Claro que meninos são bem-vindos neste projeto. E quem tem outros bichos também, de cachorro a galinha, contanto que não role exploração. Mas a verdade é que quem curte e compartilha o conteúdo do
Gatoca são, esmagadoramente, mulheres. Eu quero propor a vocês, então, um outro jeito de interagir com este espaço virtual ― e com a vida.
Primeiro, vale contextualizar os fatos: no início do blog, há mais de uma década, os posts alcançavam bem menos gente. Mas essas pessoas vinham até aqui para acompanhar as peripécias dos bigodes e as aventuras do coração de pudim. E se demoravam. E levavam o
Gatoca com elas, nas pequenas atitudes do cotidiano.
Hoje, nossa fanpage no Facebook tem 6,3 mil seguidores. Só que o algoritmo mostra o conteúdo para apenas 2%. E isso não quer dizer que esses 2% vão ler porque, na competição com memes e polêmicas políticas, a gente acaba perdendo.
Eu poderia ignorar que já coloco dinheiro do bolso (agora, com o
apoio de vocês no Catarse 💙) para sensibilizar a população a uma convivência mais harmônica com os animais, função do poder público, e pagar também o Facebook. Mas curtidas aleatórias não se convertem em mundo melhor ― nem seguidores que só quererem ser seguidos de volta no Instagram.
É nossa comunidade fiel que ajuda o projeto a plantar as sementes de transformação. E nós podemos fazer isso de um jeito mais efetivo. Grátis! Quando aparecer um post do
Gatoca na timeline de vocês, comentem, como antigamente. Além de enriquecer o debate (ou a piada, rs), essa interação define nossa relevância ― quanto mais relevante, mais gente vê.
Eu testei com o bumbum da Clara e vocês se divertiram compartilhando traseiros peludos, lembram? :)
Para rever o post original, cliquem na imagem
Claro que nem sempre a gente tem esse tempo. Mas uma figurinha já faz diferença para driblar um algoritmo que foca na quantidade, não na qualidade. E fica uma reflexão: que tal expandir o "slow reading" (leitura desfrutada, numa tradução livre) para a vida offline?
A gente não precisa estar por dentro de todos os assuntos, conhecer todos os lugares, vivenciar todas as experiências. Basta escolher um texto que te faça terminar melhor do que começou, uma exposição que tire seus pés da zona de conforto, um café com amigos não "escroláveis".
Produtividade é para robôs.