E nem preciso falar de corrupção.
Mas quase metade da população útil e 20% de descomprometidos (exceção a quem não pôde votar por doença, falta de grana, chefe canalha) escolheram o fascismo — a não-escolha também é uma escolha. Passada a perplexidade, faz-se urgente retomar a luta para o segundo turno, porque eles nos querem exatamente assim: desanimados, encolhidos, com medo.
Eu me recuso a abrir mão de um país que tem tudo para brilhar por causa de uma parcela fanatizada (ou despolitizada) de brasileiros — e sou racional demais para romantizar uma existência no exterior como imigrante.
Na proteção, a gente aprende a olhar para os animais que salvou, não os que perdeu. E esta eleição com gosto de retrocesso teve vitórias importantes: indígenas, mulheres trans e trabalhadores sem-terra ocuparão o Congresso em 2023. Guilherme Boulos, o "comunista invasor de casas", ultrapassou 1 milhão de votos, liderando os deputados federais por São Paulo, estado do sapatênis.
E Bolsonaro terminou o primeiro turno em segundo lugar, mesmo usando a máquina pública e comprando aliados (políticos, religiosos, ruralistas) com o dinheiro da educação, da saúde, da segurança pública — nosso dinheiro.
Nos próximos 25 dias, se bater o desânimo, lembrem do que nos une: gatos, risadas, generosidade, encantamento, arte.
Assim se faz resistência, meu povo!
Tentando usar o mouse com o braço esmagado pela Guda, esmagada pela Pufosa
6 comentários:
Belíssimo e acertado texto, como sempre. 🥰
Perfeito!!
Perfeito.
Ah, que alento! Que o universo ouça Gatoca!
Que foto cheia de carinho para ilustrar esse texto dolorido... Mas deve ser assim mesmo. Para a escuridão: LUZ!
Abraço da Cris & gataria espalhada, dormindo em cada canto da casa.
Vamos lá, Bia! Com força e coragem! Vamos em frente!
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