Quando Pimenta abriu a porta do escritório pela primeira vez, achamos que fosse sorte. Até Mariana surpreendê-la pendurada no trinco, com as patinhas traseiras balançando. Agora, ela também aprendeu a empurrar a porta camarão do banheiro. Só falta levar um jornal e sentar ao lado de quem está usando a privada.
15.3.08
13.3.08
Esqueletinhos: mais uma baixa
Ontem, quando Meg deixou a ração semanal para os quatro esqueletinhos* que sobraram no cortiço, dona Lourdes contou que a Cinza havia ficado doente e morreu. Assim a seco, sem mais explicações. Não consigo parar de pensar a que ponto chega o egoísmo do ser humano. Sei que a gente se apega aos bichinhos, mas recusar-se a doar sem ter dinheiro para alimentá-los com algo diferente de arroz, muito menos para levar ao veterinário em casos extremos me soa deveras cruel. Espero que o imóvel seja vendido antes dos outros virarem estrelinha também. Essa gatinha (pasmem!) era de raça (Azul da Rússia) e encontraria fácil uma família de comercial de margarina para encher-lhe de mimos. Inclusive os desnecessários! Ai, ai... Estou melancólica demais hoje. :\
*História completa dos montinhos de ossos da dona Lourdes, constantemente atualizada.
*História completa dos montinhos de ossos da dona Lourdes, constantemente atualizada.
12.3.08
Adeus selva!
Quando deixei o matagal tomar conta do jardim aqui de casa, inspirada na história de "João e o Pé de Feijão", não imaginava a quantidade de seres que passariam a viver entre suas folhas. Na manhã do último sábado, bichos de todas as cores, formatos e tamanhos saltitavam em protesto contra o esforço do Eduardo de destruir suas moradas. O trabalho de limpeza durou quase três horas e rendeu oito sacos gigantes de lixo. Apesar de não terem gostado muito do resultado, boa parte dos bigodes quis participar da farra. E as Gudinhas logo encontraram uma função para os buracos que sobravam na terra: privadas ecologicamente corretas. Espero que nenhuma freira concepcionista esteja enterrada no nosso quintal.
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Gudinhas,
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11.3.08
O amor na sarjeta
Foi-se o tempo em que a história de "Romeu e Julieta" tinha o poder de fazer voar borboletas no estômago das pessoas. Hoje, quem passa pelo casal de poodles abandonados na Vila Rosa, zona norte de São Paulo, acelera a caminhada, ignorando os olhares de súplica por carinho.
Isabel, o anjo que adotou o Léo, até conseguiu um contato com o Late Show (que prometeu levá-los para tomar banho, tosar, castrar, vacinar), mas eles precisam de um lar temporário enquanto não aparecerem os interessados – coisa que não deve demorar, devido à repercussão do programa.
Algum leitor de bom coração deste blog pode hospedá-los? Ou, pelo menos, ajudar na divulgação? Se cada um fizer um pouquinho, daremos a esse romance um final bem mais feliz que o de Shakespeare! :)
Isabel, o anjo que adotou o Léo, até conseguiu um contato com o Late Show (que prometeu levá-los para tomar banho, tosar, castrar, vacinar), mas eles precisam de um lar temporário enquanto não aparecerem os interessados – coisa que não deve demorar, devido à repercussão do programa.
Algum leitor de bom coração deste blog pode hospedá-los? Ou, pelo menos, ajudar na divulgação? Se cada um fizer um pouquinho, daremos a esse romance um final bem mais feliz que o de Shakespeare! :)
8.3.08
Alegria para uns, suicídio para outros
Mercvrivs aprendeu a subir no armário do quarto do fundo, onde fica escondido o puff que vivia transformando em lago quando era pequeno. Aparentemente, o fetiche passou. Quem perdeu o sossego foi a Clara, que não tem mais canto alto o suficiente na casa para fugir dos ataques de ciúme do mimado.
Obs.: Ainda não respondi os comentários porque, graças ao pré-operatório da miopia, continuo cegueta. Vocês ficariam orgulhosos de ver como sou uma pessoa calma e controlada. Até desmaiei na sala de exame. Quem mandou a moça explicar que pingaria um colírio anestésico para medir a espessura da córnea e aproximar um objeto pontiagudo dos meus olhos, com cara de maluca?!
Obs.: Ainda não respondi os comentários porque, graças ao pré-operatório da miopia, continuo cegueta. Vocês ficariam orgulhosos de ver como sou uma pessoa calma e controlada. Até desmaiei na sala de exame. Quem mandou a moça explicar que pingaria um colírio anestésico para medir a espessura da córnea e aproximar um objeto pontiagudo dos meus olhos, com cara de maluca?!
7.3.08
Cachorroca
Não sei porque eu insisto em buscar pão na padaria da esquina de casa a pé! Desta vez, cruzei com uma cachorrinha malhada mancando, os ossos da bacia à mostra. Ela possuía feridas de corda no pescoço e abocanhou as salsichas compradas no tio do dog com papel e tudo. Marlene, que trabalha aqui no bairro e também se condoeu com a situação da pobrezinha, levou-a até meu carro (não é só de pombas que eu sinto medo - rs) e nós rumamos para a clínica utinguense.
Diferente dos bigodes, a pequena deitou sobre o paninho, no banco de trás, e não arriscou um latido sequer. Só me olhava soltando puns fedorentos de nervoso e pedindo carinho ― mas quando a mão chegava perto da cabeça, punha-se a piscar freneticamente, sem conseguir esconder o receio.
Adentrou a sala do Dr. E. com ataque de tremedeira e o clássico rabinho entre as pernas. Para minha surpresa, não tinha cinomose nem problema na coluna. Só fraqueza e desnutrição. Lucia, protetora de Santo André, concordou em acolhê-la se eu pagasse a castração e as vacinas. Como Marlene havia cogitado uma vaquinha na empresa, eu aceitei.
― Você já pensou em um nome?
― Não...
― Então será o seu.
Constatei mentalmente que a população de cadelinhas Beatriz estava aumentando (na virada do ano, ajudei um casal de amigos a encontrar um lar para uma poodle abandonada de coleira em Santo Amaro) e precisei disfarçar o riso.
Minha xará ganhou uma gaiolinha exclusiva, mas não queria me deixar partir e, esticando o focinho estrategicamente, impediu que a porta se fechasse por um último cafuné. Se não fosse a Fabíola esmagá-la contra o peito, anunciando a amizade que se estabeleceria nos próximos dias, eu morreria de culpa.
P.S.: Pelo amor de Deus, não me façam piadas com Cavaloca, Papagaioca, Ramsteroca, Porcoca ou quaisquer variações! Cachorroca, Gatoca, Pomboca e Passarinhoca já bastam para 2008.
Diferente dos bigodes, a pequena deitou sobre o paninho, no banco de trás, e não arriscou um latido sequer. Só me olhava soltando puns fedorentos de nervoso e pedindo carinho ― mas quando a mão chegava perto da cabeça, punha-se a piscar freneticamente, sem conseguir esconder o receio.
Adentrou a sala do Dr. E. com ataque de tremedeira e o clássico rabinho entre as pernas. Para minha surpresa, não tinha cinomose nem problema na coluna. Só fraqueza e desnutrição. Lucia, protetora de Santo André, concordou em acolhê-la se eu pagasse a castração e as vacinas. Como Marlene havia cogitado uma vaquinha na empresa, eu aceitei.
― Você já pensou em um nome?
― Não...
― Então será o seu.
Constatei mentalmente que a população de cadelinhas Beatriz estava aumentando (na virada do ano, ajudei um casal de amigos a encontrar um lar para uma poodle abandonada de coleira em Santo Amaro) e precisei disfarçar o riso.
Minha xará ganhou uma gaiolinha exclusiva, mas não queria me deixar partir e, esticando o focinho estrategicamente, impediu que a porta se fechasse por um último cafuné. Se não fosse a Fabíola esmagá-la contra o peito, anunciando a amizade que se estabeleceria nos próximos dias, eu morreria de culpa.
P.S.: Pelo amor de Deus, não me façam piadas com Cavaloca, Papagaioca, Ramsteroca, Porcoca ou quaisquer variações! Cachorroca, Gatoca, Pomboca e Passarinhoca já bastam para 2008.
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Coração de pudim,
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5.3.08
Como estragar um gato: curso intensivo
Só a Keka, aqui em casa, vomita a ração da lata. E eu morro de dó porque ela adora. Lambe o potinho empolgadíssima e, no segundo seguinte, bota tudo para fora. Sempre. Como forma de compensação, passamos oferecer-lhe outras guloseimas: leite, mamão, granola, pão integral. Acontece que agora basta alguém adentrar a cozinha para que a glutona monte plantão na porta, ansiosa pelo "prato do dia". Mariana já até reclamou que o café da manhã da pequena é mais completo que o seu.
4.3.08
Ex-queletinhos: adoções no atacado
Smoo passa o dia atrás de Mika, uma gatinha resgatada da rua, mas até agora só levou patada. Do Ricardo ele não quer nem saber. Deby contou que basta escutar uma voz masculina para sair correndo na direção contrária.
Chococat e Lourdes dormem juntos embaixo da máquina de lavar roupa e costumam levantar animados às 5h30 para tocar o terror na casa da Raquel: mexem em tudo, arranham o sofá, brincam de bolinha – coisa inimaginável no cortiço da dona Lourdes*!
Na mesma semana, Susan comunicou ao maridão que havia adotado Conie (a filhotinha de dois meses que levara um pontapé e foi parar na UTI), sua peluda número oito. Eis a cartinha que me fez admirá-la ainda mais:
Aos dois meses, Conie passou por uma cirurgia com 90% de chances de morrer. Devido ao estado crítico do diafragma rompido, a costura da operação ficou muito perto do pericárdio, deixando sua respiração mais curta que o normal. Ela acabou de sarar de uma bronquite, aliás. Se a tal costura colar no pericárdio durante o crescimento, a pequena correrá o risco de viver pouco. Deverá, portanto, fazer raio-x freqüentemente. Além de ser preta, apresenta duas falhas enormes de pêlo, culpa de uma reação durante o tratamento à base de antibióticos. E ainda parece a reencarnação da minha Courtney: mesma cor, mesmo jeito.
Agora, me explica como escolher um puuuuuta adotante para uma gata preta, com falhas de pêlo, que precisa de acompanhamento veterinário constante e pode morrer cedo? Como doar uma criatura que é a cara da minha filha falecida, que me acorda todo dia, que entra no banheiro comigo, que me segue pela casa inteira?
Ficou! rs
beijos!
Su
*História completa dos montinhos de ossos da dona Lourdes, constantemente atualizada.
Chococat e Lourdes dormem juntos embaixo da máquina de lavar roupa e costumam levantar animados às 5h30 para tocar o terror na casa da Raquel: mexem em tudo, arranham o sofá, brincam de bolinha – coisa inimaginável no cortiço da dona Lourdes*!
Na mesma semana, Susan comunicou ao maridão que havia adotado Conie (a filhotinha de dois meses que levara um pontapé e foi parar na UTI), sua peluda número oito. Eis a cartinha que me fez admirá-la ainda mais:
Aos dois meses, Conie passou por uma cirurgia com 90% de chances de morrer. Devido ao estado crítico do diafragma rompido, a costura da operação ficou muito perto do pericárdio, deixando sua respiração mais curta que o normal. Ela acabou de sarar de uma bronquite, aliás. Se a tal costura colar no pericárdio durante o crescimento, a pequena correrá o risco de viver pouco. Deverá, portanto, fazer raio-x freqüentemente. Além de ser preta, apresenta duas falhas enormes de pêlo, culpa de uma reação durante o tratamento à base de antibióticos. E ainda parece a reencarnação da minha Courtney: mesma cor, mesmo jeito.
Agora, me explica como escolher um puuuuuta adotante para uma gata preta, com falhas de pêlo, que precisa de acompanhamento veterinário constante e pode morrer cedo? Como doar uma criatura que é a cara da minha filha falecida, que me acorda todo dia, que entra no banheiro comigo, que me segue pela casa inteira?
Ficou! rs
beijos!
Su
*História completa dos montinhos de ossos da dona Lourdes, constantemente atualizada.
3.3.08
Velho Oeste
Essa madrugada, como precisaria acordar para tomar remédio, deixei Mercvrivs e Simba dormirem comigo. Os coitados já estavam perseguindo meus chinelos pela casa há meia hora, com cara de choro, e até esqueceram as diferenças. Quando deitei na cama, porém, cada um se posicionou de um lado da perna e foi abaixando sincronicamente ao outro, para evitar a surpresa de um cascudo-relâmpago. Faroeste em digital sound!
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Mercvrivs,
Simba,
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29.2.08
Escuridão total
Gatoca acabou de retornar do apagão mundial. Enquanto eu quase cochilei na escada da sala, esperando passar os cinco minutos de breu para que o planeta pudesse respirar, uma vertente dos bigodes achou a oportunidade perfeita para brincar de bolinha na chuva, outra preferiu caçar insetos invisíveis e Chocolate continuou rosnando para o próprio rabo.
Obs.: Como só encontramos velas pretas (!?!?!) na gaveta da cozinha, não foi possível registrar as peripécias felinas dessa vez.
Obs.: Como só encontramos velas pretas (!?!?!) na gaveta da cozinha, não foi possível registrar as peripécias felinas dessa vez.
28.2.08
Golpe baixo em cinco lições
Quando quer muito alguma coisa, Keka tomba a cabeça de lado e nos atravessa com o olhar típico dos pedintes de farol. Pimenta mia baixinho, como se um último sopro de vida passasse por seu corpo àquele momento. Pipoca nos persegue incansavelmente pela casa. Pufosa solta um gritinho curto e determinado, dando a entender que a solicitação é, na verdade, uma ordem com prazo de validade vencido. E Jujuba chora, esperando que a Guda resolva a questão.
27.2.08
Igreja Universal do Reino de Bia
Acabei de surpreender Pimenta com uma lagartixa na boca e emagreci dois quilos perseguindo a peste pela casa, até fazê-la largar. A sortuda, provavelmente recém-caçada, saiu correndo incrédula, de rabo e tudo! Já posso imaginar os milhões de répteis espalhados pelo mundo, de terno puído e bíblia suada, lotando os templos da Igreja Universal do Reino de Bia para ouvir o testemunho da bispa sobre o milagre ocorrido no dia 27 de fevereiro de 2008 (e processos contra jornalistas serão terminantemente proibidos!).
26.2.08
Chegou a vez da Umaga!
Logo que adentrou o recinto, Umaga (a ex-queletinha* que estava com a Marina Kater-Calabró temporariamente) descobriu um guarda-roupa no cantinho do quarto, escalou as prateleiras sem fazer bagunça e dormiu sobre o paninho que Thais havia previamente ajeitado para essa função. Parece que até ensaiou umas brincadeiras e, timidamente, deixou-se acariciar. Quando se sentir mais à vontade com o lugar, será apresentada à Lua, sua irmã canina (e, se os gênios não baterem, saberá para onde correr - rs). Abaixo, a cartinha que me emocionou:
Boa noite, Beatriz.
"Obrigada" é a melhor forma de começar este e-mail. Obrigada pelo anjinho doce e meigo que você salvou.
Domingo, busquei a Umaga, que agora está em sua nova casa, cheia de carinho e se adaptando muito bem. Marina me contou que foi você quem a levou até a Susan, do Adote um Gatinho, uma ONG fantástica, que faz um trabalho lindo.
Quero que você saiba que essa gatinha terá sempre um lar, até que vá para o céu dos gatinhos (num dia muito distante).
Ela é muito amada, um verdadeiro anjinho que eu tive a sorte de receber em minha vida.
Obrigada!
Thais Rioto
Boa noite, Beatriz.
"Obrigada" é a melhor forma de começar este e-mail. Obrigada pelo anjinho doce e meigo que você salvou.
Domingo, busquei a Umaga, que agora está em sua nova casa, cheia de carinho e se adaptando muito bem. Marina me contou que foi você quem a levou até a Susan, do Adote um Gatinho, uma ONG fantástica, que faz um trabalho lindo.
Quero que você saiba que essa gatinha terá sempre um lar, até que vá para o céu dos gatinhos (num dia muito distante).
Ela é muito amada, um verdadeiro anjinho que eu tive a sorte de receber em minha vida.
Obrigada!
Thais Rioto
25.2.08
Flashs de Caras
No último final de semana ensolarado do mês de fevereiro, Mercvrivs, o bigode que deu origem ao Gatoca, foi flagrado por nossas lentes em pose super confortável, aproveitando a sombrinha do Celta vermelho de Eduardo, poeta, artista plástico e advogado-nas-horas-vagas.
22.2.08
BDSM* felino
Lembram quando eu contei que Chocolate fazia questão de perseguir os bigodes pela casa, bem devagarzinho, como nos filmes de terror?! Pois agora é a Guda que anda atrás dela, com cara de Anthony Hopkins, obcecada por carinho. Claro que a pequena se irrita e sai distribuindo safanões. Mas parece que a masoquista gosta, porque não desiste.
*Prática de bondage e disciplina, dominação e submissão, sadismo e masoquismo.
*Prática de bondage e disciplina, dominação e submissão, sadismo e masoquismo.
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