mais assustado. Sobre o roubo da himalaio, o ideal é que os bichanos sejam criadas dentro de casa, sem acesso à rua. Tem muita gente ruim no mundo, entende?

E eles se acostumam rápido. Basta seguir estas dicas de enriquecimento ambiental:
http://blog.gatoca.com.br/2015/02/xixi-fora-da-caixa-e-enriquecimento.html
E aqui há uma lista de empresas que instalam redes de proteção: http://blog.gatoca.com.br/2012/03/telas-2-motivos-e-11-empresas.html.

Fernanda disse...

Oi,

eu tenho uma SRD, a Mina, que está com um ano já e adotei essa semana outra SRD, a Brida, de 2 meses. Colocamos a Brida em um comodo da casa, pois a Mina não aceitou bem a idéia e fica silvando pra porta as vezes.
Porém a Mina entrou no cio (já está com castração marcada na zoonoses para Janeiro de 2017) agora, não sei se a adaptação fica mais fácil ou mais difícil com ela assim. Está sendo muito estressante para mim, preciso de dicas, rs.

Grata!

Beatriz Levischi disse...

A castração ajuda a acalmar os ânimos, Fernanda. Tem clínicas que cobram preços solidários ― e vocês não precisam esperar até o ano que vem. São Paulo mesmo?

Unknown disse...

Oi Beatriz
Tenho uma gatinha de 3 anos e adotei outra de 4 meses para fazer companhia, só que cometi o erro de apresentar as duas sem aquela preparação que vc aconselha. A mais velha não aceita a pequena e faz fuzzzz para ela. Vc poderia me ajudar a consertar isso?
Carla.

Beatriz Levischi disse...

Há quanto tempo elas estão juntas, Carlinha?

OSacerdote disse...

Boa tarde
O caso dos meus gatos é o seguinte: diferente dos comentários que li. Eu tenho um gato d 1 ano e 5 meses castrado. Agora peguei um filhote de uns dois meses de idade. O mais velho emburrou, era muito caseiro, agora começou sair muito, come pouco, dorme pouco. Está muito triste, amuado. Eu tenho medo que ele fique doente. Será que com o tempo ele se acostume e volte a ficar em casa e agir normalmente como antes?
Obrigada
Maria

OSacerdote disse...

Boa tarde
Tenho um gato com ano e cinco meses. Agora peguei um filhote com dois meses. Estou muito preocupado com o comportamento do mais velho que eu já tinha. Ele é castrado e muito caseiro, sai às vezes, mas muito pouco. Costuma dar uma volta a noite e voltar pra dormir em casa. Só que depois que viu o novato, ficou amuadinho, com cara feia, triste. Passou a comer menos, quase não fica em casa, fica mais na rua. E nem a noite vem dormir em casa. Isso nos dois primeiros dias, estou com medo de que ele fique doente, pois está muito estranho, será que com o tempo ele volte ao normal?
Obrigado
Danilo

Beatriz Levischi disse...

O ideal é impedir o acesso dos bigodes à rua, Danilo/Maria. E não só durante o período de adaptação ― evitando envenenamentos, atropelamentos, contágio de doenças graves. Neste post, tem uma lista de empresas que instalam redes de proteção: http://blog.gatoca.com.br/2012/03/telas-2-motivos-e-11-empresas.html.

Ramon Borzoni disse...

Olá, Beatriz!

Tenho uma gata de 13 anos que sempre viveu sendo a rainha de casa. Tudo era pra ela. A coisa mais importante dentro de casa, sempre foi agradá-la. Ela sempre foi muito apegada com a gente, mas sempre foi arisca com outros animais (porque meu condomínio tem alguns cachorros e eles sempre batiam de frente, porque ela adora ir no corredor pegar um sol), mas sempre odiou outros gatos.
A 4 dias, minha mãe se sensibilizou com uma filhote que apareceu no nosso condomínio, dávamos comida pra ela, mas ela tava bem desnutrida e desidratada. Depois que soubemos que na noite anterior, um vizinho tentou fazer uma maldade com ela, num ato de desespero, minha mãe a botou pra dentro de casa. Ela deu banho na gatinha e deixou um tempo no meu quarto com a porta trancada, com comida, água e uma caixa de areia improvisada dentro, porque não sabíamos se ela tinha algum tipo de doença.
No mesmo dia, minha mãe a levou no veterinário para fazer todos os tipos de exames possíveis e constatou que ela estava sem nada de doênça (Nem pulga tinha), só tinha o problema da desnutrição e desidratação, e vimos que ela tinha por volta de 4 meses. Desde então, deixamos tudo aberto e a gatinha ficou livre.
Com isso, a mais velha, de 13 anos, não faz absolutamente nada. Não está comendo direito, ela sempre bebeu água na pia do banheiro, mas nem isso está fazendo, depois de 2 dias, ela usou a caixinha dela de areia, mas raramente sai do lugar onde ela se refugiou, que é na mesa da sala. Deita em todas as cadeiras, embaixo delas e encima da mesa também. As vezes dá um passeio, tenta ir na cozinha, mas vê que a gatinha ta perto e volta pro lugar de sempre. Ela já dormiu com a minha mãe, com a gata encima da cama também, mas nada que nos fizesse criar algum tipo de esperança, pois não estamos vendo ela se alimentar direito. Nem com aquelas pastinhas que ela tanto ama.

Sei que começamos de uma maneira HORRÍVEL, com todas as coisas que não deveríamos fazer para uma adaptação saudável entre elas, mas isso já está me preocupando demais!! Estou começando a ficar verdadeiramente desesperado com essa situação.
O que eu deveria fazer pra reverter essa situação? Eu deveria tentar começar do 0? Parece que a filhote já está até adaptada a casa.

Me ajuda, por favor!!

Beatriz Levischi disse...

Respire fundo, Ramon! Quatro dias é pouco tempo. Se as gatinhas não brigam, você já está no lucro. Logo, logo a veterana se acostuma com a novata e elas passam a tocar o terror na casa juntas, rs. Por enquanto, ofereça petiscos, faça carinho, estimule brincadeiras conjuntas ― sem diferenciações.

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