Na correria do dia a dia, poucas pessoas têm condições de preparar uma refeição caseira balanceada para seu bichinho. Sem os nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo, a saúde dele acaba prejudicada e a família é obrigada a se despedir do amigo antes do que gostaria.
Ainda bem que inventaram a ração! Elaborada por veterinários nutricionistas, ela facilita nossa vida e prolonga a dos peludos. Só não adianta comprar marcas muito baratas, porque o excesso de sal provoca problemas urinários e o corante prejudica a absorção dos nutrientes, além de gerar um volume maior de fezes.
Isso não quer dizer que você precisa deixar o salário no pet shop. Há opções premium de excelente qualidade no mercado e que cabem nos bolsos mais apertados. Faça uma pesquisa. Antes de sair de casa, aliás, confira qual é a ração certa para o seu bicho. E pode começar a comemorar a economia no veterinário!
Alerta! Exceto a ração, evite oferecer a seu pet alimentos industrializados, porque eles podem ser tóxicos – chocolate, por exemplo, mata!
:: Mamães
Durante a gestação e o período de lactação, as fêmeas precisam de mais energia e proteínas, além de terem a capacidade do estômago reduzida. Para não aumentar o tamanho das porções, o ideal é alimentá-las com ração para filhote, mais calórica e com maior concentração de gordura, cálcio e outros minerais.
:: Filhotes
Até os 45 dias de vida, o leite materno dá conta do recado. Após esse período, a ração específica se mostra mais adequada, pois reforça a imunidade dos pequenos e fornece nutrientes suficientes para o bom desenvolvimento dos ossos e da musculatura. Para facilitar a transição, vale umedecer os grãos em água morna.
:: Bebês órfãos
Crias sem mãe podem ser nutridas com um substituto do leite materno, comprado em pet shop ou preparado em casa mesmo – o leite de vaca é muito fraco para os pititicos.
:: Adultos
Gatos e cães de pequeno e médio porte atingem a idade adulta com 1 ano. Já os cachorros de grande porte só se tornam adultos aos 16 meses. Nessa fase, a ração fica mais light, porque o peso do animal deve ser controlado, e leva em conta características como raça, porte, idade e nível de atividade física.
:: Idosos
Cachorrões são considerados maduros aos 7 anos, cãozinhos aos 10 anos e bichanos entre os 7 e os 12 anos. Como os totós tendem a engordar por causa da redução de exercícios, a ração deles tem poucas calorias. Já com os gatos ocorre o inverso, sendo recomendada uma alimentação com níveis elevados de gordura. Vovôs dos dois grupos precisam de ingredientes que fortaleçam a imunidade, retardem o envelhecimento, previnam alterações articulares e deem uma força ao intestino, que se torna igualmente preguiçoso pela falta de movimentação.
:: Obesos
Um bicho é obeso quando seu peso está 20% (ou mais) acima do ideal. Como o excesso de pneuzinhos provoca outras doenças, inclusive câncer, a dieta dos gorduchos deve conter menos gorduras e calorias. Já as fibras aumentam, para garantir a saciedade. E a prática de atividades físicas se torna mais importante do que nunca, por motivos óbvios.
:: Doentes do trato urinário
Gatos e cães de pequeno porte têm predisposição à formação de cálculos urinários. Para evitar o problema, a acidez da urina é controlada com proteínas de alta qualidade e composição adequada de minerais. Vale a pena incentivar também o consumo de líquidos, mantendo a água do pote sempre fresca.
FONTES: Keila Regina de Godoy, veterinária da PremieR Pet, e Fernanda Marquez e Luciana de Oliveira, veterinárias da Royal Canin

* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.