Gatoca

15.7.14

Como fazer seu gato beber água

Bigodes tomam menos água no inverno. E, no verão, quando cai um pelinho no pote. E, em qualquer estação do ano, se tiverem que caminhar mais de dez passos. A verdade é que eles não são muito fãs desse tipo de hidratação, porque seus ancestrais extraíam das presas a quantidade de água que o organismo precisava para funcionar direitinho.

Comendo exclusivamente ração seca, cada vez mais bichanos têm desenvolvido problemas renais. Eu já escrevi quatro posts (1, 2, 3 e 4) com dicas para estimular os peludos a mergulharem a língua na tigela. E achava que nada mais me surpreenderia, até tropeçar no bebedouro da Michele Naneti.

A ideia é simples e quem não reprovou em Massinha II, como esta jornalista, pode fazer em casa. Basta comprar um vaso de plástico com pratinho, uma torneira de alumínio e uma bomba de aquário. Eu só não garanto que os bigodes usarão o bebedouro do modo clássico.

Para ampliar, cliquem na imagem

Update: como muita gente mandou mensagem pedindo o nome da loja do bebedouro, eu escrevi outro post, que rendeu mais uma parceria bacana para o blog. :)

12.7.14

Mesa branca

Quando você mora em um apertamento de 60 m² com dez gatos, o melhor lugar para se pintar uma porta de armário é a cozinha, que pode ficar fechada por quatro horas sem provocar uma rebelião. E, quando você esquece que a porta está lá e deixa os bigodes entrarem, assiste a uma sessão de mesa branca felina. Parece que Chicão (o Francisco, não o Xavier) mandou recado. Mas os peludos se recusaram a repassar.

8.7.14

Happy ending: Patti Maionese

Quando o Fernando Carneiro Rocha me escreveu dizendo que queria uma parceira para o filhotão maine coon de seis meses, eu fiquei pensando: "Por que alguém que tem um animal de raça resolve adotar um vira-lata?".

E, depois de atravessar São Paulo até o Campo Limpo, me surpreendi com a resposta. Gateiro novato, ele não conhecia o mundo das ONGs, dos protetores independentes e do abandono. "Hoje, não compraria um bicho", confessou. Jay-Z é um cara de sorte.

E Patti Maionese também. Ganhou uma casa todinha telada (coisa rara de se ver!), onde o único cômodo proibido é o banheiro, para evitar que a água da privada vire refresco. E um pai analista de sistemas, que não se importou quando o bebezão recém-chegado jogou seu notebook no chão.

Chamada com carinho de "filha", no domingo mesmo ela já saiu de baixo da cama do quarto de visitas para brincar de bolinha e assistir televisão perto do pai. Logo, logo, estará na cama do quarto do Fernando, curtindo o irmão GG.

Epopeia da família Cartoon na busca por um lar:

:: Como tudo começou
:: Nasceram!
:: Comédia romântica que virou drama
:: Drama que virou romance
:: Bebês de chocolate
:: Bolão e batizado
:: Para matar de ternura
:: A primeira ida ao vet a gente nunca esquece
:: Castração da Sessão da Tarde
:: Família Cartoon em oferta: Lindinha
:: Família Cartoon em oferta: Lilica
:: Família Cartoon em oferta: Pedrita
:: Família Cartoon em oferta: Batatinha
:: Família Cartoon em oferta: Patti Maionese
:: Família Cartoon em oferta: Penélope Charmosa
:: Batatinha na telinha
:: Happy ending: Lindinha

4.7.14

Happy ending: Lindinha

"Quando minha mãe disse que estava pronta para adotar outro gato, a primeira coisa que eu fiz foi entrar no seu blog". Ouvir uma confissão dessas, em um mundo onde a gente só costuma ser lembrado para dividir problemas (ou sobrar com eles inteiros), equivale a ganhar na loteria. Ana Paul já havia aberto seu coração para a Aimée, cinco anos atrás, e decidiu lhe dar uma parceira de bagunça agora, porque a família ficou desfalcada.

Ivan morreu de mixossarcoma em novembro, aos 16 anos. Pode parecer bastante, até o visitante dar de cara com a Frida, que viu o Brasil ser tetracampeão no futebol e, aos 20 anos, torce pelo hexa.

Da vesgolina, que devia estar com medo de enfrentar a rejeição outra vez, nenhuma foto salvou. Mas a pança que atravessou a sala feito um raio dedou que a vida anda boa por aquelas bandas.

Na casa nova, Lindinha se chamará Sofia, que significa "sabedoria". E será mimada em tempo integral pela dona Regina, que não viaja desde que o primeiro bigode colocou as patas lá.

E eu é que ganhei bombons!

26.6.14

Batatinha na telinha

Quem quer descabelar esta fofura?

19.6.14

Tendências do outono/inverno 2014

Se você não quer correr o risco de errar no visual com a queda das temperaturas, aposte nas estampas de vaca e tigre. Além de aquecer corpo e alma, elas combinam com apertos de cores variadas e colos soltinhos.

13.6.14

Família Cartoon em oferta: Penélope Charmosa

Mesmo sem carro potente, nossa Pê ganhou a Corrida Maluca dos animais de rua: conseguiu uma casa para terminar de gestar seus bebês, pôde amamentá-los em paz e agora espera a tão sonhada família de comercial de margarina quentinha, amada e de barriga cheia. É uma gata tranquila, adora colo, não economiza na massinha e tem o olhar mais doce que já passou por este blog.

Cabe um anjinho negro aí?

:: Ficha técnica ::
Idade: 1 ano, sem botox nem creme antirrugas
Castração: vocês já sabem, né? rs
Vacinação: primeira dose, raspando o cofrinho da governanta da tia-avó da madrasta do papagaio do vizinho

11.6.14

Família Cartoon em oferta: Patti Maionese

A esportista de Gatoca ainda é muito nova para namorar o Doug Funny. Mas dá um baile na loirinha do desenho quando se trata de salto em estantes, corrida com derrapagem e arremesso de anel. Ganhou até um troféu azul, lembram? Nos momentos de descanso, pede chamego e ronrona para todo mundo ouvir.

:: Ficha técnica ::
Idade: 4 meses, com cara de assustada no RG
Castração: deu trabalho, mas vai ter Copa!
Vacinação: primeira dose, raspando o cofrinho da tia-avó da madrasta do papagaio do vizinho

9.6.14

Família Cartoon em oferta: Batatinha

Como na versão animada da Hanna-Barbera, o Batatinha de Gatoca é tão bonzinho que deixa as irmãs mastigarem seus bigodes. Desde que aprendeu a andar, se aninha no meu colo durante as sessões de quinzenais fotos. E adora escalar pernas e costas para fazer farra com cabelo.

:: Ficha técnica ::
Idade: quase 4 meses alternando entre dengo e hiperatividade
Castração: não canso de dizer que deu trabalho
Vacinação: primeira dose, raspando o cofrinho da madrasta do papagaio do vizinho

6.6.14

Família Cartoon em oferta: Pedrita

Em vez do ossinho no cabelo, nossa Pedrita tem bigode e cavanhaque. E seu passatempo favorito é caçar gente: ela se esconde nos buracos mais apertados, fica monitorando os movimentos do desavisado e ataca impiedosamente. Quanto mais você tentar resistir, mais beijos ganhará.

:: Ficha técnica ::
Idade: 3 meses e 3 semanas sem barbear
Castração: posso escrever de novo que deu trabalho?
Vacinação: primeira dose, raspando o cofrinho do papagaio do vizinho

5.6.14

Família Cartoon em oferta: Lilica

A filhota da Pê não é rosa nem sabe contar piadas. Mas faz qualquer um rir quando cisma com o cadarço do tênis da Michele ou resolve surfar nos chinelos esquecidos no escritório. Diferente da Lindinha, parece nunca tirar folga da bagunça. Já a paixão por cafuné deve estar no sangue.

:: Ficha técnica ::
Idade: 3 meses e 3 semanas de pura safadice
Castração: eu já falei que deu trabalho?
Vacinação: primeira dose, raspando o cofrinho do vizinho

4.6.14

Família Cartoon em oferta: Lindinha

Miniatura do Mercv, a menina superpoderosa de Gatoca puxou a mãe: tranquila (no limite que um filhote cheio de energia pode ser) e extremamente dengosa. Se joga no chão, vira de barriga para cima e faz cara de pidona, como se alguém pretendesse recusar o convite ao carinho.

:: Ficha técnica ::
Idade: 3 meses e 3 semanas, mas com corpinho de 3 meses e 2 semanas
Castração: deu trabalho, viu?
Vacinação: primeira dose, raspando o cofrinho

29.5.14

Castração da Sessão da Tarde

Para conciliar as três agendas e a família Cartoon finalmente ser operada, Michele teve de confiscar a ração da turma às cinco da madrugada do sábado, Dr.ª Ana Lúcia almoçou uma hora mais cedo e eu acabei perdendo o lançamento do livro de uma amiga querida. Mamãe e bebês chegaram à clínica, em Santo André, antes das 13h e às 16h pareciam figurantes do seriado The Walking Dead.

No caminho para São Paulo, a gente ainda teve de parar na farmácia e no pet shop, para comprar os remédios do pós, e eles ensoparam uns aos outros de xixi ― essa via-sacra intermunicipal só rolou porque poucos veterinários castram filhotes de três meses, menos usam a técnica do gancho (que dispensa retorno para a retirada dos pontos) e quase nenhum cobra R$ 60 por bicho.

De volta à casa da Michele, grogues da anestesia, os pequenos dormiam com a cara enfiada nas tigelas de ração, sem ligar para a esfregação frenética de toalhas no pelo molhado.

E tomaram o medicamento para a dor numa boa. Difícil foi proteger o microcorte costurado. As roupinhas da loja eram grandes demais eu fiquei traumatizada com colares elisabetanos por causa do Sparky. Munidos de ataduras e rolos de esparadrapo, nós embrulhamos a MiniMercv de várias formas, mas o corte, mais baixo do que o normal, sempre sobrava exposto e a bundinha coberta.

Até que o Cléber teve a ideia de fazer dois furos na faixa para as patas traseiras e logo (mentira, já passava das 19h30!) as quatro piticas estavam cambaleando pelo escritório com roupinhas cirúrgicas artesanais exclusivas ― machos não precisam de blindagem, provando que no mundo animal eles também se dão melhor.

Na semana que vem, publico o post oficial de doação. Preparem o coração! E o fígado e os rins. :)

Epopeia da família Cartoon na busca por um lar:

:: Como tudo começou
:: Nasceram!
:: Comédia romântica que virou drama
:: Drama que virou romance
:: Bebês de chocolate
:: Bolão e batizado
:: Para matar de ternura
:: A primeira ida ao vet a gente nunca esquece

28.5.14

Mais aniversariantes do mês - maio de 2014

Eu acordei cedinho, esperei a câmera carregar e tirei 66 fotos das Gudinhas fazendo gudices ao longo do dia, para eternizar os 7 anos em Gatoca. Na hora do "parabéns", a Eletropaulo cortou a luz e as pequenas não puderam soprar a única vela da casa. Mas Pipoca continuou sendo adocicadamente arisca.

Keka continuou rolando de barriga para me provocar a distância.

Pufosa continuou impedindo o uso do banheiro coletivo com suas cochiladas.

Pimenta continuou roubando o cafuné das irmãs ― e dos amigos, e das visitas.

Jujuba continuou dividida entre ganhar um agrado e se esconder no primeiro buraco que aparecer pela frente.

Esses vícios de personalidade e comportamento enchem minhas manhãs de ternura, agitam as tardes e esquentam as noites ― com ou sem energia elétrica.

*Novelinha: conheça a história das Gudinhas

Outros aniversários: 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009